Um soco na cara, a sessão termina e um silêncio desconcertante e reflexivo surge, quantas mulheres sofreram na 2⁰ Guerra! As atuações de Sophia Loren e Eleonora Brown estão espetaculares!
As cenas nos destroços da guerra são fantásticas, fazendo a fotografia do filme deveras competente. Soma-se a isso o fato de que as atuações são boas e o filme não se arrasta, pelo contrário, desenvolve-se com agilidade sempre prendendo a atenção do espectador.
Algumas cenas são capazes de fazer com que os nossos olhos encham de água, muito embora o (SPOILER) final seja um pouco clichê e ultrapassado, meio propaganda americana. Filme excelente, nota 8,8.
Esse filme carrega inúmeras mensagens em suas entrelinhas. No fim era só mais um amante da arte, dilacerado pelo peso da vida, que queria dar orgulho aos filhos e conseguir sustentá-lo. Maravilhoso filme.
Ótimo filme, tem um bom roteiro e mantém uma tensão de suspense do começo ao fim. Só achei a atuação da Audrey como cega, às vezes, um tanto ruim, pois ela já tateava tudo de forma consciente, por mais que já conhecesse a casa. O final é muito propaganda de margarina e feliz, não fosse isso eu daria uma nota 9.
A ideia do filme possui um potencial enorme, entretanto, aqui, tudo ocorreu de forma rápida, desse modo o espectador não consegue digerir com fé a mudança na personalidade das crianças. Mas não é ruim.
A morte é um dos assuntos que mais me intriga, apesar de eu ter 27 anos, a ideia do final da vida me assombra e consome grande parte dos meus dias. É algo que me coloco frequentemente a pensar, infelizmente, talvez o mais saudável não fosse ser assim, entretanto isso é intrínseco a minha pessoa.
Tão logo, os diálogos intensos do filme acerca de um senhor no final da vida encarando a morte de frente, fez-me chorar e refletir.
Talvez devêssemos todos agir tal qual a menina de 7 anos em meios aos cadáveres e bombas, que mesmo diante do caos, sorria e aceitava o seu destino.
Ainda não tenho essa maturidade, mas um dia chegarei lá. Não é de hoje que quero me aproximar mais do budismo para ter uma aceitação melhor do que as coisas são como são.
Por fim, Lucky é uma obra-prima que merecia muito mais reconhecimento dos grandes festivas. Chorei, me emocionei, vivi!
Muitos aqui acusam o filme de possuir um tom teatral, porém, eu discordo daqueles que isso o dizem.
O filme possui uma atmosfera literária, haja vista o roteiro brilhante recheado de diálogos deveras bem construídos.
As atuações estão ótimas, do elenco inteiro. E percebam vocês, que o filme não abusa de inúmeras locações como habitualmente algumas obras o fazem com o intuito de prender à atenção do espectador. Aqui, apenas as exímias atuações, na companhia de um competente roteiro e de um desfecho brilhante, fazem de De Repente, No último Verão um grande filme.
A propósito, a Katherine Hepburn subindo em transe ao segundo andar da mansão via elevador é uma cena memorável, que remete bastante ao desfecho de Crepúsculo Dos Deuses, que foi feito anos antes.
O filme aborda questões como desejo reprimido, traumas, homossexualidade, inconsciente e há uma absurda tensão sexual nas cenas de Liz Taylor na praia, sem contar no ambiente misterioso daquela floresta viva dentro do casarão de Hepburn.
Que filme bom, mostra-nos como são complexas as relações entre mães e filhos, sempre cheias de traumas e de palavras não ditas. Um drama pesado acerca da complexidade humana. Quem estava certo nessa história, mãe ou filho? Os dois? Nenhum? Filmaço, nota 8,3
A espetacularização do sofrimento humano e da pobreza sempre rendeu grana e atenção. Uma pesada crítica social de uma sociedade desalentada pós crise de 29, me lembro bastante A Montanha dos Sete Abutres do Wilder.
