Filmaço, mas com um detalhe que fez ele ficar monótono em boa parte do seu início: Construir a premissa de mostrar o festival.
Ao longo do filme a gente vai se interessando em conhecer o processo de como vai se dar o início do festival, os shows, os perrengues, a chuva... Mas quando tudo isso chega o filme simplesmente vai para outra direção e nos deixa à deriva, sedentos por mais alguns minutos sobre o festival que queríamos tanto ver... Foi uma opção do diretor, mas que me desagradou.
A ambientação é PERFEITA! Tudo é muito natural, nada é forçado ou exagerado! Em alguns momentos, se fosse filmado em estilo documental, poder-se-ia dizer que era um fato!
Nunca gostei muito da direção do Tarantino. Apesar de muito original e de realmente saber o que está fazendo, em muitos momentos eu sinto que algo fica disperso ao ponto de me fazer querer pausar.
O filme em si é muito bom e nem preciso comentar sobre as atuações... Brilhantes, sem mais!
OBRA PRIMA é o que define esse filme, em todos os aspectos! Consegue te prender do início ao fim te instigando a querer saber o que vai ocorrer a cada diálogo! Senti um respeito IMENSO com toda a situação ocorrida, onde observa-se cenas pesadas, mas nada explícito para impressionar ou atrair os curiosos por brutalismo.
Quando você pensa que sabe de algo, uma nova história é contada e você se questiona se acredita nos fatos, na história ou na visão dos personagens... A escolha é sua!
O peso vil da vida, que sem percebermos e com alguns descuidos, pode tornar-se uma batalha diária para encontrar sentido no simples ato de levantar da cama...
Apesar do roteiro ser um pouco perdido no meio do filme e também, na minha opinião, o início não deveria ter começado da forma que começou. É um tema fantástico, mas que não foi desenvolvido da melhor forma.
[/spoiler] Fazendo uma análise mais profunda de toda a trama, podemos dizer que esse ato do Ben é, de certa forma, uma maneira de se livrar da culpa e do seu erro. Ele não é um homem benevolente ou que enxerga o bem da vida, ele apenas encontrou uma forma de tirar esse peso de suas costas, que foi uma forma extremamente altruísta...
Apesar do tom bucólico e lindo da trama, por favor, procurem ajuda! Sempre! Um erro não pode e NUNCA vai definir a vida de nenhum ser humano! SEMPRE procurem AJUDA!
''Às vezes há tanta beleza no mundo que quase não consigo suportar...'' [spoiler]
Me irrita profundamente saber que o foco do filme é mostrar como o sistema jurídico estadunidense (eu diria do mundo aqui, no geral) é falho e como o protagonista tentou ESCANCARAR isso de todas as formas possíveis, mas o diretor tentou passar a imagem de que a vingança 'quebrou' a motivação dele.
A lição que fica no final é: A vingança é o ÚNICO prato que você pode comer, pois não há nenhum chance de justiça!
A maior dor que nós podemos sentir é de termos nos decidido equivocadamente. Talvez a beleza de não podermos voltar no tempo é saber o peso de nossas decisões, por isso é tão difícil decidir, não há volta, é apenas uma flecha que viaja para frente, onde você desvia ou deixa ela te acertar, não há escapatória para o peso frio e vil do tempo...
''Há um prazer nas florestas desconhecidas; Um entusiasmo na costa solitária; Uma sociedade onde ninguém penetra; Pelo mar profundo e música em seu rugir; Amo não menos o homem, mas mais a natureza...''
Razoável, mas se tratando de ver o De Niro em cena, sempre esperamos um esplendor de filme, que não foi o caso desse.
A ambientação e a trama são boas, mas não me cativaram tanto. Em certo momento comecei a ficar ansioso pro final chegar ou na esperança das coisas tomarem um rumo mais acelerado. Vale a pena assistir, sem dúvidas.
O único ponto negativo do filme é que ele é curto e não se aprofunda tanto nos embates pessoais do Benjamin, mas a proposta desde o início não era essa.
O circo familiar (tradicional) é uma ideia viva e ambulante que em breve deixará de existir, o que é uma pena.
