Por favor, quase chorei, me fez me sentir uma criança sem brinquedos. Esse filme é maravilhoso, tanto quanto o primeiro. Acho difícil uma trilogia ser tão bem feita em todas os 3 filmes. Mas Toy Story é realmente uma particularidade, em infinitos aspectos.
Apesar da simbologia desmitificável desse filme, perguntas no debate como "Vocês acham que eles realmente transaram?" me causou um impacto muito grande, afinal de contas, o entrelaçamento da inocência com o "paganismo" cai no fim das contas em um singela romance, mesmo que seja visto com más olhos, o filme não perde o encanto. Françoise Hardy e Hank Williams ganham com potencial extremo para uma ótima trilha sonora. Uma beleza!
A cena após a morte da mãe e ele se travestindo daquele personagem recentemente abandonado me fez lembrar do final de Psicose. O beleza do Clint - como disse um crítico que se diz apaixonado pela obra do diretor - é que ele consegue mostrar amor nas coisas mais sórdidas, nos planos mais tortuosos, onde parece haver só paganismo e perversidade, ele mostra singelamente o sentimento. Não é um filme vulgar, tão pouco policial e intencionalmente político. Relata apenas um sentimento embutido dentro de um contexto diferente, e entrelaçando características públicas que podem se tornar perigosas.
A flexibilidade das dunas e a inflexibilidade do homem em se manter acomodado, um contraste grandioso, a luta de um homem pela liberdade, uma mulher vezes morta, vezes bifurcada por faíscas de vida que se debatem dentro dela. Um filme genial, que merece sim todos os méritos. Classificado como Drama, mas por mim poderíamos incluir o Suspense. O filme é refinado por uma peneira sem fim, carregado de agonia e recheado de sabedoria cinematográfica. O roteiro casou com a fotografia, e chamaram todos os padrinhos para a celebração. Por isso, devemos celebrar esse filme!
2 horas voaram e quando eu vi, tava quase chorando de tamanha emoção. Um filme pra ser assistido com sorrisos de duas horas que também se surpreendem pelos olhos marejados e pela ação natural dos corpos ao se remexer na cadeira incansavelmente, sem saber de onde vem tamanha magia, a resposta vem de imediado: É o Cinema!
Nem repetir o que todos disseram sobre a atuação da Pitanga com o Machado. Nem repetir o que todos já disseram sobre a fotografia. Nem repetir o que todos já disseram sobre toda a maravilha que é esse filme! Mas se já disseram isso, ainda não li, achei esse filme completo, um filme nacional que nos faz sentir orgulho de fazermos parte desse cinema, de conseguir mostrar com maestria nosso ambiente, hospitaleiro ou hostil(como no filme). Senti vontades repentinas de aplaudir o filme pela beleza e mais verossímil perfeição que quase atinge. Se não aqui ou ali os seus deslizes feitos podem pender o filme para um lado mais negativo, mas por toda a atuação, envolvimento, ficção e direção que sincronizaram perfeitamente nesse filme são grandiosos demais pra serem levados em conta. É lamentável não conseguirmos enxergar a maximização dessa obra. Senti uma vontade absurda de correr atrás do livro.
P.S: A Camila faz a cara do filme como em todos os pôsteres já dizem, o personagem mais marcante e mais enigmático, ela está esplêndida atuando nesse filme, talvez por sentir a liberdade que a televisão não pode lhe oferecer, ela se entrega ao papel, chegou a me dar calafrios o tamanho trabalho de atuação que ela tem aqui.
Não esqueço da cena em que o Fausto e sua amada caem na profundeza da lagoa abandonando as rochas. Até agora, a beleza daquela cena não larga a minha cabeça, foi tão linda, tão linda, que acho que todo o tempo esperando por ela valeu a pena.
