Tentando transmitir um estilo documental, o filme falha vergonhosamente em todos os sentidos. Não existe riso, graça ou qualquer outro elemento básico em um filme que se diz de comédia. Ficando muito abaixo de outros exemplares do gênero, é a vergonha alheia em forma de filme.
Até gosto do estilo indie que Wes Anderson da em seus filmes. Mas nesse parece que ficou faltando algo. Tentei gostar, a história é bonitinha do casal de crianças, mas fica nisso. Sim, a fotografia é excelente assim como a direção de arte também sublime. O filme tecnicamente é muito bom, não sei o que pra mim não deu certo. Alguma coisa para dar uma "liga" na história, não sei. O jovens atores tem futuro.
É tipo o Coringa e o Robin na adolescência. Até as personalidades são "parecidas":P Fora de brincadeira, é um divertido filme sobre os amores e as incertezas da juventude. Sabendo equilibrar muito bem ambos os gêneros, romance e comédia, o longa tem seus momentos de brilho ao "desconstruir" esse clichê de garota impopular que se apaixona pelo cara descolado. Poucos atores tem o carisma que Heath Ledger possuia, sua capacidade de nos fazer criar simpatia pelos seus personagens era incrível.
Um filme de aventura medieval, com pegada épica, pitadas de romance e muitas vezes beirando a comédia. Coração de Cavaleiro é uma mistura que funciona. A trilha sonora embalada por um rock atual também contribui para o clima de aventura e liberdade. O destaque obviamente é todo de Heath Ledger, mostrando que já era um excelente ator muito antes de por uma maquiagem.
Um filme que fala sobre acasos, coincidências, destino. Para Roma Com Amor se vale muito mais do carisma de seus atores do que de sua história. Temos 4 segmentos separados, independentes e sem conexão alguma. Não há dúvida que qualquer um desses segmentos daria um filme solo. Porém quando colocados em tela dividindo espaço, as histórias não ganham a profundidade necessária se tornando apenas "curtas" soltos montados ordenadamente para formar um filme. O elenco se esforça, com destaque para o casal Ellen Page e Jesse Eisenberg, esses dois jovens atores brilham juntos em tela, clamam por mais espaço, porém são prejudicados por um roteiro corrido e com pouco desenvolvimento. A própria Roma não esta tão presente como deveria, as histórias poderiam se passar em qualquer outra cidade que não faria diferença alguma. É inegável capacidade que Woody Allen tem de contar histórias, no entanto em Para Roma Com Amor estas histórias se atrapalham entre si, não dando o ritmo necessário ao longa.
Assim como em A Outra Terra, o elemento ficcional é plano de fundo e não o centro da narrativa. O filme é um deslumbre visual, a fotografia e os efeitos se misturam para dar vida a este mundo de cabeça para baixo. O roteiro da uns tropeços ao decorrer do filme mas nada que prejudique sua essência. Com Jim Sturgess sempre ótimo e Kirsten Dunst cada vez mais apática, o romance até que vai bem.
O maior defeito do longa é o seu final, não possui um clímax convincente, eles simplesmente acham uma solução (que já vinha sendo desenvolvida o filme todo) e fica naquilo.
Perfeito visualmente Upside Down se utiliza da ficção para contar uma história de amor.