Esse filme é brilhante, a sua influência de cinema-direto é tão evidente, que por vezes esquecemos que estamos a assistir um filme, haja vista as incríveis atuações, tão naturais, as locações cruas como a vida e com ausência de uma direção de arte lúdica e a câmera na mão a balançar sem o auxílio de uma steadicam.
É realmente incrível o quão realista esse filme é, fazendo-lhe parecer um documentário de cinema-direto.
É possível se emocionar com a relação do Sr Lazarescu com os seus gatos, além da bela relação que a auxiliar da ambulância acabou desenvolvendo por ele. Soma-se a isso o fato de que os médicos, já tão habituados com o ofício, sequer se sensibilizam com as mortes alheias.
Uma pequena obra-prima, poucas vezes no cinema vi algo tão real. Foi tudo tão real que o filme serviu como um gatilho para a minha hipocondria.
Eis aqui um filme maravilhoso, o palácio soa como um reflexo do protagonista, ambos estão se despedaçando e em suas entranhas apenas um passado glorioso existe.
Tem tudo nesse filme, metalinguagem, uma atuação sublime do Emil Jannings, uma linda história de amor... Enfim, mostra como o mundo dá voltas. Chorei litros!
É inegável que se trata de um bom filme, sobretudo pelos belíssimos planos da plantação a dançar com a força do vento ou mesmo dos pêssegos a brilhar pelos pingos da chuva.
Porém, na minha humilde opinião, Terra não chega aos pés dos grandes filmes mudos soviéticos de propaganda, como por exemplo, Pela Lei, Mãe, Outubro e etc.
Aqui, ao meu ver, muito embora o roteiro seja simples, ele confunde, pois não se sabe direito quem são os vilões da história, e sim, eu sei que o cinema não necessita ter vilões e mocinhos bem como num filme com estrutura hollywoodianas, mas aqui, em Terra, isso confunde na interpretação da estória.
E historicamente, muita gente sofreu com a coletivização dos campos.
Mas enfim, é inegável que é um bom filme, a cena da mulher nua em desespero é muito além de seu tempo, e a cena onde o protagonista é levado morto entre os girassois é muito poética, entretanto, parece-me que faltou algo. Talvez eu precise rever. Dou nota 7,6
No final o menino surdo mudo disse para Ann que Jeff Bailey iria embora com a Kathie, mas isso não é verdade, haja vista que antes da fuga ele ligou para a polícia armando uma emboscada e a acusando. Ah, que filme fenomenal, há tudo o que um noir precisa ter, inclusive, no final, a femme fatal desgraça a vida do protagonista. Mas no fim, por mais que nos identifiquemos com os personagens, por mais que torçamos para que o Robert Mitchum escapasse, no fundo nós sabemos que ele também não era flor que se cheirasse.
Um filme sem bonzinhos e viloes pré definidos. Um bita filme!
sobretudo as da sequência na casa futurista, em que os convidados confraternizam, que são sublimes. Aquilo tudo é muito engraçado, pois soa como uma crítica a sociedade burguesa, que como ratos pegos pela ratoeira, se encantam com futilidades estéticas.
Talvez Buñuel, em O Discreto Charme da Burguesia, tenha se inspirado em Meu Tio em algumas cenas.
Pelle, o Conquistador é um filme espetacular de Bille August. Enquanto o filme ia passando, eu logo notava ares de literatura, por isso, assim que terminada a sessão, pesquisei para saber se o roteiro tinha sido adaptado de um livro.
Dito e feito, trata-se de uma estória que anteriormente foi realizada para um livro, e isso fica nítido através da fotografia que põe o espectador naquela tão gigantesca fazenda, mas que ao mesmo tempo, demonstra como cada indivíduo em seu interior, pode estar enclausurado em seus traumas, ainda que em um local tão amplo.
A atuação de Max Von Sydow está brilhante, assim como a de Pelle Hvenegaard, que conteacena fazendo papel de filho. A relação dos dois é muito bem dirigida e construída e possui cenas inesquecíveis, como por exemplo,
quando Pelle tenta segurar em seus miúdos braços o seu pai Lassefar, que cambaleia embriagado. Outra cena marcante no filme é o zelo que ambos possuem pelo o único trapo de roupa que sobrou da mãe já falecida.