O filme aparentemente perdido e bobo conclui sem ápice pra muitos, mas ao visto de outros é um filme complexo e reflexivo. Mas como poderemos refletir sem ter conteúdo algum? É um daqueles filmes dos quais precisamos de estudo pra entender, poucos se encantarão com a história, afinal, o encanto tá escondido na complexidade, que se desvendada, transforma o filme em um dos melhores do ano, digo, foi isso que a APJCC fez, colocou ele na lista do 10 melhores pra serem exibidos, mas não acho que tem patamar pra tal classificação, mesmo que o gosto de alguns seja apurado pra esse tipo de "obra de arte restrita", acho desleal remar contra a maré fazendo o público suportar por educação um filme que não agradará à massa. No meu caso, fiquei neutro, preferi a crítica que me abriu os olhos após a exibição, do que o filme em si. E sobre minha própria visão do filme, foi divertido em algumas partes, mas sem nenhum crédito pra ser melhor do ano, com toda certeza não.
O filme arranca risadas bobas demais, mesmo sendo irônico com o cinema e "desvendando" os clichês o filme foi mal produzido, mal dirigido e mal preparado, a qualidade é de Tele Curso, pensei que fosse um filme da década de noventa.
Não é um filme que eu consigo falar sobre, não pude manter relações com os personagens, nem me identifiquei, mas não foi o tipo de filme que me deu raiva de ter perdido tempo assistindo.
A Monica Bellucci nos faz entender que ela é uma ótima atriz porque acima daquele visual estrogênico, ela ainda consegue ser uma boa atriz. Garrel faz o papel de Garrel machista, mas tão expressivo quanto nos outros filmes. E sobre o filme em si, absorvi que em dias atuais, ainda podemos encontramos homens que acham que mulheres devem se submeter à eles, que iludidos vivem achando que elas nunca o deixarão, Monica representou a mulher moderna, que apesar de tudo, vai embora quando não está bem. A visão machista fica explícita no filme. Mas nada demais, nada que dê motivos pro Philippe Garrel fazer esse filme, embora, segundo o amigo à baixo disse, ele faz tudo sem motivos, então tá certo, não devemos mais esperar algo surpreendente dele.
Um filme brasileiro vulgar, sem palavrões, expelindo poesia e gozando a beleza natural. Uma semente familiar mal germinada, anomalias, loucura, paixão, dor com suor, cargas emocionais ativas. Ousadia junto de atuações excelentes, não só o roteiro é uma poesia, mas a própria câmera.
É um espetáculo de palavras e músicas, o carisma a acompanhava à cada segundo de Elis em vida. Era a divindade da música, e será! Quando ela fala que trás do pai aquele carma com pessoas caladas, e que este continua quando conhece o Chico e posteriormente o Milton (que se tornou idolatrado por Elis). Isso me fez pensar que se Elis existisse hoje e eu tivesse a oportunidade de conhecê-la, ela diria que o carma se estendeu até os seus próprios fãs. A verdade é que Elis deixa as pessoas mudas, como um colega à baixo disse.
Não comentarei o espasmo que esse filme causa na minha vida. O único assunto que tenho pra me admirar é - com todo o meu respeito à todos - a visão negativa que muitas pessoas tem sobre o Christopher, sobre a iniciativa que ele teve de largar o que vivia, sobra a coragem embutida naquele ser de desistir do seu futuro, de esquecer dos paradigmas sociais, de saciar todo o prazer da vida, de todas as experiências naturais que uma pessoa só, em uma vida só, pode viver. Ele se deixou ser animal, perdeu a cidadania pra virar gente, até mais humano no meio mato do que na cidade. Um filme que inspira minha vida, com certeza, não é um filme qualquer pra mim, mas sim, uma lição de vida. Trato o Christopher como se fosse um irmão, como se fosse um ser vigente na minha vida, quase que o alter ego da minha alma.
Isabelle é Eva Green pra mim, como alguém pode se entregar ao personagem se não se confundindo com o próprio? Theo é Garrel mostrando toda sua forma máscula e aventureira, delineando a vida atrás daquele olhar cortante. E Matthew é Pitt perdido entre duas pessoas que são realmente uma só.
Quê pais mais educados! Quê discussões cinematográficas maravilhosas! Quê elenco absurdamente ligado em um elo perfeito! Quê filme!