As Vantagens de ser Invisível é um dos melhores filmes sobre a adolescência dos últimos tempos. Fala com praticamente todos os jovens, e retrata muito bem os dramas, inseguranças, medos e incertezas deste período da vida. O filme conta a vida de Charlie, um adolescente tímido e inseguro que escreve cartas para um amigo desconhecido. Charlie passa por todas as fases típicas na vida de um adolescente. A chegada ao ensino médio, a procura por aceitação, a vontade de fazer novos amigos e a insegurança perante outras pessoas. Nessa sua busca por se encontrar diante de uma nova situação, Charlie se depara com Patrick e Sam e a identificação é imediata. A turma dos desajustados, como eles mesmos se chamam no filme. São um grupo de amigos impopulares que renega todo conservadorismo adolescente americano, do qual líderes de torcida e jogadores de futebol dominam. E criam seu próprio grupo à margem da sociedade, onde a única regra é a diversão. Charlie é um garoto introvertido que nunca beijou nenhuma garota na vida, ao ser apresentado a este novo mundo, tem finalmente a chance de aprender com ele e usar do coletivo para crescer individualmente. A linha tênue entre a amizade e o amor, muito presente na vida de qualquer adolescente, é o elemento chave na relação entre Charlie e Sam. Sam representa tudo o que Charlie sempre sonhou em uma garota, além de compartilharem o mesmo gosto musical, conversam por horas sem nunca faltar assunto. Teoricamente formariam um casal perfeito. Mas a teoria nem sempre se iguala a prática. É neste momento crucial do filme que se faz presente umas das frases mais marcantes e verdadeiras que o longa nos traz. “Por que as pessoas legais escolhem as pessoas erradas para namorar?” Como o próprio filme trata de responder: “Nós aceitamos o amor que achamos merecer”. Sam é atormentada por escolhas erradas do passado e o amor que ela acha merecer é diferente do que o Charlie tem para oferecer. Ainda tendo Sam como a sua pessoa favorita no mundo, Charlie embarca em um relacionamento com Mary Elizabeth. Ele não tem a mínima ideia do que esta fazendo, apenas deixa rolar. Finalmente ele tem uma relação com alguém, mesmo não sendo nem perto do que ele sempre sonhou. O atrai muito mais a ideia de estar em um relacionamento do que a pessoa da qual ele se relaciona. A sensação é de estar com alguém, mas pensar em outra a todo o momento. Seria justo com Mary Elizabeth? Seria justo com ele mesmo? Seria justo com o amor incondicional que ele ainda sente por Sam? Charlie decide por fim a tudo isto, porém escolheu da pior forma possível, o que o leva a se afastar de seus amigos. É neste momento que a importância da amizade é elevada ao extremo. Ainda perseguido por fantasmas do passado Charlie cai em um estado depreciativo, porém fundamental para seu amadurecimento. O filme ainda aborda temas pesados como preconceito, abuso sexual e traumas de infância. Mas tudo isso com uma sensibilidade sem igual, embalado por uma trilha sonora fantástica, que vai desde David Bowie a canções de The Rocky Horror Picture Show. Tendo todo o cuidado para não cair em clichês, As Vantagens de Ser Invisível é uma ode a juventude. Um retrato de uma geração que aproveita intensamente o seu momento, que amadure regada a boa música e a liberdade, livre de preconceitos ou estereótipos. Uma geração que vive.
Informers mostra a rotina de várias pessoas dominadas por algum tipo de vício. As escolhas e consequências de uma vida tomada por exageros e excessos. O quanto aquilo afeta no interior delas, levando-as até mesmo a perder um pouco o lado humano. É um retrato de uma geração cada vez mais perdida.
Mama possui todos aqueles elementos tradicionais há muito tempo conhecidos do gênero terror. Família que se muda para uma nova casa, crianças sendo assombradas, um médico ou especialista tentando desvendar o caso e por ai vai. Elementos estes que consolidam a narrativa, mas ao mesmo a tornam superficial. Parece que eles tinham uma forma e largaram o filme em cima, apenas ajustando alguns componentes. Mesmo assim o longa consegue se destacar devido a dois principais fatores: Não termos muitas opções melhores do gênero no mercado atualmente. E Jessica Chastain, a ruiva mantem a linha do suspense/medo e dentro de uma história "sobrenatural/fantástica", é essencial termos personagens reais a quem nos apegarmos. Mama pega tudo aquilo que já foi explorado pelo terror, filtra extraindo o que deu certo e joga na tela em uma história que convence por sermos acostumados com aquilo a vida toda. É um bom filme, mas não creio que o futuro do terror no cinema seja por este caminho.
Servindo apenas para desgastar a imagem dos personagens, o quarto capítulo da franquia Era do Gelo fica muito abaixo dos demais. Porém o filme vende, tanto em bilheteria como em brinquedos, o público alvo consome tudo o que lhes é ofertado. E para crianças pouco importa o roteiro, os diálogos, o que quer que seja, eles só querem ver os personagens em tela e depois comprar os brinquedinhos deles. Que venha Era do Gelo 5.
