Gostei bastante das referências utilizadas pra substituir as cenas de sexo, (que na maioria das narrativas não se encaixa nem no contexto da história). Embora o filme tenha essa montagem "divertida", me decepcionou (e não foi pouco) com o quanto destoa de todos os outros filmes da Netflix desse mesmo gênero. Apesar de ter sido dirigido por uma mulher, o filme é completamente sexista, denegrindo a imagem das meninas "fora do padrão". O filme acabou e só consegui ficar pensando em quem foi que liberou esse roteiro pra produção, porque mostra tudo de mais errado que tem no mundo, tudo que as minorias lutam todos os dias pra desmistificar. E quando pensei que fosse acabar, o plot twist consegue ser ainda mais porco e machista que todo o resto do filme junto. Shame on you Netflix.
PS: A quem gostou o filme, fique livre para responder este comentário me apresentando um outro ponto de vista.
Vou deixar três dicas importantes para que você acompanhe (e aproveite ao máximo) o pensamento do filme: Dica 01: Não compare com Carrie - A Estranha (ok, até da para comparar um pouco, embora cinema americano ainda venha carregado de tabus, em pleno século XXI #shameonyoueua); Dica 02: Pense fora da caixa, pense além do que a sua cabeça é capaz de pensar; Dica 03 (e a mais importante): Não pare de pensar no filme depois que ele acabar. Pare e pense um pouco mais enquanto correm os créditos, e enquanto você toma seu banho e/ou toma seu café da manhã (ou da tarde).. enfim, onde você quiser.. mas pense mais sobre Thelma.
Sempre fui o tipo de pessoa que levantou a bandeira do anti-conservadorismo, mas "Fala comigo", me fez perceber que ainda existem em mim, na minha criação e visão de mundo, vários tabus a serem desconstruídos. O filme me causou repulsa, do início ao fim, parabéns ao diretor e roteirista pois tenho a absoluta certeza de que essa era a real intenção. Numa visão particular e pessoal referente a narrativa, não considero que o filme seja história de amor (proibido). A relação dos protagonistas é abusiva. Em várias cenas do longa Ângela coloca Diogo em situações que violam a ética e o bom senso: ao pedir que ele não atenda o telefonema da mãe, ao tirar o menor da escola no meio do turno, e claro, ao manter relações com um menor de idade. Se a ideia era mostrar o amor de um pelo outro, a tentativa foi falha, pois fica a sensação de que Ângela o tempo todo manteve uma relação para suportar sua solidão pessoal com o término do casamento.
Não sou muito fã dessa estética de filme. (Atividade Paranormal está no topo da minha lista de piores filmes que já assisti na vida). Mas com tantos produtores e diretores seguindo essa "vibe", estou me acostumando e aceitando esse Dogma 95 contemporâneo (tenho um telefone com uma câmera boa, logo, posso fazer cinema). Não desgosto nem um pouco dessa ideia, porque é uma porta para quem gosta de fazer cinema, contar histórias, mas não tem grana para bancar um filme de grandes efeitos e produções milionárias. Como já disse no começo, não sou muito fã dessa estética de narrativa, mas respeito produtores e diretores que usam de sua criatividade para fazer cinema e competir com "gente grande" nos serviços de streaming.
Mais um filme de baixo orçamento, mas com uma direção criativa e inteligente. Qualidade de imagem hoje em dia é apenas detalhe, já que não são produções para concorrer a Oscars ou Globos de Ouro, mas produções para entreter, puramente. Tenha paciência com as imagens tremidas e escuras e apenas divirta-se e deixe-se levar.
Gosto do que a Netflix tem feito ultimamente, "brincado" com os filmes clássicos de terror, da mesma forma como fez com "Pequeno Demônio" que segue a mesma vibe de A babá. Narrativas divertidas feitas puramente para entretenimento e diversão, não devem ser levados a sério. Uma pessoa fissurada por filmes de terror ou cinema no geral, vai entender todas as referências do filme e vai apenas curtir sem julgamentos.
