Talvez o maior feito de Ridley Scott não seja ter realizado trabalhos memoráveis como Alien ou Blade Runner, mas sim angariar mega orçamentos para produzir filmes como Êxodo: Deuses e Reis e agora esse Napoleão. Ambos caríssimos, e igualmente ruins. E o longa do imperador fracês tem grande chance de ser um fracasso retumbante igual à história biblica.
Scott, assim como seu roteirista, tem confundido liberdade arística com aquilo que é feito por conveniência; é com muita preguiça que seu texto trilha suas quase 3 horas de duração, onde em momentos isolados é até mesmo esboçado momentos interessantes entre as personagens de Joaquin Phoenix (um misto de Commodus com uma variação de Coringa) e Vanessa Kirby (sub aproveitada), mas não passa disso.
Sim, sr. Ridley Scott, existe uma diferença gritante entre liberdade criativa e ter preguiça; não há orçamento milionário que faça de Napolião (e duvido que a tal "versão estendida" melhore isso) um experiência que vá além do entediante.
Há um bom texto de origem de um antagonista em A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, só que um texto em alguns aspectos pouco explorado, emaranhando em situações hora criativas (dada a limitação principalmente de orçamento) e por vezes bobas, quando não constrangedoras. Um ponto incômodo é o excesso de cantoria, quase assimilado à um musical em boa parte da trama (e, me perdoem, a Lucy Gray de Rachel Zegler não ajuda); sem sombra de dúvida é uma característica do texto fonte de Suzanne Collins, que ainda não tive contato, mas que aqui pode irritar e gerar certa estranheza. Por fim temos Tom Blyth, que traz peso para este Jogos Vorazes assim como trouxera Jennifer Lawrence à saga anos antes. O cara eleva a qualidade do material com um desempenho notável, fazendo com que Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes fique na média.
É fato que a Disney/Marvel já foi muito melhor em produzir seus enlatados; Este As Marvels se junta à trupe dos esquecíveis Quantumania e Amor e Trovão (gosto de Os Eternos) que, contrariando ao que o Zé do Boné acredita, reforça ainda mais que o estúdio da Marvel está passando por uma de suas maiores crises.
Taylor Swift: The Eras Tour é sem dúvida uma experiência única, e merece todo o hype que tem enganjado. Swift se diverte e captura sua audiência do início ao fim. Um trabalho memorável de produção, que deverá ser referência para futuros projetos no gênero.
Seu grande triunfo é conseguir, como poucas cinebiografias o fazem, captar a essência de figuras tão conhecidas no meio pop. E essa façanha não teria sido tão bem sucedida sem a escalação de Juan Paiva e Lucas Penteado; os meninos arrasam! Grata supresa para o cinema nacional.
Assassinos da Lua das Flores é um belo casamento entre um mestre na arte de contar histórias e um bom texto. Finalmente um filmaço que, de fato, corresponde à todo "hype midiático" envolvendo a obra, ao contrário do que aconteceu com os mega, hiper superestimados (e apenas medianos) Barbie e Oppenheimer.
Aliás, fazendo uma compararação entre Oppie e Lua das Flores, Scorcese, ao contrário de Nolan, não precisou de muitas firulas para captar a atenção do seu expectador durante suas três horas e meia.
Obs.: Seu desfecho é uma deliciosa "cereja do bolo".
Após um promissor start (começa bem instigante), O Exorcista: O Devoto descamba num amontoado de situações idiotas que poderia ser cômico não fosse a sensação constante de vergonha alheia. Ellen Burstyn numa participação irrisória.
Há uma melhora em relação ao primeiro, mas seu maior pecado continua sendo não compreender a essência do que fez deste universo o motivo de sua existência, oriundo dos ótimos Invocação do Mal 1 e 2.
Jim Caviezel, gostaria de assisti-lo mais nas telas de cinema. Com um tema pesado e raras vezes discutido é certo que tal assunto não tem uma "fórmula" estabelecida de como deve ser tratada, mas também é certo que produções, como por exemplo o oscarizado (e ótimo) Spotlight, souberam melhor aproveitar seu material.
Fico imaginando o frescor que a produção trouxe à sétima arte a 20 anos atrás; agora sendo relançado num período onde o meio cinematográfico respira por aparelhos...
Rotting in the Sun é sem dúvida um dos poucos trabalhos geniais de 2023. Com um excitante dark humor, o longa é uma pitoresca jornada que dificilmente sairá da sua cabeça após o término. Sebastián Silva é o cara! Catalina Saavedra ótima!