Repetindo a fórmula de sucesso do antecessor, Busca Implacável 2 não mantém o mesmo nível. As situações estão mais forçadas e difíceis de se acreditar. A falta de uma história convincente contribuí muito para isso, você não compra o filme, deste modo, acaba prestando mais atenção em suas falhas do que no desenvolvimento em si. Se no primeiro filme tinha um poesia envolvida e uma motivação, neste isto fica em segundo plano. Maggie Grace como uma adolescente em perigo não da.
Um Dia tem uma ideia muito interessante. Acompanhar a vida de um casal, pegando apenas um dia do ano. A montagem e a forma de como isto foi posto em prática é extremamente satisfatória. Você não se sente perdido em meio a narrativa. Pode ser considerado como o retrato de uma relação, como uma foto emoldurada com boas atuações e um excelente resultado final.
Os Miseráveis tem toda a pompa de filme épico, grandioso, daqueles que vieram para mudar a história do cinema. Ou pelo menos foi isso o que o diretor Tom Hooper tentou fazer. E sim, eu esperava um filme desses, um filme que emocionasse, que destruísse, sim, eu esperava o melhor filme do ano. Mas o filme é demais, não no bom sentido, é exagerado, peca por excessos, é de uma soberba sem igual. Tem seus bons momentos, principalmente no dois primeiros atos. Porém o terceiro ato expõe todas as fragilidades e defeitos do longa. Se torna cansativo com músicas infinitas que nem sempre contribuíam para o desenvolvimento do filme. O elenco é estelar. Mas nem todo mundo esta bem no filme. Vergonha alheia para uma tentativa de alívio cômico de Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter. Fugindo completamente do clima dramático que vinha sendo construído. Nem todo mundo nasceu para cantar, é preciso saber seus limites. É de Samantha Barks o maior destaque positivo, saiu-se muito bem nas canções, entregando uma profundidade e emoção única no filme. Apesar do roteiro não lhe dar mais espaço, ela faz o impossível e sua personagem aparece como uma luz no meio de todos aqueles exageros. Com um pouco mais de humildade e um pouco menos do resto todo, Os Miseráveis seria bem menos miserável. Ah, Anne Hathaway esta super bem, praticamente implorando um Oscar. E de fato ganhou merecidamente, agora bola pra frente né guria.
Pode ser pelo casal, que desenvolve uma das melhores cenas de romance que eu já tive o prazer de apreciar em um filme. Anna impossibilitada de falar, se comunica através de bilhetinhos. Não há diálogos, porém a sutileza dos detalhes e a emoção transmitida nos olhares fazem desta a melhor sequencia do longa. Pode ser pela atuação soberba de Christopher Plummer, que consegue dar a seu personagem o equilíbrio perfeito do drama, mas sem cair no depreciativo. Vive uma fase difícil de sua vida, mas mesmo assim não se deixa abalar. Pode ser pela montagem que mistura cenas do passado, do mais passado ainda e do presente de Oliver. Que juntas constroem um arco narrativo excepcional. Destacando a importância que cada momento teve na vida de Oliver, e como tudo aquilo visto no passado influenciou-o a agir de tal maneira no presente. Poder ser ainda pelo final, que levanta uma dúvida da qual eu sempre tive. Após passada a fase inicial de um romance, e os personagens terem a certeza de que querem ficar juntos. "O que acontece agora?" "Eu não sei."
O filme é mais um daqueles que se utiliza do recurso de contar várias histórias que se cruzam entre si. A diferença esta na maneira como estas são apresentadas. Cada uma com sua particularidade, porém analisadas como um conjunto contam uma história maior. Um relato sobre felicidade, prazer, tristeza e amor. Intensamente dramático e sensível na medida certa. "Ligados Pelo Crime", capricharam na tradução ein! Quem liga para Sarah Michelle Gellar quando se tem Julie Delpy em cena.