A cena onde o dono da fazenda é capado por sua esposa e todos os funcionários assistem os seus berros de agonia dentro do casarão é soberba, há um ar mágico de literatura naquela parte.
E claro, a sequência final onde percebemos a coragem de Pelle, despedindo-se de seu pai, que talvez nunca mais fosse revê-lo.
Os personagens são tão bem construídos, que passamos a criar um vínculo com eles, dada a maestria de atuações e direção, ah, a carência e a solidão de Von Sydow sensibiliza os mais duros corações, e em meio a tantas dificuldades e provações, Pelle, um menino, precisa aprender a ser homem antes do tempo habitual para se tornar um.
A hiposcrisia moral é abordada na obra de forma muito competente, sobretudo nas cenas em que a Françoise Fabian, que por sinal está lindíssima, atua de forma magistralmente sedutora, provocando, dentro de seu apartamento, o personagem de Jean-Louis Trintignant.
As cenas de sedução naquela noite, em que a ateia Maud atrai o católico Jean-Louis, está entre uma das mais marcantes do cinema quando o assunto é sedução, e nela podemos sentir uma forte tensão sexual no ar.
E o que dizer do final do filme, onde 5 anos mais tarde, juntamente de sua família, já casado e com filho, o personagem de Jean-Louis Trintignant reencontra a personagem de Françoise Fabian numa extensa praia. Finalizando com um sentimento que reflete bem como é a vida: mesmo que casados ou em outra situação, a gente sempre fantasia o que poderia ter sido a nossa existência caso tivéssemos feito outras escolhas ou caso tivéssemos nos relacionado mais profundamente com outras pessoas.
É um filme de gente grande, para adultos, para humanso falhos como todos nós, que já erramos e temos nossas cruzes e traumas para carregar.
O fim do filme, onde uma família dada como perfeita, mãe e pai a segurarem as mãos do filhinho enquanto vão em direção ao mar nunca sairá de minha cabeça.
Eis aqui um filme de roteiro brilhante e com uma direção deveras madura de Lubitstch, que já tinha uma vasta experiência pregressa no cinema mudo.
O Filme mostra inúmeras metáforas visuais que, com uma mise en scène sofisticdíssima, casa perfeitamente com os dialógos muito bem construídos.
A releção entre Kay Francis e Herbert Marshall possui uma tensão sexual fortíssima para um filme de 1932, que vai muito além de um simples filme de comédia, fazendo com que a obra ganhe ares profundos de romance.
em que uma prostituta bem jovem e ainda virgem, começa a se oferecer para os clientes de forma assustada e em pânico, toda intimidada,
é muito potente!
É impressionante como o Kenji Mizoguchi é genial ao humanizar de forma poética a prostituição. Ele mostra a dificuldade da profissão de forma incrível, nos apresentando diversas personagens e os mais variados destinos que a profissão entrega.
A relação do casal que tem um filho recém nascido e um marido depressivo e doente, suicida em potencial (até tentar se matar) é tão bem dirigida que dá um gosto de quero mais. Como aquela mulher é forte, levando a família inteira nas costas.
Como li muitos comentários negativos acerca desse filme, eu serei obrigado a defendê-lo.
Cinzas e Diamantes é um excelente filme de Andrzej Wajda, pois ele se diferencia de muitas obras que falaram sobre o período da Segunda Guerra Mundial. Isso porquê, aqui, o foco está no final da guerra e como a Polônia, um dos países que mais sofreu com ela, se comportou, emocionalmente falando.
A Polônia ficou dividida entre Alemanha Nazista e União Soviética naquele período, tendo sofrido inúmeros choques culturais, traumas e cicatrizes que até hoje não sararam por completo.
No filme vemos inúmeras pessoas bebendo e comemorando o final da guerra, entretanto, fica nítido que quase nenhum daqueles personagens sabe direito pelo que está a comemorar. E isso se vê bem nas cenas de bebedeira nos banquetes, nas carências do jovem casal que se apaixonou em uma só noite e na dificuldade que os indivíduos, mesmo após o término da guerra, possuem em desassociarem suas próprias vidas de algo bélico.