''O ser humano é a pessoa que joga uma criança pela janela, mas também é a mesma pessoa que tenta segurar uma criança caindo'' - Tonico Pereira
Eu não digo nem que tenhamos algum tipo de natureza ou instinto, creio que a razão se entranhou de tal forma em nosso âmago que somos um mar de sensações e decisões que não sabemos explicar como surgem ou chegam, mas dentro de tudo isso, existem as coisas que sabemos ser certas e erradas.
O que mais comove nesse filme é que mesmo perante uma situação tão delicada, a mídia, os populares e os gestores jurídicos não se padecem do mínimo de coerência ou algum tipo de sentimento. A sensação que eu tive é que a máquina chamada mundo está ligada no modo maldade a tanto tempo que nos esquecemos de como é se comover com as coisas.
Porém, em meio a tantos desastres e pesares, há o amor. Há a paciência. Há ternura nos mínimos detalhes...
Esse é um filme triste! Se trata sobre melancolia, decepção, incapacidade de superação e diversas expressões de ansiedade de diversas formas que podem acometer as pessoas...
Minha expectativa era encontrar um retrato de superação e aquela luta contra o 'eu', tão presente em pessoas que enfrentam uma situação de descontrole (seja ele emocional, físico ou que desempenhe qualquer comportamento depreciativo).
Charlie fez escolhas, mas quando se deu conta ele já não tinha mais energia física e mental para lidar com seus pesares. É incomensurável imaginar a dor cotidiana que o mesmo sentia para sobreviver, não só ao dia-a-dia, mas também às suas decisões. Sofremos por termos que escolher. Talvez ele seja o personagem mais agradável e amoroso que qualquer um que tenha aparecido, visto que ele conheceu de fato uma paixão, um amor, que acabou sendo o ponto de partida para seu inevitável fim.
Sua filha, sua ex mulher e sua cunhada talvez sejam os únicos elos afetivos que, no fundo, tenham algum tipo de importância com sua integridade, mesmo que seja ridiculamente pequena e destrutiva essa importância, para ele, era como saber que tudo vai ficar bem... Charlie chegou ao fim da vida sabendo que era amado de alguma forma por quem ele gostava. Seus olhos nos dizem isso a todo momento do filme: Ele sabia que seu fim estava próximo e em nenhum momento ele lutou contra isso, apenas lutou para ter certeza de que talvez conseguisse resgatar algo que ele abandonou após seu namorado ter partido. Essa fagulha enxuta que pisca e apaga diversas vezes no filme: A esperança de que tudo pode dar certo, mas não com ele...
Achei DETESTÁVEL a cena final, com um tom metafísico de 'libertação' ou 'redenção'.
Vou ser sincero: Tenho a impressão de que os produtores do filme se juntaram antes e resolveram pegar toda cultura pop80s/synthwave e mesclar em um tipo de filme que acabou não culminando no resultado que eles queriam.
Tentou a ambientação de Drive, mas falhou!
A trilha sonora é boa, mas forçou em muitos momentos, quase tentando se auto afirmar ser um filme fora da margem do convencional. O enredo e a história são muito simples, mas não engajam do jeito que deveriam. John Wick é a fórmula que tentaram, mas não chegaram muito próximo disso. Na tentativa de completar a fórmula dos anos 80, a protagonista é simplesmente um CLONE da Michelle Pfeiffer, que atua muito bem diga-se de passagem, mas não convence devido ao filme que misturou MUITOS elementos tentando ser algo original, mas no fim não foi bom nem ruim.
A cultura Synthwave, que acredito eu ter sido o ponto de partida de todos os elementos que os produtores almejavam, é muito mais que algo somente estético (trazendo aqui uma forte influência do Vaporwave/CyberPunk), mas também a forma como a história deveria ser contada, com um clima mais intimista e também câmeras mais lentas e reflexivas, dando oportunidade para cenas mais explosivas com um clima de tensão e apreensão.
Esse é mais um dos filmes em que você começa a senti-lo, de fato, em um momento aleatório ou profundo de sua vida. A relação de uma filha com um pai, em uma idade tão delicada e que precede acontecimentos importantíssimos para o futuro de uma criança sendo permeados de incerteza e possibilidades. Esse não é um filme sobre algo. Trata-se de um autodescobrimento e de uma internalização.
Aqui começo a especular o que senti quando assisti o filme, mas tenho a nítida sensação de que Calum, por ser reconhecido como um pai novo tendo já uma filha de 11 anos, ou seja, acompanhou uma gestação perto do final de sua adolescência e transição para vida adulta, encontra-se perdido em um mar escuro de incertezas, mas também de amor. É inegável seu amor por Sophie, personagem que está prestes a conhecer a imensidão da vida e já entende os pesares e atrevimentos da natureza humana.
