Belíssima obra! Na minha opinião, o melhor trabalho de Felix até então em termos de direção e texto (adaptação de um livro que já estou muito curioso pra ler). A parte técnica é impecável, a fotografia ajuda a contar e imergir na narrativa do filme: o tempo, as estações, o gelo, os rios, a casa, os animais, as florestas, os silêncios, as pequenas atitudes... cada elemento cumprindo seu papel em construir e reconstruir a amizade de Bruno e Pietro ao longo de 2 horas e meia agradabilíssimas e altamente sentimentais. As conotações que vão além dessa amizade são puramente interpretativas dependendo muito do campo de visão de quem está assistindo. Recomendo bastante a fruição com paciência e sensibilidade.
Uma aula de como NÃO adaptar um livro de Agatha Christie, de cabo a rabo. Tudo é equivocado nesse roteiro: a narrativa que entrega coisas deixando a história óbvia, a má construção de personagens e suas relações, a investigação rasa, problemas de ritmo narrativo e o desfecho totalmente anticlímax (o que pra um filme de MISTÉRIO é um problema gravíssimo). Uma das histórias mais bem feitas por Agatha transformadas num thriller raso que beira o dramalhão. Apesar disso, pontos pra Kenneth Branagh na DIREÇÃO, pq interpretando aquele genérico e over Hercule Poirot, não chega aos pés de Peter Ustinov e Albert Finney. Deviam ter parado no primeiro filme, que foi ótimo. Recomendo MUITO que vejam o filme de 1978, de John Guilermin.
Gostei! Achei um filme franco, honesto e delicado a nível de roteiro quanto trata da temática principal. Entretanto, o filme tem muitas "barrigas" e o ritmo excessivamente lento em alguns momentos acabou dispersando (pra mim) o andamento do plot, além dos furos pontuais na história. Apesar disso, uma carreira a se acompanhar do diretor e elenco.
Esse filme é a (pro)fusão quase perfeita de animação, documentário e filme dramático. É lindo, é cruel, é impactante, é arrebatador, é inacreditável e crível ao mesmo tempo. Que filme, que registro, que desabafo!
Assisti hoje numa exibição do Festival de Gramado no Canal Brasil e, assim como já relataram abaixo, também tive problemas de imersão no filme devido ao péssimo áudio da exibição em alguns momentos, onde a mixagem de som parecia defeituosa. Dito isso, tenho opiniões adversas sobre o filme. Enquanto discurso político e levantamento de pautas importantes em seu texto e subtexto, além do experimento estético/visual/conceitual, a obra me agradou bastante, mas tecnicamente é um filme com problemas de diversas ordens: a mixagem de áudio tem problemas, as atuações são contrastantes (varia entre a excelente atuação de Mawusi Tulani e fracas atuações de parte do elenco) e o roteiro é evasivo em algumas nuances, só pra citar alguns exemplos. Ainda assim, um filme extremamente original, com uma mensagem forte e que vale a pena ser visto enquanto experiência cinematográfica principalmente por refletir acerca de questões incômodas que permeiam nossa história.
É um recorte de uma realidade contada sem maquiagens, sem artifícios, sem grandes malabarismos estéticos, sem enrolações, sem "barrigas" no roteiro, sem plots incríveis e sem trilha, mas com tudo que os diretores precisavam: a crueza, a sobriedade, o foco nas ações humanas e as consequências de atitudes inconsequentes. Esse filme parece ter sido feito numa única, e profunda, respirada.
Tenho revisto muitas obras clássicas do cinema nos últimos dias (alguns estão entre os meus filmes favoritos) e a conclusão que chego é que revisitar uma obra clássica de um grande diretor pode ser uma faca de dois gumes: ou você acha que "não é tudo aquilo que você achava quando viu a primeira vez" ou vc pode acabar achando que "ele é muito melhor do que eu vi da outra vez". Nesse caso, "A Bela da Tarde" é mais do que apenas achar que é melhor ou pior. A mim, ele sempre se mostra mais misterioso, mais sedutor, mais elegante e mais excêntrico, da melhor forma possível. Uma revisita das mais agradáveis, sempre
Um diretor a ser observado! Depois do interessante trabalho realizado em "Upgrade", ele mostra que tem personalidade, estilo e estética própria nessa refilmagem de um clássico de 1933. O filme, ancorado pela EXCELENTE atuação de Elizabeth Moss, consegue aliar muito bem o suspense psicológico (altamente sugestionável) com o drama pessoal vivido pela protagonista. Acredito também que algumas pontas deixadas soltas em determinados momentos do roteiro são propositais, afim de reforçar a ideia sufocante do temor por algo que não é palpável nem visível. No geral, um trabalho dos mais interessantes a ser conferido esse ano.