A cena em que Maciek assassina a tiros o Szczuka e esse cai em seus braços como que em uma metáfora imagética que diz "não somos inimigos, somos todos vítimas da política, de ambos os lados e de conflitos bélicos" é fenomenal. Logo após isso fogos de artifício embelezam o ar e trazem uma pergunta à tona: o que estamos comemorando mesmo?
Ah, e aqueles últimos personagens que insistem em não acabar a festa dentro do salão do hotel, que dançam com os músicos e bebem... Ah, e aquela bandeira da Polônia que é carregada por um indivíduo da festa entre aquele penumbra enquanto o dia nasce. E o protagonista morrendo, deixando ir consigo todos os seus sonhos de retomar os estudos... Sem contar as brilhantes cenas dentro da igreja em ruínas, onde vemos Jesus Cristo de cabeça para baixo, representando que toda a ordem estava desorganiza
da. Que toda a razão e a fé estava desorientada...
Duas Mulheres
4.3 69 Assista AgoraUm soco na cara, a sessão termina e um silêncio desconcertante e reflexivo surge, quantas mulheres sofreram na 2⁰ Guerra! As atuações de Sophia Loren e Eleonora Brown estão espetaculares!
Uma das cenas mais pesadas que já vi na história do cinema foi a cena do estupro dentro da capela.
A Pomba Branca
4.2 12Uma joia do cinema checo, fotografia belíssima recheada de simbolismo, toques de surrealismo dão ao filme uma mescla do realismo com o onírico. Ótimo.
Perdidos na Tormenta
4.3 8As cenas nos destroços da guerra são fantásticas, fazendo a fotografia do filme deveras competente. Soma-se a isso o fato de que as atuações são boas e o filme não se arrasta, pelo contrário, desenvolve-se com agilidade sempre prendendo a atenção do espectador.
Algumas cenas são capazes de fazer com que os nossos olhos encham de água, muito embora o (SPOILER) final seja um pouco clichê e ultrapassado, meio propaganda americana. Filme excelente, nota 8,8.
Close Up
4.3 117Esse filme carrega inúmeras mensagens em suas entrelinhas. No fim era só mais um amante da arte, dilacerado pelo peso da vida, que queria dar orgulho aos filhos e conseguir sustentá-lo. Maravilhoso filme.
Um Clarão nas Trevas
4.2 185Ótimo filme, tem um bom roteiro e mantém uma tensão de suspense do começo ao fim. Só achei a atuação da Audrey como cega, às vezes, um tanto ruim, pois ela já tateava tudo de forma consciente, por mais que já conhecesse a casa. O final é muito propaganda de margarina e feliz, não fosse isso eu daria uma nota 9.
O Senhor das Moscas
3.8 54 Assista AgoraA ideia do filme possui um potencial enorme, entretanto, aqui, tudo ocorreu de forma rápida, desse modo o espectador não consegue digerir com fé a mudança na personalidade das crianças. Mas não é ruim.
Lucky
4.1 193 Assista AgoraA morte é um dos assuntos que mais me intriga, apesar de eu ter 27 anos, a ideia do final da vida me assombra e consome grande parte dos meus dias. É algo que me coloco frequentemente a pensar, infelizmente, talvez o mais saudável não fosse ser assim, entretanto isso é intrínseco a minha pessoa.
Tão logo, os diálogos intensos do filme acerca de um senhor no final da vida encarando a morte de frente, fez-me chorar e refletir.
Talvez devêssemos todos agir tal qual a menina de 7 anos em meios aos cadáveres e bombas, que mesmo diante do caos, sorria e aceitava o seu destino.
Ainda não tenho essa maturidade, mas um dia chegarei lá. Não é de hoje que quero me aproximar mais do budismo para ter uma aceitação melhor do que as coisas são como são.
Por fim, Lucky é uma obra-prima que merecia muito mais reconhecimento dos grandes festivas. Chorei, me emocionei, vivi!
