O abuso no universo acadêmico dão a tônica de um filme caótico, cujas reviravoltas pouco plausíveis apenas garantem uma expressão duvidosa do espectador.
A diretora e atriz Andréa Bescond leva parte de sua vida ao cinema em um filme que discute abuso sexual na infância de uma maneira bastante autoral, com transições de cena fluentes que proporcionam ritmo e reflexões sobre o papel da dança, paixão e profissão da protagonista e também da realizadora. A obra estilística de Bescond – que também atua aqui – e de Eric Métayer, com quem divide a direção, é íntima e urgencial.
Ruim em quase tudo o que propõe. A história que começa discutindo uma coisa, termina contando outra, e tudo que se falou antes de uma fatalidade acaba esquecido e negligenciado por um roteiro incapaz até mesmo de planejar uma cena verdadeiramente erótica, pois é isto que interessa ao filme, não é? Sexo. Sem problema algum. Praticamente todos gostam. Ninguém precisa fingir que não. A não ser que se assista com a avó. Só que a cena mais picante, em alto mar, mais parece um videoclipe de 3 minutos. Não há mal algum no soft porn, há mal na incompetência de sua realização. Ruim. O ator galã, Michele Morrone, vive um mafioso italiano. Ele também é um criminoso, um sequestrador violento que afirma que sua vítima estará apaixonada por ele dentro de um ano. Truculento, atende por Massimo, mas é moralmente mínimo. A obsessão se confunde com desejo. Ruim. A atriz polonesa, Anna-Maria Sieklucka, vive a sequestrada desafiada. Ela também desafia e provoca. E cede, submissa. Síndrome de Estocolmo? Francamente! Há quem lembre de Cinquenta Tons de Cinza, que apesar de igualmente ruim, era melhor fotografado. Ah... aqui também há diálogos quase insuportáveis. Li por aí que terá sequência, já que é baseado em livros. Oportunidade para fechar alguns arcos, responder algumas perguntas e se recuperar da inconveniência.
Vi na Netflix o documentário Mystify: Michael Hutchence. Uma boa surpresa no catálogo.
Me fez lembrar quando certa vez pensei que Hutchence era merecedor de uma cinebiografia e que Heath Ledger era o cara certo para interpretá-lo. Ledger partiu. Sobre o documentário, vemos parte da vida do rockeiro, vocalista do INXS. Muitas imagens de arquivo e outras filmagens feitas pelo próprio Michael Hutchence em viagens e turnês dão substância a íntima retratação. É íntima mesma! Também vemos o universo particular das super-estrelas no final dos anos 80 e início dos anos 90, a partir da ascenção da banda, os shows enormes, como o de Wembley, e os populares casos amorosos do vocalista, sempre polêmicos.
O filme surpreendentemente não é tão musical.
Michael Hutchence, com sua voz saliente, se revelou através do doc uma figura bastante "moderada", até o ponto em que pode (se) suportar. Um acidente mudaria toda a história. Seu talento triunfal sobre o palco era inquestionável. Lá ele se transformava. Bom demais ter conhecido um pouco desse ilustre que para alguns ainda é desconhecido.
Em 1997 ele deixou a vida. Em sua voz, com o INXS, vale demais ouvir Never Tear Us Apart, Original Sin, Disappear, Mystify e By My Side.
Surpreendentemente falha muito na condução. Os tons disformes de ritmo e atuações incomodam, ao passo que a imagem, com estilização de quadrinhos, ajuda. O bom material termina desperdiçado.
As barreiras do envelhecimento são tratadas nesse filme de 'famílias'. O humor sutil torna a sessão cativante e em certos pontos, inspiradora. Também é interessante ver Héctor Bonilla em cena.
A versão espanhola tem a assinatura de seu peculiar realizador, Álex De La Iglesia. O humor funciona bem. Belén Rueda, grande atriz madrilenha, não parece muito confortável.
A vergonha alheia é fortemente sentida aqui neste filme desgovernado e pouco inteligente. O humor esdrúxulo poderá roubar dois ou três sorrisos do espectador.
Passatempo agradável com alguma carga emocional que fortalece suas intenções emotivas, valorizando a relação entre mãe e filha que, aqui, tem aspecto extranatural. Há exemplares similares e melhores, o que não torna este descartável.
Ema é um filme de transformações e fusões. Há algo de magnético nele, algo que realmente nos envolve, seja o visual, o som ou a dança – atributo importante –, os corpos em harmonia e Ema, protagonista, em meio a eles, se metamorfoseando. Não é um dos filmes que mais gosto do cineasta chileno, mas sem dúvidas é um dos que mais me sensibilizou!
