Se eu fosse aqueles adolescente bem intensos de 14, 15, 16 anos, que idealizam viver tudo até as últimas consequências, eu ia AMAR esse filme. Mas depois de adulto, com senso crítico desenvolvido, não dá, é muita apelação. Ou seja, o filme é pra uma faixa etária adolescente que não pode assistir ao filme, pela censura ser para 18 anos, ou para adultos infantilizados, que pelo que consta, é uma tendência no Japão. Nisso, entra outra questão deste filme, a de levar em conta uma cosmovisão adolescente japonesa muita particular que reverbera na vida adulta de muitos deles, e nisso se inclui o fetichismo e sexualização, que sempre foram presentes na dita cultura pop japonesa.
Enfim, se encaixa naquela sociedade que é uma mescla entre o capitalismo de mercado ultra competitivo, imposta de modo alienígena pelos Estados Unidos após a segunda guerra mundial, e tradições ancestrais de rigidez, respeito incondicional e repressão. A síntese disso tudo na sociedade japonesa contemporânea é adultos frustrados, pois são incapazes de atender às expectativas, suicidas, solitários (pra não dizer a expressão da moda: incel) e reprimidos. A válvula de escape escapista? Voltar aquela infância/adolescência sem responsabilidades, na qual a única coisa que interessava era viver um amor intenso (que antes sempre foi platônico pois sofrimento e repressão) até o fim custe o que custar.
Portanto, o filme deve fazer sentido só nesse nicho da sociedade japonesa. Fora dela, só não é um lixo completo porque gostei da fotografia.
Não ficarei tão só no campo da arte, e, ânimo firme, sobranceiro e forte, tudo farei por ti para exaltar-te, serenamente, alheio à própria sorte.
Para que eu possa um dia contemplar-te dominadora, em férvido transporte, direi que és bela e pura em toda parte, por maior risco em que essa audácia importe.
Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma, que não exista força humana alguma que esta paixão embriagadora dome.
E que eu por ti, se torturado for, possa feliz, indiferente à dor, morrer sorrindo a murmurar teu nome
Carlos Marighella (São Paulo, Presídio Especial, 1939)
O filme é a fusão de tudo o que o cinema sem som alcançou em termos de inovação e técnica. Ao mesmo tempo, ele não deixa também de ser inovativo e transgressor, como as cenas áreas desde um aeroplano acrobático. Representa muito bem o fim de uma era e de igual maneira nos dá uma prévia do qual teria sido o futuro do cinema mudo, caso não houvesse o advento do som no fim da década de 1920. É quase uma metafórica síntese deste país chamado Brasil, que, no mesmo compasso em que absorve tudo o que vem do exterior, anseia em ser referência e vanguarda, num ritmo lento, contraditório e atrasado.
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Rivais
3.8 280Aula de como meter um roteiro num buraco sem saída, e assim, o final só pode ser covarde, como de fato foi...
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraEste filme é um desrespeito a todas as pessoas que tem alguma condição neurológica com principalmente: paralisia cerebral e espasticidade.
Encanto
3.8 805Filme que tive a sensação que o diretores, produtores e roteiristas simplesmente jogaram as coisas na tela.
Mães Paralelas
3.7 411O roteiro nunca foi o forte do Almodóvar
Mães de Verdade
3.8 18 Assista AgoraO filme parece um documentário em certas partes. Muito bom!
Crianças do Sol
3.7 16 Assista AgoraCapitães da Areia versão iraniana
Alguma Coisa Assim
3.1 47Grande premissa, mas muito mal aproveitada
O Paraíso e a Serpente
4.0 124Grande atuação de Billy Howle
O Paraíso e a Serpente
4.0 124Nunca imaginei que veria uma série na qual um DIPLOMATA burocrata é o Super-Herói. Só em série baseada em fatos reais mesmo
Tudo por Ela
1.8 52Se eu fosse aqueles adolescente bem intensos de 14, 15, 16 anos, que idealizam viver tudo até as últimas consequências, eu ia AMAR esse filme. Mas depois de adulto, com senso crítico desenvolvido, não dá, é muita apelação. Ou seja, o filme é pra uma faixa etária adolescente que não pode assistir ao filme, pela censura ser para 18 anos, ou para adultos infantilizados, que pelo que consta, é uma tendência no Japão. Nisso, entra outra questão deste filme, a de levar em conta uma cosmovisão adolescente japonesa muita particular que reverbera na vida adulta de muitos deles, e nisso se inclui o fetichismo e sexualização, que sempre foram presentes na dita cultura pop japonesa.
Enfim, se encaixa naquela sociedade que é uma mescla entre o capitalismo de mercado ultra competitivo, imposta de modo alienígena pelos Estados Unidos após a segunda guerra mundial, e tradições ancestrais de rigidez, respeito incondicional e repressão. A síntese disso tudo na sociedade japonesa contemporânea é adultos frustrados, pois são incapazes de atender às expectativas, suicidas, solitários (pra não dizer a expressão da moda: incel) e reprimidos. A válvula de escape escapista? Voltar aquela infância/adolescência sem responsabilidades, na qual a única coisa que interessava era viver um amor intenso (que antes sempre foi platônico pois sofrimento e repressão) até o fim custe o que custar.
Portanto, o filme deve fazer sentido só nesse nicho da sociedade japonesa. Fora dela, só não é um lixo completo porque gostei da fotografia.
Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraQuis militar em tudo e só conseguiu tornar tudo muito inverossímil. O final dá uma leve salvada
A Pequena Guerreira
3.8 6 Assista AgoraMe incomodou o fato de que todos os vilões falam franceses e todos os bonzinhos falam inglês
Trinta Anos Esta Noite
4.3 142Por que caralhos escolheram Trinta anos esta noite para o nome desse filme no Brasil? Fogo-fátuo seria infinitamente melhor
Jornada da Vida
3.7 42Assisti a todo filme com um sorriso no rosto
Déjà Vu
3.5 700 Assista AgoraVários furos no roteiro
Suspiria
3.8 979 Assista AgoraTrilha sonora e fotografia um espetáculo, mas o roteiro deixa a desejar
Irmãos de Guerra
4.7 621 Assista AgoraClichê demais
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraLIBERDADE
Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.
Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essa audácia importe.
Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.
E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome
Carlos Marighella (São Paulo, Presídio Especial, 1939)
As Boas Maneiras
3.5 649 Assista AgoraFaltou coragem e ousadia no final
Limite
4.0 168 Assista AgoraO filme é a fusão de tudo o que o cinema sem som alcançou em termos de inovação e técnica. Ao mesmo tempo, ele não deixa também de ser inovativo e transgressor, como as cenas áreas desde um aeroplano acrobático. Representa muito bem o fim de uma era e de igual maneira nos dá uma prévia do qual teria sido o futuro do cinema mudo, caso não houvesse o advento do som no fim da década de 1920. É quase uma metafórica síntese deste país chamado Brasil, que, no mesmo compasso em que absorve tudo o que vem do exterior, anseia em ser referência e vanguarda, num ritmo lento, contraditório e atrasado.