A cena dos gritos vindos diretamente da casa no momento em que a família está fora é uma das cenas mais assustadoras do cinema, e assusta justamente por se tratar de algo desconhecido.
"O número não é nada. É o significado. A sintaxe. É o que está entre os números."
Esse filme é perfeito para mostrar questões como genialidade, dedicação e obsessão, sendo que, separadas, as duas primeiras possuem resultado positivo, enquanto que a última, possui uma finalização negativa. E, quando juntos, corroboram para diversas questões de desvantagens.
A maneira como o personagem se constrói é de extremo amadurecimento, não apenas em sua busca, mas na desenvoltura de sua personalidade.
Além disso, o filme me marcou muito pela parte técnica: a trilha sonora é arrebatadora. O filme, solto e cru, poderia se tornar simplório, apesar de ter algumas cenas e diálogos maduros e marcantes. Entretanto, a maneira como as filmagens foram feitas e a trilha tornaram-no um filme com um clima de extrema tensão, de tirar o fôlego.
Confesso que fiquei extremamente apaixonada pela fotografia, tanto na qualidade, quanto no realce de sombras. Isso ajuda a mostrar a parte mais "psicopatológica" do personagem, corroborando para a tensão e o desgaste deste, onde muitas vezes me questionava sobre um estado paranoico, a obsessão e a genialidade.
Algo que eu achei genial foi a sacada de que não saber ou não mostrar que sabe algo pode ser, na grande parte das vezes, a coisa mais inteligente que o ser humano faz. A sensatez e o fato de ser reservado faz um ser humano ser inteligente. Achei legal como o filme mostra a matemática não apenas presente, mas "instigando" todos ramos da vida, como a religião.
Particularmente, precisei ver o filme mais de uma vez, não sei se fui a única. Mas na primeira vez eu senti pontos soltos, e que ficara melhor esclarecidos na segunda vez.
"Eu estou tão feliz por estar vivo, inteiro e partindo. Sim, estou num mundo atolado em merda. Mas estou vivo. E não estou com medo!"
O filme foi "crescendo", como se cada cena fosse lapidada cuidadosamente. Gostei muito da maneira como o Kubrick expressou questões como a dualidade, força (e não apenas física), e a maneira como o desconhecido é encarado.
A maneira como os personagens (em especial o Hilário) crescem é incrível, e me refuta à uma ideia de como o medo e coragem são camuflados.
O roteiro é incrível, e gostei muito da maneira como são realizadas as filmagens das cenas.
Este é, sem dúvida alguma, um dos melhores filmes de drama que já vi. Garantindo muita emoção, ele mostra com maestria o ápice da esquizofrenia, e como esta pode prejudicar a vida de qualquer um (até mesmo daqueles que menos imaginamos). O filme não é pra agradar um único público: quem gosta de matemática, gosta, de psicopatologias, gosta, de drama, gosta... e por aí vai.
Um detalhe são as atuações. Um show, em especial por parte do Paul Bettany e do Russel Crowe, que tanto me emocionam nesse filme.
Tenho reparado que as fotografias dos filmes do Tarkovsky são estonteantes e um deleite para os olhos. Não adentro nisto, porque concordo com todos os comentários que exploraram a fundo esse ponto. Mas algo que eu reparei é que o diretor usa a cor muito mais como um fator de arte comum: a cor não expressa sentimento, a cor É sentimento. As ambientações externas são magníficas.
A cena inicial já me fez querer desabar e engolir o filme. É uma explosão de sentimentos em coisas simples: natureza, voz e som.
A sonoplastia também é incrível. É impossível não captar sussurros, e, por que não dizer, ser empática com os personagens?! Eu consegui sentir dor, raiva, confusão... Gosto muito da maneira como Tarkovsky utiliza recursos simples, como a água e as árvores, dando uma representação simbólica grande de desabamento (água) e o velho e nostálgico (árvore).
Em suma, como qualquer outro filme do diretor, te leva a fazer uma reflexão, apontando todos os caminhos, mas sem te dar as ideias. Você constrói. É tanta melancolia, triste e lembrança, que a tragédia se torna bonita.
“E o que pode ser mais especial do que não haver limites?”
