Como filme sobre fotojornalismo, ele até é competente e tem seus méritos.
Como filme sobre elementos políticos contemporâneos (que inclusive foi a proposta passada pelos trailers), ele é um sapatênis em forma de longa metragem.
Pelo menos há uma metalinguagem: o filme dura duas horas e nós ficamos com a sensação de que se passaram 10 anos, de tão chato e aquém do que esse diretor já conseguiu fazer em Corpo Fechado e O Sexto Sentido.
Pearl é um bom filme, agora esse aqui está muito distante disso. Eu tenho certeza absoluta que pelo menos uns décimos da nota que está aqui no Filmow (assim como lá no Letterboxd) são puro hype porque o filme tem algum tipo de envolvimento da A24.
Se tem uma coisa que me deixa ainda mais com raiva do Halloween Ends é que ele gerou uma reação de algumas pessoas olharem para essa porcaria dirigida pelo Rob Zombie com mais simpatia. Que o diga a quase inexplicável nota que este remake, que se resume a transformar tudo em uma anedota de rednecks beberrões, sujos e caricatos (como qualquer porcaria desse arremedo de diretor que é o Rob Zombie) tem aqui no Filmow. Nota 2,0 ainda seria muito, e olha que eu não sou nem nunca fui fã da série Halloween.
Sem dúvidas foi uma boa sessão. Adorei a fotografia e as atuações da Emma e do Dafoe estão excelentes. Entretanto eu fiquei um pouco frustrado por o filme, ao meu ver, não alcançar todo seu potencial filosófico por
se basear em piadas e referências sexuais à exaustão em boa parte de seus atos. Obviamente esse elemento é crucial para um dos pontos centrais da narrativa, mas é tão recorrente se torna banal e, inclusive, interrompe a imersão.
Eu só fico pensando que o buraco é uma analogia à parte do corpo humano com a qual esse arremedo de tentativa de fazer uma mistura do Lynch com o Cronenberg, protagonizada pelos estagiários da Escola de Atores Sylvester Stallone, foi escrito.
Se é uma obra excelente ou um filme quase medíocre, isso poderá depender do ponto de vista. Se considerarmos o aspecto metalinguístico de o filme conseguir se conectar com algumas parcelas das últimas gerações que de fato se identifiquem com a Julie, e levarmos em consideração que esse é um fator de destaque em produções com elementos dramáticos, então o filme talvez possa ser visto como excelente por tais grupos. Contudo não são apenas esses elementos que solidificam uma obra efetiva, e na soma de outros fatores, o filme é quase medíocre (no sentido estrito do termo, não no senso comum que teima em considerar medíocre como sinônino de ruim, sabe-se lá o porquê).
O filme parece uma tentativa de fazer uma leitura de alguma obra do Ingmar Bergman nos moldes das duas últimas gerações, com alguns elementos de "O mal-estar da pós-modernidade", de Zygmunt Bauman (que, inclusive, é um bom livro). O problema é que o produto é muito inconstante. Os primeiros capítulos são um porre, pois são uma sequência de estereótipos ambulantes (não somente a Julie e suas ações), mas entendo que possa haver identificação por algumas parcelas das gerações pós-modernas, que se habituam a agir de acordo com o que consomem (seja adotando os trejeitos dos seus personagens favoritos de Friends, seja por transformarem a "vida real" em uma extensão dos interesses e práticas sociais estabelecidas nas redes sociais).
Já os 3 ou 4 últimos capítulos são bons, mas muito prejudicados pelo início e meio do filme que acabam por limitar nossa imersão e o impacto com o que se desenrola no desfecho da obra. No final das contas, há dificuldade de construir e sustentar os elementos dramáticos que seriam necessários para que esses últimos atos alcançassem o ápice que mereciam.
Enfim, adiei esse filme por muito tempo e fica o gosto amargo de não ter considerado a obra todo esse petardo da sétima arte que se falou por aí. Longe disso, inclusive.
O filme ganha muitas estrelas nos momentos mais intimistas acerca dos percalços em direção à ascensão da dupla, assim como nas resoluções em cima dos problemas sociais que afetam os protagonistas e representam a realidade de milhões de jovens por décadas. Eu infelizmente não gostei do tom
premonitório e quase onírico que há acerca da presença do Claudinho. Tudo bem que há uma questão poética e liberdades daí geradas, principalmente se consideramos que a projeção é permeada pela narração do personagem Buchecha, mas o recurso é forçado demais, a ponto de muitas vezes prejudicar a imersão e colocar em xeque o realismo que a obra pretende passar.
