Documentário maravilhoso! Um retrato fidelíssimo do Brasil profundo, com todas as suas tradições e costumes típicos, sua religiosidade pungente e sua diversidade étnica fruto da mestiçagem que nos formou enquanto povo.
Simplesmente porque é o trabalho da vida do renomadíssimo diretor Martin Scorcese.
E quem é Martin Scorcese?
Ele é só um dos cineastas mais influentes de Hollywood. Ele foi, por exemplo, o diretor de "Taxi Driver" (1976) e de "O Rei da Comédia" (1982), dois clássicos que são confessadamente as duas maiores influências do mais recente sucesso de público e crítica: "Coringa".
Martin Scorcese fez muitos outros grandes trabalhos e de todos com os quais eu pude ter contato "O Irlandês" é o mais magistral!
Primeiramente Scorcese realiza nesse filme o feito de conduzir um time de atores de altíssimo peso que funciona de modo harmônico. Robert De Niro não ofusca Al Pacino e vice versa e sobra muito espaço para Joe Pesci, Harvey Keitel e vários outros participarem de um jeito que cada personagem seja relevante pro desenrolar da narrativa.
Em segundo lugar temos os aspectos estéticos. Figurinos, maquiagem, cenários, efeitos, fotografia... Tudo está perfeito! A imersão dentro do submundo dos gangsters, sindicalitas corruptos e episódios políticos marcantes da América é total. Os planos de cena te fazem sentir-se dentro dos espaços onde tudo acontece. Você é capturado pela tela!
E quanto ao roteiro eu somente digo: primoroso! Muitos infelizmente poderão se intimidar de assistir a esse filme por causa da duração dele. A esses digo: construir leva tempo e esforço. E é precisamente um trabalho de engenharia e construção arquitetônica que Scorcese faz nesse longa-metragem. Não se pode conduzir uma meditação existencial profunda envolvendo três figuras complexas como Frank Sheeran, Jimmy Hoffa e Russ Bufalino com uma hora e meia ou duas de filme. Afinal de contas tratam-se de homens que realmente existiram, retiradas as devidas licenças poéticas.
A vida nua e crua. Ações tem consequências, algumas imediatamente, outras depois de um tempo e outras ainda depois de anos. Mas a cobrança sempre virá. É sobre isso que trata-se "O Irlandês" de Scorcese.
O diretor Mike Flanagan na minha opinião conseguiu um feito colossal com esse filme: agradar tanto os fãs do cultuado "O Iluminado" de Kubrick quanto agradar o autor do material original, Stephen King, conhecido por detestar a adaptação de 1980. E eu acho que o que Flanagan fez foi espetacular. Ele fez uma sequência dentro do gênero da chamada "baixa fantasia", trabalhou toda a mitologia da iluminação que havia sido relegada por Kubrick, fez mudanças em relação ao livro que foram muito acertadas para o formato do cinema e ainda por cima homenageou o legado do clássico dos anos 80 de uma maneira muito genial.
A única cena que eu achei que poderia ter sido melhor contextualizada ou retirada é a da onda de sangue vinda do elevador do Hotel Overlook sendo vista por Rose, a Cartola. É verdade que aquilo ficou meio "o fã service pelo fã service".
Stephen King é um mestre e Frank Darabont adaptando-o nesse filme é fenomenal. O que faltou de calidez em "O Ilumuninado" de Kubrick sobejou nesse filme. Você se sente dentro dos muros de Shawshank, se identifica com cada um dos personagens e é conduzido por uma história que é sagaz, trágica e belíssima em todos os seus pontos. "A esperança é uma coisa boa, talvez a melhor delas."
É inegável que o filme é uma maravilha técnica. Os planos de filmagem e os ângulos de câmera que o Kubrick adota são realmente muito marcantes e as atuações são ótimas, com destaque para a interpretação visceral de Jack Nicholson. O diretor tomou algumas liberdades criativas que são aceitáveis e não minam a qualidade. O ponto realmente negativo é que o filme peca em demonstrar a transformação psicológica de Jack Torrance assim como a dinâmica dos poderes de Danny. A desintegração da família Torrance não é realmente sentida pois o filme não constrói essa imagem deles de forma apropriada. É por conta disso que embora tenha achado um bom filme concordo com a opinião do autor do livro que o inspirou, Stephen King, ao dizer que é um filme frio, sem a calidez que o livro tem.
Um filme interessante para se conhecer a religião judaica/hassídica por dentro e entender sua filosofia e o sistema social que foi criado a partir dela. Menashe é um personagem trágico que em meio as exigências do mundo secular e do meio religioso em que vive tem de lutar por aquilo que lhe é mais precioso: seu filho. A história é triste mas também é bela pois nos faz refletir em um valor importantíssimo e que tem se perdido atualmente na sociedade ocidental: a responsabilidade da paternidade.
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Bravos Valentes - Vaqueiros do Brasil
3.2 1Documentário maravilhoso! Um retrato fidelíssimo do Brasil profundo, com todas as suas tradições e costumes típicos, sua religiosidade pungente e sua diversidade étnica fruto da mestiçagem que nos formou enquanto povo.
Cursed - A Lenda do Lago (1ª Temporada)
3.0 124 Assista AgoraTem altos e baixos mas até que é um entretenimento legal.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KVencemos DCnautas, vencemos.
