Obra simples, bonita e formidável. Rang de Basanti (em português algo como "Pinte da Cor do Açafrão") retrata perfeitamente não somente o descompromisso da juventude atual com a sociedade, mas também a origem dele. E MUITO MAIS!!! Já nas primeiras cenas do filme, vemos os obstáculos que a jovem documentarista enfrenta para conseguir apoio para filmar algo que fuja do velho clichê e seja mais esclarecedor. Bem depois, o desafio que a juventudade terá para mudar o rumo da sociedade após o seu despertar. Enfim, filme para se extrair diversos questionamentos. Mais interessante ainda é saber o estrondo e as mudanças que o filme provocou na Índia e o fato de até o presente momento, Rang de Basanti ter sido o filme indiano que mais vendeu cópias em DVD. Pelo visto, a revolução começou em Bollywood...
Documentário obrigatório não somente para entender um pouco dos fatos em torno de Dorothy Stang, mas principalmente para compreender todo um contexto de conflitos de interesses no interior do estado do Pará, sejam eles econômicos, políticos, sociais, ambientais ou agrários. Dorothy Stang torna-se assim, por força das circunstâncias, mais um símbolo da luta de uma maioria desprivilegiada contra uma minoria pífia, disposta a usar qualquer artíficio para manter-se no poder.
Lembro que, na época que esse filme passou aqui em Belém, eu acompanhava toda a cena independente de rock na cidade, assim pude comparar os relatos e os fatos. Impressionante como Daniel Dias conseguiu resumir com explendor a cena rockeira independente de todo o Brasil (e talvez do mundo!), ao ponto de certamente a maioria dos músicos, que tiveram a oportunidade de vê-lo, se enxergaram no mesmo. Passados alguns anos, certamente muita coisa melhorou, mas ainda os desafios ainda são muitos para quem quer fazer da música seu trabalho e sua vida. Uma pena que o filme só se encontra em VHS e, mais recentemente, no Youtube.
Pode-se dizer que Manda Bala seja mais um registro preconceituoso e estereotipado sobre as mazelas do Brasil. Assim como pode-se dizer que o filme seja mais um registro que poderia ter sido feito no Brasil, por mais cotidianas sejam as situações mostradas aos olhos dos brasileiros. Polêmico e provocador, este filme, premiado no Festival de Sundance em 2007, foca talvez os dois maiores problemas do Brasil, diretamente ligados e igualmente ignorados: a violência e a corrupção. Quando adverte que “Este filme não pode ser mostrado no Brasil”, o diretor e roteirista Jason Kohn parece prever a censura que sua obra iria ter tanto na mídia quanto nas salas de cinema no Brasil, talvez por mexer com fatos e características pessoais tão comuns no país. Destaque também para a trilha sonora selecionada a dedo pelo próprio Kohn (Tom Zé, Alceu Valença, Novos Baianos, Jorge Ben e outros) que ao mesmo tempo que se encaixa perfeitamente ao filme, contrasta com ele ao mostrar o melhor do que o Brasil é capaz de oferecer.
Este filme é obrigatório para todos que querem saber um pouco mais da História da Amazônia e, logicamente, do próprio Cinema Brasileiro. Desconhecido certamente pela maioria das pessoas, Silvino Santos foi um grande desbravador da Amazônia e teve a brilhante idéia de registrá-la em video, tornando-se assim indiscutivelmente pioneiro e referência no que fez. Resta-nos apreciar esse trabalho e parabenizar a todos que tornaram-na possível aos nossos olhos.
Este filme é exemplo de que a criativade é onipresente. Vindo de uma país um pouco desconhecido com relação à sétima arte, a Hungria, esta película de György Pálfi é capaz de provocar as mais diferentes reações nas pessoas. É impressionante como somos a cada cena surpreendidos por situações um tanto quanto bizarras e repulsivas que contrastam com a inesquecível e formidável fotografia do filme. Somado a isso, a direção, roteiro, atuação e, principalmente, as tomadas inusitadas de câmera tornam Taxidermia uma das experiências cinematográficas mais imperdíveis dos últimos tempos.
Mais um filme alemão que retrata um pouco da paranóia ideológica do perído da Guerra Fria, nesse caso, do lado oriental da Alemanha. O foco em dois personagens artistas, uma atriz e um poeta, mostra o quão doloroso e destruídor a restrição da liberdade de expressão pode ser na vida daqueles que precisam dessa liberdade para fazer sua arte.