Surpreendentemente bom. Com um texto ágil e dinâmico. A edição também se destaca, dando um toque de leveza e particularidade as cenas. O filme tem todas as características de uma série, protagonista definida, porém com o elenco coadjuvante tendo seu espaço e suas tramas próprias. Como filme se perde um pouco, apesar de trabalhar muito bem entre a comédia e o drama. Em um seriado, tanto a sinopse, quanto os personagens ficariam perfeitos. Pois há espaço para se trabalhar muitas histórias em cima deles.
Filmes com os quais nos identificamos costumam chamar mais a atenção. Nos vemos na tela e partilhamos das emoções e atitudes dos personagens. Esse é o caso de Ruby Sparks, Calvin é um dos personagens mais auto-identificáveis do cinema. Um cara que sofreu uma decepção amorosa e tem dificuldades de se relacionar com garotas. Isolado em seu mundo e fazendo análise, cria uma namorada idealizada. Esta então misteriosamente ganha vida. É o verdadeiro sonho de todo mundo que tem sérios problemas de relacionamento. Mas o filme vai além, mostra que a perfeição não existe e que em uma relação deve-se saber respeitar as diferenças para com o outro. E que é nisto que se encontram a beleza das coisas. Usa como plano de fundo o fantástico para desenvolver cenas muito reais e situações tipicas na vida de um casal. Paul Dano eleva ao máximo a figura do nerd socialmente complexado, tem sua carreira marcada por muitos papeis semelhantes, mas aqui ele entrega uma profundidade ao personagem sem igual. Ruby Sparks se diferencia de uma comédia romântica comum, é quase como um tributo para aqueles que realmente acreditam no amor. E afinal, o amor não é lógico, é mágico.
Há quem diga que filmes políticos tendem a seres chatos, com seus diálogos muito técnicos e tramas arrastadas que não seduzem o espectador. O que eu digo? Argo fuck yourself. Ben Affleck atinge uma maturidade e excelência na direção, que não deixa nada a desejar para os diretores mais experientes, tendo em vista que esse é o seu terceiro filme, podemos concluir que o cara ainda vai render muito. Argo segue a história de um grupo de americanos, que após uma onda de ataques no Irã se refugiam na casa do embaixador Canadense. Cabe ao agente da CIA Tony Mendez a tarefa de tira-los de lá. Sem se render ao nacionalismo americano o filme equilibra muito bem a relação entre as nações envolvidas na trama. Aqui o foco é a história, ou melhor o filme, que na verdade não é um filme, é a única esperança de fuga para aquelas pessoas. Trabalho metalinguístico incrível. Não complicando demais a narrativa com coisas desnecessárias, o longa prende e atrai. O suspense é de tirar o folego, e o nervosismo é constante. As cenas no Irã são tensas e transmitem toda a apreensão da situação. Abusa um pouco no tom em algumas tomadas visando dar o máximo de aflição possível, telefones que são atendidos no último segundo ou mensagens que chegam na hora certa. Mas nada que prejudique o ritmo da fita. A melhor má ideia acabou se mostrando não tão má assim, e saber que foi baseado em uma história real, torna ainda mais extraordinário. Sem dúvidas um feito incrível da CIA, transformada em um filme que faz jus a sua magnitude. Ganhará o Oscar? Não creio, acredito que a Academia prefira premiar Lincoln, já que deve muito tanto ao ex-presidente quanto a Spielberg. Mas Bem Affleck ainda tem muito talento para mostrar, e se continuar neste nível sua estatueta não deve demorar a chegar.
Atividade Supernatural
1.3 153 Assista AgoraTentando transmitir um estilo documental, o filme falha vergonhosamente em todos os sentidos. Não existe riso, graça ou qualquer outro elemento básico em um filme que se diz de comédia.
Ficando muito abaixo de outros exemplares do gênero, é a vergonha alheia em forma de filme.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraAté gosto do estilo indie que Wes Anderson da em seus filmes. Mas nesse parece que ficou faltando algo. Tentei gostar, a história é bonitinha do casal de crianças, mas fica nisso.
Sim, a fotografia é excelente assim como a direção de arte também sublime.
O filme tecnicamente é muito bom, não sei o que pra mim não deu certo. Alguma coisa para dar uma "liga" na história, não sei.
O jovens atores tem futuro.
10 Coisas que Eu Odeio em Você
4.0 2,3K Assista AgoraÉ tipo o Coringa e o Robin na adolescência.
