Perturbador. A linguagem e condução desse documentário é envolvente em um nível chocante, que nos faz viajar na jornada dos seis episódios. Revoltante, emocionante e impactante em seu desenrolar, nos faz chorar com toda a ótica humana envolvida e nos faz ver - mais uma vez - o quanto o ser humano é perigoso. É um documentário forte, conduzido de maneira magistral. Impecável.
Tinha tudo, simplesmente TUDO pra ser impecável, mas algumas coisas me incomodaram muito. Claro que a série tem muito mais qualidade do que defeitos, como a parte técnica que é impressionante nas cenas de ação e na direção, a violência explícita muito bem colocada pra evidenciar a brutalidade da máfia sem ser algo gratuito, a representatividade feminina dentro da máfia sendo uma força grande e a fluidez do roteiro em si faz da série viciante de ser assistida.
Só que algumas escolhas me incomodaram demais, principalmente os arcos dos personagens do Elliot e do Alexander, além de serem histórias bem clichês as atuações não ajudam em nada, nenhum dos atores entrega o necessário e são de longe o ponto baixo da série, tanto em história quanto em performance. Já havia achando o Paapa Essiedu o elo fraco do ótimo 'I May Destroy You' e aqui isso se repete.
Mas em compensação as outras as atuações são um show à parte. Ed, Sean, Lale e Marian (que é muito patroa, meu Deus!) carregam muita verdade e visceralidade em suas performances e os personagens carregam a trama nas costas.
Os episódios 5, 6 e 7 valem por toda a série, uma pena os episódios finais serem mais fracos e o final em si - mesmo com uma boa cena pós-créditos - não ter me empolgado a acompanhar uma segunda temporada. Em resumo é uma ótima série sobre a máfia, tem escolhas de roteiro ótimas, situações realistas, um desconforto absurdo vindo de boas sacadas da direção e é uma baita série. Recomendo muito!
"Aqueles homens nunca verão como é uma prisão por dentro pois eles as construíram" — Sean Wallace.
FINALMENTE a Marvel nos traz um produto arriscado, audacioso e fora da curva morna de 90% de suas produções (salvos os ótimos Pantera Negra, Capitão América 2, Guardiões da Galáxia Vol. 1 e Vingadores: Guerra Infinita). A série me impressionou demais, senti tanto cuidado e zelo na produção, é realmente de se impressionar com o trabalho de retratar cada época em seu todo (estilo de roteiro, cinematografia, trejeitos de atuações, maneirismos de direção e design de produção) e se sair tão impecável. Dou a mão à palmatória pra Marvel nessa série e me dá esperanças que talvez eles venham a ousar um pouco mais daqui pra frente! Preciso destacar que nos últimos episódios - apesar de alguns tropeços como soluções apressadas, ação à lá Vingadores e fugas óbvias de narrativa - eu senti certa perda de força em relação a algumas coisas, mas a história em si e todo o arco é incrível de ser acompanhado. E pra quem tá reclamando que não teve fulano ou beltrano na série, ACORDEM, é uma série sobre a Wanda e seus traumas, seu luto e como ela tenta lidar com tudo que passou e ainda administrar seus poderes. Nisso, a série tratou o arco da personagem de forma sublime e a atuação da Elizabeth (aliás, as atuações de modo geral) está um show a parte, é o grande destaque pra mim.
Obs, 1: o diálogo sobre o Navio de Teseu é PERFEITO. Obs, 2: a segunda cena pós-créditos é PERFEITA.
Feiticeira Escarlate recebeu o que sempre mereceu: ser reconhecida como a patroa da Marvel.
Não consigo definir Breaking Bad com adjetivos além de: obra prima, brutal, visceral, chocante, incrível, magistral, épico. Enfim, perfeição. Acompanhar a jornada do Walter foi um deleite que se tornou um vício, ironicamente a série consegue fazer com o espectador o que o produto base da história faz nos personagens usuários. Não tendo sequer um episódio em suas cinco temporadas que fosse ruim ou meia boca, sempre com um ritmo frenético, qualidades técnicas impecáveis, roteiro, direção e principalmente atuações absurdamente incríveis, Breaking Bad se torna pra mim um clássico, uma referência e um forte candidato a se tornar uma obra imbatível. A engenhosidade do Walt tanto quimicamente quando mentalmente, seus planos, sua ardilosidade, sua audácia, sua inteligência, sua obstinação, sua inventividade, sua mudança de caráter ao longo da história e o quanto ele vai se encantando por seu império, evocam no espectador sentimentos de amor e ódio, de pena e de raiva, de torcer pra ele se dar bem e também pra ele se dar mal. Heisenberg é uma lenda, um ícone, que intimida, encanta, assusta e faz de Breaking Bad algo único. Todos os personagens tem arcos interessantíssimos dentro da história, mas o destaque pra mim são o Jesse e o Hank, personagens que nos afeiçoamos, que sentimos uma conexão tão grande, principalmente Jesse (interpretado brilhantemente, aliás) que tem uma malandragem tão inocente, um olhar tão doce em meio a um caos tão triste. A relação dele com o Walt é o ponto alto do seriado, chega a ser doentio acompanhar a montanha russa que eles proporcionam.. e a última cena deles me deixou em lágrimas. A analogia da doença do Walt com o efeito dele na vida das pessoas, agindo como um câncer, é brilhante. Destruindo tudo, pensando apenas em alimentar seu ego e não poupando ninguém, sendo dotado de uma inescrupulosidade assustadora e deixando um rastro de destruição. O seriado terminou na hora certa, no ápice e tendo em 'Felina' (o último episódio da série) uma conclusão magistral (e emocionante!).