Tecnicamente o filme é um primor: uma direção interessante e frenética de Edgar Wright, uma edição quase artesanal de imagens e som, trilha sonora deliciosa que permeia toda as ações do filme, fotografia ágil e boa mixagem de áudio, além das boas atuações. Quanto ao roteiro, penso que não soube aprofundar devidamente os complexos do protagonista adequadamente e explorar melhor os demais (interessantes) personagens, culminando em soluções fáceis do meio pro fim. Mesmo assim, é um belo espetáculo.
Uma aula de como transformar um suspense promissor e uma boa premissa num thriller trash de quinta categoria. Duas estrelas pra Chloe e Isabelle, que, com suas ótimas atuações, acabam levando o filme nas costas.
Inacreditável a virtuosidade técnica e a construção visual do filme feita por Sam Mendes e sua incrível equipe de fotografia, edição, elenco, som e design. Durante vários momentos desse filme imersivo quase todo feito com grandes planos sequências, me senti como se estivesse num jogo de guerra em FPS, tipo um "Call of Dutty" cinematográfico. Assisti aos bastidores e processo de construção dessa obra é tão interessante quanto ver o resultado final na tela. Minha única ressalva vai para o roteiro que é construído em detrimento do espetáculo técnico/visual e, apesar de ser muito bom, dá a impressão de que poderia ter sido mais explorado. Com certeza levará, merecidamente, vários prêmios amanhã no Oscar!
Tinha premissa e argumento pra ser um puta filme mas caiu no exagero, no excesso e no drama um tanto estereotipado e se perdeu. Ainda assim, é assistivel.
A premissa é interessante mas o texto do filme é tão insosso e inverossímil que não dá pra se envolver em nenhum momento com nenhum personagem. É vazio, vago e a "cereja do bolo" é o anticlímax muito mal dirigido.
Uma pena que, a meu ver, um diretor tão interessante e criativo como Alex Proyas tenha sido seduzido ($$$$) a fazer um filme tão raso e tão pobre em termos de conceito. Além do mais, as soluções esteticias do filme deixam tudo muito poluído visualmente. Decepcionante.
É incrível quando um diretor e sua equipe pegam uma história tão inacreditável que jamais foi contada como essa e faz esse recorte artístico reinventando um gênero que talvez seja o mais antigo e elementar do cinema. É um filme sobre desolação, humanidade e heróis anônimos, onde a guerra e suas consequências servem como plano de fundo para juntar os fragmentos dessas pequenas histórias. Ainda que eu tenha algumas ressalvas e restrições a Nolan (principalmente com relação ao ritmo que ele dita nos seus filmes) é preciso se curvar a sua personalidade e ousadia em fazer um filme desses, com esse nível de roteiro, fotografia, trilha, efeitos, atuações, direção de arte e tudo mais. É cinema com C maiúsculo. O filme vai do horror ao sublime com uma facilidade enorme. Li alguns textos falando que o filme transborda em técnica e visual mas que falta emoção. Bem, emoção é critério subjetivo, eu por exemplo me emocionei bastante em alguns momentos e tô impactado até agora.
Achei o filme intimista e hipnotizante e entendo que pra imergir nesse filme é preciso "comprar" totalmente a ideia proposta pelo diretor, tanto o literal quanto o subtexto da obra, senão ela tende a se tornar solta, regional e muito específica, dificultando a imersão. A forma com que ele mostra, sem pressa, o contraponto entre realidade e mitologia, entre o tangível e intangível é muito própria, densa e esteticamente deslumbrante.
A meu ver, o mal dos Trópicos está justamente na falta de percepção da sociedade contemporânea a tudo que há a nossa volta e que causa desequilíbrio entre homem x natureza x meio, além da falta de sensibilidade ao mítico e a tudo aquilo que está além de nossa compreensão.