Até Frigga conseguir arquitetar e iniciar silenciosa e inteligentemente seu plano de vingança contra todos seus opressores, o que se vê são cenas fortes e chocantes, deixando-nos angustiados e ansiosos com uma reviravolta à altura. Depois é como se estivessemos em outro filme, pois a seqüência de cenas são tão absurdamente engraçadas, fazendo-nos esquecer totalmente que ali está sendo derramado sangue. Imperdível!!!
Sem dúvida o destaque desse filme fica com os diálogos provocativos, já que grande parte da estória ocorre em um único ambiente e de certa forma os personagens não exigem muito do elenco.
É difícil imaginar na maioria das sociedades, um relacionamento tão intímo entre dois homens, sem que fique o esteriótipo da homoafetividade, mesmo num vínculo tão natural que pode haver entre um pai e um filho. Acho que é essa a reflexão que Sokurov quer propor. Lembro que assim que o filme foi lançado, várias foram as insinuações da crítica para o diretor, o que não o agradou, refutando que sua obra foi mal compreendida. Talvez, a culpa seja dele (propositalmente?), já que a primeira cena, turva e incompreensível, levar a crer que ali está ocorrendo algum ato sexual. Ou talvez a culpa esteja na gente (inconscientemente?), que não está aberta a esse tipo de relacionamento, acabando mal-compreendendo toda uma situação. Para ver e refletir!
Após o impacto e sucesso de Cronicamente Inviável, Sérgio Bianchi apresenta um filme, pode-se dizer, bem mais digestivo e, visivelmente, melhor produzido, mas nem por isso, menos metralhadora. Não pense que o foco da crítica do filme é apenas as ONGs e os governos, como uma análise menos atenta pode nos levar. Que nem em Cronicamente Inviável, as pessoas (mais especificamente do Brasil) têm suas ações questionadas. Isso fica muito claro, quando vemos que, tanto nas cenas do passado quanto nas do presente, a falsa cordialidade de alguns brasileiros esconde interesses próprios. Falando em cordialidade, recomendo para quem ainda não leu, a obra do Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil. Essencial para se entender um pouco mais desse país...
Um tapa na cara na sociedade brasileira, de norte a sul, da classe mais miserável a mais rica. Um pouco exagerado de certa forma, ao tentar generalizar algumas situações. Mas se todo brasileiro tivesse a oportunidade de ver tal filme, certamente poucos não iam se enxergar no mesmo...
Documentário obrigatório para os fãs de Tom Zé. Confesso que esperava mais, porém o fato de conter registros exclusivos de sua turnê pela Europa, mostrando momentos positivos e negativos da mesma, torna o filme obrigatório. Destaque para a confusão nos preparativos do show na Suíça: Tom Zé não baixou a crista e mandou ver nos caras. :P
Obra bizarra, pertubadora, esquizofrênica e alucinógena de David Lynch, comparada na minha opinião somente ao registro fonográfico Too Dark Park do grupo canadense Skinny Puppy. Aliás é bem provável que o trabalho dos músicos canadenses tenha certa influência desse filme. Basta conferir os shows e videoclips mais antigos. Coincidência ou não, vale a pena ver Eraserhead e depois escutar Too Dark Park, se conseguir...
Logicamente que um dia Fellini tinha que fazer um filme totalmente circense, característica presente em muitos dos seus melhores filmes. Mas ele foi além! Fez parte também do filme, que é uma mistura de estória com documentário, onde ficção e fatos se misturam. O foco no talvez elemento mais famoso e também menos valorizado do circo, o palhaço, faz do filme uma sessão de risadas, mesmo quando a realidade exposta não seja tão agradável assim. Imperdível!
Apesar de não concordar mais uma vez com a visão meio anti-americana de Lars Von Trier (precisamos ser racionais e não julgar toda uma sociedade baseada nos atos de seus governantes e de uma parte da população que é manipulada segundo os interesses de uma classe dominante), Querida Wendy (que se passa nos EUA, mas que eu prefiro interpretar que poderia ser em qualquer lugar) está entre meus filmes prediletos, pois o enredo é bom, pode-se perceber vários elementos do Dogma 95 e, logicamente, a trilha sonora regada a The Zombies faz a diferença.
