O único personagem negro da trama carrega todos os esteriótipos construídos em cima do corpo negro. É no mínimo irresponsabilidade colocá-lo neste lugar. O roteiro é incrível, mas infelizmente não posso concordar com o discurso político por trás. Caio Sóh escolheu uma perspectiva racista para falar do lugar ao qual ele não pertence.
Feliz ou infelizmente, ainda não decidi, o público da minha sessão era majoritariamente patrões que já disseram inúmeras vezes "fulana é quase da família", mas que nunca permitiram que isso realmente se efetivasse. Público que possui uma Val dentro da própria casa e que, certamente, continuará possuindo. Uma pena. Que horas ela volta? é uma obra-prima do nosso cinema e deveria ser assistido e refletido por todas as camadas sociais do Brasil.
Não acredito que o filme trate de exageros. Sem dúvida, a narrativa é desenvolvida a partir de extremos que, no entanto, não deixaram de ser condizentes com uma possível realidade. O filme lida com assuntos seríssimos, os quais são camuflados pelo mundo virtual e escolhidos não serem trazidos à tona. A escolha por fazer refletir torna a obra válida e digna de reconhecimento.
O filme terminou, as luzes do cinema acenderam e a única coisa que pude fazer foi olhar para o meu irmão. Percebi que estávamos pensando a mesma coisa. Com um balançar de cabeça, ele disse: ''Muito bom.''. É isso. O filme nos deixa sem palavras. É sensibilidade, sutileza, fragilidade, poesia. O filme narra a vida de três homens. Um casal gay. Sem esteriótipos, sem forçação de barra, sem exageros. Homens que choram, que amam, que sofrem, que sentem. Seres humanos que possuem memória, arrependimentos, sonhos, tesão, feridas incuráveis. O roteiro é isso mesmo, gente. Um cara que se apaixona por outro, foge do Brasil e, depois de anos, reencontra o irmão caçula. Não é uma história genial, muito menos inovadora. O que torna a história de Karim um puta filme é o fazer. É o tirar do papel e transformar em imagem. Mais do que imagem, transformar em poesia. Um dos principais feitores dessa poesia foram a trilha sonora e a montagem, que casa perfeitamente com a fotografia. Karim é tão foda que soube quando e como uma imagem de paisagem era imprescindível à cena. Quanto às atuações, acho que não há o que se discutir.
Eu senti raiva, tristeza, melancolia, pena e dor durante uma hora e meia. Eu me encontrei suando, incomodada, com corpo rígido de tensão. Esse filme faz jus ao que se interpreta como fazer Cinema.
O argumento é, realmente, muito bom. A história de amor é incorporada a uma problemática social e, em um certo momento do filme, já não se sabe qual é a narrativa principal. Pra mim, este fato é um ponto positivo, pois o casal incorpora, em seu próprio romance, a compaixão pelo próximo. No entanto, não achei o roteiro bem desenvolvido e, pra piorar a composição, faltou sensibilidade na técnica. Senti que algumas cenas pediam mais closes/planos detalhes e, entretanto, o fotógrafo optou por planos gerais.
Algumas cenas não foram bem construídas como, por exemplo, do assassinato do Cacá e de seu tio. A montagem foi picada, não conseguiu dar desenvolvimento à cena que, inclusive, exigia muito dos atores.
Achei as interpretações muito forçadas, a maioria dos diálogos não tinham fluência. O único ator que merece reconhecimento é o Caio Blat. Esse cara há 7 anos já atuava maravilhosamente bem. Muitos vangloriam o Wagner Moura, mas não enxergam que o Caio é tão bom quanto.
Assisti no cinema e saí de lá encantada. Fui com medo por achar que fariam de Vargas um coitadadinho, no entanto, me surpreendi, pois mostraram os dois lados da moeda. O filme não é pra qualquer um, visto que o enredo narra apenas os momentos de angústias e dúvidas que Vargas sentiu até decidir se suicidar. A narrativa é lenta e lida com o psicológico dos espectadores à medida em que Vargas toma a decisão. A parte técnica do filme é impecável. A caracterização das personagens é de primeira. Sem contar na fotografia espetacular dirigida pelo Walter Carvalho. Não posso deixar de mencionar o maravilhoso plano sequência em silêncio, quando Alzira, filha de Vargas, ouve o tiro do quarto do presidente. Este filme é um exemplo que o Cinema Nacional pode, sim, ser muito mais do que comédias românticas.
Canastra Suja
3.8 117O único personagem negro da trama carrega todos os esteriótipos construídos em cima do corpo negro. É no mínimo irresponsabilidade colocá-lo neste lugar. O roteiro é incrível, mas infelizmente não posso concordar com o discurso político por trás. Caio Sóh escolheu uma perspectiva racista para falar do lugar ao qual ele não pertence.