Ainda estou tentando assimilar a gama de informações desse filme: há tempos não via algo que me cativava tanto ao ponto de querer chorar junto, rir junto e comemorar junto. Pode parecer utópica a ideia de ter visto este filme como maravilhoso, mas pra mim, o fato de sempre ter conhecido apenas a teoria de Hawking fez com que a história pessoal tenha se tornado tão cativante. Não tenho nem muito a acrescentar acerca das atuações: Eddie Redmayne foi do céu ao inferno com essa atuação, soube interpretar muitas pessoas dentro de uma, muitos momentos em um único ser, então devo dizer que este foi um dos ápices pra mim.
Fotografia maravilhosa, diálogos bem construídos. Acho que a palavra perfeita para esse filme é proporcional: ele é verdadeiro, soube o melhor a mostrar em detalhes, não tornou-se cansativo, tampouco monótono. Muitas falas ficarão em minha cabeça, e, obviamente, esta não é uma referência direta ao filme, mas ao próprio Hawking, que torna-se muito mais do que um exemplo de físico ou cosmólogo, torna-se um exemplo de pessoa corajosa, que sabe tirar proveito de cada segundo da vida, e construir teoria baseada em temas que mais ninguém é ousado o suficiente para fazê-lo.
Esse filme se mostrou tão cheio e rico que nem sei por onde começar haha. Algo que me chamou a atenção, dentro da parte técnica, foi a fotografia e os cenários. Passam um misto de lentidão, calma, e até mesmo melancolia. Mas seria uma melancolia bonita. Na verdade, os cenários foram totalmente apaixonantes pra mim, ao mesmo tempo que passavam serenidade, mostravam-se ricos e fortes.
O filme me passou uma ideia de realidade extremamente grande, principalmente no que diz respeito ao físico e a metafórico, e Tarkovsky é gênio ao contextualizar esses dois pontos.
"Porque o que consideram paixão, a realidade, não é energia espiritual, mas apenas fricção entre a alma e o mundo externo."
Essa frase me marcou, justamente por não retratar a paixão no modo de vista convencional, mas como um o fantástico, mas também, físico. Talvez o que mais chame a atenção seja a maneira com o ambiente em que os personagens estão inseridos influenciam diretamente na formação desse pensamento.
"Quando o homem nasce, é fraco e flexível, quando morre, é impassível e duro. Quando uma árvore cresce, é tenra e flexível, quando se torna seca e dura, ela morre. A dureza e a força são atributos da morte. Flexibilidade e a fraqueza são a frescura do ser. Por isso, quem endurece nunca vencerá."
Acredito que o impasse seja justamente o sentido da vida, onde há essa busca incansável pelo palpável, mas pela esperança também, e o mais é legal é a forma como os diálogos vão se construindo, como no trecho acima. Parece-me que os personagens falam “sem pensar”, porque não há o que pensar, refletir... apenas se expressam, uma vez que a expressão é uma das únicas coisas que sobrou-lhes.
A cena em que o Stalker (Aleksandr Kajdanovsky) fala sobre o local com extrema emoção me cativou. E há tempos eu não sentia a emoção que senti ao ouvir ele falando que aquele era um lugar em que restara a esperança, e implorando para que não lhe fosse tirado o pouco que sobrara. Essa cena me destruiu!
Apesar de ser um filme um pouco longo, eu me prendi por completo, justamente por trazer em seu bojo uma massificação de sentimentos expressos: raiva, ambição, o desconhecido, altruísmo, tristeza, falta de esperança. Acho que essa analogia com o que temos na sociedade fez do filme ao mesmo tempo que, pautado em uma possível serenidade, sincrônico e um pouco perverso
Acredito que não haja filme que faça a unção mais perfeita de todas as questões que teimam em não unir: humanas e exatas, principalmente no que diz respeito à fé e esperança.
"Melhor uma felicidade amarga do que uma vida apagada, triste." Essa frase e a cena final me destruíram. Acho que vou precisar de um tempo pra assimilar tudo que acabei de ver.
À grosso modo, percebo que não há uma verdade absoluta, apenas a nossa verdade, e esta se concretiza como tal. As cenas do filme mostram-se em cor opaca, tristes, melancólicas, enquanto que esta cena final demonstre quase um ápice de cor e esperança em algo simples.
Esse filme revela em seu bojo uma expressão extremamente atual, não apenas no que diz respeito à ideias de alienação e "evolução", mas também por sua concepção bem elaborada da relação "bem e mal", diferenças sociais e, por que não dizer, primórdios revolucionários.