De Repente, No Último Verão
4.2 96 Assista AgoraMuitos aqui acusam o filme de possuir um tom teatral, porém, eu discordo daqueles que isso o dizem.
O filme possui uma atmosfera literária, haja vista o roteiro brilhante recheado de diálogos deveras bem construídos.
As atuações estão ótimas, do elenco inteiro. E percebam vocês, que o filme não abusa de inúmeras locações como habitualmente algumas obras o fazem com o intuito de prender à atenção do espectador. Aqui, apenas as exímias atuações, na companhia de um competente roteiro e de um desfecho brilhante, fazem de De Repente, No último Verão um grande filme.
A propósito, a Katherine Hepburn subindo em transe ao segundo andar da mansão via elevador é uma cena memorável, que remete bastante ao desfecho de Crepúsculo Dos Deuses, que foi feito anos antes.
O filme aborda questões como desejo reprimido, traumas, homossexualidade, inconsciente e há uma absurda tensão sexual nas cenas de Liz Taylor na praia, sem contar no ambiente misterioso daquela floresta viva dentro do casarão de Hepburn.
Nota 9,2
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraQue filme bom, mostra-nos como são complexas as relações entre mães e filhos, sempre cheias de traumas e de palavras não ditas. Um drama pesado acerca da complexidade humana. Quem estava certo nessa história, mãe ou filho? Os dois? Nenhum? Filmaço, nota 8,3
A Noite dos Desesperados
4.2 112 Assista AgoraA espetacularização do sofrimento humano e da pobreza sempre rendeu grana e atenção. Uma pesada crítica social de uma sociedade desalentada pós crise de 29, me lembro bastante A Montanha dos Sete Abutres do Wilder.
Não Sou Eu, Eu Juro!
4.4 579Um menino aprendendo a lidar com frustrações e traumas.
A Morte do Sr. Lazarescu
4.0 33Esse filme é brilhante, a sua influência de cinema-direto é tão evidente, que por vezes esquecemos que estamos a assistir um filme, haja vista as incríveis atuações, tão naturais, as locações cruas como a vida e com ausência de uma direção de arte lúdica e a câmera na mão a balançar sem o auxílio de uma steadicam.
É realmente incrível o quão realista esse filme é, fazendo-lhe parecer um documentário de cinema-direto.
É possível se emocionar com a relação do Sr Lazarescu com os seus gatos, além da bela relação que a auxiliar da ambulância acabou desenvolvendo por ele. Soma-se a isso o fato de que os médicos, já tão habituados com o ofício, sequer se sensibilizam com as mortes alheias.
Uma pequena obra-prima, poucas vezes no cinema vi algo tão real. Foi tudo tão real que o filme serviu como um gatilho para a minha hipocondria.
A Sala de Música
4.0 19Eis aqui um filme maravilhoso, o palácio soa como um reflexo do protagonista, ambos estão se despedaçando e em suas entranhas apenas um passado glorioso existe.
A Última Ordem
4.3 15 Assista AgoraTem tudo nesse filme, metalinguagem, uma atuação sublime do Emil Jannings, uma linda história de amor... Enfim, mostra como o mundo dá voltas. Chorei litros!
Terra
3.9 29 Assista AgoraPOSSUI SPOILER
É inegável que se trata de um bom filme, sobretudo pelos belíssimos planos da plantação a dançar com a força do vento ou mesmo dos pêssegos a brilhar pelos pingos da chuva.
Porém, na minha humilde opinião, Terra não chega aos pés dos grandes filmes mudos soviéticos de propaganda, como por exemplo, Pela Lei, Mãe, Outubro e etc.
Aqui, ao meu ver, muito embora o roteiro seja simples, ele confunde, pois não se sabe direito quem são os vilões da história, e sim, eu sei que o cinema não necessita ter vilões e mocinhos bem como num filme com estrutura hollywoodianas, mas aqui, em Terra, isso confunde na interpretação da estória.
E historicamente, muita gente sofreu com a coletivização dos campos.
