Humor super leve, brinca com algo entre o factível e o absurdo.
Apesar de ser um filme de comédia, a concepção de romance que a obra discute é muito interessante. A nostalgia, intensidade e rebeldia da paixão adolescente são a cereja do bolo na narrativa e órbita central na vida dos dois personagens principais que, no final das somas, são só dois adultos relativamente infantis na famosa "crise dos 30". A narrativa tem uma beleza absurda, tanto a nível de roteiro - que vai, aos poucos, seduzindo e envolvendo a gente - quanto em direção que, em todas as cenas, garante muita fluidez e reflete bem esse tom sépia de memória fantasiosa. Vale cada minutinho gasto com ele, é super gostoso de ver e carrega algumas ""lições"" interessantes. Você não vai gargalhar, mas vai terminar de assistir com um sorriso satisfeito que pode durar alguns dias.
Um bom drama, com um plot inteligente a beça. As pistas dadas ao espectador são sutis e aguçam nossa criatividade ao longo dos minutos, sem necessariamente entregar o roteiro. Muito pelo contrário, tudo é construído pra que nossa surpresa seja saborosa. A personagem principal é cativante. As questões raciais são abordadas de forma direta e indireta, acredito que as indiretas principalmente são guiadas com maestria. A direção é bem massa e passa pra gente todas as sensações necessárias - nenhuma frase do roteiro é desperdiçada. Entretanto, não classifico esse filme como thriller nem suspense, não acredito que essa seja a atmosfera construída.
Ótimo! O filme consegue equilibrar o drama com o suspense/thriller sem ficar forçado (o que é bem raro pro gênero, podemos ver tentativas mal sucedidas de algo assim em Mama por exemplo). A história contada pela perspectiva de duas crianças poderia ter deixado tudo bobo, mas não foi o caso - só acrescentou sensibilidade a uma situação bizonha. O roteiro foi muito bem construído e o plot realmente surpreende. Eu esperava uma reviravolta apelativa, mas não foi necessário. A trama sutilmente introduziu o choque e uma violência leve (mais psicológica do que qualquer outra coisa). Não é um filme terror, trash, gore, nada assim. Mas muito bom pra quem procura uma emoção a mais e algo entre o drama suspense que não seja enjoativo.
Eu sou uma grande defensora do "não desista de um filme, pois o final pode fazer todo o restante valer a pena". Bem... Não se aplicou nesse caso. Vi 1 hora de filme e simplesmente fiquei de saco cheio! O roteiro não tem propósito, a violência é gratuita e mesmo a brecha pra uma "crítica social foda" é completamente desperdiçada. Não conseguiu nem ser incômodo de assistir pra mim, como outros comentários citaram - porque não me deram princípio nem propósito, só umas porradinhas, palavrões e sangue. Teve uma cena relativamente comovente e mesmo assim mal elaborada. Os fatos foram todos jogados pro telespectador. Até o momento em que assisti, o filme foi só uma grande fonte de tesão pra racista e "estrangeiros não são bem vindos" pra qualquer latino-americano.
Não é um filme simples, nem fácil, mas está longe de ser chocante. A narrativa é fluída e tranquila. Ainda que os diálogos pareçam levemente confusos, cada segundo têm seu valor na totalidade da obra. Como uma grande fã de filmes que te deixam com a adrenalina lá em cima, não fui cativada. Apesar disso, dou bastante valor a um filme feito com tanto cuidado - desde a forma como as cenas são feitas, a relação que os personagens estabelecem, a fotografia... Foi um filme bem caprichado e no final a gente fica, no mínimo, curioso pra entender a confabulação envolvida no roteiro.
Então, né... A proposta do filme começa bem forte. Uma mulher que está disposta a fazer de tudo pra ter o que quer: dinheiro. Já não aguenta mais as pressões e abusos morais em ambiente acadêmico, sem muita perspectiva de futuro. Poderia ter, aí, nascido uma forte serial killer. Mas, não. O roteiro optou por tomar outro aspecto da narrativa o que foi, pra mim, decepcionante. A personagem é muito sem sal, rola uma forçação de barra romântica no final. Na verdade eu tenho a sensação de que rolou uma quebra no roteiro, um momento que teria sido perfeito pro filme acabar bem.... E não acabou, se prolongou e inventou história. Apesar disso, o plot do final foi bem bom e deixou o roteiro fechadinho. Se fosse mais afastado de Doce Vingança, seria melhor, mas ele prende muito bem a atenção. Filme bom para mediano - que tinha potencial pra ser ótimo.