Até as personalidades são "parecidas":P
Fora de brincadeira, é um divertido filme sobre os amores e as incertezas da juventude. Sabendo equilibrar muito bem ambos os gêneros, romance e comédia, o longa tem seus momentos de brilho ao "desconstruir" esse clichê de garota impopular que se apaixona pelo cara descolado.
Poucos atores tem o carisma que Heath Ledger possuia, sua capacidade de nos fazer criar simpatia pelos seus personagens era incrível.
Coração de Cavaleiro
3.7 610Um filme de aventura medieval, com pegada épica, pitadas de romance e muitas vezes beirando a comédia.
Coração de Cavaleiro é uma mistura que funciona. A trilha sonora embalada por um rock atual também contribui para o clima de aventura e liberdade.
O destaque obviamente é todo de Heath Ledger, mostrando que já era um excelente ator muito antes de por uma maquiagem.
Edukators: Os Educadores
4.1 663Primeiro Ato: 9
Segundo Ato: 5
Média: 7
Goblin: O Sacrifício
1.5 73Este filme possui todos os clichês que um filme de terror pode ter, e olha que não são poucos.
Para Roma Com Amor
3.4 1,3K Assista AgoraUm filme que fala sobre acasos, coincidências, destino.
Para Roma Com Amor se vale muito mais do carisma de seus atores do que de sua história. Temos 4 segmentos separados, independentes e sem conexão alguma. Não há dúvida que qualquer um desses segmentos daria um filme solo. Porém quando colocados em tela dividindo espaço, as histórias não ganham a profundidade necessária se tornando apenas "curtas" soltos montados ordenadamente para formar um filme.
O elenco se esforça, com destaque para o casal Ellen Page e Jesse Eisenberg, esses dois jovens atores brilham juntos em tela, clamam por mais espaço, porém são prejudicados por um roteiro corrido e com pouco desenvolvimento.
A própria Roma não esta tão presente como deveria, as histórias poderiam se passar em qualquer outra cidade que não faria diferença alguma.
É inegável capacidade que Woody Allen tem de contar histórias, no entanto em Para Roma Com Amor estas histórias se atrapalham entre si, não dando o ritmo necessário ao longa.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KTipo, o tigre é real...
Holy Motors
3.9 652O teatro da vida.
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraQuando dois loucos se encontram...
Mundos Opostos
3.4 611 Assista AgoraAssim como em A Outra Terra, o elemento ficcional é plano de fundo e não o centro da narrativa.
O filme é um deslumbre visual, a fotografia e os efeitos se misturam para dar vida a este mundo de cabeça para baixo.
O roteiro da uns tropeços ao decorrer do filme mas nada que prejudique sua essência.
Com Jim Sturgess sempre ótimo e Kirsten Dunst cada vez mais apática, o romance até que vai bem.
O maior defeito do longa é o seu final, não possui um clímax convincente, eles simplesmente acham uma solução (que já vinha sendo desenvolvida o filme todo) e fica naquilo.
Perfeito visualmente Upside Down se utiliza da ficção para contar uma história de amor.
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraAs Vantagens de ser Invisível é um dos melhores filmes sobre a adolescência dos últimos tempos. Fala com praticamente todos os jovens, e retrata muito bem os dramas, inseguranças, medos e incertezas deste período da vida.
O filme conta a vida de Charlie, um adolescente tímido e inseguro que escreve cartas para um amigo desconhecido. Charlie passa por todas as fases típicas na vida de um adolescente. A chegada ao ensino médio, a procura por aceitação, a vontade de fazer novos amigos e a insegurança perante outras pessoas.
Nessa sua busca por se encontrar diante de uma nova situação, Charlie se depara com Patrick e Sam e a identificação é imediata. A turma dos desajustados, como eles mesmos se chamam no filme. São um grupo de amigos impopulares que renega todo conservadorismo adolescente americano, do qual líderes de torcida e jogadores de futebol dominam. E criam seu próprio grupo à margem da sociedade, onde a única regra é a diversão.