Brincar com conto de fadas sempre mexe com a nossa criança interior (não importa a época), histórias como A Branca de Neve, Cinderela, A Bela Adormecida e todas as suas princesas com seus príncipes encantados, são atemporais. Uma senhora de 70 anos e uma jovem de 7, com certeza já foram apresentadas a essas histórias alguma vez na vida. O mais legal de todas as versões que existem desde os contos dos irmãos Grimm até as adaptações da Disney, instigam nosso instinto aventureiro e romântico. Por isso, Once Upon a Time mesmo com seus efeitos terríveis fez e faz muito sucesso entre os jovens adultos. Ver nossos heróis da época de infância de outra perspectiva é muito divertido. Além de desconstruir a imagem machista | submissa desses contos.
Eu achei um filme consideravelmente bom. Ganha pontos comigo por não ter nenhum pouco do clima comercial de hollywood que estraga o cinema. O que mais me incomodou, foi a fotografia em preto em branco que teve uma passagem não muito natural para o colorido ao atingir o clímax. As atuações foram bem intrínsecas, as duas atrizes souberam entrelaçar de certa forma seus diálogos, mesmo com o roteiro um pouco fraco nesse quesito. Um detalhe pessoal que sempre me ocorre ao assistir um filme de suspense | terror na língua espanhola: me causa muito mais apreensão.
Adjetivar um filme de terror como "bom" ou "muito bom" é pura utopia (pessoalmente falando). Mas esse gênero que ficou tão famoso por clássicos pioneiros dos anos 70, vem mantendo uma linha tênue entre o terror tradicional e o cinema clássico americano. Mesmo os filmes de baixo orçamento, como Scare Campaign gostam de fazer o que o cinema faz de melhor, que é falar sobre si mesmo em terceira pessoa, o famoso "cinema dentro do cinema". O filme têm vários erros perceptíveis, mas vários plot twists que prendem a atenção do expectador e fazem com que o filme seja um bom entretenimento.
“Afinidade” é um filme de muita história, porém com uma direção descuidada. Em um filme de época, as muitas câmeras na mão e até mesmo alguns planos de “falso documentário” não conseguiram fazer o efeito para qual foram criados. Mas a história é realmente muito boa, original (de certa forma), com um plot twist doloroso.
O filme se passa na década de 70, na França. Uma França ainda distante da de hoje, onde as mulheres estavam começando a lutar pelos seus direitos dentro das universidades, das empresas e perante o patriarcado (que no filme a diretora faz questão de deixar bem aparente). Em meio a essa luta, acontece o amor entre duas mulheres, que sabem das dificuldades desse relacionamento, mas que mesmo assim resolvem lutar para viver o que estão sentindo. O filme é bonito, ainda que com uma temática pesada, tem um clima poético e “leve”. Por ter sido dirigido por uma mulher, as cenas entre as duas personagens principais são bonitas, cheias de sentimento e sem medo de mostrar o corpo feminino. A fotografia em sua maior parte natural, reforça a simplicidade do filme.
O que mais senti falta no fechamento da história, foi do desfecho da família, o que acontece com o pai? E a mãe? Quem ficou cuidando da fazenda? Ela foi vendida? O fato de não sabermos se elas ficarão juntas no final me agrada, porque dá espaço para o expectador assimilar e definir um final para a narrativa.
O que incomoda um pouco no filme é ser muito curto e abordar vários assuntos que são pertinentes, ainda mais para o cinema. A menina que descobre a sexualidade. O primeiro amor. O amigo potencial estuprador. A primeira decepção amorosa. Mas o roteiro é de certa forma bem estruturado, ele consegue contar uma história, e pessoalmente me colocou no lugar da protagonista. Quem nunca teve uma Sasha na vida, né? PS: odiei e não entendi essa peruca descarada de uma das personagens.