Suspense esquemático tem uma história bastante ingênua que pouco empolga. Talvez tudo seja demasiadamente apressado, o que compromete as subtramas e a completa falta de desenvolvimento dos personagens. Também é mal dirigido e sofre com as atuações fora de tom. Completamente dispensável!
Não tem história alguma. Não tem nada a dizer. É pancadaria mais furiosa do que veloz. E nesse âmbito desordenado e tolo, é deliciosamente divertido. É só isso. E vale a pena.
Obra-prima do diretor é um cântico de buscas e descobertas, um oásis de contemplações metafísicas e imagens dispostas que tão bem salientam a arte daquele que, no cinema, esculpiu o tempo.
Em casa, praticamente repeti duas ou três cenas para tentar dar conta de tudo. Tantas camadas em distintas narrativas poderiam significar muito mais do que uma mera espreitada poderia oferecer. E significam! Que coisa mais linda é esse tal de cinema.
O ritmo e a duração podem, sim, comprometer a experiência. Para quem tem pressa, é possível que o filme pouco funcione. Para quem tem interesse, é possível que o filme não acabe após a sessão, pois sobram perguntas existenciais que tornam a obra infinita.
Fausto
4.3 129É eloquente e ainda vertiginoso, e exprime dilemas de seu protagonista de maneira surpreendente, ainda que estrambólica.
Um Dia Difícil
3.6 184As situações mais improváveis que acontecem aqui respaldam a Lei de Murphy. O excesso quase estraga o filme.
The Perfection
3.3 720 Assista AgoraO abuso no universo acadêmico dão a tônica de um filme caótico, cujas reviravoltas pouco plausíveis apenas garantem uma expressão duvidosa do espectador.
Inocência Roubada
4.0 65 Assista AgoraA diretora e atriz Andréa Bescond leva parte de sua vida ao cinema em um filme que discute abuso sexual na infância de uma maneira bastante autoral, com transições de cena fluentes que proporcionam ritmo e reflexões sobre o papel da dança, paixão e profissão da protagonista e também da realizadora. A obra estilística de Bescond – que também atua aqui – e de Eric Métayer, com quem divide a direção, é íntima e urgencial.
365 Dias
1.5 880 Assista AgoraRuim em quase tudo o que propõe.
A história que começa discutindo uma coisa, termina contando outra, e tudo que se falou antes de uma fatalidade acaba esquecido e negligenciado por um roteiro incapaz até mesmo de planejar uma cena verdadeiramente erótica, pois é isto que interessa ao filme, não é? Sexo. Sem problema algum. Praticamente todos gostam. Ninguém precisa fingir que não. A não ser que se assista com a avó.
Só que a cena mais picante, em alto mar, mais parece um videoclipe de 3 minutos.
Não há mal algum no soft porn, há mal na incompetência de sua realização.
Ruim.
O ator galã, Michele Morrone, vive um mafioso italiano. Ele também é um criminoso, um sequestrador violento que afirma que sua vítima estará apaixonada por ele dentro de um ano.
Truculento, atende por Massimo, mas é moralmente mínimo.
A obsessão se confunde com desejo.
Ruim.
A atriz polonesa, Anna-Maria Sieklucka, vive a sequestrada desafiada. Ela também desafia e provoca. E cede, submissa. Síndrome de Estocolmo? Francamente!
Há quem lembre de Cinquenta Tons de Cinza, que apesar de igualmente ruim, era melhor fotografado.
Ah... aqui também há diálogos quase insuportáveis.
Li por aí que terá sequência, já que é baseado em livros.
Oportunidade para fechar alguns arcos, responder algumas perguntas e se recuperar da inconveniência.
Mystify: Michael Hutchence
4.1 37 Assista AgoraVi na Netflix o documentário Mystify: Michael Hutchence. Uma boa surpresa no catálogo.
Me fez lembrar quando certa vez pensei que Hutchence era merecedor de uma cinebiografia e que Heath Ledger era o cara certo para interpretá-lo. Ledger partiu.
Sobre o documentário, vemos parte da vida do rockeiro, vocalista do INXS. Muitas imagens de arquivo e outras filmagens feitas pelo próprio Michael Hutchence em viagens e turnês dão substância a íntima retratação. É íntima mesma! Também vemos o universo particular das super-estrelas no final dos anos 80 e início dos anos 90, a partir da ascenção da banda, os shows enormes, como o de Wembley, e os populares casos amorosos do vocalista, sempre polêmicos.
O filme surpreendentemente não é tão musical.
Michael Hutchence, com sua voz saliente, se revelou através do doc uma figura bastante "moderada", até o ponto em que pode (se) suportar. Um acidente mudaria toda a história.
Seu talento triunfal sobre o palco era inquestionável. Lá ele se transformava. Bom demais ter conhecido um pouco desse ilustre que para alguns ainda é desconhecido.
Em 1997 ele deixou a vida.