Tem histórias que parecem que aconteceram sob medida para virarem filme. É caso dessa. É inacreditável saber que esse filme é baseado numa história real e dilacerante imaginar quantas e quantas outras crianças e pais não devem passar por isso diariamente no mundo. Mais inacreditável ainda é a estreia consistente de Garth Davis na direção, o tempo inteiro mantendo uma direção sóbria, lúcida, sensível, emocionante,(sem cair no piegas) e imersiva. A fotografia é primorosa, a trilha é belíssima, a direção de arte é caprichada, as atuações são excelente (Nicole Kidman e Dev Patel estão maravilhosos) e o roteiro é bem escrito, apesar de ter algumas "barrigas" da metade pra frente . Um filme que merece ser visto e uma história que mereceu muito ser contada. BRAVO!
Como é que um diretor/roteirista (mas nesse caso, muito mais culpa do diretor, por haver problemas na execução) deixou desandar um filme que seguia tão interessante até chegar em sua metade? Preferiu o preciosismo gratuito nas cenas abusando do piegas e abriu mão da história de tensão urbana que estava sendo desenvolvida tão bem. Tentou dar profundidade a determinadas questões e não saiu do raso. Nadou, nadou e morreu na praia. Uma pena.
A técnica found footage usada no filme é muito bem empregada e a concepção geral é interessante, mas a inexistência de um roteiro minimamente envolvente e bem estruturado torna o filme enfadonho demais e sem maiores novidades.
As Oito Montanhas
4.0 25Belíssima obra! Na minha opinião, o melhor trabalho de Felix até então em termos de direção e texto (adaptação de um livro que já estou muito curioso pra ler). A parte técnica é impecável, a fotografia ajuda a contar e imergir na narrativa do filme: o tempo, as estações, o gelo, os rios, a casa, os animais, as florestas, os silêncios, as pequenas atitudes... cada elemento cumprindo seu papel em construir e reconstruir a amizade de Bruno e Pietro ao longo de 2 horas e meia agradabilíssimas e altamente sentimentais. As conotações que vão além dessa amizade são puramente interpretativas dependendo muito do campo de visão de quem está assistindo. Recomendo bastante a fruição com paciência e sensibilidade.
Morte no Nilo
3.1 352 Assista AgoraUma aula de como NÃO adaptar um livro de Agatha Christie, de cabo a rabo. Tudo é equivocado nesse roteiro: a narrativa que entrega coisas deixando a história óbvia, a má construção de personagens e suas relações, a investigação rasa, problemas de ritmo narrativo e o desfecho totalmente anticlímax (o que pra um filme de MISTÉRIO é um problema gravíssimo). Uma das histórias mais bem feitas por Agatha transformadas num thriller raso que beira o dramalhão. Apesar disso, pontos pra Kenneth Branagh na DIREÇÃO, pq interpretando aquele genérico e over Hercule Poirot, não chega aos pés de Peter Ustinov e Albert Finney. Deviam ter parado no primeiro filme, que foi ótimo. Recomendo MUITO que vejam o filme de 1978, de John Guilermin.
Licorice Pizza
3.5 596O dia em que Paul Thomas Anderson montou uma trilha excelente, escalou e dirigiu bons atores, caprichou na plástica e esqueceu totalmente do roteiro.
Deserto Particular
3.8 183 Assista AgoraGostei! Achei um filme franco, honesto e delicado a nível de roteiro quanto trata da temática principal. Entretanto, o filme tem muitas "barrigas" e o ritmo excessivamente lento em alguns momentos acabou dispersando (pra mim) o andamento do plot, além dos furos pontuais na história. Apesar disso, uma carreira a se acompanhar do diretor e elenco.
Flee: Nenhum Lugar Para Chamar de Lar
4.3 129 Assista AgoraEsse filme é a (pro)fusão quase perfeita de animação, documentário e filme dramático. É lindo, é cruel, é impactante, é arrebatador, é inacreditável e crível ao mesmo tempo. Que filme, que registro, que desabafo!
Beleza
3.0 68Tocha de fogo!!
O Clã
2.9 15Tocha de fogo, um horror! A melhor parte do filme é quando aparece os créditos e acaba.