Charlie é um garoto introvertido que nunca beijou nenhuma garota na vida, ao ser apresentado a este novo mundo, tem finalmente a chance de aprender com ele e usar do coletivo para crescer individualmente.
A linha tênue entre a amizade e o amor, muito presente na vida de qualquer adolescente, é o elemento chave na relação entre Charlie e Sam. Sam representa tudo o que Charlie sempre sonhou em uma garota, além de compartilharem o mesmo gosto musical, conversam por horas sem nunca faltar assunto. Teoricamente formariam um casal perfeito.
Mas a teoria nem sempre se iguala a prática. É neste momento crucial do filme que se faz presente umas das frases mais marcantes e verdadeiras que o longa nos traz.
“Por que as pessoas legais escolhem as pessoas erradas para namorar?”
Como o próprio filme trata de responder: “Nós aceitamos o amor que achamos merecer”. Sam é atormentada por escolhas erradas do passado e o amor que ela acha merecer é diferente do que o Charlie tem para oferecer.
Ainda tendo Sam como a sua pessoa favorita no mundo, Charlie embarca em um relacionamento com Mary Elizabeth. Ele não tem a mínima ideia do que esta fazendo, apenas deixa rolar. Finalmente ele tem uma relação com alguém, mesmo não sendo nem perto do que ele sempre sonhou. O atrai muito mais a ideia de estar em um relacionamento do que a pessoa da qual ele se relaciona. A sensação é de estar com alguém, mas pensar em outra a todo o momento.
Seria justo com Mary Elizabeth?
Seria justo com ele mesmo?
Seria justo com o amor incondicional que ele ainda sente por Sam?
Charlie decide por fim a tudo isto, porém escolheu da pior forma possível, o que o leva a se afastar de seus amigos. É neste momento que a importância da amizade é elevada ao extremo. Ainda perseguido por fantasmas do passado Charlie cai em um estado depreciativo, porém fundamental para seu amadurecimento.
O filme ainda aborda temas pesados como preconceito, abuso sexual e traumas de infância. Mas tudo isso com uma sensibilidade sem igual, embalado por uma trilha sonora fantástica, que vai desde David Bowie a canções de The Rocky Horror Picture Show.
Tendo todo o cuidado para não cair em clichês, As Vantagens de Ser Invisível é uma ode a juventude. Um retrato de uma geração que aproveita intensamente o seu momento, que amadure regada a boa música e a liberdade, livre de preconceitos ou estereótipos. Uma geração que vive.
Informers - Geração Perdida
2.3 53Informers mostra a rotina de várias pessoas dominadas por algum tipo de vício.
As escolhas e consequências de uma vida tomada por exageros e excessos.
O quanto aquilo afeta no interior delas, levando-as até mesmo a perder um pouco o lado humano.
É um retrato de uma geração cada vez mais perdida.
Mama
3.0 2,8K Assista AgoraMama possui todos aqueles elementos tradicionais há muito tempo conhecidos do gênero terror.
Família que se muda para uma nova casa, crianças sendo assombradas, um médico ou especialista tentando desvendar o caso e por ai vai.
Elementos estes que consolidam a narrativa, mas ao mesmo a tornam superficial. Parece que eles tinham uma forma e largaram o filme em cima, apenas ajustando alguns componentes.
Mesmo assim o longa consegue se destacar devido a dois principais fatores:
Não termos muitas opções melhores do gênero no mercado atualmente.
E Jessica Chastain, a ruiva mantem a linha do suspense/medo e dentro de uma história "sobrenatural/fantástica", é essencial termos personagens reais a quem nos apegarmos.
Mama pega tudo aquilo que já foi explorado pelo terror, filtra extraindo o que deu certo e joga na tela em uma história que convence por sermos acostumados com aquilo a vida toda.
É um bom filme, mas não creio que o futuro do terror no cinema seja por este caminho.
A Era do Gelo 4
3.5 1,7K Assista AgoraServindo apenas para desgastar a imagem dos personagens, o quarto capítulo da franquia Era do Gelo fica muito abaixo dos demais.
Porém o filme vende, tanto em bilheteria como em brinquedos, o público alvo consome tudo o que lhes é ofertado.