Obviamente, é um clássico, mas algumas questões ficam extremamente importantes pra mim: a maneira como os sentimentos são apresentados torna-o um um fime genial, e claro que ao falar de sentimentos, não é apenas o afeto ou amor... falo de dor, de cansaço, de tristeza e pavor. Claro que a Alemanha da época apresenta influencia direta nessa massificação de sentimentos, mas é algo que dá um significado muito grande ao filme, em minha opinião. Outro ponto que chama minha atenção é:
A maneira como os operários aparecem: melancólicos, cansados e tristes Talvez seja algo que tenha me prendido e tornado filme tão interessante.
A forma como a "atual sociedade" é representada até choca, e leva a um pensamento até mesmo filosófico: somos tão previsíveis, ou o filme foi sensato de mostrar o simples, que é, de fato, o que temos?
Concordo que o filme se prolonga muito, tornando algumas cenas até mesmo cansativas, mas acredito que cada parte acaba sendo assim por oferecer detalhes, e como o filme possui MUITA informação. não teria como ser muito encurtado.
Sem mais delongas, o robô é um ápice e deleite desse filme: em 1927 apresentar tamanha evolução em um filme não deve ser sido uma ideia elaborada rapidamente, mas sim calcada em teorias da imagem que o próprio homem cria da perfeição.
No geral, o filme, de forma pessoal, me mostra que essa profetização de acontecimentos e comportamentos me leva a crer que a manipulação, desigualdade e evolução independem da década.
Fui ver o filme sem muita expectativa, já imaginando que seria um filme razoável: obviamente, o início possui cenas cômicas, mas, à medida em que o filme vai passando, uma gama de fatores começam a chamar atenção: o motivo de tudo acontecer, como acontece, detalhes que parecem uma teia... Esse filme resume uma concepção pessoal que tenho há um bom tempo: o real assusta mais do que o imaginário...
É o tipo de filme que revela um combo de situações que desvelam o hipotético: o patológico vai muito além do bruto que mostra (a conotação sexual pedofílica, por exemplo), mas é importante observar o patológico de questões que poderiam até ser mais lapidadas no filme, como a obsessão de Vukmir pela arte.
O instante em que, no massacre de sangue final do filme, mesmo envolto neste, ele afirma com exatidão que aquilo era arte, ignorando as mortes e ferimentos, inclusive seus.
É de extrema normalidade o filme chocar, em especial por mostrar coisas que estão imperceptíveis, e acredito que o que mais choca e revolta é o fato de mostrar o supra-sumo do que ignoramos ou até mesmo não conhecemos, revelando um filme com mais informação do que conseguimos suportar.
O filme merece ser favoritado simplesmente pelo fato da última cena ser com symphony of destruction. Ele mostra bem a melancolia da perda, válvulas de escape e como isso é ainda mais difícil quando quem precisa lidar é uma criança de 12 anos.
Tecnicamente, é extremamente singular no que diz respeito à psicopatologias: observar ao ponto em que a dependência humana chega é interessante, principalmente quando dependência iniciou-se na infância. Temos uma mãe, provavelmente psicótica, que afeta a filha por completo. Esse filme é um prato cheio para os amantes de Cisne Negro, que reflete acerca da mesma psicopatologia. Chama a atenção o papel da mãe como sendo aquela mãe que pondera leis e regras, e que quer que a filha seja nada mais nada menos do que um papel outrora exercido pela mãe, ou pior: que realize os sonhos desta. Não torna-se difícil, nesses casos, a filha exercer um (ou os dois) dos dois papeis: uma pessoa completamente dependente e submissa, ou uma pessoa que desconta nos outros o que a mãe despeja nela. Muito bom!!
Acredito que, ao analisar um filme, devemos começar pelos pontos negativos. Pois bem... Um, o final, particularmente, não era esperado, e acredito que é nisso que o filme peca. Principalmente por mostrar um indivíduo, outrora visto como inocente e nenhum interesse, que apenas ajuda na escuta (o que é raro), e, mais do que isso, compreende o que Joe passa com maestria. Entretanto, o desfecho é interessante: Joe poderia ter mantido relações sexuais com muitos homens, casualmente falando, mas nunca com um que a entendera (CASUALMENTE FALANDO). Dois, o volume II já torna-se extremamente impactante por trazer a teoria freudiana no que diz respeito à sexualidade na infância como um fator primordial que se sucede por toda vida do sujeito: em alguns de maneira velada, e outros, explícita. Mas o que chama atenção nesse volume II é que ele explicita muito bem essa questão, e envolve outro alvo da psicologia: a sociedade. Três, a moralidade é abordada com maestria: tudo que vemos e sabemos como errado apenas uma visão social, que tem uma ligação direta com a legislação. E, para Joe, é impossível ser feliz com essa moralidade, porque tê-la significa ser uma mulher casada, com filhos, dona de casa que se contenta com o sexo de vez em quando com o marido. Quanto menos libido, mais triste Joe se torna. E esse, na minha opinião, foi o ponto alto do filme: mostrar felicidade de maneira individual, se a importância da sociedade.