O Silêncio do céu já inicia trabalhando com duas das táticas mais funcionais do cinema: “mostrar” aquilo que está fora do quadro e abusar do som de ambiência para causar aflição psicológica, e assim segue até o final. A primeira cena depois dos créditos iniciais já é a cena mais forte do filme, ela foi estrategicamente colocada ali para deixar bem claro que não será uma história leve. Ainda que o argumento do roteiro seja de um tema pesado e com personagens de grande carga emocional e verossímeis, é muito bonito visualmente, tanto nos enquadramentos quanto na fotografia marcada em tons de azul, fazendo uma amarração com as características frias dos personagens.
Mãe só há uma sem dúvida se tornou um dos meus filmes nacionais preferidos, consequentemente Anna Muylaerte meu maior exemplo de girl power no cinema brasileiro. Gosto de como ela trabalha os trocadilhos da vida real dentro da narrativa, a escolha de uma mesma atriz para viver a mãe adotiva e biológica, a escolha de um ator protagonista andrógeno inclusive no nome (Naomi), a escolha de Matheus Nachtergaele dando vida ao pai homofóbico (a diretora parece ter feito questão de dar ao personagem o mesmo nome do ator), sendo que o mundo todo sabe que ele é uma das primeiras figuras públicas a defender a não-rotulação-de-gêneros. Além desses trocadilhos estrategicamente inseridos, a diretora que traz “arte” no sobrenome, consegue trazer mais uma obra de arte para chamar de nossa, depois do quase Oscar que foi o premiado Que horas ela volta?
Amores Urbanos traz à tona conteúdos pertinentes na atualidade. A dúvida da carreira profissional depois dos 30, aborto, rejeição familiar e dificuldade de se assumir para a sociedade. Os três amigos representam cada um com suas qualidades as relações interpessoais e as agonias da sociedade nas metrópoles. Esteticamente um filme bastante denso, com cores escuras e fotografia quase natural, destaque para a paleta de cor neutra escolhida para colorir as cenas. Trilhas sonoras perfeitamente encaixadas na vida dos personagens retratados. A escolha de Thiago Petit para viver um dos protagonistas me remete muito mais a uma representação de si mesmo do que um personagem ficcional, (talvez ele devesse ter participado do filme apenas com a trilha sonora).
O filme levanta questões mais relevantes do que apenas sobrevivência no espaço. Passageiros não é um filme sobre espaço. Vamos olhar com olhos diferentes do que a maioria do público comum que esperava encontrar uma releitura de uma Odisseia no espaço ou Gravidade. O filme aborda mesmo que sinteticamente assuntos como crise de Estocolmo, escolhas morais e levanta a questão de o amor ser mais forte do que a ética. As atuações dos dois atores e a forma como se dá a relação deles deixa o filme mais “leve”, inclusive tive várias boas reações na sala do cinema. Se tiver que apontar o dedo para encontrar culpados sobre o desgosto da maioria das pessoas pelo filme, seria a forma de divulgação. Ele não foi divulgado de uma forma a mostrar o real primeiro plano do roteiro, e isso pode ter confundido a maioria das pessoas. Sem dúvida um filme como essa com a presença de Jenifer Lawrence (que torna a arte da atuação parecer tão simples) ganha uma maior credibilidade.
Viemos sendo enganados pelo cinema desde o começo. É no cinema que sempre procuramos por romances verdadeiros, homens cavalheiros com suas mulheres submissas. Assim como todas aquelas pessoas se assustaram ao ver a Chegada do Trem na estação, dos irmãos Lumière, ainda há pessoas que se assustam quando o rumo das histórias de amor segue outro caminho que não seja o mesmo clichê eterno do cinema e da literatura romancista. E nem por isso podem ser taxadas de histórias não românticas. Pessoas entram e saem da vida de outras o tempo todo, cada uma sempre deixando um pedaço de si e ensinando a voar. Esse voo as vezes requer solidão para o autoconhecimento. O filme lituano de coprodução francesa The Summer of Sangaile não é um filme de amor, é um filme de autoconhecimento, o nome já nos mostra isso, é o verão de apenas uma pessoa, da Sangaile, isso não é egoísmo, é a descoberta do amor próprio. Uma narrativa delicada, com um roteiro carregado de imagens subliminares, com poucas falas e muitos olhares. A fotografia está sempre presente na rotina das personagens, além de estar onipresente na própria narrativa.