Todos os Mortos
3.1 29 Assista AgoraAssisti hoje numa exibição do Festival de Gramado no Canal Brasil e, assim como já relataram abaixo, também tive problemas de imersão no filme devido ao péssimo áudio da exibição em alguns momentos, onde a mixagem de som parecia defeituosa. Dito isso, tenho opiniões adversas sobre o filme. Enquanto discurso político e levantamento de pautas importantes em seu texto e subtexto, além do experimento estético/visual/conceitual, a obra me agradou bastante, mas tecnicamente é um filme com problemas de diversas ordens: a mixagem de áudio tem problemas, as atuações são contrastantes (varia entre a excelente atuação de Mawusi Tulani e fracas atuações de parte do elenco) e o roteiro é evasivo em algumas nuances, só pra citar alguns exemplos. Ainda assim, um filme extremamente original, com uma mensagem forte e que vale a pena ser visto enquanto experiência cinematográfica principalmente por refletir acerca de questões incômodas que permeiam nossa história.
Primos
2.5 158"O horror, o horror..."
A Criança
3.8 91É um recorte de uma realidade contada sem maquiagens, sem artifícios, sem grandes malabarismos estéticos, sem enrolações, sem "barrigas" no roteiro, sem plots incríveis e sem trilha, mas com tudo que os diretores precisavam: a crueza, a sobriedade, o foco nas ações humanas e as consequências de atitudes inconsequentes. Esse filme parece ter sido feito numa única, e profunda, respirada.
A Bela da Tarde
4.1 341 Assista AgoraTenho revisto muitas obras clássicas do cinema nos últimos dias (alguns estão entre os meus filmes favoritos) e a conclusão que chego é que revisitar uma obra clássica de um grande diretor pode ser uma faca de dois gumes: ou você acha que "não é tudo aquilo que você achava quando viu a primeira vez" ou vc pode acabar achando que "ele é muito melhor do que eu vi da outra vez". Nesse caso, "A Bela da Tarde" é mais do que apenas achar que é melhor ou pior. A mim, ele sempre se mostra mais misterioso, mais sedutor, mais elegante e mais excêntrico, da melhor forma possível. Uma revisita das mais agradáveis, sempre
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraUm diretor a ser observado! Depois do interessante trabalho realizado em "Upgrade", ele mostra que tem personalidade, estilo e estética própria nessa refilmagem de um clássico de 1933. O filme, ancorado pela EXCELENTE atuação de Elizabeth Moss, consegue aliar muito bem o suspense psicológico (altamente sugestionável) com o drama pessoal vivido pela protagonista. Acredito também que algumas pontas deixadas soltas em determinados momentos do roteiro são propositais, afim de reforçar a ideia sufocante do temor por algo que não é palpável nem visível. No geral, um trabalho dos mais interessantes a ser conferido esse ano.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraTecnicamente o filme é um primor: uma direção interessante e frenética de Edgar Wright, uma edição quase artesanal de imagens e som, trilha sonora deliciosa que permeia toda as ações do filme, fotografia ágil e boa mixagem de áudio, além das boas atuações. Quanto ao roteiro, penso que não soube aprofundar devidamente os complexos do protagonista adequadamente e explorar melhor os demais (interessantes) personagens, culminando em soluções fáceis do meio pro fim. Mesmo assim, é um belo espetáculo.
Obsessão
2.9 482 Assista AgoraUma aula de como transformar um suspense promissor e uma boa premissa num thriller trash de quinta categoria. Duas estrelas pra Chloe e Isabelle, que, com suas ótimas atuações, acabam levando o filme nas costas.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraInacreditável a virtuosidade técnica e a construção visual do filme feita por Sam Mendes e sua incrível equipe de fotografia, edição, elenco, som e design. Durante vários momentos desse filme imersivo quase todo feito com grandes planos sequências, me senti como se estivesse num jogo de guerra em FPS, tipo um "Call of Dutty" cinematográfico. Assisti aos bastidores e processo de construção dessa obra é tão interessante quanto ver o resultado final na tela. Minha única ressalva vai para o roteiro que é construído em detrimento do espetáculo técnico/visual e, apesar de ser muito bom, dá a impressão de que poderia ter sido mais explorado. Com certeza levará, merecidamente, vários prêmios amanhã no Oscar!
Era Uma Vez...