É um bom filme, mas que desliza nesse suporte folhetinesco.
É quase uma conversa intimista, que muitas vezes nos faz esquecer da posição que assumimos diante da exibição. Os (poucos) filmes que conseguem esse efeito os fazem por serem tão humanos. E é isso que os torna tão efetivos.
O conservadorismo é refúgio dos c4n4lh4s. Que o digam os deputados federais e estaduais que garantiram suas boquinhas nas últimas eleições e os realizadores desse filme que conseguiram vender a ideia de que esse arremedo de roteiro é um filme "muito inteligente" e que esse filme " não passou no cinema porque quanto menos pessoas souberem dele, melhor" (para a elite globalista ou quaisquer tolices de discursos conspiracionistas).
É como diz aquele provérbio popular: "- Todo dia saem de casa um malandro e um otári0, e quando eles se encontram rola negócio". (Que o diga a tragicômica contradição de a evangelização do filme ser quase por completo oriunda das palavras do diabo.)
Aposto um Trakinas que muitas das pessoas que estão dando nota ruim (tanto aqui quanto em outros sites/plataformas) dariam pelo menos mais uma estrela e meia se falassem para eles antes da sessão que o filme tem algum envolvimento da A24.
Aposto um trakinas que a maior parte das pessoas que estão defendendo o filme aos montes na internet, por ele denunciar o tráfico sexual infantil, são as mesmas que se posicionam veementemente contra a educação sexual nas escolas, um recurso que ajuda crianças a identificarem e denunciarem situações em que estejam sofrendo abuso sexual dentro do próprio círculo familiar.
Um dos filmes mais nojentos do ano. Pega um tema grave, e que precisa ser combatido, para elevar o discurso do excepcionalismo americano e do mito do Destino Manifesto em uma trama quase racista, na qual o "herói branco salvador" toma conotações messiânicas explícitas ao adentrar uma América Latina que é reduzida a um antro de selvagens, malignos e berço de tudo que há de contrário à "civilização abençoada". Assisti unicamente para comprovar esses pontos, e isso só porque esses temas são parte de minhas pesquisas acadêmicas. Cuidado, latinada: vocês estão aplaudindo horrores um filme que trata todos nós como lixo, e muitos de vocês ainda chegam ao cúmulo de acusar os outros de "doutriná-los".
Pelo jeito 2023 vai acabar como um ano fraco para o gênero, e por isso Evil Dead Rise provavelmente acabará como um dos melhores filmes do gênero neste ano: não porque o filme seja bom, mas porque quase tudo neste ano está bem abaixo da média (incluindo o arroz com feijão azedo chamado Fale Comigo). Evil Dead Rise tem bons momentos, mas é mal dirigido, com desperdício do potencial de cenas mais tensas. É o mais fraco da franquia, mas por a franquia ser tão boa, isso não significa que seja ruim: só é genérico mesmo, e isso é complicado para algo com o nome "Evil Dead".
Uma das melhores provas de que filmes que têm algum dedinho da A24 (mesmo que só na distribuição, como é o caso deste) geralmente são apenas filmes superestimados, sabe-se lá o porquê. O primeiro ato tem diálogos e construção de personagens tão ruins que parece que misturaram Malhação com Friends. Não é um filme péssimo, mas não chega nem perto do que a geração Tiktok e os Youtubers que foram pagos para fazer propaganda do filme fizeram de escândalo.
Mais um argumento para afirmar que o único filme realmente bom com algum envolvimento de James Wan foi Jogos Mortais. Tá para surgir alguém mais superestimado do que esse cara.
O Homem dos Sonhos
3.5 136Uma boa surpresa da A24, a produtora/ distribuidora mais superestimada dos últimos tempos.
Guerra Civil
3.8 213Como filme sobre fotojornalismo, ele até é competente e tem seus méritos.
Como filme sobre elementos políticos contemporâneos (que inclusive foi a proposta passada pelos trailers), ele é um sapatênis em forma de longa metragem.
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraPelo menos há uma metalinguagem: o filme dura duas horas e nós ficamos com a sensação de que se passaram 10 anos, de tão chato e aquém do que esse diretor já conseguiu fazer em Corpo Fechado e O Sexto Sentido.
2012
2.6 3,3K Assista AgoraRoland Emmerich é uma mistura de Uwe Boll com Michael Bay que consegue arrumar uns otários para colocarem milhões de dólares ao seu dispor.
Noite Passada em Soho
3.5 739 Assista AgoraUma premissa interessante estragada por uma das direções mais pretensiosas dos últimos anos.