Pinte de Açafrão
3.9 37 Assista AgoraObra simples, bonita e formidável. Rang de Basanti (em português algo como "Pinte da Cor do Açafrão") retrata perfeitamente não somente o descompromisso da juventude atual com a sociedade, mas também a origem dele. E MUITO MAIS!!! Já nas primeiras cenas do filme, vemos os obstáculos que a jovem documentarista enfrenta para conseguir apoio para filmar algo que fuja do velho clichê e seja mais esclarecedor. Bem depois, o desafio que a juventudade terá para mudar o rumo da sociedade após o seu despertar. Enfim, filme para se extrair diversos questionamentos. Mais interessante ainda é saber o estrondo e as mudanças que o filme provocou na Índia e o fato de até o presente momento, Rang de Basanti ter sido o filme indiano que mais vendeu cópias em DVD. Pelo visto, a revolução começou em Bollywood...
Mataram Irmã Dorothy
4.2 12Documentário obrigatório não somente para entender um pouco dos fatos em torno de Dorothy Stang, mas principalmente para compreender todo um contexto de conflitos de interesses no interior do estado do Pará, sejam eles econômicos, políticos, sociais, ambientais ou agrários. Dorothy Stang torna-se assim, por força das circunstâncias, mais um símbolo da luta de uma maioria desprivilegiada contra uma minoria pífia, disposta a usar qualquer artíficio para manter-se no poder.
Música de Trabalho: O Rock Independente no Brasil
4.1 2Lembro que, na época que esse filme passou aqui em Belém, eu acompanhava toda a cena independente de rock na cidade, assim pude comparar os relatos e os fatos. Impressionante como Daniel Dias conseguiu resumir com explendor a cena rockeira independente de todo o Brasil (e talvez do mundo!), ao ponto de certamente a maioria dos músicos, que tiveram a oportunidade de vê-lo, se enxergaram no mesmo. Passados alguns anos, certamente muita coisa melhorou, mas ainda os desafios ainda são muitos para quem quer fazer da música seu trabalho e sua vida. Uma pena que o filme só se encontra em VHS e, mais recentemente, no Youtube.
Manda Bala
3.9 19Pode-se dizer que Manda Bala seja mais um registro preconceituoso e estereotipado sobre as mazelas do Brasil. Assim como pode-se dizer que o filme seja mais um registro que poderia ter sido feito no Brasil, por mais cotidianas sejam as situações mostradas aos olhos dos brasileiros. Polêmico e provocador, este filme, premiado no Festival de Sundance em 2007, foca talvez os dois maiores problemas do Brasil, diretamente ligados e igualmente ignorados: a violência e a corrupção. Quando adverte que “Este filme não pode ser mostrado no Brasil”, o diretor e roteirista Jason Kohn parece prever a censura que sua obra iria ter tanto na mídia quanto nas salas de cinema no Brasil, talvez por mexer com fatos e características pessoais tão comuns no país. Destaque também para a trilha sonora selecionada a dedo pelo próprio Kohn (Tom Zé, Alceu Valença, Novos Baianos, Jorge Ben e outros) que ao mesmo tempo que se encaixa perfeitamente ao filme, contrasta com ele ao mostrar o melhor do que o Brasil é capaz de oferecer.
O Cineasta da Selva
3.6 6Este filme é obrigatório para todos que querem saber um pouco mais da História da Amazônia e, logicamente, do próprio Cinema Brasileiro. Desconhecido certamente pela maioria das pessoas, Silvino Santos foi um grande desbravador da Amazônia e teve a brilhante idéia de registrá-la em video, tornando-se assim indiscutivelmente pioneiro e referência no que fez. Resta-nos apreciar esse trabalho e parabenizar a todos que tornaram-na possível aos nossos olhos.
Taxidermia: Histórias Grotescas
3.4 345 Assista AgoraEste filme é exemplo de que a criativade é onipresente. Vindo de uma país um pouco desconhecido com relação à sétima arte, a Hungria, esta película de György Pálfi é capaz de provocar as mais diferentes reações nas pessoas. É impressionante como somos a cada cena surpreendidos por situações um tanto quanto bizarras e repulsivas que contrastam com a inesquecível e formidável fotografia do filme. Somado a isso, a direção, roteiro, atuação e, principalmente, as tomadas inusitadas de câmera tornam Taxidermia uma das experiências cinematográficas mais imperdíveis dos últimos tempos.
A Vida dos Outros
4.3 645Mais um filme alemão que retrata um pouco da paranóia ideológica do perído da Guerra Fria, nesse caso, do lado oriental da Alemanha. O foco em dois personagens artistas, uma atriz e um poeta, mostra o quão doloroso e destruídor a restrição da liberdade de expressão pode ser na vida daqueles que precisam dessa liberdade para fazer sua arte.