Calum, ao que parece, sofre de um afastamento da vida e de súbitas vontades de se desligar. Imagino que Calum teve pouco tempo para aproveitar sua vida quando a mesma era verdadeiramente sua. Sophie representa um pedaço de seu amor, mas também uma enorme incerteza sobre seu destino. O que eu senti é que Calum a todo instante estava tentando criar momentos com sua filha, pois sentia em seu âmago que em breve não estaria disposto a ter sede de viver o bastante para ser um bom pai. Sua preocupação com Sophie, sobre seu futuro, mas também sua visão completamente madura sobre o futuro de uma garota que está amadurecendo revela que ele é um pai que deseja que sua filha tenha um futuro promissor, mas talvez não esteja presente integralmente para ajuda-la, visto que há uma persistente depressão em seu cotidiano.
Apesar de uma certa densidade, o filme é muito arrastado em determinados momentos, afastando o telespectador da reflexão e deixando muitos sinais da trama implícitos em pequenos atos que poderiam ser mais explorados.
É brutal a diferençe entre uma CGI feita com primor, diferente do que vem ocorrendo nos filmes mais recentes (principalmente de heróis) onde esse mercado se extirpou a tal modo que o produto final decaiu alarmantemente!
Avatar agora se consolida como um universo a ser explorado, com infinitas possibilidades, culturas, profundezas e histórias para serem descobertas nessa fantástica narrativa de 3h que o filme nos propõem a assistir.
Infelizmente, o mais marcante dessa franquia é como a natureza humana consegue destruir e desequilibrar cada pedaço que ela pisa ou tem contato. Somos, inegavelmente, demasiadamente humanos... E o peso de ser humano é só enxergarmos com certa igualdade nossas próprias carapaças...
Roteirista sendo roteirista retratando um roteirista no papel de roteirista.
Achei legal a proposta, mas quando eu sentia que o filma ia dar uma guinada para um tom mais 'sério' ele caía na mesmice, afinal, estamos falando de uma pseudo-comédia. Outrossim, o filme fica instigante, de fato, a partir da metade para o final, quando são postas as dúvidas em cena.
O mais curioso é que o filme é pura metalinguagem e fica conversando sobre as próprias decisões de roteiro com o personagem principal. É um loucura de roteirista, mas que funcionou razoavelmente pro grande público.
A trama principal do filme gira entorno do questionamento do peso das decisões. O quanto cedemos de nós para suportar o exterior? Deixamos de lado nossas vidas para dar atenção ao que o mundo faz de nós e com isso, deixamos de ser protagonistas de nossas próprias decisões.
[/spoiler] Entretanto, apesar desse ar existencialista, a personagem principal demonstra, em sua essência, não saber escolher o que quer. Seja sua profissão, seu namorado/marido ou até mesmo se quer ou não ter filhos, seu grande desafio é o fato de escolher. O problema é, que, ela acaba em muitos momentos destilando o sabor amargo de decisões erradas em pessoas que não estão correlacionadas com ela mesma, o que acaba gerando um perfil de egoísmo e narcisismo demasiado. Não sou contra querer viver sua vida exatamente como se quer, mas é no mínimo maquiavélico usar outras pessoas como degraus para atingir isso. [spoiler]
Outrossim, a fotografia polida e os cenários que não incitam guerra ou desconforto nos faz pensar que tudo ali é confortável e encaixado no seu diagrama de rotinas, quando na verdade e, a grande verdade, é que existe um conflito gritando em cada cena desse filme.
Nicolas Cage manda bem demais! Além disso, o filme não se torna arrastado pela narrativa e dosa bem os tempos de tela, nada fica de graça ou enchendo o saco como em outros com essa temática da mesma década.
Um clássico que na infância eu via muito a capa nas locadoras, mas só tive oportunidade assistir agora!
Ser brasileiro é identificar brasilidades em cada esquina do país e com isso, também compreender como nosso país é cruel e doloroso com quem vive nele.
Nós não fazemos ideia do inferno que é lá fora, longe do conforto que permite a gente ter acesso à tecnologia e vir aqui fazer uma resenha ambígua, que é falar sobre a pobreza, sem vivenciá-la...