E para crianças pouco importa o roteiro, os diálogos, o que quer que seja, eles só querem ver os personagens em tela e depois comprar os brinquedinhos deles.
Que venha Era do Gelo 5.
Busca Implacável 2
3.5 1,2K Assista AgoraRepetindo a fórmula de sucesso do antecessor, Busca Implacável 2 não mantém o mesmo nível.
As situações estão mais forçadas e difíceis de se acreditar.
A falta de uma história convincente contribuí muito para isso, você não compra o filme, deste modo, acaba prestando mais atenção em suas falhas do que no desenvolvimento em si.
Se no primeiro filme tinha um poesia envolvida e uma motivação, neste isto fica em segundo plano.
Maggie Grace como uma adolescente em perigo não da.
Um Dia
3.9 3,5K Assista AgoraUm Dia tem uma ideia muito interessante. Acompanhar a vida de um casal, pegando apenas um dia do ano.
A montagem e a forma de como isto foi posto em prática é extremamente satisfatória. Você não se sente perdido em meio a narrativa.
Pode ser considerado como o retrato de uma relação, como uma foto emoldurada com boas atuações e um excelente resultado final.
A morte da Emma realmente me pegou de surpresa, de modo que passei o resto do filme ainda tentando acreditar.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraOs Miseráveis tem toda a pompa de filme épico, grandioso, daqueles que vieram para mudar a história do cinema.
Ou pelo menos foi isso o que o diretor Tom Hooper tentou fazer.
E sim, eu esperava um filme desses, um filme que emocionasse, que destruísse, sim, eu esperava o melhor filme do ano.
Mas o filme é demais, não no bom sentido, é exagerado, peca por excessos, é de uma soberba sem igual.
Tem seus bons momentos, principalmente no dois primeiros atos.
Porém o terceiro ato expõe todas as fragilidades e defeitos do longa. Se torna cansativo com músicas infinitas que nem sempre contribuíam para o desenvolvimento do filme.
O elenco é estelar. Mas nem todo mundo esta bem no filme.
Vergonha alheia para uma tentativa de alívio cômico de Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter. Fugindo completamente do clima dramático que vinha sendo construído. Nem todo mundo nasceu para cantar, é preciso saber seus limites.
É de Samantha Barks o maior destaque positivo, saiu-se muito bem nas canções, entregando uma profundidade e emoção única no filme. Apesar do roteiro não lhe dar mais espaço, ela faz o impossível e sua personagem aparece como uma luz no meio de todos aqueles exageros.
Com um pouco mais de humildade e um pouco menos do resto todo, Os Miseráveis seria bem menos miserável.
Ah, Anne Hathaway esta super bem, praticamente implorando um Oscar.
E de fato ganhou merecidamente, agora bola pra frente né guria.
Toda Forma de Amor
4.0 1,0K Assista AgoraUm filme que realmente mexeu comigo. O motivo ao certo eu não sei.
Pode ser pelo casal, que desenvolve uma das melhores cenas de romance que eu já tive o prazer de apreciar em um filme. Anna impossibilitada de falar, se comunica através de bilhetinhos. Não há diálogos, porém a sutileza dos detalhes e a emoção transmitida nos olhares fazem desta a melhor sequencia do longa.
Pode ser pela atuação soberba de Christopher Plummer, que consegue dar a seu personagem o equilíbrio perfeito do drama, mas sem cair no depreciativo. Vive uma fase difícil de sua vida, mas mesmo assim não se deixa abalar.
Pode ser pela montagem que mistura cenas do passado, do mais passado ainda e do presente de Oliver. Que juntas constroem um arco narrativo excepcional. Destacando a importância que cada momento teve na vida de Oliver, e como tudo aquilo visto no passado influenciou-o a agir de tal maneira no presente.
Poder ser ainda pelo final, que levanta uma dúvida da qual eu sempre tive. Após passada a fase inicial de um romance, e os personagens terem a certeza de que querem ficar juntos.
"O que acontece agora?"
"Eu não sei."
Ligados Pelo Crime
3.3 131O filme é mais um daqueles que se utiliza do recurso de contar várias histórias que se cruzam entre si.