O filme é um jogo de quebra-cabeças: tem-se o transtorno de Joe, que me reluz à uma ideia não de pena, mas de culpa. É interessante como o vício, ao mesmo tempo que se torna inalcançável por completo, faz com que as partes não sejam aceitas pelo próprio indivíduo. Interessante ver como o apetite sexual que não estabiliza reluz características como as de outros transtornos, como a solidão, apontada pela própria Joe. E, mesmo assim, a culpa ser dominadora. Outros pontos interessantes da base psíquica podem ser resumidas em: os jogos de sentimentalismos falsos, a imagem maníaca e de mãe narcísica, a proibição como um engendramento para a vontade aumentar...
É um filme impecável na parte técnica: roteiro, fotografia (♥), figurino, elenco então nem se fala. O âmbito das filmagens é incrível, principalmente durante as filmagens à luz do dia. Além disso, o filme (tal como o livro) possui uma contextualização extremamente interessante no que diz repeito à diversas questões: religião, comparações com a mesma, etc. Mas o que mais chama a minha atenção é que, assim como n'O Labirinto do Fauno, há um paradigma grande para mostrar a infância roubada. Vejo que contos, crônicas, estórias e filmes infantis (dito infantis) possuem claramente esta questão: o que é mais fácil? acreditar que Nárnia existe? Ou Nárnia ser nosso refúgio particular?
Às vezes, é preciso ver um filme assim para entender o quão bela a vida é, mesmo diante dos problemas decorrentes do cotidiano. Maisie é uma criança que, mesmo envolta à separações e conflitos, continua com sua inocência e pureza. Outro personagem encantador é Lincoln. Além de Margo. Os dois se completam por inteiro.
Esse filme me fez ficar, em vários tempos, tipo: "pera, volta". Até que ponto vai o desejo da satisfação humana, diante da vida alheia? Vejamos, é um filme fictício (obviamente), mas temos que pensar da seguinte maneira: vivemos em uma mundo de manipulação das altas massas. E o que seria o Show de Truman, senão a própria manipulação? É óbvio que existem questões legais, mas a identidade do sujeito não foi construída a partir de seus gostos, desgostos e afins, mas sim como os produtores queriam. Quem seria Truman então? Todos nós?
A história de Linda é daquele tipo que faz você querer sair da frente do computador/tv/cinema e lutar pelos direitos da mulher na atual sociedade em que vivemos. O que é tão interessante nessa indústria de filmes adultos é o fato de que, muitas pessoas veem o filme, e acaba ali. Mas há uma gama de problemas atrás das câmeras. Violência física e sexual, exploração de trabalho sexual e não receber nada em troca é apenas o patamar 1. Não vi necessidade de mostrar mais cenas sexuais por dois motivos: 1. O objetivo do filme não era fazer um behind do filme Garganta Profunda. Mas sim mostrar a triste história de Linda. 2. Quem quer cenas mais fortes deve fazer uma única coisas: assistir o próprio Garganta Profunda.
A Casa das Almas Perdidas
3.4 157A cena dos gritos vindos diretamente da casa no momento em que a família está fora é uma das cenas mais assustadoras do cinema, e assusta justamente por se tratar de algo desconhecido.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraLembra-me os amores líquidos de Bauman: uma contemporaneidade líquida, onde tudo é tão líquido que corre pelos dedos e se esvai.
Pi
3.8 769 Assista Agora"O número não é nada. É o significado. A sintaxe. É o que está entre os números."
Esse filme é perfeito para mostrar questões como genialidade, dedicação e obsessão, sendo que, separadas, as duas primeiras possuem resultado positivo, enquanto que a última, possui uma finalização negativa. E, quando juntos, corroboram para diversas questões de desvantagens.