Poderia ter sido brilhante - não ironicamente, mas como um Neon - , mas acabou sendo quase mediano...
As vezes os malabarismos pra ser inovador ou tentar ser entregue como um 'cult' acabam destruindo um filme que poderia ser acessível e adorado por todos os públicos...
No capitalismo você só pode ser dois tipos de pessoas:
- O primeiro é o inovador que consegue criar algo novo e disponibilizar essa inovação para o público, mas a troco de um custo (dinheiro)
- O segundo é o inovador que consegue criar algo novo e disponibilizar essa inovação para o público, mas a troco de nada, apenas para disseminar o que foi criado.
O primeiro é visto como empreendedor, um vencedor da vida.
O segundo não consegue chegar ao fim da história porque é sucumbido pelo processo...
No capitalismo, o governo é só uma parte de uma instituição privada que te apunhala por existir, e quando você se da conta disso e vai contra o processo, você tende a ser deletado da sociedade, como um arquivo...
Leia a sinopse! ''mas descobrem algo totalmente inacreditável no local.'' É LITERALMENTE INACREDITÁVEL! O filme tem menos de duas horas, tendo a medida certa, mais um minuto a mais seria completamente arrastado e perderia a proposta.
Aconteceu em Woodstock
3.7 513 Assista AgoraFilmaço, mas com um detalhe que fez ele ficar monótono em boa parte do seu início: Construir a premissa de mostrar o festival.
Ao longo do filme a gente vai se interessando em conhecer o processo de como vai se dar o início do festival, os shows, os perrengues, a chuva... Mas quando tudo isso chega o filme simplesmente vai para outra direção e nos deixa à deriva, sedentos por mais alguns minutos sobre o festival que queríamos tanto ver... Foi uma opção do diretor, mas que me desagradou.
A ambientação é PERFEITA! Tudo é muito natural, nada é forçado ou exagerado! Em alguns momentos, se fosse filmado em estilo documental, poder-se-ia dizer que era um fato!
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraNunca gostei muito da direção do Tarantino. Apesar de muito original e de realmente saber o que está fazendo, em muitos momentos eu sinto que algo fica disperso ao ponto de me fazer querer pausar.
O filme em si é muito bom e nem preciso comentar sobre as atuações... Brilhantes, sem mais!
A Sociedade da Neve
4.2 711 Assista AgoraQUAL É O LIMITE DO SER HUMANO?
OBRA PRIMA é o que define esse filme, em todos os aspectos! Consegue te prender do início ao fim te instigando a querer saber o que vai ocorrer a cada diálogo! Senti um respeito IMENSO com toda a situação ocorrida, onde observa-se cenas pesadas, mas nada explícito para impressionar ou atrair os curiosos por brutalismo.
É Oscar, no mínimo.
Um Contratempo
4.2 2,0KQuando você pensa que sabe de algo, uma nova história é contada e você se questiona se acredita nos fatos, na história ou na visão dos personagens... A escolha é sua!
Sensacional, sem mais!
Sete Vidas
4.0 1,8K Assista AgoraO peso vil da vida, que sem percebermos e com alguns descuidos, pode tornar-se uma batalha diária para encontrar sentido no simples ato de levantar da cama...
Apesar do roteiro ser um pouco perdido no meio do filme e também, na minha opinião, o início não deveria ter começado da forma que começou. É um tema fantástico, mas que não foi desenvolvido da melhor forma.
[/spoiler]
Fazendo uma análise mais profunda de toda a trama, podemos dizer que esse ato do Ben é, de certa forma, uma maneira de se livrar da culpa e do seu erro. Ele não é um homem benevolente ou que enxerga o bem da vida, ele apenas encontrou uma forma de tirar esse peso de suas costas, que foi uma forma extremamente altruísta...
Apesar do tom bucólico e lindo da trama, por favor, procurem ajuda! Sempre! Um erro não pode e NUNCA vai definir a vida de nenhum ser humano! SEMPRE procurem AJUDA!
''Às vezes há tanta beleza no mundo que quase não consigo suportar...''
[spoiler]
Código de Conduta
4.0 1,8K Assista AgoraProvavelmente é um dos dramas que mais me prenderam até hoje, sendo visto na infância e agora na fase adulta.