Uma das características mais marcantes do cinema é causar impacto ao contar uma história. Representar a natureza brutal do ser humano da forma mais imagética possível para causar incomodo e fazer pensar. Demônio de Neon é um filme visual, produzido lindamente para causar impacto e incomodar o expectador. Impossível imaginar alguém melhor para viver a personagem protagonista do que Elle Fanning, que maravilhosamente deu vida à “assustadora” personagem desse longa carregador de imagens perturbadoras. Créditos à linda fotografia de Natasha Braier. Girl Power representando as fotógrafas cinematográficas.
Se você não sabe brincar de cinema devolve os brinquedos e volta pra casa. Cara, vamos nos livrar um pouco das amarras do clichê do cinema de suspense e vamos abrir a cabeça pra uma coisa diferente e inovadora. Não posso acreditar nos comentários da galera aí que não achou esse filme interessante e não ficou de queixo caído com o ponto de virada final do roteiro. Ok que não seja o melhor filme do mundo, mas o roteiro e a direção estão impecáveis. roteiro todo amarradinho sem pontas soltas. Um filme (que por mais que seja meio lento), deixa expectador o tempo inteiro compenetrado e que nos últimos 15min de filme da a maior reviravolta que eu (como amante de cinema de terror) já vi nos filmes pós anos 2000. Para o pessoal que elogiou a fotografia, ali deve ter mais pós produção de um colorista do que trabalho de um fotógrafo. (mas é boa mesmo, mas não é o que "salva" o filme)
Um bom argumento com uma direção mediana de Courteney. O filme todo tem um andamento aceitável, o desenvolvimento da loucura do protagonista que poderia ter sido um pouco mais rápida, vai empurrando a história com a barriga. Final não surpreende e fica ainda mais óbvio na metade do filme
Um filme que deixa o expectador tenso pelos planos corridos de câmera na mão, mas não com o roteiro que é bem fraquinho. Embora seja um divertimento para amantes de slash movies. A direção é bem feita, usa várias referências de filmes de terror clássicos, com certeza o diretor é um amente de filmes de terror, a atmosfera do filme mostra isso. Um bom divertimento, um péssimo texto (como qualquer filme trash).
Achei um filme meio fraco (num todo), alguns elementos podem ser salvos. Como na primeira parte quando conhecemos os personagens e quando somos inseridos na história, é interessante a atmosfera carregada em cores escuras. A lentidão dos acontecimentos começa a incomodar depois da metade do filme, quando ainda estamos esperando alguma coisa acontecer e nada acontece. Apenas nos 10 últimos minutos é que acontece alguma coisa, e que ainda assim deixa a desejar. As atuações são bem boas, mas não são o suficiente pra tornar a história interessante. Fica faltando alguma coisa que nem toda a imaginação do expectador vai ser suficiente.
Oh, Ramona!
2.0 147Gostei bastante das referências utilizadas pra substituir as cenas de sexo, (que na maioria das narrativas não se encaixa nem no contexto da história). Embora o filme tenha essa montagem "divertida", me decepcionou (e não foi pouco) com o quanto destoa de todos os outros filmes da Netflix desse mesmo gênero. Apesar de ter sido dirigido por uma mulher, o filme é completamente sexista, denegrindo a imagem das meninas "fora do padrão". O filme acabou e só consegui ficar pensando em quem foi que liberou esse roteiro pra produção, porque mostra tudo de mais errado que tem no mundo, tudo que as minorias lutam todos os dias pra desmistificar. E quando pensei que fosse acabar, o plot twist consegue ser ainda mais porco e machista que todo o resto do filme junto. Shame on you Netflix.