Meu Deus do céu, ainda tô boquiaberto! O impacto dessa série foi tão grande que eu ainda estou assimilando tudo. Sexismo, violência doméstica, desigualdade social, estupro, lutas por ideais, preconceito, racismo, negligência, guerra moral fria.. tudo por baixo de uma roupagem tremendamente possível. Através da realidade de cinco mulheres e de uma cidade, todos os temas aparecem de maneira que me fizeram avaliar o quanto colocamos pra baixo do tapete os problemas e somos imprudentes ao não resolvê-los. A bola de neve, quando atinge, faz um estrago irreparável. A série deixou isso bem claro, além de um roteiro impecável, as atuações são simplesmente perfeitas (principalmente a Nicole, mas a maior surpresa foi a Reese, que nunca valorizei muito) e o desfecho é impactante. Cenas fortes, diálogos afiados e uma história assustadoramente possível, em uma trama adulta e sem medo de mostrar o que deve. So-ber-bo.
Eu Terei Sumido na Escuridão
4.1 28Perturbador. A linguagem e condução desse documentário é envolvente em um nível chocante, que nos faz viajar na jornada dos seis episódios. Revoltante, emocionante e impactante em seu desenrolar, nos faz chorar com toda a ótica humana envolvida e nos faz ver - mais uma vez - o quanto o ser humano é perigoso. É um documentário forte, conduzido de maneira magistral. Impecável.
Gangs of London (1ª Temporada)
4.2 68Tinha tudo, simplesmente TUDO pra ser impecável, mas algumas coisas me incomodaram muito. Claro que a série tem muito mais qualidade do que defeitos, como a parte técnica que é impressionante nas cenas de ação e na direção, a violência explícita muito bem colocada pra evidenciar a brutalidade da máfia sem ser algo gratuito, a representatividade feminina dentro da máfia sendo uma força grande e a fluidez do roteiro em si faz da série viciante de ser assistida.
Só que algumas escolhas me incomodaram demais, principalmente os arcos dos personagens do Elliot e do Alexander, além de serem histórias bem clichês as atuações não ajudam em nada, nenhum dos atores entrega o necessário e são de longe o ponto baixo da série, tanto em história quanto em performance. Já havia achando o Paapa Essiedu o elo fraco do ótimo 'I May Destroy You' e aqui isso se repete.
Mas em compensação as outras as atuações são um show à parte. Ed, Sean, Lale e Marian (que é muito patroa, meu Deus!) carregam muita verdade e visceralidade em suas performances e os personagens carregam a trama nas costas.
Os episódios 5, 6 e 7 valem por toda a série, uma pena os episódios finais serem mais fracos e o final em si - mesmo com uma boa cena pós-créditos - não ter me empolgado a acompanhar uma segunda temporada. Em resumo é uma ótima série sobre a máfia, tem escolhas de roteiro ótimas, situações realistas, um desconforto absurdo vindo de boas sacadas da direção e é uma baita série. Recomendo muito!
"Aqueles homens nunca verão como é uma prisão por dentro pois eles as construíram" — Sean Wallace.
WandaVision
4.2 844 Assista AgoraFINALMENTE a Marvel nos traz um produto arriscado, audacioso e fora da curva morna de 90% de suas produções (salvos os ótimos Pantera Negra, Capitão América 2, Guardiões da Galáxia Vol. 1 e Vingadores: Guerra Infinita). A série me impressionou demais, senti tanto cuidado e zelo na produção, é realmente de se impressionar com o trabalho de retratar cada época em seu todo (estilo de roteiro, cinematografia, trejeitos de atuações, maneirismos de direção e design de produção) e se sair tão impecável. Dou a mão à palmatória pra Marvel nessa série e me dá esperanças que talvez eles venham a ousar um pouco mais daqui pra frente!