Esse filme me assustou demais, tinha tudo pra ser um besteirol, sem pé nem cabimento, falando de tudo que todos os outros filmes de comédia falaram em suas mil versões. Mulheres, depravação, molecagem e lição de moral batida. Quando de repente o filme começa com umas cenas bonitas, falando em um linguajar simples de filmes de comédia, algo muito interessante. Juro que achei empolgante a forma que eles fizeram o remake de todos aqueles filmes. Cenas muito boas, uma ideia quase genial pra um filme bobo. Sem contar que só de focar em uma locadora de VHS que não consegue mais se reerguer o filme já tem história, marca uma época onde os filmes eram encontradas em santuários espalhados nos bairros das cidades, etapa que já foi passa há tempos, depois dos DVDs, veio a pirataria e a divulgação online dos filmes. Hoje toda essa tradição de ir para as locadoras e locar seus filmes, e discutir de filmes com seus clientes, tudo isso se perdeu. Sou feliz por ter nascido dentro de uma e ter ao menos na minha infância podido acompanhar aqueles velhos e bons tempos de celebração ao cinema da forma mais simples.
"Precisamos nos adaptar ao mercado. Danem-se os documentários, filmes antigos, filmes "cult". Precisamos simplificar duas seções. Ação e aventura - Comédias. Só isso!"
Um dos melhores roteiros que já vi em toda minha vida, a atuação precária do cinema brasileiro na década de 1960 foi até apaziguada aqui, as atuações do Zeca da Curva, do Engenheiro e da Hospitaleira foram boas. Mas o roteiro em si, nossa, de uma sensibilidade tremenda. Quando o filme cai na isca da fantasia, poucos conseguem tragar a ideia do filme sem malícia. O filme é como um jogo de ilusão ótica, te faz pensar em algo perverso e tremendamente cruel como todos os inescrupulosos moradores da cidadela, quando a verdade está oculta em uma poesia incrível. Essa coisa de menino, vento, prazer e interior me lembram as poesias do Manoel.
Como já disseram à baixo, Robert Downey Jr. atua com os olhos durante todo o filme. E eu juro que percebi que era ele nas primeiras filmagens, a seleção para o papel teria poucos outros atores tão capacitados quanto ele. Os olhos dele falam demais, não só aqui em A Pele, mas em muitos outros filmes, embora seja nesse que os olhos falam mais. Nicole Kidman está deslumbrante, naqueles vestidinhos antigos e atuando como moça comportada, que no entanto não suporta viver naquele meio social que é inclusa. A forma como Diane teve que segregar seu papel de mulher realizada por tanto tempo dentro do papel familiar que ela vivia. Ela tinha tudo, mas estava sempre em busca de algo misterioso, ela gostava dos segredos das pessoas, do mistério, de nada claro, acho que cheguei à me identificar com ela nesse pedaço, as coisas totalmente expostas pra ela não eram agradáveis, ela precisava de mais mistério, de mais silêncio pra pensar. Não conheço o trabalho de Diane, mas aposto que deve ser de uma sensibilidade tremenda, até porque o filme não mostra esse trabalho, mas mostra Diane se relacionando com o ambiente, com o momento, mostra ela em sintonia com as coisas, consigo mesmo quando segura a câmera.
Se as coreografias de Pina não falarem contigo, ou ao menos não te tocarem, o filme será incompreensível. Caso contrário, é só sentir. Esse filme é um amontoado de sentimentos, como bem disseram, sentimentos de dor, solidão e força. Nada menos do que Pina parecia ser. Nunca ouvi falar dela, nem de seu trabalho, mas chegando ao meu ver com toda essa obra, fica inevitável não se contagiar. É lindo, todo o trabalho, tive vontade de dançar junto, desaparecer no meio de todos como mais alguém que precisa dançar quando as palavras não expõem o que temos por dentro.
Toy Story 3
4.4 3,6K Assista AgoraPor favor, quase chorei, me fez me sentir uma criança sem brinquedos. Esse filme é maravilhoso, tanto quanto o primeiro. Acho difícil uma trilogia ser tão bem feita em todas os 3 filmes. Mas Toy Story é realmente uma particularidade, em infinitos aspectos.
Amarcord
4.2 177 Assista AgoraSó eu não devo ter gostado pelo visto.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraApesar da simbologia desmitificável desse filme, perguntas no debate como "Vocês acham que eles realmente transaram?" me causou um impacto muito grande, afinal de contas, o entrelaçamento da inocência com o "paganismo" cai no fim das contas em um singela romance, mesmo que seja visto com más olhos, o filme não perde o encanto. Françoise Hardy e Hank Williams ganham com potencial extremo para uma ótima trilha sonora. Uma beleza!