PS: A quem gostou o filme, fique livre para responder este comentário me apresentando um outro ponto de vista.
Thelma
3.5 342 Assista AgoraVou deixar três dicas importantes para que você acompanhe (e aproveite ao máximo) o pensamento do filme:
Dica 01: Não compare com Carrie - A Estranha (ok, até da para comparar um pouco, embora cinema americano ainda venha carregado de tabus, em pleno século XXI #shameonyoueua);
Dica 02: Pense fora da caixa, pense além do que a sua cabeça é capaz de pensar;
Dica 03 (e a mais importante): Não pare de pensar no filme depois que ele acabar. Pare e pense um pouco mais enquanto correm os créditos, e enquanto você toma seu banho e/ou toma seu café da manhã (ou da tarde).. enfim, onde você quiser.. mas pense mais sobre Thelma.
Dark (1ª Temporada)
4.4 1,6KAlemanha 7, resto do mundo 1.
Fala Comigo
2.9 183 Assista AgoraSempre fui o tipo de pessoa que levantou a bandeira do anti-conservadorismo, mas "Fala comigo", me fez perceber que ainda existem em mim, na minha criação e visão de mundo, vários tabus a serem desconstruídos. O filme me causou repulsa, do início ao fim, parabéns ao diretor e roteirista pois tenho a absoluta certeza de que essa era a real intenção. Numa visão particular e pessoal referente a narrativa, não considero que o filme seja história de amor (proibido). A relação dos protagonistas é abusiva. Em várias cenas do longa Ângela coloca Diogo em situações que violam a ética e o bom senso: ao pedir que ele não atenda o telefonema da mãe, ao tirar o menor da escola no meio do turno, e claro, ao manter relações com um menor de idade. Se a ideia era mostrar o amor de um pelo outro, a tentativa foi falha, pois fica a sensação de que Ângela o tempo todo manteve uma relação para suportar sua solidão pessoal com o término do casamento.
Perseguição
2.3 206 Assista AgoraNão sou muito fã dessa estética de filme. (Atividade Paranormal está no topo da minha lista de piores filmes que já assisti na vida). Mas com tantos produtores e diretores seguindo essa "vibe", estou me acostumando e aceitando esse Dogma 95 contemporâneo (tenho um telefone com uma câmera boa, logo, posso fazer cinema). Não desgosto nem um pouco dessa ideia, porque é uma porta para quem gosta de fazer cinema, contar histórias, mas não tem grana para bancar um filme de grandes efeitos e produções milionárias. Como já disse no começo, não sou muito fã dessa estética de narrativa, mas respeito produtores e diretores que usam de sua criatividade para fazer cinema e competir com "gente grande" nos serviços de streaming.
Mais um filme de baixo orçamento, mas com uma direção criativa e inteligente. Qualidade de imagem hoje em dia é apenas detalhe, já que não são produções para concorrer a Oscars ou Globos de Ouro, mas produções para entreter, puramente. Tenha paciência com as imagens tremidas e escuras e apenas divirta-se e deixe-se levar.
A Babá
3.1 960 Assista AgoraGosto do que a Netflix tem feito ultimamente, "brincado" com os filmes clássicos de terror, da mesma forma como fez com "Pequeno Demônio" que segue a mesma vibe de A babá. Narrativas divertidas feitas puramente para entretenimento e diversão, não devem ser levados a sério. Uma pessoa fissurada por filmes de terror ou cinema no geral, vai entender todas as referências do filme e vai apenas curtir sem julgamentos.