Me irrita profundamente saber que o foco do filme é mostrar como o sistema jurídico estadunidense (eu diria do mundo aqui, no geral) é falho e como o protagonista tentou ESCANCARAR isso de todas as formas possíveis, mas o diretor tentou passar a imagem de que a vingança 'quebrou' a motivação dele.
A lição que fica no final é: A vingança é o ÚNICO prato que você pode comer, pois não há nenhum chance de justiça!
As Pontes de Madison
4.2 839 Assista AgoraA maior dor que nós podemos sentir é de termos nos decidido equivocadamente. Talvez a beleza de não podermos voltar no tempo é saber o peso de nossas decisões, por isso é tão difícil decidir, não há volta, é apenas uma flecha que viaja para frente, onde você desvia ou deixa ela te acertar, não há escapatória para o peso frio e vil do tempo...
''Há um prazer nas florestas desconhecidas;
Um entusiasmo na costa solitária;
Uma sociedade onde ninguém penetra;
Pelo mar profundo e música em seu rugir;
Amo não menos o homem, mas mais a natureza...''
Desafio no Bronx
3.8 133Razoável, mas se tratando de ver o De Niro em cena, sempre esperamos um esplendor de filme, que não foi o caso desse.
A ambientação e a trama são boas, mas não me cativaram tanto. Em certo momento comecei a ficar ansioso pro final chegar ou na esperança das coisas tomarem um rumo mais acelerado. Vale a pena assistir, sem dúvidas.
O Palhaço
3.6 2,2K Assista AgoraLindo e doce.
O único ponto negativo do filme é que ele é curto e não se aprofunda tanto nos embates pessoais do Benjamin, mas a proposta desde o início não era essa.
O circo familiar (tradicional) é uma ideia viva e ambulante que em breve deixará de existir, o que é uma pena.
Hope
4.5 375''O ser humano é a pessoa que joga uma criança pela janela, mas também é a mesma pessoa que tenta segurar uma criança caindo'' - Tonico Pereira
Eu não digo nem que tenhamos algum tipo de natureza ou instinto, creio que a razão se entranhou de tal forma em nosso âmago que somos um mar de sensações e decisões que não sabemos explicar como surgem ou chegam, mas dentro de tudo isso, existem as coisas que sabemos ser certas e erradas.
O que mais comove nesse filme é que mesmo perante uma situação tão delicada, a mídia, os populares e os gestores jurídicos não se padecem do mínimo de coerência ou algum tipo de sentimento. A sensação que eu tive é que a máquina chamada mundo está ligada no modo maldade a tanto tempo que nos esquecemos de como é se comover com as coisas.
Porém, em meio a tantos desastres e pesares, há o amor. Há a paciência. Há ternura nos mínimos detalhes...
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraEsse é um filme triste! Se trata sobre melancolia, decepção, incapacidade de superação e diversas expressões de ansiedade de diversas formas que podem acometer as pessoas...
Minha expectativa era encontrar um retrato de superação e aquela luta contra o 'eu', tão presente em pessoas que enfrentam uma situação de descontrole (seja ele emocional, físico ou que desempenhe qualquer comportamento depreciativo).
Charlie fez escolhas, mas quando se deu conta ele já não tinha mais energia física e mental para lidar com seus pesares. É incomensurável imaginar a dor cotidiana que o mesmo sentia para sobreviver, não só ao dia-a-dia, mas também às suas decisões. Sofremos por termos que escolher. Talvez ele seja o personagem mais agradável e amoroso que qualquer um que tenha aparecido, visto que ele conheceu de fato uma paixão, um amor, que acabou sendo o ponto de partida para seu inevitável fim.
Sua filha, sua ex mulher e sua cunhada talvez sejam os únicos elos afetivos que, no fundo, tenham algum tipo de importância com sua integridade, mesmo que seja ridiculamente pequena e destrutiva essa importância, para ele, era como saber que tudo vai ficar bem... Charlie chegou ao fim da vida sabendo que era amado de alguma forma por quem ele gostava. Seus olhos nos dizem isso a todo momento do filme: Ele sabia que seu fim estava próximo e em nenhum momento ele lutou contra isso, apenas lutou para ter certeza de que talvez conseguisse resgatar algo que ele abandonou após seu namorado ter partido. Essa fagulha enxuta que pisca e apaga diversas vezes no filme: A esperança de que tudo pode dar certo, mas não com ele...