Pearl
3.9 992Ao contrário de X, Pearl realmente é efetivo, justamente por ser menos pretensioso e mais orgânico que o primeiro filme lançado.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraPearl é um bom filme, agora esse aqui está muito distante disso. Eu tenho certeza absoluta que pelo menos uns décimos da nota que está aqui no Filmow (assim como lá no Letterboxd) são puro hype porque o filme tem algum tipo de envolvimento da A24.
Halloween: O Início
3.2 861 Assista AgoraSe tem uma coisa que me deixa ainda mais com raiva do Halloween Ends é que ele gerou uma reação de algumas pessoas olharem para essa porcaria dirigida pelo Rob Zombie com mais simpatia. Que o diga a quase inexplicável nota que este remake, que se resume a transformar tudo em uma anedota de rednecks beberrões, sujos e caricatos (como qualquer porcaria desse arremedo de diretor que é o Rob Zombie) tem aqui no Filmow. Nota 2,0 ainda seria muito, e olha que eu não sou nem nunca fui fã da série Halloween.
Pobres Criaturas
4.1 1,1K Assista AgoraSem dúvidas foi uma boa sessão. Adorei a fotografia e as atuações da Emma e do Dafoe estão excelentes. Entretanto eu fiquei um pouco frustrado por o filme, ao meu ver, não alcançar todo seu potencial filosófico por
se basear em piadas e referências sexuais à exaustão em boa parte de seus atos. Obviamente esse elemento é crucial para um dos pontos centrais da narrativa, mas é tão recorrente se torna banal e, inclusive, interrompe a imersão.
Anatomia de uma Queda
4.0 807 Assista AgoraSamuel é um Bentinho do século XXI.
8/1: A Democracia Resiste
3.6 35Esse recado foi MODERADO.
Motivo: Infração dos Termos de Uso. Comentários ofensivos.
Equipe Filmow.com
Deep Dark
2.8 41 Assista AgoraEu só fico pensando que o buraco é uma analogia à parte do corpo humano com a qual esse arremedo de tentativa de fazer uma mistura do Lynch com o Cronenberg, protagonizada pelos estagiários da Escola de Atores Sylvester Stallone, foi escrito.
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 602 Assista AgoraSe é uma obra excelente ou um filme quase medíocre, isso poderá depender do ponto de vista. Se considerarmos o aspecto metalinguístico de o filme conseguir se conectar com algumas parcelas das últimas gerações que de fato se identifiquem com a Julie, e levarmos em consideração que esse é um fator de destaque em produções com elementos dramáticos, então o filme talvez possa ser visto como excelente por tais grupos. Contudo não são apenas esses elementos que solidificam uma obra efetiva, e na soma de outros fatores, o filme é quase medíocre (no sentido estrito do termo, não no senso comum que teima em considerar medíocre como sinônino de ruim, sabe-se lá o porquê).
O filme parece uma tentativa de fazer uma leitura de alguma obra do Ingmar Bergman nos moldes das duas últimas gerações, com alguns elementos de "O mal-estar da pós-modernidade", de Zygmunt Bauman (que, inclusive, é um bom livro). O problema é que o produto é muito inconstante. Os primeiros capítulos são um porre, pois são uma sequência de estereótipos ambulantes (não somente a Julie e suas ações), mas entendo que possa haver identificação por algumas parcelas das gerações pós-modernas, que se habituam a agir de acordo com o que consomem (seja adotando os trejeitos dos seus personagens favoritos de Friends, seja por transformarem a "vida real" em uma extensão dos interesses e práticas sociais estabelecidas nas redes sociais).
Já os 3 ou 4 últimos capítulos são bons, mas muito prejudicados pelo início e meio do filme que acabam por limitar nossa imersão e o impacto com o que se desenrola no desfecho da obra. No final das contas, há dificuldade de construir e sustentar os elementos dramáticos que seriam necessários para que esses últimos atos alcançassem o ápice que mereciam.
Enfim, adiei esse filme por muito tempo e fica o gosto amargo de não ter considerado a obra todo esse petardo da sétima arte que se falou por aí. Longe disso, inclusive.
Nosso Sonho
3.8 181O filme ganha muitas estrelas nos momentos mais intimistas acerca dos percalços em direção à ascensão da dupla, assim como nas resoluções em cima dos problemas sociais que afetam os protagonistas e representam a realidade de milhões de jovens por décadas. Eu infelizmente não gostei do tom
premonitório e quase onírico que há acerca da presença do Claudinho. Tudo bem que há uma questão poética e liberdades daí geradas, principalmente se consideramos que a projeção é permeada pela narração do personagem Buchecha, mas o recurso é forçado demais, a ponto de muitas vezes prejudicar a imersão e colocar em xeque o realismo que a obra pretende passar.