Caçadores de Emoção
3.7 471 Assista AgoraComo um grande fã da de Velozes e Furiosos, Anos 90, esportes aquáticos, som flashback e KEANU REEVES eu simplesmente adorei.
Conversando sobre O Irlandês
4.3 26Bom papo.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraPORQUE VOCÊ DEVE ASSISTIR "O IRLANDÊS":
Simplesmente porque é o trabalho da vida do renomadíssimo diretor Martin Scorcese.
E quem é Martin Scorcese?
Ele é só um dos cineastas mais influentes de Hollywood. Ele foi, por exemplo, o diretor de "Taxi Driver" (1976) e de "O Rei da Comédia" (1982), dois clássicos que são confessadamente as duas maiores influências do mais recente sucesso de público e crítica: "Coringa".
Martin Scorcese fez muitos outros grandes trabalhos e de todos com os quais eu pude ter contato "O Irlandês" é o mais magistral!
Primeiramente Scorcese realiza nesse filme o feito de conduzir um time de atores de altíssimo peso que funciona de modo harmônico. Robert De Niro não ofusca Al Pacino e vice versa e sobra muito espaço para Joe Pesci, Harvey Keitel e vários outros participarem de um jeito que cada personagem seja relevante pro desenrolar da narrativa.
Em segundo lugar temos os aspectos estéticos. Figurinos, maquiagem, cenários, efeitos, fotografia... Tudo está perfeito! A imersão dentro do submundo dos gangsters, sindicalitas corruptos e episódios políticos marcantes da América é total. Os planos de cena te fazem sentir-se dentro dos espaços onde tudo acontece. Você é capturado pela tela!
E quanto ao roteiro eu somente digo: primoroso! Muitos infelizmente poderão se intimidar de assistir a esse filme por causa da duração dele. A esses digo: construir leva tempo e esforço. E é precisamente um trabalho de engenharia e construção arquitetônica que Scorcese faz nesse longa-metragem.
Não se pode conduzir uma meditação existencial profunda envolvendo três figuras complexas como Frank Sheeran, Jimmy Hoffa e Russ Bufalino com uma hora e meia ou duas de filme. Afinal de contas tratam-se de homens que realmente existiram, retiradas as devidas licenças poéticas.
A vida nua e crua. Ações tem consequências, algumas imediatamente, outras depois de um tempo e outras ainda depois de anos. Mas a cobrança sempre virá. É sobre isso que trata-se "O Irlandês" de Scorcese.
"Aqui se faz. Aqui se paga."
Merece o Oscar. Muito.
Doutor Sono
3.7 1,0K Assista AgoraO diretor Mike Flanagan na minha opinião conseguiu um feito colossal com esse filme: agradar tanto os fãs do cultuado "O Iluminado" de Kubrick quanto agradar o autor do material original, Stephen King, conhecido por detestar a adaptação de 1980. E eu acho que o que Flanagan fez foi espetacular.
Ele fez uma sequência dentro do gênero da chamada "baixa fantasia", trabalhou toda a mitologia da iluminação que havia sido relegada por Kubrick, fez mudanças em relação ao livro que foram muito acertadas para o formato do cinema e ainda por cima homenageou o legado do clássico dos anos 80 de uma maneira muito genial.
A única cena que eu achei que poderia ter sido melhor contextualizada ou retirada é a da onda de sangue vinda do elevador do Hotel Overlook sendo vista por Rose, a Cartola. É verdade que aquilo ficou meio "o fã service pelo fã service".
Um Sonho de Liberdade
4.6 2,4K Assista AgoraStephen King é um mestre e Frank Darabont adaptando-o nesse filme é fenomenal. O que faltou de calidez em "O Ilumuninado" de Kubrick sobejou nesse filme. Você se sente dentro dos muros de Shawshank, se identifica com cada um dos personagens e é conduzido por uma história que é sagaz, trágica e belíssima em todos os seus pontos.
"A esperança é uma coisa boa, talvez a melhor delas."
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraÉ inegável que o filme é uma maravilha técnica. Os planos de filmagem e os ângulos de câmera que o Kubrick adota são realmente muito marcantes e as atuações são ótimas, com destaque para a interpretação visceral de Jack Nicholson. O diretor tomou algumas liberdades criativas que são aceitáveis e não minam a qualidade.
O ponto realmente negativo é que o filme peca em demonstrar a transformação psicológica de Jack Torrance assim como a dinâmica dos poderes de Danny. A desintegração da família Torrance não é realmente sentida pois o filme não constrói essa imagem deles de forma apropriada. É por conta disso que embora tenha achado um bom filme concordo com a opinião do autor do livro que o inspirou, Stephen King, ao dizer que é um filme frio, sem a calidez que o livro tem.
Menashe
3.0 23 Assista AgoraUm filme interessante para se conhecer a religião judaica/hassídica por dentro e entender sua filosofia e o sistema social que foi criado a partir dela. Menashe é um personagem trágico que em meio as exigências do mundo secular e do meio religioso em que vive tem de lutar por aquilo que lhe é mais precioso: seu filho. A história é triste mas também é bela pois nos faz refletir em um valor importantíssimo e que tem se perdido atualmente na sociedade ocidental: a responsabilidade da paternidade.