Mas enfim, é inegável que é um bom filme, a cena da mulher nua em desespero é muito além de seu tempo, e a cena onde o protagonista é levado morto entre os girassois é muito poética, entretanto, parece-me que faltou algo. Talvez eu precise rever. Dou nota 7,6
Fuga do Passado
4.0 86 Assista AgoraNo final o menino surdo mudo disse para Ann que Jeff Bailey iria embora com a Kathie, mas isso não é verdade, haja vista que antes da fuga ele ligou para a polícia armando uma emboscada e a acusando. Ah, que filme fenomenal, há tudo o que um noir precisa ter, inclusive, no final, a femme fatal desgraça a vida do protagonista. Mas no fim, por mais que nos identifiquemos com os personagens, por mais que torçamos para que o Robert Mitchum escapasse, no fundo nós sabemos que ele também não era flor que se cheirasse.
A Cor da Romã
4.1 133Esse filme possui algumas das mais belas locações da história do cinema! É tudo muito sensorial.
Meu Tio
4.1 115Meu Tio é um excelente filme de Jacques Tati, o trabalho da direção de arte, juntamente com a fotografia está fantástico.
Há cenas desse filme,
sobretudo as da sequência na casa futurista, em que os convidados confraternizam, que são sublimes. Aquilo tudo é muito engraçado, pois soa como uma crítica a sociedade burguesa, que como ratos pegos pela ratoeira, se encantam com futilidades estéticas.
Um filme muito bom!
Pelle, o Conquistador
4.1 50Pelle, o Conquistador é um filme espetacular de Bille August. Enquanto o filme ia passando, eu logo notava ares de literatura, por isso, assim que terminada a sessão, pesquisei para saber se o roteiro tinha sido adaptado de um livro.
Dito e feito, trata-se de uma estória que anteriormente foi realizada para um livro, e isso fica nítido através da fotografia que põe o espectador naquela tão gigantesca fazenda, mas que ao mesmo tempo, demonstra como cada indivíduo em seu interior, pode estar enclausurado em seus traumas, ainda que em um local tão amplo.
A atuação de Max Von Sydow está brilhante, assim como a de Pelle Hvenegaard, que conteacena fazendo papel de filho. A relação dos dois é muito bem dirigida e construída e possui cenas inesquecíveis, como por exemplo,
quando Pelle tenta segurar em seus miúdos braços o seu pai Lassefar, que cambaleia embriagado. Outra cena marcante no filme é o zelo que ambos possuem pelo o único trapo de roupa que sobrou da mãe já falecida.
A cena onde o dono da fazenda é capado por sua esposa e todos os funcionários assistem os seus berros de agonia dentro do casarão é soberba, há um ar mágico de literatura naquela parte.
E claro, a sequência final onde percebemos a coragem de Pelle, despedindo-se de seu pai, que talvez nunca mais fosse revê-lo.
Os personagens são tão bem construídos, que passamos a criar um vínculo com eles, dada a maestria de atuações e direção, ah, a carência e a solidão de Von Sydow sensibiliza os mais duros corações, e em meio a tantas dificuldades e provações, Pelle, um menino, precisa aprender a ser homem antes do tempo habitual para se tornar um.
Filmaço, até a trilha é incrível!
Marinheiro de Encomenda
4.2 42 Assista AgoraPoucos cineastas dominam tão bem a mise en scène, a decupagem e os efeitos especiais como Buster Keaton.
Minha Noite com Ela
4.0 42 Assista AgoraEis aqui um filme incrível de Eric Rohmer que, com seus diálogos muito bem roteirizados nos apresenta algumas das inconsistências da vida.
A hiposcrisia moral é abordada na obra de forma muito competente, sobretudo nas cenas em que a Françoise Fabian, que por sinal está lindíssima, atua de forma magistralmente sedutora, provocando, dentro de seu apartamento, o personagem de Jean-Louis Trintignant.
As cenas de sedução naquela noite, em que a ateia Maud atrai o católico Jean-Louis, está entre uma das mais marcantes do cinema quando o assunto é sedução, e nela podemos sentir uma forte tensão sexual no ar.