Era Uma Vez (1ª Temporada)
4.2 1,1KBrincar com conto de fadas sempre mexe com a nossa criança interior (não importa a época), histórias como A Branca de Neve, Cinderela, A Bela Adormecida e todas as suas princesas com seus príncipes encantados, são atemporais. Uma senhora de 70 anos e uma jovem de 7, com certeza já foram apresentadas a essas histórias alguma vez na vida. O mais legal de todas as versões que existem desde os contos dos irmãos Grimm até as adaptações da Disney, instigam nosso instinto aventureiro e romântico. Por isso, Once Upon a Time mesmo com seus efeitos terríveis fez e faz muito sucesso entre os jovens adultos. Ver nossos heróis da época de infância de outra perspectiva é muito divertido. Além de desconstruir a imagem machista | submissa desses contos.
Veronica
3.1 47Eu achei um filme consideravelmente bom. Ganha pontos comigo por não ter nenhum pouco do clima comercial de hollywood que estraga o cinema. O que mais me incomodou, foi a fotografia em preto em branco que teve uma passagem não muito natural para o colorido ao atingir o clímax. As atuações foram bem intrínsecas, as duas atrizes souberam entrelaçar de certa forma seus diálogos, mesmo com o roteiro um pouco fraco nesse quesito. Um detalhe pessoal que sempre me ocorre ao assistir um filme de suspense | terror na língua espanhola: me causa muito mais apreensão.
Scare Campaign
2.8 91Adjetivar um filme de terror como "bom" ou "muito bom" é pura utopia (pessoalmente falando). Mas esse gênero que ficou tão famoso por clássicos pioneiros dos anos 70, vem mantendo uma linha tênue entre o terror tradicional e o cinema clássico americano. Mesmo os filmes de baixo orçamento, como Scare Campaign gostam de fazer o que o cinema faz de melhor, que é falar sobre si mesmo em terceira pessoa, o famoso "cinema dentro do cinema".
O filme têm vários erros perceptíveis, mas vários plot twists que prendem a atenção do expectador e fazem com que o filme seja um bom entretenimento.
Sede de Vingança
2.2 351 Assista AgoraAi gente, me arrependo de ter perdido esse tempo do meu domingo, não tem nada que salve esse filme :/
Afinidade
3.4 49“Afinidade” é um filme de muita história, porém com uma direção descuidada. Em um filme de época, as muitas câmeras na mão e até mesmo alguns planos de “falso documentário” não conseguiram fazer o efeito para qual foram criados. Mas a história é realmente muito boa, original (de certa forma), com um plot twist doloroso.
Um Belo Verão
3.9 115 Assista AgoraO filme se passa na década de 70, na França. Uma França ainda distante da de hoje, onde as mulheres estavam começando a lutar pelos seus direitos dentro das universidades, das empresas e perante o patriarcado (que no filme a diretora faz questão de deixar bem aparente). Em meio a essa luta, acontece o amor entre duas mulheres, que sabem das dificuldades desse relacionamento, mas que mesmo assim resolvem lutar para viver o que estão sentindo. O filme é bonito, ainda que com uma temática pesada, tem um clima poético e “leve”. Por ter sido dirigido por uma mulher, as cenas entre as duas personagens principais são bonitas, cheias de sentimento e sem medo de mostrar o corpo feminino. A fotografia em sua maior parte natural, reforça a simplicidade do filme.
O que mais senti falta no fechamento da história, foi do desfecho da família, o que acontece com o pai? E a mãe? Quem ficou cuidando da fazenda? Ela foi vendida?
O fato de não sabermos se elas ficarão juntas no final me agrada, porque dá espaço para o expectador assimilar e definir um final para a narrativa.
Drama
3.0 243Adorei esse vibe meio "the dreamers" do filme. Começa leve, e conforme vai se encaminhando pro final é inacreditável a atmosfera densa que adquire.
First Girl I Loved
3.0 74O que incomoda um pouco no filme é ser muito curto e abordar vários assuntos que são pertinentes, ainda mais para o cinema. A menina que descobre a sexualidade. O primeiro amor. O amigo potencial estuprador. A primeira decepção amorosa.