Em sua voz, com o INXS, vale demais ouvir Never Tear Us Apart, Original Sin, Disappear, Mystify e By My Side.
Cidade das Ilusões
3.6 26O tempo como frustração. Um duro golpe. O desalento dos personagens são sentidos através de seus olhares revelados pela câmera prostrada de Huston.
O Doutrinador
3.2 289 Assista AgoraSurpreendentemente falha muito na condução. Os tons disformes de ritmo e atuações incomodam, ao passo que a imagem, com estilização de quadrinhos, ajuda. O bom material termina desperdiçado.
O Novíssimo Testamento
3.9 165Abordagem interessantíssima e cômica sobre uma “sabotagem a Deus”. Não ofende, mas provoca e garante algumas inspiradas reflexões.
Nas margens do Rio Grande
3.3 7 Assista AgoraFraterno western sobre pertencimento é ainda mais valorizado graças a complexidade do forasteiro protagonista, vivido por Mitchum.
Ibiza: Tudo Pelo DJ
2.6 189 Assista AgoraFilme de viagem que não valoriza a viagem. Ibiza... Barcelona... e a fotografia sobre elas não inspirou muito. O fiapo de história também não ajuda.
Te Quiero, Imbécil
3.1 94Comédia passageira descompromissada que vez ou outra apresenta alguma boa piada.
Morto Não Fala
3.4 386 Assista AgoraTerror inteligente consegue criar uma grande e opressiva ambientação. Bons personagens coroam esse belo representante do cinema de horror nacional.
4 Latas
3.2 33 Assista AgoraUma longa e fatigante viagem para os protagonistas e também, em algumas paradas, para os espectadores.
Un Padre No Tan Padre
3.7 19 Assista AgoraAs barreiras do envelhecimento são tratadas nesse filme de 'famílias'. O humor sutil torna a sessão cativante e em certos pontos, inspiradora. Também é interessante ver Héctor Bonilla em cena.
Perfeitos Desconhecidos
3.4 20 Assista AgoraVersão mexicana abusa dos mesmos elementos de seus 'primos', mas tem o timing cômico mais acanhado. Ainda assim, vale espiar.
Perfeitos Desconhecidos
3.4 193A versão espanhola tem a assinatura de seu peculiar realizador, Álex De La Iglesia. O humor funciona bem. Belén Rueda, grande atriz madrilenha, não parece muito confortável.
Tarde para la Ira
3.4 59Bem construído, este é um filme sobre vingança bem realizado cuja narrativa orgânica exterioriza a fúria de um homem comum com bem pouco a perder.
A Missy Errada
2.6 295 Assista AgoraA vergonha alheia é fortemente sentida aqui neste filme desgovernado e pouco inteligente. O humor esdrúxulo poderá roubar dois ou três sorrisos do espectador.
18 Presentes
3.6 100 Assista AgoraPassatempo agradável com alguma carga emocional que fortalece suas intenções emotivas, valorizando a relação entre mãe e filha que, aqui, tem aspecto extranatural. Há exemplares similares e melhores, o que não torna este descartável.
Ema
3.5 80 Assista AgoraEma é um filme de transformações e fusões. Há algo de magnético nele, algo que realmente nos envolve, seja o visual, o som ou a dança – atributo importante –, os corpos em harmonia e Ema, protagonista, em meio a eles, se metamorfoseando. Não é um dos filmes que mais gosto do cineasta chileno, mas sem dúvidas é um dos que mais me sensibilizou!
Mentiras Perigosas
2.5 276Suspense esquemático tem uma história bastante ingênua que pouco empolga. Talvez tudo seja demasiadamente apressado, o que compromete as subtramas e a completa falta de desenvolvimento dos personagens. Também é mal dirigido e sofre com as atuações fora de tom. Completamente dispensável!
Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw
3.1 456Não tem história alguma. Não tem nada a dizer. É pancadaria mais furiosa do que veloz. E nesse âmbito desordenado e tolo, é deliciosamente divertido. É só isso. E vale a pena.
Stalker
4.3 505 Assista AgoraObra-prima do diretor é um cântico de buscas e descobertas, um oásis de contemplações metafísicas e imagens dispostas que tão bem salientam a arte daquele que, no cinema, esculpiu o tempo.
Em casa, praticamente repeti duas ou três cenas para tentar dar conta de tudo. Tantas camadas em distintas narrativas poderiam significar muito mais do que uma mera espreitada poderia oferecer. E significam! Que coisa mais linda é esse tal de cinema.
O ritmo e a duração podem, sim, comprometer a experiência. Para quem tem pressa, é possível que o filme pouco funcione. Para quem tem interesse, é possível que o filme não acabe após a sessão, pois sobram perguntas existenciais que tornam a obra infinita.
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