Achei DETESTÁVEL a cena final, com um tom metafísico de 'libertação' ou 'redenção'.
Atômica
3.6 1,1K Assista AgoraVou ser sincero: Tenho a impressão de que os produtores do filme se juntaram antes e resolveram pegar toda cultura pop80s/synthwave e mesclar em um tipo de filme que acabou não culminando no resultado que eles queriam.
Tentou a ambientação de Drive, mas falhou!
A trilha sonora é boa, mas forçou em muitos momentos, quase tentando se auto afirmar ser um filme fora da margem do convencional. O enredo e a história são muito simples, mas não engajam do jeito que deveriam. John Wick é a fórmula que tentaram, mas não chegaram muito próximo disso. Na tentativa de completar a fórmula dos anos 80, a protagonista é simplesmente um CLONE da Michelle Pfeiffer, que atua muito bem diga-se de passagem, mas não convence devido ao filme que misturou MUITOS elementos tentando ser algo original, mas no fim não foi bom nem ruim.
A cultura Synthwave, que acredito eu ter sido o ponto de partida de todos os elementos que os produtores almejavam, é muito mais que algo somente estético (trazendo aqui uma forte influência do Vaporwave/CyberPunk), mas também a forma como a história deveria ser contada, com um clima mais intimista e também câmeras mais lentas e reflexivas, dando oportunidade para cenas mais explosivas com um clima de tensão e apreensão.
Tentou, mas não rolou!
Aftersun
4.1 700Esse é mais um dos filmes em que você começa a senti-lo, de fato, em um momento aleatório ou profundo de sua vida. A relação de uma filha com um pai, em uma idade tão delicada e que precede acontecimentos importantíssimos para o futuro de uma criança sendo permeados de incerteza e possibilidades. Esse não é um filme sobre algo. Trata-se de um autodescobrimento e de uma internalização.
Aqui começo a especular o que senti quando assisti o filme, mas tenho a nítida sensação de que Calum, por ser reconhecido como um pai novo tendo já uma filha de 11 anos, ou seja, acompanhou uma gestação perto do final de sua adolescência e transição para vida adulta, encontra-se perdido em um mar escuro de incertezas, mas também de amor. É inegável seu amor por Sophie, personagem que está prestes a conhecer a imensidão da vida e já entende os pesares e atrevimentos da natureza humana.
Calum, ao que parece, sofre de um afastamento da vida e de súbitas vontades de se desligar. Imagino que Calum teve pouco tempo para aproveitar sua vida quando a mesma era verdadeiramente sua. Sophie representa um pedaço de seu amor, mas também uma enorme incerteza sobre seu destino. O que eu senti é que Calum a todo instante estava tentando criar momentos com sua filha, pois sentia em seu âmago que em breve não estaria disposto a ter sede de viver o bastante para ser um bom pai. Sua preocupação com Sophie, sobre seu futuro, mas também sua visão completamente madura sobre o futuro de uma garota que está amadurecendo revela que ele é um pai que deseja que sua filha tenha um futuro promissor, mas talvez não esteja presente integralmente para ajuda-la, visto que há uma persistente depressão em seu cotidiano.
Apesar de uma certa densidade, o filme é muito arrastado em determinados momentos, afastando o telespectador da reflexão e deixando muitos sinais da trama implícitos em pequenos atos que poderiam ser mais explorados.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraÉ brutal a diferençe entre uma CGI feita com primor, diferente do que vem ocorrendo nos filmes mais recentes (principalmente de heróis) onde esse mercado se extirpou a tal modo que o produto final decaiu alarmantemente!
Avatar agora se consolida como um universo a ser explorado, com infinitas possibilidades, culturas, profundezas e histórias para serem descobertas nessa fantástica narrativa de 3h que o filme nos propõem a assistir.
Infelizmente, o mais marcante dessa franquia é como a natureza humana consegue destruir e desequilibrar cada pedaço que ela pisa ou tem contato. Somos, inegavelmente, demasiadamente humanos... E o peso de ser humano é só enxergarmos com certa igualdade nossas próprias carapaças...
Perfume: A História de um Assassino
4.0 2,2KUm bom filme, com um final surreal...
De ruim.
Argentina, 1985
4.3 334Caí de paraquedas nesse filme, assim como a história que o perpassa.
