Grande expoente dentro do subgênero da invasão domiciliar, com passagem de tempo integral e atuações que remetem dor e desespero de alto nível. Pode não ter a melhor das maquiagens (em especial na cena que explicitamente presta homenagem à Gaspar Noe) mas é extremamente competente em concretizar sua premissa: abordar os cantos mais vis da maldada humana. Altamente recomendado para quem curte o gênero.
Um dos melhores filmes já concebidos, estrelado por pessoas reais, num mundo real dentro da mais fantástica de todas as realidades. Uma das aventuras mais mágicas já registradas por e para o cinema. Um dos poucos filmes que deveriam ser vistos por toda e qualquer pessoa. Uma obra-prima atemporal, que será lembrada por todo o sempre.
Cheguei até esse filme por estar interessado pelo vindouro remake (quem diria que remakes servem para algo) estrelado por Elijah Wood, e me sinto envergonhado por nunca ter visto este que é um expoente para os filmes de serial killer que estariam por vir. Escrito e protagonizado por Joe Spinell, o filme acompanha as matanças de um sujeito transtornado, abalado por um passado traumatizante envolvendo sua mãe. Com uma trilha indutora, num progressivo forçado e bem colocado, o filme traz todos os elementos que veríamos em filmes do gênero a partir daí, fazendo referências a uma série de clássicos do cinema italiano de horror, a citar Lucio Fulci e, especialmente, Dario Argento. Com a maquiagem - e participação especial, como não poderia deixar de ser - do gênio Tom Savini e um final absolutamente sensacional, "O Maníaco" já figura entre meus thrillers preferidos da época.
Filmes que lidam com assuntos tidos como tabu pela sociedade são sempre complicados de uma análise convencional, exatamente porque devem ser mais do que abordar simples e moralmente o tema em questão. Aqui, no caso, a pedofilia é tão sutil no primeiro ato que é bastante feliz aquele que aborda o filme sem tal bagagem. Apesar de bastante lento e de ter longas sequências que ainda não sei dizer se são mesmo necessárias, por conta da longevidade das mesmas, o desfecho excelente talvez justifique tudo. Ou talvez eu quisesse acompanhar um pouco mais do dia a dia da estranha figura do título, não só em momentos mais elementais, mas sim naqueles que o classificam como o transfigurado demente que é. Algumas cenas ousadas e perturbadoras se misturam com outras, mais rotineiras, e que mostram que monstros estão entre nós, levando vidas empresariais e se saindo muitíssimo bem nelas, capazes de dormir tranquilamente a noite e cantarolar com som alto no rádio.
Escrito e dirigido pelo jovem promissor Jeff Nichols (atentem a "Mud", que está por vir) "O Abrigo" é um desses filmes de baixo orçamento que marcam época pela maneira como conta sua história, não importa se simples ou complexa. No cinema, nada concretiza melhor tramas do que uma firme mão condutora por trás das câmeras, e por mais que Jessica Chastain e Michael Shannon entreguem atuações sólidas e convincentes, é a direção de Nichols que dá o tom pós-apocalíptico e onírico que faz deste um filme especial. A sensação de vivermos os pesadelos do protagonista está na maneira labiríntica que a trilha sonora conduz as cenas e na linearidade simples que os atos se desenvolvem.
Do mesmo diretor do ótimo "O Exorcismo de Emily Rose", "A Entidade" acompanha a história de um escritor, Ellison, em ostracismo que, para conseguir um novo livro de sucesso e voltar aos holofotes, leva sua família para viver num local onde um crime hediondo ocorreu. Isso sem consentimento de ninguém, evidentemente. Depois do início muito forte, onde vemos, através de filmagens em 8 mm, uma família a ser enforcada, acompanhamos o penoso processo de criação do autor e sua tentativa de levar uma vida normal com mulher e filhos. O longa consegue criar um bom clima na maior parte das vezes, em especial quando Ellison passa suas noites em companhia dos negativos que encontrou no sótão, cada qual trazendo imagens de crimes horríveis. Ethan Hawke consegue passar o medo e o pavor pelos quais o personagem está à mercê, e levando em consideração tratar-se do primeiro filme do ator no gênero, foi um grande feito. A trilha sonora também tem papel especial em intensificar o terror, e tudo remete muito ao compositor japonês Akira Yamaoka. Barulhos no silêncio gratuitos acontecem com frequência, mas, ainda assim, bons momentos são criados. Excetuando o visual da criatura sobrenatural, que poderia perfeitamente se passar por um dos integrantes da banda Slipknot, o filme consegue assustar e causar na audiência uma sensação de desconforto, mesmo que efêmero e não necessariamente diegético.