É um bom filme, mas que desliza nesse suporte folhetinesco.
Aftersun
4.1 706É quase uma conversa intimista, que muitas vezes nos faz esquecer da posição que assumimos diante da exibição. Os (poucos) filmes que conseguem esse efeito os fazem por serem tão humanos. E é isso que os torna tão efetivos.
Nefasto
3.4 202 Assista AgoraO conservadorismo é refúgio dos c4n4lh4s. Que o digam os deputados federais e estaduais que garantiram suas boquinhas nas últimas eleições e os realizadores desse filme que conseguiram vender a ideia de que esse arremedo de roteiro é um filme "muito inteligente" e que esse filme " não passou no cinema porque quanto menos pessoas souberem dele, melhor" (para a elite globalista ou quaisquer tolices de discursos conspiracionistas).
É como diz aquele provérbio popular: "- Todo dia saem de casa um malandro e um otári0, e quando eles se encontram rola negócio". (Que o diga a tragicômica contradição de a evangelização do filme ser quase por completo oriunda das palavras do diabo.)
Feliz Natal
2.3 54 Assista AgoraParecia que eu estava vendo um filme do Rob Zombie, para minha tristeza.
O Mal Que Nos Habita
3.6 534 Assista AgoraAposto um Trakinas que muitas das pessoas que estão dando nota ruim (tanto aqui quanto em outros sites/plataformas) dariam pelo menos mais uma estrela e meia se falassem para eles antes da sessão que o filme tem algum envolvimento da A24.
O Exorcista: O Devoto
2.1 400 Assista AgoraDavid Gordon Green é um novo Rob Zombie.
Som da Liberdade
3.8 480 Assista AgoraAposto um trakinas que a maior parte das pessoas que estão defendendo o filme aos montes na internet, por ele denunciar o tráfico sexual infantil, são as mesmas que se posicionam veementemente contra a educação sexual nas escolas, um recurso que ajuda crianças a identificarem e denunciarem situações em que estejam sofrendo abuso sexual dentro do próprio círculo familiar.
Som da Liberdade
3.8 480 Assista AgoraUm dos filmes mais nojentos do ano. Pega um tema grave, e que precisa ser combatido, para elevar o discurso do excepcionalismo americano e do mito do Destino Manifesto em uma trama quase racista, na qual o "herói branco salvador" toma conotações messiânicas explícitas ao adentrar uma América Latina que é reduzida a um antro de selvagens, malignos e berço de tudo que há de contrário à "civilização abençoada". Assisti unicamente para comprovar esses pontos, e isso só porque esses temas são parte de minhas pesquisas acadêmicas. Cuidado, latinada: vocês estão aplaudindo horrores um filme que trata todos nós como lixo, e muitos de vocês ainda chegam ao cúmulo de acusar os outros de "doutriná-los".
A Morte do Demônio: A Ascensão
3.3 816 Assista AgoraPelo jeito 2023 vai acabar como um ano fraco para o gênero, e por isso Evil Dead Rise provavelmente acabará como um dos melhores filmes do gênero neste ano: não porque o filme seja bom, mas porque quase tudo neste ano está bem abaixo da média (incluindo o arroz com feijão azedo chamado Fale Comigo). Evil Dead Rise tem bons momentos, mas é mal dirigido, com desperdício do potencial de cenas mais tensas. É o mais fraco da franquia, mas por a franquia ser tão boa, isso não significa que seja ruim: só é genérico mesmo, e isso é complicado para algo com o nome "Evil Dead".
Fale Comigo
3.6 965 Assista AgoraUma das melhores provas de que filmes que têm algum dedinho da A24 (mesmo que só na distribuição, como é o caso deste) geralmente são apenas filmes superestimados, sabe-se lá o porquê. O primeiro ato tem diálogos e construção de personagens tão ruins que parece que misturaram Malhação com Friends. Não é um filme péssimo, mas não chega nem perto do que a geração Tiktok e os Youtubers que foram pagos para fazer propaganda do filme fizeram de escândalo.
M3gan
3.0 799 Assista AgoraMais um argumento para afirmar que o único filme realmente bom com algum envolvimento de James Wan foi Jogos Mortais. Tá para surgir alguém mais superestimado do que esse cara.