3.7 827Tinha premissa e argumento pra ser um puta filme mas caiu no exagero, no excesso e no drama um tanto estereotipado e se perdeu. Ainda assim, é assistivel.
Ratos de Praia
3.0 236A premissa é interessante mas o texto do filme é tão insosso e inverossímil que não dá pra se envolver em nenhum momento com nenhum personagem. É vazio, vago e a "cereja do bolo" é o anticlímax muito mal dirigido.
Beira-Mar
2.7 454Esse filme é uma cachaça mal tomada. A impressão que tive é que o roteiro entrou em banho-maria e não saiu mais.
Deuses do Egito
2.6 719 Assista AgoraUma pena que, a meu ver, um diretor tão interessante e criativo como Alex Proyas tenha sido seduzido ($$$$) a fazer um filme tão raso e tão pobre em termos de conceito. Além do mais, as soluções esteticias do filme deixam tudo muito poluído visualmente. Decepcionante.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraÉ incrível quando um diretor e sua equipe pegam uma história tão inacreditável que jamais foi contada como essa e faz esse recorte artístico reinventando um gênero que talvez seja o mais antigo e elementar do cinema. É um filme sobre desolação, humanidade e heróis anônimos, onde a guerra e suas consequências servem como plano de fundo para juntar os fragmentos dessas pequenas histórias. Ainda que eu tenha algumas ressalvas e restrições a Nolan (principalmente com relação ao ritmo que ele dita nos seus filmes) é preciso se curvar a sua personalidade e ousadia em fazer um filme desses, com esse nível de roteiro, fotografia, trilha, efeitos, atuações, direção de arte e tudo mais. É cinema com C maiúsculo. O filme vai do horror ao sublime com uma facilidade enorme. Li alguns textos falando que o filme transborda em técnica e visual mas que falta emoção. Bem, emoção é critério subjetivo, eu por exemplo me emocionei bastante em alguns momentos e tô impactado até agora.
Mal dos Trópicos
4.0 85Achei o filme intimista e hipnotizante e entendo que pra imergir nesse filme é preciso "comprar" totalmente a ideia proposta pelo diretor, tanto o literal quanto o subtexto da obra, senão ela tende a se tornar solta, regional e muito específica, dificultando a imersão. A forma com que ele mostra, sem pressa, o contraponto entre realidade e mitologia, entre o tangível e intangível é muito própria, densa e esteticamente deslumbrante.
A meu ver, o mal dos Trópicos está justamente na falta de percepção da sociedade contemporânea a tudo que há a nossa volta e que causa desequilíbrio entre homem x natureza x meio, além da falta de sensibilidade ao mítico e a tudo aquilo que está além de nossa compreensão.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraTem histórias que parecem que aconteceram sob medida para virarem filme. É caso dessa. É inacreditável saber que esse filme é baseado numa história real e dilacerante imaginar quantas e quantas outras crianças e pais não devem passar por isso diariamente no mundo. Mais inacreditável ainda é a estreia consistente de Garth Davis na direção, o tempo inteiro mantendo uma direção sóbria, lúcida, sensível, emocionante,(sem cair no piegas) e imersiva. A fotografia é primorosa, a trilha é belíssima, a direção de arte é caprichada, as atuações são excelente (Nicole Kidman e Dev Patel estão maravilhosos) e o roteiro é bem escrito, apesar de ter algumas "barrigas" da metade pra frente . Um filme que merece ser visto e uma história que mereceu muito ser contada. BRAVO!
Se Deus Vier Que Venha Armado
2.5 38Como é que um diretor/roteirista (mas nesse caso, muito mais culpa do diretor, por haver problemas na execução) deixou desandar um filme que seguia tão interessante até chegar em sua metade? Preferiu o preciosismo gratuito nas cenas abusando do piegas e abriu mão da história de tensão urbana que estava sendo desenvolvida tão bem. Tentou dar profundidade a determinadas questões e não saiu do raso. Nadou, nadou e morreu na praia. Uma pena.
Cloverfield: Monstro
3.2 1,4K Assista AgoraA técnica found footage usada no filme é muito bem empregada e a concepção geral é interessante, mas a inexistência de um roteiro minimamente envolvente e bem estruturado torna o filme enfadonho demais e sem maiores novidades.