Trata-se de uma abordagem distinta de tudo que já vi a um evento de grandes proporções. Fizeram uso de grandes atuações e um roteiro afiado, conduzido com planos fechados e rápidos, afim de intensificar ainda mais as boas falas, para omitir a câmera a captura daquilo que seria uma grande produção hollywoodiana qualquer. Apesar de ter encontrado no terceiro ato alguns momentos risíveis - e que efetivamente não deveriam ter sido - admiro a abordagem do diretor. Seja você fã de cenários pós-apocalípticos (aqui, mais para "durante"), ou do tão recorrente holocausto zumbi, assista pela maneira distinta como o filme conta sua história - de dentro de uma emissora de rádio.
É muito difícil engolir um filme com uma temática tão abusiva e pesada quanto a de "Chained" e não se ater a quantidade desacerbada de buracos no roteiro. A atuação de Damian O'Donnell faz o filme valer seu tempo, mas eu me revirei na poltrona com tanta mitigação por parte de seu escravo/submisso/vassalo/filho (por que não?) Rabbit. Apesar de se tratar de um filme de um assassino em série, a fotografia sutil traz o meio comum à tona, condição que torna ainda mais desconcertante os buracos - rombos - no roteiro. Se alguém aí pensou que algo num nível de "A Serbian Film" seria concebido de forma mais "mainstream" e "enlatada", se enganou. Isso nunca acontecerá. E a filha de David Lynch acabou de nos provar isso com seu "Chained".
Não é uma refilmagem. Não se trata de um mero remake, mas sim um prólogo a um dos maiores clássicos da ficção científica grotesca do cinema. Assistir ao extras que acompanham o blu-ray mostram a dedicação e paixão da equipe por trás dos "efeitos especiais", e as aspas aí servem para indicar que praticamente nada foi feito em CGI, mas sim com bonecos reais, numa homenagem honesta ao original. Um grande filme de terror como poucos hoje em dia. Simplesmente lamentável ter sido vendido errado, como uma mera refilmagem de um dos maiores clássicos dos anos 80. Erro dos produtores em terem mantido o nome original e sequer terem adicionado um subtítulo ou algo que o valha. Subestimaram esse filme desde sua gênese - e aqui me refiro aos produtores executivos e não à equipe por trás do filme em si. Nem mesmo chegou aos cinemas daqui, o que é lamentável. Em suma: altamente recomendável aos entusiastas de sci-fi de horror dos anos 70-80. Grande, grande filme.
Talvez o melhor filme de Gus Van Sant. Talvez. Um filme feito de diálogos e afeições, completamente alicerçado no excelente entrosamento entre os dois protagonistas, que se torna evidente desde o primeiro momento em que interagem um com o outro. Sutilezas funcionam muito melhor na hora de contar uma história de amor seja ela convencional, seja ela peculiar como a de "Inquietos". Um roteiro certamente distinto, que passa o romance de época - porque não dizer - em um mundo que é moderno de forma tímida, já que tudo é pano de fundo diante a relação entre os dois. Tudo exceto Hiroshi, o kamikaze fantasma e talvez único amigo de verdade após a grande tragédia que ocorreu na vida de Enoch. Algumas pequenas tramas talvez tenham se resolvido de forma simples demais (um "desculpe" sempre funciona?), mas não é todo filme que consegue tocar como este. Maravilhoso.
Apesar da ideia central ser fraca e muito mal apresentada, temos aqui um filme tortura com sentimento. Nunca havia visto nada assim antes, no entanto, se encaixa naquela ideia bem difundida por Jogos Mortais de "quando colocadas numa situação de risco de vida, as pessoas passam a dar valor aos outros e a si mesmas". Algumas atuações se destacam, fazendo com que outras muitas vezes pareçam risíveis. Só recomendo aqueles que curtem o bom e velho cinema tortura.
Mais uma vez Pascal Laugier cria uma reviravolta extraordinária dentro de uma temática recorrente e muito delicada de ser lidada. As coisas não são tão extremas graficamente quanto em sua magnus opus Martyrs, mas sem dúvida The Tall Man faz frente em premissa. Jessica Biel consegue entregar uma atuação profunda e bipolar, além de sofrer bastante fisicamente no papel, enquanto outras mães que tiveram seus filhos sequestrados na abandonada e isolada cidade de Cold Rock, se esforçam da mesma forma. Grandes planos de câmera, que valorizam as locações e intensificam a proposta central da trama. Merece ser visto pelo ponto de vista distinto na temática e por fazer com que nos indaguemos sobre os reais antagonistas.