A maneira como o personagem se constrói é de extremo amadurecimento, não apenas em sua busca, mas na desenvoltura de sua personalidade.
Além disso, o filme me marcou muito pela parte técnica: a trilha sonora é arrebatadora. O filme, solto e cru, poderia se tornar simplório, apesar de ter algumas cenas e diálogos maduros e marcantes. Entretanto, a maneira como as filmagens foram feitas e a trilha tornaram-no um filme com um clima de extrema tensão, de tirar o fôlego.
Confesso que fiquei extremamente apaixonada pela fotografia, tanto na qualidade, quanto no realce de sombras. Isso ajuda a mostrar a parte mais "psicopatológica" do personagem, corroborando para a tensão e o desgaste deste, onde muitas vezes me questionava sobre um estado paranoico, a obsessão e a genialidade.
Algo que eu achei genial foi a sacada de que não saber ou não mostrar que sabe algo pode ser, na grande parte das vezes, a coisa mais inteligente que o ser humano faz. A sensatez e o fato de ser reservado faz um ser humano ser inteligente. Achei legal como o filme mostra a matemática não apenas presente, mas "instigando" todos ramos da vida, como a religião.
Particularmente, precisei ver o filme mais de uma vez, não sei se fui a única. Mas na primeira vez eu senti pontos soltos, e que ficara melhor esclarecidos na segunda vez.
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista Agora"Eu estou tão feliz por estar vivo, inteiro e partindo. Sim, estou num mundo atolado em merda. Mas estou vivo. E não estou com medo!"
O filme foi "crescendo", como se cada cena fosse lapidada cuidadosamente. Gostei muito da maneira como o Kubrick expressou questões como a dualidade, força (e não apenas física), e a maneira como o desconhecido é encarado.
A maneira como os personagens (em especial o Hilário) crescem é incrível, e me refuta à uma ideia de como o medo e coragem são camuflados.
O roteiro é incrível, e gostei muito da maneira como são realizadas as filmagens das cenas.
Uma Mente Brilhante
4.3 1,7K Assista AgoraEste é, sem dúvida alguma, um dos melhores filmes de drama que já vi. Garantindo muita emoção, ele mostra com maestria o ápice da esquizofrenia, e como esta pode prejudicar a vida de qualquer um (até mesmo daqueles que menos imaginamos). O filme não é pra agradar um único público: quem gosta de matemática, gosta, de psicopatologias, gosta, de drama, gosta... e por aí vai.
Um detalhe são as atuações. Um show, em especial por parte do Paul Bettany e do Russel Crowe, que tanto me emocionam nesse filme.
Nostalgia
4.3 186Tenho reparado que as fotografias dos filmes do Tarkovsky são estonteantes e um deleite para os olhos. Não adentro nisto, porque concordo com todos os comentários que exploraram a fundo esse ponto. Mas algo que eu reparei é que o diretor usa a cor muito mais como um fator de arte comum: a cor não expressa sentimento, a cor É sentimento. As ambientações externas são magníficas.
A cena inicial já me fez querer desabar e engolir o filme. É uma explosão de sentimentos em coisas simples: natureza, voz e som.
A sonoplastia também é incrível. É impossível não captar sussurros, e, por que não dizer, ser empática com os personagens?! Eu consegui sentir dor, raiva, confusão... Gosto muito da maneira como Tarkovsky utiliza recursos simples, como a água e as árvores, dando uma representação simbólica grande de desabamento (água) e o velho e nostálgico (árvore).
Em suma, como qualquer outro filme do diretor, te leva a fazer uma reflexão, apontando todos os caminhos, mas sem te dar as ideias. Você constrói. É tanta melancolia, triste e lembrança, que a tragédia se torna bonita.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista Agora“E o que pode ser mais especial do que não haver limites?”
Ainda estou tentando assimilar a gama de informações desse filme: há tempos não via algo que me cativava tanto ao ponto de querer chorar junto, rir junto e comemorar junto. Pode parecer utópica a ideia de ter visto este filme como maravilhoso, mas pra mim, o fato de sempre ter conhecido apenas a teoria de Hawking fez com que a história pessoal tenha se tornado tão cativante. Não tenho nem muito a acrescentar acerca das atuações: Eddie Redmayne foi do céu ao inferno com essa atuação, soube interpretar muitas pessoas dentro de uma, muitos momentos em um único ser, então devo dizer que este foi um dos ápices pra mim.