Preciso destacar que nos últimos episódios - apesar de alguns tropeços como soluções apressadas, ação à lá Vingadores e fugas óbvias de narrativa - eu senti certa perda de força em relação a algumas coisas, mas a história em si e todo o arco é incrível de ser acompanhado. E pra quem tá reclamando que não teve fulano ou beltrano na série, ACORDEM, é uma série sobre a Wanda e seus traumas, seu luto e como ela tenta lidar com tudo que passou e ainda administrar seus poderes. Nisso, a série tratou o arco da personagem de forma sublime e a atuação da Elizabeth (aliás, as atuações de modo geral) está um show a parte, é o grande destaque pra mim.
Obs, 1: o diálogo sobre o Navio de Teseu é PERFEITO.
Obs, 2: a segunda cena pós-créditos é PERFEITA.
Feiticeira Escarlate recebeu o que sempre mereceu: ser reconhecida como a patroa da Marvel.
Chernobyl
4.7 1,4K Assista AgoraUm exercício revoltante, chocante e triste de ser assistido. Impecável.
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KDark não é uma série, é uma obra de arte.
This Is Us (1ª Temporada)
4.7 779 Assista AgoraExtremamente realista e emocionante. Impecável!
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraSAY MY NAME!
Não consigo definir Breaking Bad com adjetivos além de: obra prima, brutal, visceral, chocante, incrível, magistral, épico. Enfim, perfeição.
Acompanhar a jornada do Walter foi um deleite que se tornou um vício, ironicamente a série consegue fazer com o espectador o que o produto base da história faz nos personagens usuários. Não tendo sequer um episódio em suas cinco temporadas que fosse ruim ou meia boca, sempre com um ritmo frenético, qualidades técnicas impecáveis, roteiro, direção e principalmente atuações absurdamente incríveis, Breaking Bad se torna pra mim um clássico, uma referência e um forte candidato a se tornar uma obra imbatível.
A engenhosidade do Walt tanto quimicamente quando mentalmente, seus planos, sua ardilosidade, sua audácia, sua inteligência, sua obstinação, sua inventividade, sua mudança de caráter ao longo da história e o quanto ele vai se encantando por seu império, evocam no espectador sentimentos de amor e ódio, de pena e de raiva, de torcer pra ele se dar bem e também pra ele se dar mal. Heisenberg é uma lenda, um ícone, que intimida, encanta, assusta e faz de Breaking Bad algo único. Todos os personagens tem arcos interessantíssimos dentro da história, mas o destaque pra mim são o Jesse e o Hank, personagens que nos afeiçoamos, que sentimos uma conexão tão grande, principalmente Jesse (interpretado brilhantemente, aliás) que tem uma malandragem tão inocente, um olhar tão doce em meio a um caos tão triste. A relação dele com o Walt é o ponto alto do seriado, chega a ser doentio acompanhar a montanha russa que eles proporcionam.. e a última cena deles me deixou em lágrimas.
A analogia da doença do Walt com o efeito dele na vida das pessoas, agindo como um câncer, é brilhante. Destruindo tudo, pensando apenas em alimentar seu ego e não poupando ninguém, sendo dotado de uma inescrupulosidade assustadora e deixando um rastro de destruição. O seriado terminou na hora certa, no ápice e tendo em 'Felina' (o último episódio da série) uma conclusão magistral (e emocionante!).
HAIL THE KING. HAIL, HEISENBERG!
Big Little Lies (1ª Temporada)
4.6 1,1K Assista AgoraMeu Deus do céu, ainda tô boquiaberto! O impacto dessa série foi tão grande que eu ainda estou assimilando tudo. Sexismo, violência doméstica, desigualdade social, estupro, lutas por ideais, preconceito, racismo, negligência, guerra moral fria.. tudo por baixo de uma roupagem tremendamente possível. Através da realidade de cinco mulheres e de uma cidade, todos os temas aparecem de maneira que me fizeram avaliar o quanto colocamos pra baixo do tapete os problemas e somos imprudentes ao não resolvê-los. A bola de neve, quando atinge, faz um estrago irreparável. A série deixou isso bem claro, além de um roteiro impecável, as atuações são simplesmente perfeitas (principalmente a Nicole, mas a maior surpresa foi a Reese, que nunca valorizei muito) e o desfecho é impactante. Cenas fortes, diálogos afiados e uma história assustadoramente possível, em uma trama adulta e sem medo de mostrar o que deve. So-ber-bo.