J. Edgar
3.5 646 Assista AgoraA cena após a morte da mãe e ele se travestindo daquele personagem recentemente abandonado me fez lembrar do final de Psicose.
O beleza do Clint - como disse um crítico que se diz apaixonado pela obra do diretor - é que ele consegue mostrar amor nas coisas mais sórdidas, nos planos mais tortuosos, onde parece haver só paganismo e perversidade, ele mostra singelamente o sentimento. Não é um filme vulgar, tão pouco policial e intencionalmente político. Relata apenas um sentimento embutido dentro de um contexto diferente, e entrelaçando características públicas que podem se tornar perigosas.
A Mulher da Areia
4.5 96A flexibilidade das dunas e a inflexibilidade do homem em se manter acomodado, um contraste grandioso, a luta de um homem pela liberdade, uma mulher vezes morta, vezes bifurcada por faíscas de vida que se debatem dentro dela.
Um filme genial, que merece sim todos os méritos. Classificado como Drama, mas por mim poderíamos incluir o Suspense. O filme é refinado por uma peneira sem fim, carregado de agonia e recheado de sabedoria cinematográfica.
O roteiro casou com a fotografia, e chamaram todos os padrinhos para a celebração. Por isso, devemos celebrar esse filme!
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista Agora2 horas voaram e quando eu vi, tava quase chorando de tamanha emoção. Um filme pra ser assistido com sorrisos de duas horas que também se surpreendem pelos olhos marejados e pela ação natural dos corpos ao se remexer na cadeira incansavelmente, sem saber de onde vem tamanha magia, a resposta vem de imediado: É o Cinema!
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios
3.5 554 Assista AgoraNem repetir o que todos disseram sobre a atuação da Pitanga com o Machado.
Nem repetir o que todos já disseram sobre a fotografia.
Nem repetir o que todos já disseram sobre toda a maravilha que é esse filme!
Mas se já disseram isso, ainda não li, achei esse filme completo, um filme nacional que nos faz sentir orgulho de fazermos parte desse cinema, de conseguir mostrar com maestria nosso ambiente, hospitaleiro ou hostil(como no filme).
Senti vontades repentinas de aplaudir o filme pela beleza e mais verossímil perfeição que quase atinge. Se não aqui ou ali os seus deslizes feitos podem pender o filme para um lado mais negativo, mas por toda a atuação, envolvimento, ficção e direção que sincronizaram perfeitamente nesse filme são grandiosos demais pra serem levados em conta. É lamentável não conseguirmos enxergar a maximização dessa obra. Senti uma vontade absurda de correr atrás do livro.
P.S: A Camila faz a cara do filme como em todos os pôsteres já dizem, o personagem mais marcante e mais enigmático, ela está esplêndida atuando nesse filme, talvez por sentir a liberdade que a televisão não pode lhe oferecer, ela se entrega ao papel, chegou a me dar calafrios o tamanho trabalho de atuação que ela tem aqui.
Fausto
3.4 220 Assista AgoraNão esqueço da cena em que o Fausto e sua amada caem na profundeza da lagoa abandonando as rochas. Até agora, a beleza daquela cena não larga a minha cabeça, foi tão linda, tão linda, que acho que todo o tempo esperando por ela valeu a pena.
Cosmópolis
2.7 1,0K Assista Agora- Minha próstata é assimétrica.
- A minha também!
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraIa, agora eu já não sei mais o que dizer.
Caminho para o Nada
3.1 24O filme aparentemente perdido e bobo conclui sem ápice pra muitos, mas ao visto de outros é um filme complexo e reflexivo. Mas como poderemos refletir sem ter conteúdo algum? É um daqueles filmes dos quais precisamos de estudo pra entender, poucos se encantarão com a história, afinal, o encanto tá escondido na complexidade, que se desvendada, transforma o filme em um dos melhores do ano, digo, foi isso que a APJCC fez, colocou ele na lista do 10 melhores pra serem exibidos, mas não acho que tem patamar pra tal classificação, mesmo que o gosto de alguns seja apurado pra esse tipo de "obra de arte restrita", acho desleal remar contra a maré fazendo o público suportar por educação um filme que não agradará à massa. No meu caso, fiquei neutro, preferi a crítica que me abriu os olhos após a exibição, do que o filme em si. E sobre minha própria visão do filme, foi divertido em algumas partes, mas sem nenhum crédito pra ser melhor do ano, com toda certeza não.