Fotografia maravilhosa, diálogos bem construídos. Acho que a palavra perfeita para esse filme é proporcional: ele é verdadeiro, soube o melhor a mostrar em detalhes, não tornou-se cansativo, tampouco monótono. Muitas falas ficarão em minha cabeça, e, obviamente, esta não é uma referência direta ao filme, mas ao próprio Hawking, que torna-se muito mais do que um exemplo de físico ou cosmólogo, torna-se um exemplo de pessoa corajosa, que sabe tirar proveito de cada segundo da vida, e construir teoria baseada em temas que mais ninguém é ousado o suficiente para fazê-lo.
“Não deve haver imite para o esforço humano.”
Stalker
4.3 504 Assista AgoraEsse filme se mostrou tão cheio e rico que nem sei por onde começar haha. Algo que me chamou a atenção, dentro da parte técnica, foi a fotografia e os cenários. Passam um misto de lentidão, calma, e até mesmo melancolia. Mas seria uma melancolia bonita. Na verdade, os cenários foram totalmente apaixonantes pra mim, ao mesmo tempo que passavam serenidade, mostravam-se ricos e fortes.
O filme me passou uma ideia de realidade extremamente grande, principalmente no que diz respeito ao físico e a metafórico, e Tarkovsky é gênio ao contextualizar esses dois pontos.
"Porque o que consideram paixão, a realidade, não é energia espiritual, mas apenas fricção entre a alma e o mundo externo."
Essa frase me marcou, justamente por não retratar a paixão no modo de vista convencional, mas como um o fantástico, mas também, físico. Talvez o que mais chame a atenção seja a maneira com o ambiente em que os personagens estão inseridos influenciam diretamente na formação desse pensamento.
"Quando o homem nasce, é fraco e flexível, quando morre, é impassível e duro. Quando uma árvore cresce, é tenra e flexível, quando se torna seca e dura, ela morre. A dureza e a força são atributos da morte. Flexibilidade e a fraqueza são a frescura do ser. Por isso, quem endurece nunca vencerá."
Acredito que o impasse seja justamente o sentido da vida, onde há essa busca incansável pelo palpável, mas pela esperança também, e o mais é legal é a forma como os diálogos vão se construindo, como no trecho acima. Parece-me que os personagens falam “sem pensar”, porque não há o que pensar, refletir... apenas se expressam, uma vez que a expressão é uma das únicas coisas que sobrou-lhes.
A cena em que o Stalker (Aleksandr Kajdanovsky) fala sobre o local com extrema emoção me cativou. E há tempos eu não sentia a emoção que senti ao ouvir ele falando que aquele era um lugar em que restara a esperança, e implorando para que não lhe fosse tirado o pouco que sobrara. Essa cena me destruiu!
Apesar de ser um filme um pouco longo, eu me prendi por completo, justamente por trazer em seu bojo uma massificação de sentimentos expressos: raiva, ambição, o desconhecido, altruísmo, tristeza, falta de esperança. Acho que essa analogia com o que temos na sociedade fez do filme ao mesmo tempo que, pautado em uma possível serenidade, sincrônico e um pouco perverso
Acredito que não haja filme que faça a unção mais perfeita de todas as questões que teimam em não unir: humanas e exatas, principalmente no que diz respeito à fé e esperança.
"Melhor uma felicidade amarga do que uma vida apagada, triste."
Essa frase e a cena final me destruíram. Acho que vou precisar de um tempo pra assimilar tudo que acabei de ver.
À grosso modo, percebo que não há uma verdade absoluta, apenas a nossa verdade, e esta se concretiza como tal. As cenas do filme mostram-se em cor opaca, tristes, melancólicas, enquanto que esta cena final demonstre quase um ápice de cor e esperança em algo simples.
Metrópolis
4.4 631 Assista AgoraEsse filme revela em seu bojo uma expressão extremamente atual, não apenas no que diz respeito à ideias de alienação e "evolução", mas também por sua concepção bem elaborada da relação "bem e mal", diferenças sociais e, por que não dizer, primórdios revolucionários.
Obviamente, é um clássico, mas algumas questões ficam extremamente importantes pra mim: a maneira como os sentimentos são apresentados torna-o um um fime genial, e claro que ao falar de sentimentos, não é apenas o afeto ou amor... falo de dor, de cansaço, de tristeza e pavor. Claro que a Alemanha da época apresenta influencia direta nessa massificação de sentimentos, mas é algo que dá um significado muito grande ao filme, em minha opinião.