Um dos melhores filmes de serial killer dos últimos tempos. Baseado em fatos reais, acompanhamos uma perspectiva dificilmente abordada em filmes do gênero: o dia a dia do assassino, suas interações familiares, sociais e suas reflexões e filosofias acerca de seus porquês. As vítimas são tratadas como carne. Daniel Henshall está absolutamente fantástico no papel do pai adotivo de uma família de periferia australiana. O mote é simples, porém poderoso: já que as autoridades não tomam providência, justiça é feita com as próprias mãos, porque pedofilia não deve ser tolerado, mas queimado pela raiz.
Extremamente tenebroso. Além de revitalizar um pouco esse gênero "found footage" que anda tão surrado, consegue ser assustador de verdade. O final traz aquele tipo de imagem que não deixa a mente solitária por algumas noites. É sempre muito delicado lidar com crianças, e só consigo imaginar como conseguiram transformar um casal de irmãos com menos de dez anos em uma dupla de sociopatas do mal. Não gostei muito terem indo pro lado religioso. Tirou um pouco do brilhantismo da coisa, indo pro clichê barato que tantos outros filmes apelam para. Digo isso porque este aqui é especialmente. Definitivamente.
O Cativeiro
3.0 94Escrevi sobre Captifs aqui:
13 Tzameti
3.9 25Eis minha opinião sobre 13 Tzameti:
O Massacre da Serra Elétrica 3D: A Lenda Continua
2.5 1,5K Assista AgoraEscreve sobre esse filme aqui. Talvez interesse a alguém:
Horas de Medo
2.9 217Grande expoente dentro do subgênero da invasão domiciliar, com passagem de tempo integral e atuações que remetem dor e desespero de alto nível. Pode não ter a melhor das maquiagens (em especial na cena que explicitamente presta homenagem à Gaspar Noe) mas é extremamente competente em concretizar sua premissa: abordar os cantos mais vis da maldada humana. Altamente recomendado para quem curte o gênero.
Olhos Famintos
3.1 1,0K Assista AgoraExcelente filme de monstro, coisa rara no cinema nos últimos anos.
Lenda Urbana
2.8 765Robert Englund vale o filme.
O Vingador
3.1 119 Assista AgoraO filme que me fez respeitar Vin Diesel de verdade.
Olhos de Serpente
3.2 126 Assista AgoraTodo aquele plano-sequência do início. Como esquecer aquele plano-sequência do início...
Indomável Sonhadora
3.8 1,2KUm dos melhores filmes já concebidos, estrelado por pessoas reais, num mundo real dentro da mais fantástica de todas as realidades. Uma das aventuras mais mágicas já registradas por e para o cinema. Um dos poucos filmes que deveriam ser vistos por toda e qualquer pessoa. Uma obra-prima atemporal, que será lembrada por todo o sempre.
O Maníaco
3.2 121Cheguei até esse filme por estar interessado pelo vindouro remake (quem diria que remakes servem para algo) estrelado por Elijah Wood, e me sinto envergonhado por nunca ter visto este que é um expoente para os filmes de serial killer que estariam por vir. Escrito e protagonizado por Joe Spinell, o filme acompanha as matanças de um sujeito transtornado, abalado por um passado traumatizante envolvendo sua mãe. Com uma trilha indutora, num progressivo forçado e bem colocado, o filme traz todos os elementos que veríamos em filmes do gênero a partir daí, fazendo referências a uma série de clássicos do cinema italiano de horror, a citar Lucio Fulci e, especialmente, Dario Argento. Com a maquiagem - e participação especial, como não poderia deixar de ser - do gênio Tom Savini e um final absolutamente sensacional, "O Maníaco" já figura entre meus thrillers preferidos da época.
Michael
3.5 194Filmes que lidam com assuntos tidos como tabu pela sociedade são sempre complicados de uma análise convencional, exatamente porque devem ser mais do que abordar simples e moralmente o tema em questão. Aqui, no caso, a pedofilia é tão sutil no primeiro ato que é bastante feliz aquele que aborda o filme sem tal bagagem. Apesar de bastante lento e de ter longas sequências que ainda não sei dizer se são mesmo necessárias, por conta da longevidade das mesmas, o desfecho excelente talvez justifique tudo. Ou talvez eu quisesse acompanhar um pouco mais do dia a dia da estranha figura do título, não só em momentos mais elementais, mas sim naqueles que o classificam como o transfigurado demente que é. Algumas cenas ousadas e perturbadoras se misturam com outras, mais rotineiras, e que mostram que monstros estão entre nós, levando vidas empresariais e se saindo muitíssimo bem nelas, capazes de dormir tranquilamente a noite e cantarolar com som alto no rádio.