Mas o roteiro é de certa forma bem estruturado, ele consegue contar uma história, e pessoalmente me colocou no lugar da protagonista. Quem nunca teve uma Sasha na vida, né?
PS: odiei e não entendi essa peruca descarada de uma das personagens.
O Silêncio do Céu
3.5 226 Assista AgoraO Silêncio do céu já inicia trabalhando com duas das táticas mais funcionais do cinema: “mostrar” aquilo que está fora do quadro e abusar do som de ambiência para causar aflição psicológica, e assim segue até o final.
A primeira cena depois dos créditos iniciais já é a cena mais forte do filme, ela foi estrategicamente colocada ali para deixar bem claro que não será uma história leve.
Ainda que o argumento do roteiro seja de um tema pesado e com personagens de grande carga emocional e verossímeis, é muito bonito visualmente, tanto nos enquadramentos quanto na fotografia marcada em tons de azul, fazendo uma amarração com as características frias dos personagens.
Mãe Só Há Uma
3.5 408 Assista AgoraMãe só há uma sem dúvida se tornou um dos meus filmes nacionais preferidos, consequentemente Anna Muylaerte meu maior exemplo de girl power no cinema brasileiro. Gosto de como ela trabalha os trocadilhos da vida real dentro da narrativa, a escolha de uma mesma atriz para viver a mãe adotiva e biológica, a escolha de um ator protagonista andrógeno inclusive no nome (Naomi), a escolha de Matheus Nachtergaele dando vida ao pai homofóbico (a diretora parece ter feito questão de dar ao personagem o mesmo nome do ator), sendo que o mundo todo sabe que ele é uma das primeiras figuras públicas a defender a não-rotulação-de-gêneros.
Além desses trocadilhos estrategicamente inseridos, a diretora que traz “arte” no sobrenome, consegue trazer mais uma obra de arte para chamar de nossa, depois do quase Oscar que foi o premiado Que horas ela volta?
Amores Urbanos
3.3 98Amores Urbanos traz à tona conteúdos pertinentes na atualidade. A dúvida da carreira profissional depois dos 30, aborto, rejeição familiar e dificuldade de se assumir para a sociedade. Os três amigos representam cada um com suas qualidades as relações interpessoais e as agonias da sociedade nas metrópoles. Esteticamente um filme bastante denso, com cores escuras e fotografia quase natural, destaque para a paleta de cor neutra escolhida para colorir as cenas. Trilhas sonoras perfeitamente encaixadas na vida dos personagens retratados. A escolha de Thiago Petit para viver um dos protagonistas me remete muito mais a uma representação de si mesmo do que um personagem ficcional, (talvez ele devesse ter participado do filme apenas com a trilha sonora).
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraO filme levanta questões mais relevantes do que apenas sobrevivência no espaço. Passageiros não é um filme sobre espaço. Vamos olhar com olhos diferentes do que a maioria do público comum que esperava encontrar uma releitura de uma Odisseia no espaço ou Gravidade. O filme aborda mesmo que sinteticamente assuntos como crise de Estocolmo, escolhas morais e levanta a questão de o amor ser mais forte do que a ética. As atuações dos dois atores e a forma como se dá a relação deles deixa o filme mais “leve”, inclusive tive várias boas reações na sala do cinema.
Se tiver que apontar o dedo para encontrar culpados sobre o desgosto da maioria das pessoas pelo filme, seria a forma de divulgação. Ele não foi divulgado de uma forma a mostrar o real primeiro plano do roteiro, e isso pode ter confundido a maioria das pessoas. Sem dúvida um filme como essa com a presença de Jenifer Lawrence (que torna a arte da atuação parecer tão simples) ganha uma maior credibilidade.
