Vamos pirar na batatinha: A mais persistente de nossas ilusões: o tempo. Nenhum homem jamais viveu no passado, tampouco no futuro: vive- se apenas no presente. Pq? Quando se pensa no passado ele não é mais, pois já passou. O que passou não é, apenas foi, portanto, deixou de ser. E o futuro? Este é apenas um vir a ser, assim sendo, consiste numa possibilidade, num talvez. Mas, lembramos coisas que já vivemos, ou seja, coisas do passado, dirá alguém. Certo: Mas, quando vc lembra o que vc está fazendo na verdade é realizando uma presentificação do passado. O passado é a coisa que mais muda: " A memória é uma ilha de edição". Vide fatos políticos, históricos, sociais, culturais que ganham no presente que é onde sempre estivemos e estaremos novas leituras, novas olhares, novas perspectivas; portanto mudam. E, se podem assim alterar- se é pq não estão petrificados pela medusa cronológica, e sim sujeitos a sempre presente presentificação dos olhares do hoje. E o futuro? Tbm lá não estamos ou estaremos, pois quando "estivermos no futuro" ele será como sempre é o nosso presente. Então vivemos num presente sem fim, nem começo, sem antes nem depois? Não. Vivemos apenas dentro da mais persistente ilusão humana: o tempo. Pós-escrito aos navegantes e a mim mesmo: Tudo isso é e não é, ainda que jamais tenha sido ou futuramente será: é.
O inexplicável horror de saber que esta vida é verdadeira.” Fernando Pessoa. O Holocausto. Campos de concentração. Imagens em preto e branco registrando aquilo q é irrepresentável: A bestialidade humanidade levada a cabo, a um ponto extremo. O parque de diversões da morte. Afundar o dedo na ferida da memória. Fazer doer para não esquecer. “Ainda há os que olham sinceramente para estas ruínas como se o velho monstro dos campos estivesse morto por baixo dos escombros…que fingem ter esperança à frente desta imagem que se afasta… como se curasse a peste totalitária. Nós que fingimos acreditar que isto tudo pertence a um único tempo e a um único país e que não olhamos à nossa volta. E que não ouvimos que se grita sem fim.”
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Stalled
4.0 10Vamos pirar na batatinha: A mais persistente de nossas ilusões: o tempo. Nenhum homem jamais viveu no passado, tampouco no futuro: vive- se apenas no presente. Pq? Quando se pensa no passado ele não é mais, pois já passou. O que passou não é, apenas foi, portanto, deixou de ser. E o futuro? Este é apenas um vir a ser, assim sendo, consiste numa possibilidade, num talvez. Mas, lembramos coisas que já vivemos, ou seja, coisas do passado, dirá alguém. Certo: Mas, quando vc lembra o que vc está fazendo na verdade é realizando uma presentificação do passado. O passado é a coisa que mais muda: " A memória é uma ilha de edição". Vide fatos políticos, históricos, sociais, culturais que ganham no presente que é onde sempre estivemos e estaremos novas leituras, novas olhares, novas perspectivas; portanto mudam. E, se podem assim alterar- se é pq não estão petrificados pela medusa cronológica, e sim sujeitos a sempre presente presentificação dos olhares do hoje. E o futuro? Tbm lá não estamos ou estaremos, pois quando "estivermos no futuro" ele será como sempre é o nosso presente. Então vivemos num presente sem fim, nem começo, sem antes nem depois? Não. Vivemos apenas dentro da mais persistente ilusão humana: o tempo. Pós-escrito aos navegantes e a mim mesmo: Tudo isso é e não é, ainda que jamais tenha sido ou futuramente será: é.
Noite e Neblina
4.6 206 Assista AgoraO inexplicável horror de saber que esta vida é verdadeira.” Fernando Pessoa. O Holocausto. Campos de concentração. Imagens em preto e branco registrando aquilo q é irrepresentável: A bestialidade humanidade levada a cabo, a um ponto extremo. O parque de diversões da morte. Afundar o dedo na ferida da memória. Fazer doer para não esquecer. “Ainda há os que olham sinceramente para estas ruínas como se o velho monstro dos campos estivesse morto por baixo dos escombros…que fingem ter esperança à frente desta imagem que se afasta… como se curasse a peste totalitária. Nós que fingimos acreditar que isto tudo pertence a um único tempo e a um único país e que não olhamos à nossa volta. E que não ouvimos que se grita sem fim.”