Auto de Resistência
4.5 26Cruel. Necessário.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraFeliz ou infelizmente, ainda não decidi, o público da minha sessão era majoritariamente patrões que já disseram inúmeras vezes "fulana é quase da família", mas que nunca permitiram que isso realmente se efetivasse. Público que possui uma Val dentro da própria casa e que, certamente, continuará possuindo. Uma pena.
Que horas ela volta? é uma obra-prima do nosso cinema e deveria ser assistido e refletido por todas as camadas sociais do Brasil.
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista Agora"Dean: So what? Why do you have to fucking make money off your potential?""
Ata-me!
3.7 550Me sequestra, Ricky. <3
Homens, Mulheres & Filhos
3.6 670 Assista AgoraNão acredito que o filme trate de exageros. Sem dúvida, a narrativa é desenvolvida a partir de extremos que, no entanto, não deixaram de ser condizentes com uma possível realidade. O filme lida com assuntos seríssimos, os quais são camuflados pelo mundo virtual e escolhidos não serem trazidos à tona. A escolha por fazer refletir torna a obra válida e digna de reconhecimento.
Vidas Secas
3.9 276Destaque para o plano geral magistral da primeira e última cena.
Bicho de Sete Cabeças
4.0 1,1K Assista AgoraSinto que se o filme se alongasse por mais meia hora minha cabeça iria explodir. Obra prima do Cinema Nacional.
Praia do Futuro
3.4 933 Assista AgoraO filme terminou, as luzes do cinema acenderam e a única coisa que pude fazer foi olhar para o meu irmão. Percebi que estávamos pensando a mesma coisa. Com um balançar de cabeça, ele disse: ''Muito bom.''. É isso. O filme nos deixa sem palavras. É sensibilidade, sutileza, fragilidade, poesia. O filme narra a vida de três homens. Um casal gay. Sem esteriótipos, sem forçação de barra, sem exageros. Homens que choram, que amam, que sofrem, que sentem. Seres humanos que possuem memória, arrependimentos, sonhos, tesão, feridas incuráveis.
O roteiro é isso mesmo, gente. Um cara que se apaixona por outro, foge do Brasil e, depois de anos, reencontra o irmão caçula. Não é uma história genial, muito menos inovadora. O que torna a história de Karim um puta filme é o fazer. É o tirar do papel e transformar em imagem. Mais do que imagem, transformar em poesia. Um dos principais feitores dessa poesia foram a trilha sonora e a montagem, que casa perfeitamente com a fotografia. Karim é tão foda que soube quando e como uma imagem de paisagem era imprescindível à cena. Quanto às atuações, acho que não há o que se discutir.
Depois de Lúcia
3.8 1,1K Assista AgoraEu senti raiva, tristeza, melancolia, pena e dor durante uma hora e meia. Eu me encontrei suando, incomodada, com corpo rígido de tensão. Esse filme faz jus ao que se interpreta como fazer Cinema.
Proibido Proibir
3.6 146O argumento é, realmente, muito bom. A história de amor é incorporada a uma problemática social e, em um certo momento do filme, já não se sabe qual é a narrativa principal. Pra mim, este fato é um ponto positivo, pois o casal incorpora, em seu próprio romance, a compaixão pelo próximo. No entanto, não achei o roteiro bem desenvolvido e, pra piorar a composição, faltou sensibilidade na técnica. Senti que algumas cenas pediam mais closes/planos detalhes e, entretanto, o fotógrafo optou por planos gerais.
Algumas cenas não foram bem construídas como, por exemplo, do assassinato do Cacá e de seu tio. A montagem foi picada, não conseguiu dar desenvolvimento à cena que, inclusive, exigia muito dos atores.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista Agora"Inamorável"
Getúlio
3.1 383 Assista AgoraAssisti no cinema e saí de lá encantada. Fui com medo por achar que fariam de Vargas um coitadadinho, no entanto, me surpreendi, pois mostraram os dois lados da moeda.
O filme não é pra qualquer um, visto que o enredo narra apenas os momentos de angústias e dúvidas que Vargas sentiu até decidir se suicidar. A narrativa é lenta e lida com o psicológico dos espectadores à medida em que Vargas toma a decisão.
A parte técnica do filme é impecável. A caracterização das personagens é de primeira. Sem contar na fotografia espetacular dirigida pelo Walter Carvalho.
Não posso deixar de mencionar o maravilhoso plano sequência em silêncio, quando Alzira, filha de Vargas, ouve o tiro do quarto do presidente.
Este filme é um exemplo que o Cinema Nacional pode, sim, ser muito mais do que comédias românticas.
Garotos
3.8 604 Assista AgoraEmbora o roteiro seja batido, a trilha sonora e a fotografia me encantaram.