Outro ponto que chama minha atenção é:
A maneira como os operários aparecem: melancólicos, cansados e tristes Talvez seja algo que tenha me prendido e tornado filme tão interessante.
A forma como a "atual sociedade" é representada até choca, e leva a um pensamento até mesmo filosófico: somos tão previsíveis, ou o filme foi sensato de mostrar o simples, que é, de fato, o que temos?
Concordo que o filme se prolonga muito, tornando algumas cenas até mesmo cansativas, mas acredito que cada parte acaba sendo assim por oferecer detalhes, e como o filme possui MUITA informação. não teria como ser muito encurtado.
Sem mais delongas, o robô é um ápice e deleite desse filme: em 1927 apresentar tamanha evolução em um filme não deve ser sido uma ideia elaborada rapidamente, mas sim calcada em teorias da imagem que o próprio homem cria da perfeição.
No geral, o filme, de forma pessoal, me mostra que essa profetização de acontecimentos e comportamentos me leva a crer que a manipulação, desigualdade e evolução independem da década.
Clausura
3.4 317Fui ver o filme sem muita expectativa, já imaginando que seria um filme razoável: obviamente, o início possui cenas cômicas, mas, à medida em que o filme vai passando, uma gama de fatores começam a chamar atenção: o motivo de tudo acontecer, como acontece, detalhes que parecem uma teia...
Esse filme resume uma concepção pessoal que tenho há um bom tempo: o real assusta mais do que o imaginário...
A Serbian Film: Terror Sem Limites
2.5 2,0KÉ o tipo de filme que revela um combo de situações que desvelam o hipotético: o patológico vai muito além do bruto que mostra (a conotação sexual pedofílica, por exemplo), mas é importante observar o patológico de questões que poderiam até ser mais lapidadas no filme, como a obsessão de Vukmir pela arte.
O instante em que, no massacre de sangue final do filme, mesmo envolto neste, ele afirma com exatidão que aquilo era arte, ignorando as mortes e ferimentos, inclusive seus.
É de extrema normalidade o filme chocar, em especial por mostrar coisas que estão imperceptíveis, e acredito que o que mais choca e revolta é o fato de mostrar o supra-sumo do que ignoramos ou até mesmo não conhecemos, revelando um filme com mais informação do que conseguimos suportar.
Mudando o Destino
3.5 170O filme merece ser favoritado simplesmente pelo fato da última cena ser com symphony of destruction.
Ele mostra bem a melancolia da perda, válvulas de escape e como isso é ainda mais difícil quando quem precisa lidar é uma criança de 12 anos.
A Professora de Piano
4.0 684 Assista AgoraTecnicamente, é extremamente singular no que diz respeito à psicopatologias: observar ao ponto em que a dependência humana chega é interessante, principalmente quando dependência iniciou-se na infância. Temos uma mãe, provavelmente psicótica, que afeta a filha por completo.
Esse filme é um prato cheio para os amantes de Cisne Negro, que reflete acerca da mesma psicopatologia. Chama a atenção o papel da mãe como sendo aquela mãe que pondera leis e regras, e que quer que a filha seja nada mais nada menos do que um papel outrora exercido pela mãe, ou pior: que realize os sonhos desta.
Não torna-se difícil, nesses casos, a filha exercer um (ou os dois) dos dois papeis: uma pessoa completamente dependente e submissa, ou uma pessoa que desconta nos outros o que a mãe despeja nela. Muito bom!!
Drive
3.9 3,5K Assista Agora- O que você faz?
- Eu dirijo.
Genial, delicioso, eufórico.
Dragonball Evolution
1.2 1,6K Assista AgoraPena que não dá pra avaliar com -5 estrelas...
Vidas sem Destino
3.7 659Harmony Korine: ame-o ou deixe-o.
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraAcredito que, ao analisar um filme, devemos começar pelos pontos negativos. Pois bem...
Um, o final, particularmente, não era esperado, e acredito que é nisso que o filme peca. Principalmente por mostrar um indivíduo, outrora visto como inocente e nenhum interesse, que apenas ajuda na escuta (o que é raro), e, mais do que isso, compreende o que Joe passa com maestria. Entretanto, o desfecho é interessante: Joe poderia ter mantido relações sexuais com muitos homens, casualmente falando, mas nunca com um que a entendera (CASUALMENTE FALANDO).