Thriller: Um Filme Cruel
3.7 257Até Frigga conseguir arquitetar e iniciar silenciosa e inteligentemente seu plano de vingança contra todos seus opressores, o que se vê são cenas fortes e chocantes, deixando-nos angustiados e ansiosos com uma reviravolta à altura. Depois é como se estivessemos em outro filme, pois a seqüência de cenas são tão absurdamente engraçadas, fazendo-nos esquecer totalmente que ali está sendo derramado sangue. Imperdível!!!
O Homem da Terra
4.0 455 Assista AgoraSem dúvida o destaque desse filme fica com os diálogos provocativos, já que grande parte da estória ocorre em um único ambiente e de certa forma os personagens não exigem muito do elenco.
Bagdad Café
4.0 242 Assista AgoraSimples, inteligente e de certa forma transformador.
Pai e Filho
3.4 54É difícil imaginar na maioria das sociedades, um relacionamento tão intímo entre dois homens, sem que fique o esteriótipo da homoafetividade, mesmo num vínculo tão natural que pode haver entre um pai e um filho. Acho que é essa a reflexão que Sokurov quer propor. Lembro que assim que o filme foi lançado, várias foram as insinuações da crítica para o diretor, o que não o agradou, refutando que sua obra foi mal compreendida. Talvez, a culpa seja dele (propositalmente?), já que a primeira cena, turva e incompreensível, levar a crer que ali está ocorrendo algum ato sexual. Ou talvez a culpa esteja na gente (inconscientemente?), que não está aberta a esse tipo de relacionamento, acabando mal-compreendendo toda uma situação. Para ver e refletir!
Quanto Vale ou É por Quilo?
4.0 253Após o impacto e sucesso de Cronicamente Inviável, Sérgio Bianchi apresenta um filme, pode-se dizer, bem mais digestivo e, visivelmente, melhor produzido, mas nem por isso, menos metralhadora. Não pense que o foco da crítica do filme é apenas as ONGs e os governos, como uma análise menos atenta pode nos levar. Que nem em Cronicamente Inviável, as pessoas (mais especificamente do Brasil) têm suas ações questionadas. Isso fica muito claro, quando vemos que, tanto nas cenas do passado quanto nas do presente, a falsa cordialidade de alguns brasileiros esconde interesses próprios. Falando em cordialidade, recomendo para quem ainda não leu, a obra do Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil. Essencial para se entender um pouco mais desse país...
Cronicamente Inviável
4.0 140Um tapa na cara na sociedade brasileira, de norte a sul, da classe mais miserável a mais rica. Um pouco exagerado de certa forma, ao tentar generalizar algumas situações. Mas se todo brasileiro tivesse a oportunidade de ver tal filme, certamente poucos não iam se enxergar no mesmo...
Fabricando Tom Zé
4.3 77Documentário obrigatório para os fãs de Tom Zé. Confesso que esperava mais, porém o fato de conter registros exclusivos de sua turnê pela Europa, mostrando momentos positivos e negativos da mesma, torna o filme obrigatório. Destaque para a confusão nos preparativos do show na Suíça: Tom Zé não baixou a crista e mandou ver nos caras. :P
Eraserhead
3.9 922 Assista AgoraObra bizarra, pertubadora, esquizofrênica e alucinógena de David Lynch, comparada na minha opinião somente ao registro fonográfico Too Dark Park do grupo canadense Skinny Puppy. Aliás é bem provável que o trabalho dos músicos canadenses tenha certa influência desse filme. Basta conferir os shows e videoclips mais antigos. Coincidência ou não, vale a pena ver Eraserhead e depois escutar Too Dark Park, se conseguir...
Os Palhaços
4.0 34 Assista AgoraLogicamente que um dia Fellini tinha que fazer um filme totalmente circense, característica presente em muitos dos seus melhores filmes. Mas ele foi além! Fez parte também do filme, que é uma mistura de estória com documentário, onde ficção e fatos se misturam. O foco no talvez elemento mais famoso e também menos valorizado do circo, o palhaço, faz do filme uma sessão de risadas, mesmo quando a realidade exposta não seja tão agradável assim. Imperdível!
Querida Wendy
3.7 88Apesar de não concordar mais uma vez com a visão meio anti-americana de Lars Von Trier (precisamos ser racionais e não julgar toda uma sociedade baseada nos atos de seus governantes e de uma parte da população que é manipulada segundo os interesses de uma classe dominante), Querida Wendy (que se passa nos EUA, mas que eu prefiro interpretar que poderia ser em qualquer lugar) está entre meus filmes prediletos, pois o enredo é bom, pode-se perceber vários elementos do Dogma 95 e, logicamente, a trilha sonora regada a The Zombies faz a diferença.