Sem maiores pretensões (estudo de personagens, camadas, subtextos), A Noite das Bruxas, assim como nas empreitadas anteriores trazidas por Kenneth Branagh, sabe ser funcional, ou seja, só quer contar uma história de mistério, nada mais. E, mais uma vez, Branagh é todo o diferencial, fazendo valer seu ingresso.
Gran Turismo é bom, ainda que com alguns problemas em sua trajetória, é uma grata surpresa. Queria ter visto mais de Djimon Hounsou (ótimo). Mais uma bola fora do Rotten Tomatoes!
Mais uma vítima do "efeito manada" das redes que, orfãs da era dourada da marvel (Disney) no cinema, se juntam para fazer um intenso pré-julgamento de uma produção da DC. Ainda que bem génerico, Besouro Azul é divertido, e tem um elenco empenhado e com carisma.
Aquaman 2: O Reino Perdido
2.9 296 Assista AgoraA maior façanha de Aquaman 2: ser pior que As Marvels.
Folklore: Sessões no Long Pond Studio
4.6 74Folklore: Sessões no Long Pond Studio triunfa em conseguir captar toda a essência intimista de seu album.
Godzilla: Minus One
4.1 310A "explosão do Ano" não é Oppenheimer, é Godzilla Minus One!
O Homem de Palha
4.0 483 Assista AgoraEmbrionário. Midsommar, oi?
13 Fantasmas
3.1 46 Assista AgoraAs vezes assistir a algo tão tosco (para a época não devia ser) faz bem para a mente.
Napoleão
3.1 324 Assista AgoraNapoleão e sua "liberdade artística"
Talvez o maior feito de Ridley Scott não seja ter realizado trabalhos memoráveis como Alien ou Blade Runner, mas sim angariar mega orçamentos para produzir filmes como Êxodo: Deuses e Reis e agora esse Napoleão. Ambos caríssimos, e igualmente ruins. E o longa do imperador fracês tem grande chance de ser um fracasso retumbante igual à história biblica.
Scott, assim como seu roteirista, tem confundido liberdade arística com aquilo que é feito por conveniência; é com muita preguiça que seu texto trilha suas quase 3 horas de duração, onde em momentos isolados é até mesmo esboçado momentos interessantes entre as personagens de Joaquin Phoenix (um misto de Commodus com uma variação de Coringa) e Vanessa Kirby (sub aproveitada), mas não passa disso.
Sim, sr. Ridley Scott, existe uma diferença gritante entre liberdade criativa e ter preguiça; não há orçamento milionário que faça de Napolião (e duvido que a tal "versão estendida" melhore isso) um experiência que vá além do entediante.
Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
3.7 345 Assista AgoraJogos Vorazes, O Musical?
Há um bom texto de origem de um antagonista em A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, só que um texto em alguns aspectos pouco explorado, emaranhando em situações hora criativas (dada a limitação principalmente de orçamento) e por vezes bobas, quando não constrangedoras.
Um ponto incômodo é o excesso de cantoria, quase assimilado à um musical em boa parte da trama (e, me perdoem, a Lucy Gray de Rachel Zegler não ajuda); sem sombra de dúvida é uma característica do texto fonte de Suzanne Collins, que ainda não tive contato, mas que aqui pode irritar e gerar certa estranheza.
Por fim temos Tom Blyth, que traz peso para este Jogos Vorazes assim como trouxera Jennifer Lawrence à saga anos antes. O cara eleva a qualidade do material com um desempenho notável, fazendo com que Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes fique na média.
As Marvels
2.7 405 Assista AgoraÉ fato que a Disney/Marvel já foi muito melhor em produzir seus enlatados; Este As Marvels se junta à trupe dos esquecíveis Quantumania e Amor e Trovão (gosto de Os Eternos) que, contrariando ao que o Zé do Boné acredita, reforça ainda mais que o estúdio da Marvel está passando por uma de suas maiores crises.
Taylor Swift: The Eras Tour (Taylor’s Version)
4.5 62Taylor Swift em estado de graça.
Taylor Swift: The Eras Tour é sem dúvida uma experiência única, e merece todo o hype que tem enganjado. Swift se diverte e captura sua audiência do início ao fim. Um trabalho memorável de produção, que deverá ser referência para futuros projetos no gênero.