Dois, o volume II já torna-se extremamente impactante por trazer a teoria freudiana no que diz respeito à sexualidade na infância como um fator primordial que se sucede por toda vida do sujeito: em alguns de maneira velada, e outros, explícita. Mas o que chama atenção nesse volume II é que ele explicita muito bem essa questão, e envolve outro alvo da psicologia: a sociedade.
Três, a moralidade é abordada com maestria: tudo que vemos e sabemos como errado apenas uma visão social, que tem uma ligação direta com a legislação. E, para Joe, é impossível ser feliz com essa moralidade, porque tê-la significa ser uma mulher casada, com filhos, dona de casa que se contenta com o sexo de vez em quando com o marido. Quanto menos libido, mais triste Joe se torna. E esse, na minha opinião, foi o ponto alto do filme: mostrar felicidade de maneira individual, se a importância da sociedade.
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraO filme é um jogo de quebra-cabeças: tem-se o transtorno de Joe, que me reluz à uma ideia não de pena, mas de culpa. É interessante como o vício, ao mesmo tempo que se torna inalcançável por completo, faz com que as partes não sejam aceitas pelo próprio indivíduo. Interessante ver como o apetite sexual que não estabiliza reluz características como as de outros transtornos, como a solidão, apontada pela própria Joe.
E, mesmo assim, a culpa ser dominadora.
Outros pontos interessantes da base psíquica podem ser resumidas em: os jogos de sentimentalismos falsos, a imagem maníaca e de mãe narcísica, a proibição como um engendramento para a vontade aumentar...
As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o …
3.8 1,2K Assista AgoraÉ um filme impecável na parte técnica: roteiro, fotografia (♥), figurino, elenco então nem se fala. O âmbito das filmagens é incrível, principalmente durante as filmagens à luz do dia. Além disso, o filme (tal como o livro) possui uma contextualização extremamente interessante no que diz repeito à diversas questões: religião, comparações com a mesma, etc. Mas o que mais chama a minha atenção é que, assim como n'O Labirinto do Fauno, há um paradigma grande para mostrar a infância roubada. Vejo que contos, crônicas, estórias e filmes infantis (dito infantis) possuem claramente esta questão: o que é mais fácil? acreditar que Nárnia existe? Ou Nárnia ser nosso refúgio particular?
Pelos Olhos de Maisie
4.1 472 Assista AgoraÀs vezes, é preciso ver um filme assim para entender o quão bela a vida é, mesmo diante dos problemas decorrentes do cotidiano. Maisie é uma criança que, mesmo envolta à separações e conflitos, continua com sua inocência e pureza. Outro personagem encantador é Lincoln. Além de Margo. Os dois se completam por inteiro.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraEsse filme me fez ficar, em vários tempos, tipo: "pera, volta".
Até que ponto vai o desejo da satisfação humana, diante da vida alheia? Vejamos, é um filme fictício (obviamente), mas temos que pensar da seguinte maneira: vivemos em uma mundo de manipulação das altas massas. E o que seria o Show de Truman, senão a própria manipulação? É óbvio que existem questões legais, mas a identidade do sujeito não foi construída a partir de seus gostos, desgostos e afins, mas sim como os produtores queriam. Quem seria Truman então? Todos nós?
Lovelace
3.4 548 Assista AgoraA história de Linda é daquele tipo que faz você querer sair da frente do computador/tv/cinema e lutar pelos direitos da mulher na atual sociedade em que vivemos. O que é tão interessante nessa indústria de filmes adultos é o fato de que, muitas pessoas veem o filme, e acaba ali. Mas há uma gama de problemas atrás das câmeras. Violência física e sexual, exploração de trabalho sexual e não receber nada em troca é apenas o patamar 1.
Não vi necessidade de mostrar mais cenas sexuais por dois motivos:
1. O objetivo do filme não era fazer um behind do filme Garganta Profunda. Mas sim mostrar a triste história de Linda.
2. Quem quer cenas mais fortes deve fazer uma única coisas: assistir o próprio Garganta Profunda.
Penelope
3.5 431 Assista AgoraLindo, apenas.
Coração Louco
3.7 544 Assista AgoraDivinamente divino. Intenso. Enigmático, mas simplista.