Como Fazer um Filme de Amor
2.9 56O filme arranca risadas bobas demais, mesmo sendo irônico com o cinema e "desvendando" os clichês o filme foi mal produzido, mal dirigido e mal preparado, a qualidade é de Tele Curso, pensei que fosse um filme da década de noventa.
A melhor parte foi quando eles me pegaram fazendo um falsete de final. E a casa da moça me lembrou demais os cenários do Almodóvar.
Um Vazio no Meu Coração
2.8 70Não é um filme que eu consigo falar sobre, não pude manter relações com os personagens, nem me identifiquei, mas não foi o tipo de filme que me deu raiva de ter perdido tempo assistindo.
Um Verão Escaldante
3.0 121A Monica Bellucci nos faz entender que ela é uma ótima atriz porque acima daquele visual estrogênico, ela ainda consegue ser uma boa atriz. Garrel faz o papel de Garrel machista, mas tão expressivo quanto nos outros filmes. E sobre o filme em si, absorvi que em dias atuais, ainda podemos encontramos homens que acham que mulheres devem se submeter à eles, que iludidos vivem achando que elas nunca o deixarão, Monica representou a mulher moderna, que apesar de tudo, vai embora quando não está bem. A visão machista fica explícita no filme. Mas nada demais, nada que dê motivos pro Philippe Garrel fazer esse filme, embora, segundo o amigo à baixo disse, ele faz tudo sem motivos, então tá certo, não devemos mais esperar algo surpreendente dele.
Lavoura Arcaica
4.2 382 Assista AgoraUm filme brasileiro vulgar, sem palavrões, expelindo poesia e gozando a beleza natural. Uma semente familiar mal germinada, anomalias, loucura, paixão, dor com suor, cargas emocionais ativas. Ousadia junto de atuações excelentes, não só o roteiro é uma poesia, mas a própria câmera.
Programa Ensaio: Elis Regina
4.7 19É um espetáculo de palavras e músicas, o carisma a acompanhava à cada segundo de Elis em vida. Era a divindade da música, e será!
Quando ela fala que trás do pai aquele carma com pessoas caladas, e que este continua quando conhece o Chico e posteriormente o Milton (que se tornou idolatrado por Elis). Isso me fez pensar que se Elis existisse hoje e eu tivesse a oportunidade de conhecê-la, ela diria que o carma se estendeu até os seus próprios fãs.
A verdade é que Elis deixa as pessoas mudas, como um colega à baixo disse.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraNão comentarei o espasmo que esse filme causa na minha vida. O único assunto que tenho pra me admirar é - com todo o meu respeito à todos - a visão negativa que muitas pessoas tem sobre o Christopher, sobre a iniciativa que ele teve de largar o que vivia, sobra a coragem embutida naquele ser de desistir do seu futuro, de esquecer dos paradigmas sociais, de saciar todo o prazer da vida, de todas as experiências naturais que uma pessoa só, em uma vida só, pode viver. Ele se deixou ser animal, perdeu a cidadania pra virar gente, até mais humano no meio mato do que na cidade.
Um filme que inspira minha vida, com certeza, não é um filme qualquer pra mim, mas sim, uma lição de vida. Trato o Christopher como se fosse um irmão, como se fosse um ser vigente na minha vida, quase que o alter ego da minha alma.
Os Sonhadores
4.1 2,0K Assista AgoraMe dá um aperto no peito por não ser realidade.
Isabelle é Eva Green pra mim, como alguém pode se entregar ao personagem se não se confundindo com o próprio? Theo é Garrel mostrando toda sua forma máscula e aventureira, delineando a vida atrás daquele olhar cortante. E Matthew é Pitt perdido entre duas pessoas que são realmente uma só.
Quê pais mais educados!
Quê discussões cinematográficas maravilhosas!
Quê elenco absurdamente ligado em um elo perfeito!
Quê filme!
