Lúcia

Quantas baboseiras estão sendo ditas gratuitamente nos comentários. Pelo que se vê ninguém leu o posfácio do livro, e vai na opinião completamente infundada de pessoas ignorantes, até mesmo de literatura, pois não são capazes de buscar por si mesmas explicações de quem escreveu o livro para justificar tal objetivo.

Os comentários que vejo aqui são fundamentados em nada menos do que por ideologias radicais sem nenhuma relação com o livro ou com o próprio objetivo do autor ao escrever ao mesmo. Como já comentei aqui, é preciso ler primeiro o que o autor tem a dizer e não dar base às pessoas que propositadamente irão distorcer o livro para que desconhecedores de tal deem voz às suas falácias.

Se alguém quiser me contradizer, que venha com a própria argumentação do autor que escreveu o livro, e não com discursos ideológicos prontos de determinado movimento, que atende principalmente aos interesses de um grupo particular ressentido com a própria incapacidade de entender uma obra tão complexa e visionária e até mesmo de entender o autor.

A maioria não conhece muitas obras do Nabokov além de "Lolita", então como alguém pode vir aqui bancando o 'problematizador' e dizer o que é aqui ou isso, faça-me o favor!

Resumindo: parem de falar tanta asneira, leiam primeiro o objetivo do autor ao escrever um livro e não com movimentos radicais que distorcem completamente o sentido de um assunto para dar valor para seus radicalismos e ressentimentos.

O que ninguém percebe em "Lolita" são os elementos autobiográficos contidos no livro e em ambos os filmes. Primeiro que "Humbert Humbert" como explicado no prefácio do livro é um pseudônimo e não um nome, ele é um europeu, um professor de literatura/escritor, bem como Nabokov era; que havia se mudado para os Estados Unidos na década de 1940, para lecionar em uma universidade. Além da idealização de Nabokov de um amor perdido de uma menina que também havia morrido logo depois quando o autor era jovem, que talvez tenha resultado em sua fixação por ninfetas no livro (embora nunca tenha se confirmado de que Nabokov tenha tido realmente esta fixação na vida real), e consequentemente tendo idealizado em Lolita. Essas similaridades não são apenas coincidências mas possuem um forte significado biográfico, o que poucos sabem é que Nabokov incluía a si mesmo em suas histórias. Agora, outros elementos fictícios ou não são expressões da própria história de vida do autor. Aqueles que criticam sem ao mesmo conhecer a história, não percebem que ofendem mais ao autor do que às características do enredo do livro.

Para saber mais, veja o vídeo desta análise de uma professora da USP sobre a obra:
https://www.youtube.com/watch?v=g2LADsbUJ-g