Nosso Sonho
3.8 181Seu grande triunfo é conseguir, como poucas cinebiografias o fazem, captar a essência de figuras tão conhecidas no meio pop. E essa façanha não teria sido tão bem sucedida sem a escalação de Juan Paiva e Lucas Penteado; os meninos arrasam! Grata supresa para o cinema nacional.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 614 Assista AgoraAssassinos da Lua das Flores é um belo casamento entre um mestre na arte de contar histórias e um bom texto. Finalmente um filmaço que, de fato, corresponde à todo "hype midiático" envolvendo a obra, ao contrário do que aconteceu com os mega, hiper superestimados (e apenas medianos) Barbie e Oppenheimer.
Aliás, fazendo uma compararação entre Oppie e Lua das Flores, Scorcese, ao contrário de Nolan, não precisou de muitas firulas para captar a atenção do seu expectador durante suas três horas e meia.
Obs.: Seu desfecho é uma deliciosa "cereja do bolo".
Vidas em Jogo
2.9 4Deliciosamente instigante, com algumas boas surpresas. Um possível candidato a sofrer um remake americano ao estilo hollywoodiano do "fazemos melhor".
Fargo: Uma Comédia de Erros
3.9 920 Assista AgoraOs imãos Coen são geniais!
O Exorcista: O Devoto
2.1 404 Assista AgoraDavid Gordon Green em modo haters gonna hate.
Após um promissor start (começa bem instigante), O Exorcista: O Devoto descamba num amontoado de situações idiotas que poderia ser cômico não fosse a sensação constante de vergonha alheia. Ellen Burstyn numa participação irrisória.
A Freira 2
2.6 424 Assista AgoraHá uma melhora em relação ao primeiro, mas seu maior pecado continua sendo não compreender a essência do que fez deste universo o motivo de sua existência, oriundo dos ótimos Invocação do Mal 1 e 2.
Obs.: Jonas Bloquet, estou disponível.
Som da Liberdade
3.8 482 Assista AgoraJim Caviezel, gostaria de assisti-lo mais nas telas de cinema. Com um tema pesado e raras vezes discutido é certo que tal assunto não tem uma "fórmula" estabelecida de como deve ser tratada, mas também é certo que produções, como por exemplo o oscarizado (e ótimo) Spotlight, souberam melhor aproveitar seu material.
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraOldboy é CINEMA!
Fico imaginando o frescor que a produção trouxe à sétima arte a 20 anos atrás; agora sendo relançado num período onde o meio cinematográfico respira por aparelhos...
Rotting in the Sun
3.5 85 Assista AgoraRotting in the Sun é sem dúvida um dos poucos trabalhos geniais de 2023. Com um excitante dark humor, o longa é uma pitoresca jornada que dificilmente sairá da sua cabeça após o término. Sebastián Silva é o cara! Catalina Saavedra ótima!
A Noite das Bruxas
3.3 186Sem maiores pretensões (estudo de personagens, camadas, subtextos), A Noite das Bruxas, assim como nas empreitadas anteriores trazidas por Kenneth Branagh, sabe ser funcional, ou seja, só quer contar uma história de mistério, nada mais. E, mais uma vez, Branagh é todo o diferencial, fazendo valer seu ingresso.
Gran Turismo: De Jogador a Corredor
3.6 175 Assista AgoraGran Turismo é bom, ainda que com alguns problemas em sua trajetória, é uma grata surpresa. Queria ter visto mais de Djimon Hounsou (ótimo). Mais uma bola fora do Rotten Tomatoes!
As Tartarugas Ninja: Caos Mutante
3.7 132 Assista AgoraBonitinho, engraçadinho, bem feitinho.
Retratos Fantasmas
4.2 231 Assista AgoraKleber Mendonça Filho brinca de fazer cinema, e ele sabe muito bem brincar; Retratos Fantasmas confirma isso. Uma obra para a posteridade.
Besouro Azul
3.2 560 Assista AgoraMais uma vítima do "efeito manada" das redes que, orfãs da era dourada da marvel (Disney) no cinema, se juntam para fazer um intenso pré-julgamento de uma produção da DC. Ainda que bem génerico, Besouro Azul é divertido, e tem um elenco empenhado e com carisma.
Fale Comigo
3.6 968 Assista AgoraContidas as devidas proporções do hype, Fale Comigo é sem dúvida um frescor para o gênero; uma montanha-russa que vale o seu ingresso.