O Verão De Sangaile
3.2 57Viemos sendo enganados pelo cinema desde o começo. É no cinema que sempre procuramos por romances verdadeiros, homens cavalheiros com suas mulheres submissas. Assim como todas aquelas pessoas se assustaram ao ver a Chegada do Trem na estação, dos irmãos Lumière, ainda há pessoas que se assustam quando o rumo das histórias de amor segue outro caminho que não seja o mesmo clichê eterno do cinema e da literatura romancista. E nem por isso podem ser taxadas de histórias não românticas. Pessoas entram e saem da vida de outras o tempo todo, cada uma sempre deixando um pedaço de si e ensinando a voar. Esse voo as vezes requer solidão para o autoconhecimento.
O filme lituano de coprodução francesa The Summer of Sangaile não é um filme de amor, é um filme de autoconhecimento, o nome já nos mostra isso, é o verão de apenas uma pessoa, da Sangaile, isso não é egoísmo, é a descoberta do amor próprio.
Uma narrativa delicada, com um roteiro carregado de imagens subliminares, com poucas falas e muitos olhares. A fotografia está sempre presente na rotina das personagens, além de estar onipresente na própria narrativa.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraUma das características mais marcantes do cinema é causar impacto ao contar uma história. Representar a natureza brutal do ser humano da forma mais imagética possível para causar incomodo e fazer pensar. Demônio de Neon é um filme visual, produzido lindamente para causar impacto e incomodar o expectador. Impossível imaginar alguém melhor para viver a personagem protagonista do que Elle Fanning, que maravilhosamente deu vida à “assustadora” personagem desse longa carregador de imagens perturbadoras. Créditos à linda fotografia de Natasha Braier. Girl Power representando as fotógrafas cinematográficas.
Road Games
2.4 44Se você não sabe brincar de cinema devolve os brinquedos e volta pra casa. Cara, vamos nos livrar um pouco das amarras do clichê do cinema de suspense e vamos abrir a cabeça pra uma coisa diferente e inovadora. Não posso acreditar nos comentários da galera aí que não achou esse filme interessante e não ficou de queixo caído com o ponto de virada final do roteiro. Ok que não seja o melhor filme do mundo, mas o roteiro e a direção estão impecáveis. roteiro todo amarradinho sem pontas soltas. Um filme (que por mais que seja meio lento), deixa expectador o tempo inteiro compenetrado e que nos últimos 15min de filme da a maior reviravolta que eu (como amante de cinema de terror) já vi nos filmes pós anos 2000. Para o pessoal que elogiou a fotografia, ali deve ter mais pós produção de um colorista do que trabalho de um fotógrafo. (mas é boa mesmo, mas não é o que "salva" o filme)
Perigos da Rede
3.5 91 Assista AgoraUm bom argumento com uma direção mediana de Courteney. O filme todo tem um andamento aceitável, o desenvolvimento da loucura do protagonista que poderia ter sido um pouco mais rápida, vai empurrando a história com a barriga. Final não surpreende e fica ainda mais óbvio na metade do filme
Acampamento do Terror
2.4 90Um filme que deixa o expectador tenso pelos planos corridos de câmera na mão, mas não com o roteiro que é bem fraquinho. Embora seja um divertimento para amantes de slash movies. A direção é bem feita, usa várias referências de filmes de terror clássicos, com certeza o diretor é um amente de filmes de terror, a atmosfera do filme mostra isso. Um bom divertimento, um péssimo texto (como qualquer filme trash).
Shelley
3.0 67Achei um filme meio fraco (num todo), alguns elementos podem ser salvos. Como na primeira parte quando conhecemos os personagens e quando somos inseridos na história, é interessante a atmosfera carregada em cores escuras. A lentidão dos acontecimentos começa a incomodar depois da metade do filme, quando ainda estamos esperando alguma coisa acontecer e nada acontece. Apenas nos 10 últimos minutos é que acontece alguma coisa, e que ainda assim deixa a desejar. As atuações são bem boas, mas não são o suficiente pra tornar a história interessante. Fica faltando alguma coisa que nem toda a imaginação do expectador vai ser suficiente.