Rebobine, Por Favor
3.4 518Esse filme me assustou demais, tinha tudo pra ser um besteirol, sem pé nem cabimento, falando de tudo que todos os outros filmes de comédia falaram em suas mil versões. Mulheres, depravação, molecagem e lição de moral batida. Quando de repente o filme começa com umas cenas bonitas, falando em um linguajar simples de filmes de comédia, algo muito interessante. Juro que achei empolgante a forma que eles fizeram o remake de todos aqueles filmes. Cenas muito boas, uma ideia quase genial pra um filme bobo. Sem contar que só de focar em uma locadora de VHS que não consegue mais se reerguer o filme já tem história, marca uma época onde os filmes eram encontradas em santuários espalhados nos bairros das cidades, etapa que já foi passa há tempos, depois dos DVDs, veio a pirataria e a divulgação online dos filmes. Hoje toda essa tradição de ir para as locadoras e locar seus filmes, e discutir de filmes com seus clientes, tudo isso se perdeu. Sou feliz por ter nascido dentro de uma e ter ao menos na minha infância podido acompanhar aqueles velhos e bons tempos de celebração ao cinema da forma mais simples.
"Precisamos nos adaptar ao mercado. Danem-se os documentários, filmes antigos, filmes "cult". Precisamos simplificar duas seções. Ação e aventura - Comédias. Só isso!"
O Menino e o Vento
4.3 62Égua do roteiro!
Um dos melhores roteiros que já vi em toda minha vida, a atuação precária do cinema brasileiro na década de 1960 foi até apaziguada aqui, as atuações do Zeca da Curva, do Engenheiro e da Hospitaleira foram boas. Mas o roteiro em si, nossa, de uma sensibilidade tremenda. Quando o filme cai na isca da fantasia, poucos conseguem tragar a ideia do filme sem malícia. O filme é como um jogo de ilusão ótica, te faz pensar em algo perverso e tremendamente cruel como todos os inescrupulosos moradores da cidadela, quando a verdade está oculta em uma poesia incrível. Essa coisa de menino, vento, prazer e interior me lembram as poesias do Manoel.
A Pele
3.6 264Como já disseram à baixo, Robert Downey Jr. atua com os olhos durante todo o filme. E eu juro que percebi que era ele nas primeiras filmagens, a seleção para o papel teria poucos outros atores tão capacitados quanto ele. Os olhos dele falam demais, não só aqui em A Pele, mas em muitos outros filmes, embora seja nesse que os olhos falam mais.
Nicole Kidman está deslumbrante, naqueles vestidinhos antigos e atuando como moça comportada, que no entanto não suporta viver naquele meio social que é inclusa. A forma como Diane teve que segregar seu papel de mulher realizada por tanto tempo dentro do papel familiar que ela vivia. Ela tinha tudo, mas estava sempre em busca de algo misterioso, ela gostava dos segredos das pessoas, do mistério, de nada claro, acho que cheguei à me identificar com ela nesse pedaço, as coisas totalmente expostas pra ela não eram agradáveis, ela precisava de mais mistério, de mais silêncio pra pensar.
Não conheço o trabalho de Diane, mas aposto que deve ser de uma sensibilidade tremenda, até porque o filme não mostra esse trabalho, mas mostra Diane se relacionando com o ambiente, com o momento, mostra ela em sintonia com as coisas, consigo mesmo quando segura a câmera.
Juventude Transviada
3.9 546 Assista AgoraEssa jaqueta vermelha é tão marcante.
O Espelho
4.3 264 Assista Agora"A obrigação do poeta é causar emoções espirituais, não educar idólatras."
Pina
4.4 408Se as coreografias de Pina não falarem contigo, ou ao menos não te tocarem, o filme será incompreensível. Caso contrário, é só sentir. Esse filme é um amontoado de sentimentos, como bem disseram, sentimentos de dor, solidão e força. Nada menos do que Pina parecia ser. Nunca ouvi falar dela, nem de seu trabalho, mas chegando ao meu ver com toda essa obra, fica inevitável não se contagiar. É lindo, todo o trabalho, tive vontade de dançar junto, desaparecer no meio de todos como mais alguém que precisa dançar quando as palavras não expõem o que temos por dentro.