Voyager tem muitos elementos que cativam. Para mim, o conjunto de personagens é o ponto forte. Pena que o final tenha sido tão... fraco. Acho que se a série tivesse um fechamento melhor poderia até ser lembrada com mais carinho pelos fãs de Jornada nas estrelas. Até porque é bem melhor que algumas produções posteriores como Enterprise ou Picard.
A série em si não tem nada demais, porém, achei curioso como em 90% dos episódios o cliffhanger era cômico. Assisti tudo por isso, eu sempre continuava porque quase sempre tinha uma risada garantida no final.
A série enfrenta vários problemas. Um deles é a passagem do tempo confusa. A história se passou em 1 ano? Mais? Não dá pra saber direito. Um dos possíveis antagonistas, Eric Choi, na verdade é o alívio cômico, mas é escrito de forma um pouco esquizofrênica. Na maior parte do tempo ele é inseguro e engraçado, mas de vez em quando é grosseiro e calculista em momentos completamente aleatórios. Aliás, várias coisas não fazem sentido no seriado. Ele é uma bagunça narrativa, é verdade, mas tem seus charmes. Embora possa ser visto como clichê, apresentar a dicotomia entre campo e cidade sempre possui algo de interessante. Bem como retirar os personagens de seu lugar de conforto e imaginar como eles reagiriam em um novo ambiente. Por isso, o melhor da série é sem dúvidas Oh Jak Doo, por ser o personagem que mais enfrenta dificuldades e se transforma ao longo da narrativa. Esse aspecto é bem desenvolvido, inclusive com a ideia inteligente de começar a história no inverno, quando o figurino precisa ser composto por casacos grossos e pesados que deixam Jak Doo mais parrudo e deselegante. Além disso, a ideia de que o homem do campo é confiável, forte, honesto e puro é uma alegoria reconfortante e por isso meio irresistível. Como não gostar de Oh Jak Doo? Ele é a personificação da terra que provê e ampara. Também gostei do fato da série fugir da estrutura de separar o casal lá pelos últimos episódios só para fazê-lo ficar junto novamente aos 45 minutos do último capítulo. Para mim essa foi a vantagem do grande número de episódios. Nem assisto seriados coreanos há muito tempo mas já cansei desse tipo de progressão no roteiro porque implica quase sempre em longas cenas de choro e depressão. My Husband Oh Jak Doo definitivamente não é perfeito, mas pode valer para quem simpatiza com seu conceito básico: vida no campo boa, vida na cidade... não tão boa.
Um drama que surpreende por mostrar personagens com cara de clichê para em seguida, espertamente, quebrar as nossas expectativas. Ao invés de uma visão de extremo maniqueísmo, a série busca explorar algumas áreas cinzas. Nem todos os médicos são santos nem todos os empresários são monstros. Apesar de eleger seus mocinhos e vilões, o drama consegue oferecer uma visão rara de como é complexa a luta entre poderes econômicos desiguais e que devemos estar sempre atentos as manipulações e batalhar como for possível para garantir direitos básicos (nesse caso específico, a saúde de todos). A série termina com um final que não poderia ser imaginado de início e ao mesmo tempo muito satisfatório pela resolução dos conflitos íntimos dos personagens. Enquanto isso, o resto do mundo segue, e o seriado deixa implícito que os desafios profissionais daquela equipe de médicos estão longe de terminar.
A série tem todas as características preferidas de quem gosta de histórias policiais: investigadores perspicazes (e excêntricos), muitas pistas e várias reviravoltas. É interessante como a complexidade da narrativa aumenta a cada episódio. Ultimamente toda série policial precisa de um protagonista "diferentão" e o mesmo ocorre aqui. Não se assuste com a premissa excêntrica que justifica a falta de empatia do personagem principal, o promotor Hwang (interpretado por Seung-woo Cho). É estranha, mas quando é aceita, funciona. A câmera observa cada expressão do protagonista e o espectador acaba entrando no jogo para tentar observar alguma reação. A atriz Doona Bae (de Sense 8) também está maravilhosa no papel da detetive Han Yeo Jin, fazendo o contraponto com a frieza do seu colega promotor. O único aspecto que não conseguiram encaixar com êxito foi o alívio cômico, que sempre parece fora de hora dentro da séria narrativa policial. Secret Forest (ou "Stranger", título na Netflix) deve divertir os fãs do gênero.
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Jornada nas Estrelas: Voyager (7ª Temporada)
4.1 10 Assista AgoraVoyager tem muitos elementos que cativam. Para mim, o conjunto de personagens é o ponto forte. Pena que o final tenha sido tão... fraco.