O Abrigo
3.6 720 Assista AgoraEscrito e dirigido pelo jovem promissor Jeff Nichols (atentem a "Mud", que está por vir) "O Abrigo" é um desses filmes de baixo orçamento que marcam época pela maneira como conta sua história, não importa se simples ou complexa. No cinema, nada concretiza melhor tramas do que uma firme mão condutora por trás das câmeras, e por mais que Jessica Chastain e Michael Shannon entreguem atuações sólidas e convincentes, é a direção de Nichols que dá o tom pós-apocalíptico e onírico que faz deste um filme especial. A sensação de vivermos os pesadelos do protagonista está na maneira labiríntica que a trilha sonora conduz as cenas e na linearidade simples que os atos se desenvolvem.
A Entidade
3.2 2,3K Assista AgoraDo mesmo diretor do ótimo "O Exorcismo de Emily Rose", "A Entidade" acompanha a história de um escritor, Ellison, em ostracismo que, para conseguir um novo livro de sucesso e voltar aos holofotes, leva sua família para viver num local onde um crime hediondo ocorreu. Isso sem consentimento de ninguém, evidentemente. Depois do início muito forte, onde vemos, através de filmagens em 8 mm, uma família a ser enforcada, acompanhamos o penoso processo de criação do autor e sua tentativa de levar uma vida normal com mulher e filhos. O longa consegue criar um bom clima na maior parte das vezes, em especial quando Ellison passa suas noites em companhia dos negativos que encontrou no sótão, cada qual trazendo imagens de crimes horríveis. Ethan Hawke consegue passar o medo e o pavor pelos quais o personagem está à mercê, e levando em consideração tratar-se do primeiro filme do ator no gênero, foi um grande feito. A trilha sonora também tem papel especial em intensificar o terror, e tudo remete muito ao compositor japonês Akira Yamaoka. Barulhos no silêncio gratuitos acontecem com frequência, mas, ainda assim, bons momentos são criados. Excetuando o visual da criatura sobrenatural, que poderia perfeitamente se passar por um dos integrantes da banda Slipknot, o filme consegue assustar e causar na audiência uma sensação de desconforto, mesmo que efêmero e não necessariamente diegético.
Pontypool
3.1 221 Assista AgoraTrata-se de uma abordagem distinta de tudo que já vi a um evento de grandes proporções. Fizeram uso de grandes atuações e um roteiro afiado, conduzido com planos fechados e rápidos, afim de intensificar ainda mais as boas falas, para omitir a câmera a captura daquilo que seria uma grande produção hollywoodiana qualquer. Apesar de ter encontrado no terceiro ato alguns momentos risíveis - e que efetivamente não deveriam ter sido - admiro a abordagem do diretor. Seja você fã de cenários pós-apocalípticos (aqui, mais para "durante"), ou do tão recorrente holocausto zumbi, assista pela maneira distinta como o filme conta sua história - de dentro de uma emissora de rádio.
Acorrentados
3.4 293 Assista AgoraÉ muito difícil engolir um filme com uma temática tão abusiva e pesada quanto a de "Chained" e não se ater a quantidade desacerbada de buracos no roteiro. A atuação de Damian O'Donnell faz o filme valer seu tempo, mas eu me revirei na poltrona com tanta mitigação por parte de seu escravo/submisso/vassalo/filho (por que não?) Rabbit. Apesar de se tratar de um filme de um assassino em série, a fotografia sutil traz o meio comum à tona, condição que torna ainda mais desconcertante os buracos - rombos - no roteiro. Se alguém aí pensou que algo num nível de "A Serbian Film" seria concebido de forma mais "mainstream" e "enlatada", se enganou. Isso nunca acontecerá. E a filha de David Lynch acabou de nos provar isso com seu "Chained".