A diferença esta na maneira como estas são apresentadas. Cada uma com sua particularidade, porém analisadas como um conjunto contam uma história maior. Um relato sobre felicidade, prazer, tristeza e amor.
Intensamente dramático e sensível na medida certa.
"Ligados Pelo Crime", capricharam na tradução ein!
Quem liga para Sarah Michelle Gellar quando se tem Julie Delpy em cena.
A V!da Acontece
3.1 106 Assista AgoraSurpreendentemente bom.
Com um texto ágil e dinâmico.
A edição também se destaca, dando um toque de leveza e particularidade as cenas.
O filme tem todas as características de uma série, protagonista definida, porém com o elenco coadjuvante tendo seu espaço e suas tramas próprias.
Como filme se perde um pouco, apesar de trabalhar muito bem entre a comédia e o drama.
Em um seriado, tanto a sinopse, quanto os personagens ficariam perfeitos.
Pois há espaço para se trabalhar muitas histórias em cima deles.
Jolene
3.7 51Nasce uma lenda...
Ruby Sparks - A Namorada Perfeita
3.8 1,4KFilmes com os quais nos identificamos costumam chamar mais a atenção.
Nos vemos na tela e partilhamos das emoções e atitudes dos personagens.
Esse é o caso de Ruby Sparks, Calvin é um dos personagens mais auto-identificáveis do cinema.
Um cara que sofreu uma decepção amorosa e tem dificuldades de se relacionar com garotas. Isolado em seu mundo e fazendo análise, cria uma namorada idealizada. Esta então misteriosamente ganha vida.
É o verdadeiro sonho de todo mundo que tem sérios problemas de relacionamento.
Mas o filme vai além, mostra que a perfeição não existe e que em uma relação deve-se saber respeitar as diferenças para com o outro. E que é nisto que se encontram a beleza das coisas.
Usa como plano de fundo o fantástico para desenvolver cenas muito reais e situações tipicas na vida de um casal.
Paul Dano eleva ao máximo a figura do nerd socialmente complexado, tem sua carreira marcada por muitos papeis semelhantes, mas aqui ele entrega uma profundidade ao personagem sem igual.
Ruby Sparks se diferencia de uma comédia romântica comum, é quase como um tributo para aqueles que realmente acreditam no amor.
E afinal, o amor não é lógico, é mágico.
Argo
3.9 2,5KHá quem diga que filmes políticos tendem a seres chatos, com seus diálogos muito técnicos e tramas arrastadas que não seduzem o espectador. O que eu digo? Argo fuck yourself.
Ben Affleck atinge uma maturidade e excelência na direção, que não deixa nada a desejar para os diretores mais experientes, tendo em vista que esse é o seu terceiro filme, podemos concluir que o cara ainda vai render muito.
Argo segue a história de um grupo de americanos, que após uma onda de ataques no Irã se refugiam na casa do embaixador Canadense. Cabe ao agente da CIA Tony Mendez a tarefa de tira-los de lá.
Sem se render ao nacionalismo americano o filme equilibra muito bem a relação entre as nações envolvidas na trama. Aqui o foco é a história, ou melhor o filme, que na verdade não é um filme, é a única esperança de fuga para aquelas pessoas. Trabalho metalinguístico incrível.
Não complicando demais a narrativa com coisas desnecessárias, o longa prende e atrai. O suspense é de tirar o folego, e o nervosismo é constante. As cenas no Irã são tensas e transmitem toda a apreensão da situação.
Abusa um pouco no tom em algumas tomadas visando dar o máximo de aflição possível, telefones que são atendidos no último segundo ou mensagens que chegam na hora certa. Mas nada que prejudique o ritmo da fita.
A melhor má ideia acabou se mostrando não tão má assim, e saber que foi baseado em uma história real, torna ainda mais extraordinário. Sem dúvidas um feito incrível da CIA, transformada em um filme que faz jus a sua magnitude.
Ganhará o Oscar? Não creio, acredito que a Academia prefira premiar Lincoln, já que deve muito tanto ao ex-presidente quanto a Spielberg. Mas Bem Affleck ainda tem muito talento para mostrar, e se continuar neste nível sua estatueta não deve demorar a chegar.