E o que dizer do final do filme, onde 5 anos mais tarde, juntamente de sua família, já casado e com filho, o personagem de Jean-Louis Trintignant reencontra a personagem de Françoise Fabian numa extensa praia. Finalizando com um sentimento que reflete bem como é a vida: mesmo que casados ou em outra situação, a gente sempre fantasia o que poderia ter sido a nossa existência caso tivéssemos feito outras escolhas ou caso tivéssemos nos relacionado mais profundamente com outras pessoas.
É um filme de gente grande, para adultos, para humanso falhos como todos nós, que já erramos e temos nossas cruzes e traumas para carregar.
O fim do filme, onde uma família dada como perfeita, mãe e pai a segurarem as mãos do filhinho enquanto vão em direção ao mar nunca sairá de minha cabeça.
Nota 8,9
Ladrão de Alcova
4.0 34Eis aqui um filme de roteiro brilhante e com uma direção deveras madura de Lubitstch, que já tinha uma vasta experiência pregressa no cinema mudo.
O Filme mostra inúmeras metáforas visuais que, com uma mise en scène sofisticdíssima, casa perfeitamente com os dialógos muito bem construídos.
A releção entre Kay Francis e Herbert Marshall possui uma tensão sexual fortíssima para um filme de 1932, que vai muito além de um simples filme de comédia, fazendo com que a obra ganhe ares profundos de romance.
Nota 8,5.
A Rua da Vergonha
4.2 25A cena final
em que uma prostituta bem jovem e ainda virgem, começa a se oferecer para os clientes de forma assustada e em pânico, toda intimidada,
É impressionante como o Kenji Mizoguchi é genial ao humanizar de forma poética a prostituição. Ele mostra a dificuldade da profissão de forma incrível, nos apresentando diversas personagens e os mais variados destinos que a profissão entrega.
A relação do casal que tem um filho recém nascido e um marido depressivo e doente, suicida em potencial (até tentar se matar) é tão bem dirigida que dá um gosto de quero mais. Como aquela mulher é forte, levando a família inteira nas costas.
Mais um filme maravilhoso de Kenji!
Cinzas e Diamantes
4.1 40 Assista AgoraComo li muitos comentários negativos acerca desse filme, eu serei obrigado a defendê-lo.
Cinzas e Diamantes é um excelente filme de Andrzej Wajda, pois ele se diferencia de muitas obras que falaram sobre o período da Segunda Guerra Mundial. Isso porquê, aqui, o foco está no final da guerra e como a Polônia, um dos países que mais sofreu com ela, se comportou, emocionalmente falando.
A Polônia ficou dividida entre Alemanha Nazista e União Soviética naquele período, tendo sofrido inúmeros choques culturais, traumas e cicatrizes que até hoje não sararam por completo.
No filme vemos inúmeras pessoas bebendo e comemorando o final da guerra, entretanto, fica nítido que quase nenhum daqueles personagens sabe direito pelo que está a comemorar. E isso se vê bem nas cenas de bebedeira nos banquetes, nas carências do jovem casal que se apaixonou em uma só noite e na dificuldade que os indivíduos, mesmo após o término da guerra, possuem em desassociarem suas próprias vidas de algo bélico.
A cena em que Maciek assassina a tiros o Szczuka e esse cai em seus braços como que em uma metáfora imagética que diz "não somos inimigos, somos todos vítimas da política, de ambos os lados e de conflitos bélicos" é fenomenal. Logo após isso fogos de artifício embelezam o ar e trazem uma pergunta à tona: o que estamos comemorando mesmo?
Ah, e aqueles últimos personagens que insistem em não acabar a festa dentro do salão do hotel, que dançam com os músicos e bebem... Ah, e aquela bandeira da Polônia que é carregada por um indivíduo da festa entre aquele penumbra enquanto o dia nasce. E o protagonista morrendo, deixando ir consigo todos os seus sonhos de retomar os estudos... Sem contar as brilhantes cenas dentro da igreja em ruínas, onde vemos Jesus Cristo de cabeça para baixo, representando que toda a ordem estava desorganiza
Enfim, filmaço absoluto!