A Coisa
3.2 815 Assista AgoraNão é uma refilmagem. Não se trata de um mero remake, mas sim um prólogo a um dos maiores clássicos da ficção científica grotesca do cinema. Assistir ao extras que acompanham o blu-ray mostram a dedicação e paixão da equipe por trás dos "efeitos especiais", e as aspas aí servem para indicar que praticamente nada foi feito em CGI, mas sim com bonecos reais, numa homenagem honesta ao original. Um grande filme de terror como poucos hoje em dia. Simplesmente lamentável ter sido vendido errado, como uma mera refilmagem de um dos maiores clássicos dos anos 80. Erro dos produtores em terem mantido o nome original e sequer terem adicionado um subtítulo ou algo que o valha. Subestimaram esse filme desde sua gênese - e aqui me refiro aos produtores executivos e não à equipe por trás do filme em si. Nem mesmo chegou aos cinemas daqui, o que é lamentável. Em suma: altamente recomendável aos entusiastas de sci-fi de horror dos anos 70-80. Grande, grande filme.
ParaNorman
3.6 845 Assista AgoraEscrevi sobre ParaNorman aqui e talvez possa interessar alguém!
Marcados para Morrer
3.8 480 Assista AgoraEscrevi sobre esse filme aqui e talvez possa interessar alguém!
Inquietos
3.9 1,6K Assista AgoraTalvez o melhor filme de Gus Van Sant. Talvez. Um filme feito de diálogos e afeições, completamente alicerçado no excelente entrosamento entre os dois protagonistas, que se torna evidente desde o primeiro momento em que interagem um com o outro. Sutilezas funcionam muito melhor na hora de contar uma história de amor seja ela convencional, seja ela peculiar como a de "Inquietos". Um roteiro certamente distinto, que passa o romance de época - porque não dizer - em um mundo que é moderno de forma tímida, já que tudo é pano de fundo diante a relação entre os dois. Tudo exceto Hiroshi, o kamikaze fantasma e talvez único amigo de verdade após a grande tragédia que ocorreu na vida de Enoch. Algumas pequenas tramas talvez tenham se resolvido de forma simples demais (um "desculpe" sempre funciona?), mas não é todo filme que consegue tocar como este. Maravilhoso.
Vile
2.7 86Apesar da ideia central ser fraca e muito mal apresentada, temos aqui um filme tortura com sentimento. Nunca havia visto nada assim antes, no entanto, se encaixa naquela ideia bem difundida por Jogos Mortais de "quando colocadas numa situação de risco de vida, as pessoas passam a dar valor aos outros e a si mesmas". Algumas atuações se destacam, fazendo com que outras muitas vezes pareçam risíveis. Só recomendo aqueles que curtem o bom e velho cinema tortura.
Ted
3.1 3,4K Assista AgoraSeth MacFarlane é provavelmente o sujeito vivo mais engraçado no mundo.
O Homem das Sombras
3.2 657 Assista AgoraMais uma vez Pascal Laugier cria uma reviravolta extraordinária dentro de uma temática recorrente e muito delicada de ser lidada. As coisas não são tão extremas graficamente quanto em sua magnus opus Martyrs, mas sem dúvida The Tall Man faz frente em premissa. Jessica Biel consegue entregar uma atuação profunda e bipolar, além de sofrer bastante fisicamente no papel, enquanto outras mães que tiveram seus filhos sequestrados na abandonada e isolada cidade de Cold Rock, se esforçam da mesma forma. Grandes planos de câmera, que valorizam as locações e intensificam a proposta central da trama. Merece ser visto pelo ponto de vista distinto na temática e por fazer com que nos indaguemos sobre os reais antagonistas.
Os Crimes de Snowtown
3.4 113 Assista AgoraUm dos melhores filmes de serial killer dos últimos tempos. Baseado em fatos reais, acompanhamos uma perspectiva dificilmente abordada em filmes do gênero: o dia a dia do assassino, suas interações familiares, sociais e suas reflexões e filosofias acerca de seus porquês. As vítimas são tratadas como carne. Daniel Henshall está absolutamente fantástico no papel do pai adotivo de uma família de periferia australiana. O mote é simples, porém poderoso: já que as autoridades não tomam providência, justiça é feita com as próprias mãos, porque pedofilia não deve ser tolerado, mas queimado pela raiz.
Filme Caseiro
2.7 49Extremamente tenebroso. Além de revitalizar um pouco esse gênero "found footage" que anda tão surrado, consegue ser assustador de verdade. O final traz aquele tipo de imagem que não deixa a mente solitária por algumas noites. É sempre muito delicado lidar com crianças, e só consigo imaginar como conseguiram transformar um casal de irmãos com menos de dez anos em uma dupla de sociopatas do mal. Não gostei muito terem indo pro lado religioso. Tirou um pouco do brilhantismo da coisa, indo pro clichê barato que tantos outros filmes apelam para. Digo isso porque este aqui é especialmente. Definitivamente.