Logo, somente uma afirmação se torna importante: NUNCA MAIS!
Adaptação.
3.9 707 Assista AgoraRoteirista sendo roteirista retratando um roteirista no papel de roteirista.
Achei legal a proposta, mas quando eu sentia que o filma ia dar uma guinada para um tom mais 'sério' ele caía na mesmice, afinal, estamos falando de uma pseudo-comédia. Outrossim, o filme fica instigante, de fato, a partir da metade para o final, quando são postas as dúvidas em cena.
O mais curioso é que o filme é pura metalinguagem e fica conversando sobre as próprias decisões de roteiro com o personagem principal. É um loucura de roteirista, mas que funcionou razoavelmente pro grande público.
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 601 Assista AgoraA trama principal do filme gira entorno do questionamento do peso das decisões. O quanto cedemos de nós para suportar o exterior? Deixamos de lado nossas vidas para dar atenção ao que o mundo faz de nós e com isso, deixamos de ser protagonistas de nossas próprias decisões.
[/spoiler]
Entretanto, apesar desse ar existencialista, a personagem principal demonstra, em sua essência, não saber escolher o que quer. Seja sua profissão, seu namorado/marido ou até mesmo se quer ou não ter filhos, seu grande desafio é o fato de escolher. O problema é, que, ela acaba em muitos momentos destilando o sabor amargo de decisões erradas em pessoas que não estão correlacionadas com ela mesma, o que acaba gerando um perfil de egoísmo e narcisismo demasiado. Não sou contra querer viver sua vida exatamente como se quer, mas é no mínimo maquiavélico usar outras pessoas como degraus para atingir isso.
[spoiler]
Outrossim, a fotografia polida e os cenários que não incitam guerra ou desconforto nos faz pensar que tudo ali é confortável e encaixado no seu diagrama de rotinas, quando na verdade e, a grande verdade, é que existe um conflito gritando em cada cena desse filme.
Vidas em Jogo
3.8 724 Assista AgoraQuando você acha que entendeu tudo, eles vão lá e fazem você voltar 3 casas...
Drama puro!
O Senhor das Armas
3.8 904 Assista AgoraNicolas Cage manda bem demais! Além disso, o filme não se torna arrastado pela narrativa e dosa bem os tempos de tela, nada fica de graça ou enchendo o saco como em outros com essa temática da mesma década.
Um clássico que na infância eu via muito a capa nas locadoras, mas só tive oportunidade assistir agora!
O Céu de Suely
3.9 464 Assista AgoraSer brasileiro é identificar brasilidades em cada esquina do país e com isso, também compreender como nosso país é cruel e doloroso com quem vive nele.
Nós não fazemos ideia do inferno que é lá fora, longe do conforto que permite a gente ter acesso à tecnologia e vir aqui fazer uma resenha ambígua, que é falar sobre a pobreza, sem vivenciá-la...
L
Boi Neon
3.6 459 Assista AgoraPoderia ter sido brilhante - não ironicamente, mas como um Neon - , mas acabou sendo quase mediano...
As vezes os malabarismos pra ser inovador ou tentar ser entregue como um 'cult' acabam destruindo um filme que poderia ser acessível e adorado por todos os públicos...
O Menino da Internet: A História de Aaron Swartz
4.4 66 Assista AgoraNo capitalismo você só pode ser dois tipos de pessoas:
- O primeiro é o inovador que consegue criar algo novo e disponibilizar essa inovação para o público, mas a troco de um custo (dinheiro)
- O segundo é o inovador que consegue criar algo novo e disponibilizar essa inovação para o público, mas a troco de nada, apenas para disseminar o que foi criado.
O primeiro é visto como empreendedor, um vencedor da vida.
O segundo não consegue chegar ao fim da história porque é sucumbido pelo processo...
No capitalismo, o governo é só uma parte de uma instituição privada que te apunhala por existir, e quando você se da conta disso e vai contra o processo, você tende a ser deletado da sociedade, como um arquivo...
Um Drink no Inferno
3.7 1,4K Assista AgoraEstamos falando de dois filmes em um filme.
Leia a sinopse! ''mas descobrem algo totalmente inacreditável no local.'' É LITERALMENTE INACREDITÁVEL! O filme tem menos de duas horas, tendo a medida certa, mais um minuto a mais seria completamente arrastado e perderia a proposta.
Trash total, sem mais!