Acho que se a série tivesse um fechamento melhor poderia até ser lembrada com mais carinho pelos fãs de Jornada nas estrelas. Até porque é bem melhor que algumas produções posteriores como Enterprise ou Picard.
Second Time Twenty Years Old
4.3 15A série em si não tem nada demais, porém, achei curioso como em 90% dos episódios o cliffhanger era cômico.
Assisti tudo por isso, eu sempre continuava porque quase sempre tinha uma risada garantida no final.
My Husband Oh Jak Doo
4.0 7A série enfrenta vários problemas. Um deles é a passagem do tempo confusa. A história se passou em 1 ano? Mais? Não dá pra saber direito.
Um dos possíveis antagonistas, Eric Choi, na verdade é o alívio cômico, mas é escrito de forma um pouco esquizofrênica. Na maior parte do tempo ele é inseguro e engraçado, mas de vez em quando é grosseiro e calculista em momentos completamente aleatórios.
Aliás, várias coisas não fazem sentido no seriado. Ele é uma bagunça narrativa, é verdade, mas tem seus charmes.
Embora possa ser visto como clichê, apresentar a dicotomia entre campo e cidade sempre possui algo de interessante. Bem como retirar os personagens de seu lugar de conforto e imaginar como eles reagiriam em um novo ambiente. Por isso, o melhor da série é sem dúvidas Oh Jak Doo, por ser o personagem que mais enfrenta dificuldades e se transforma ao longo da narrativa. Esse aspecto é bem desenvolvido, inclusive com a ideia inteligente de começar a história no inverno, quando o figurino precisa ser composto por casacos grossos e pesados que deixam Jak Doo mais parrudo e deselegante. Além disso, a ideia de que o homem do campo é confiável, forte, honesto e puro é uma alegoria reconfortante e por isso meio irresistível. Como não gostar de Oh Jak Doo? Ele é a personificação da terra que provê e ampara.
Também gostei do fato da série fugir da estrutura de separar o casal lá pelos últimos episódios só para fazê-lo ficar junto novamente aos 45 minutos do último capítulo. Para mim essa foi a vantagem do grande número de episódios. Nem assisto seriados coreanos há muito tempo mas já cansei desse tipo de progressão no roteiro porque implica quase sempre em longas cenas de choro e depressão.
My Husband Oh Jak Doo definitivamente não é perfeito, mas pode valer para quem simpatiza com seu conceito básico: vida no campo boa, vida na cidade... não tão boa.
Life
4.0 7 Assista AgoraUm drama que surpreende por mostrar personagens com cara de clichê para em seguida, espertamente, quebrar as nossas expectativas. Ao invés de uma visão de extremo maniqueísmo, a série busca explorar algumas áreas cinzas. Nem todos os médicos são santos nem todos os empresários são monstros. Apesar de eleger seus mocinhos e vilões, o drama consegue oferecer uma visão rara de como é complexa a luta entre poderes econômicos desiguais e que devemos estar sempre atentos as manipulações e batalhar como for possível para garantir direitos básicos (nesse caso específico, a saúde de todos). A série termina com um final que não poderia ser imaginado de início e ao mesmo tempo muito satisfatório pela resolução dos conflitos íntimos dos personagens. Enquanto isso, o resto do mundo segue, e o seriado deixa implícito que os desafios profissionais daquela equipe de médicos estão longe de terminar.
Stranger (1ª Temporada)
4.4 40 Assista AgoraA série tem todas as características preferidas de quem gosta de histórias policiais: investigadores perspicazes (e excêntricos), muitas pistas e várias reviravoltas. É interessante como a complexidade da narrativa aumenta a cada episódio. Ultimamente toda série policial precisa de um protagonista "diferentão" e o mesmo ocorre aqui. Não se assuste com a premissa excêntrica que justifica a falta de empatia do personagem principal, o promotor Hwang (interpretado por Seung-woo Cho). É estranha, mas quando é aceita, funciona. A câmera observa cada expressão do protagonista e o espectador acaba entrando no jogo para tentar observar alguma reação. A atriz Doona Bae (de Sense 8) também está maravilhosa no papel da detetive Han Yeo Jin, fazendo o contraponto com a frieza do seu colega promotor. O único aspecto que não conseguiram encaixar com êxito foi o alívio cômico, que sempre parece fora de hora dentro da séria narrativa policial.
Secret Forest (ou "Stranger", título na Netflix) deve divertir os fãs do gênero.