PS: Achei um saco que não deu pra entender o nome do filme! Alguém pegou?
Um filme interessante, achei a ideia bem original e a execução boa. Nada muito gorezão, é um filme de suspense. Leve, tranquilo de digerir. Infelizmente, a justificativa ("plot") do final não me convenceu muito, mas sou culpada para falar. Não vi necessidade de ser uma narrativa fantasiosa, preferia se tivessem mantido a parada mais pé no chão. Mesmo assim, dá pra entreter se você não tiver mais o que assistir e mantiver a mente aberta. Definitivamente, ele sai dos clichês
Quem não sabe brincar, não desce pro play. Muito bom, de verdade. Pega um tema relativamente batido - sessões de mediunidade - com uma aplicação inusitada e atual, o home-qualquer-coisa. Não costumo curtir muito filmes de assombração, espírito e etc, mas esse acerta em cheio. Utiliza mt bem os recursos de edição e um jump scare não enjoativo. A gente não sente a necessidade de saber muito sobre os personagens, quase parecem conhecidos. Zero por cento gore e ainda sim, satisfatoriamente incômodo! Considero uma grande obra de suspense, ainda que seja super simples. Parabéns ao elenco e equipe, proposta muito bem executada.
Voltado pra suspense com uma pitadinha de terror psicológico e um tanto de drama, ele bate lá no fundo da alma. Sério, acho impossível não se sentir perturbado pelo choque de backgrounds tão obscuros. Se você quer cenas fortes, tortura escancarada, esse filme não é tão servido, mas em termos de história não deixa a desejar! O roteiro já começa com uma situação tensa, dolorosa e bruta. Isso se repete em flashbacks. Acho legal que a abordagem inicial é de um serial killer osso-duro-de-roer, sem justificativas ou razões e depois o filme vai aprofundando o personagem sem necessariamente taxar de injustiçado. Somente humano.
É um pouquinho lento, mas vale a paciência. Existe um tom de quase neutralidade da câmera em muitos momentos que perturba justo por colocar a gente de fora do filme, como espectadores impotentes sobre a circunstância, vendo um cotidiano quase que absurdo. O plot twist do final é de partir o coração, arrepiei só de lembrar.
Nem suspense, nem terror. Considero o drama de um cara temperamental e frágil emocionalmente, que perde um parafuso quando a vida não dá o que ele quer. Poderia ser interessante pra discutir relacionamentos abusivos, mas não opta por essa pegada. Muito enrolado, meio chato e forçado em vários sentidos. A atuação do principal realmente é legal. Mas o papel de ser um merda não favorece ele, muito menos porque o resto do roteiro é relativamente ruim.
Esse sim é um filme de horror/terror! Com aquela pegada clássica: um serial killer sem rosto, sem identidade, sem história. Modus operandi extremamente instigante e perturbador. Quase como uma entidade sobrenatural, um bicho papão que vem cobrar nossos pecados - não importa quem ele é e sim o que faz. Ainda sim, não passa de um humano extremamente inteligente. O filme é bem servido no sangue, nas mortes - sem forçar a barra sobre a esperteza dos personagens. Se passa quase inteiro dentro da casa, sem que fique entediante.
O "protagonista" é a cereja do bolo: péssimo timing, a princípio nada a ver com nada. Longe de ser um bom moço, é um cara com princípios que se vê numa enrascada. Esse tá na minha lista do "vale a pena ver de novo", ao lado da saga Halloween.
Puxado pra um terror psicológico, ataca bem naquele ponto "o lobo do homem é o homem". Pra quem curtiu "O Poço", tem uma pegada parecida. Nada surpreendente ou extraordinário, mas prende bem e cumpre a proposta. Algumas críticas sociais superficiais e um tanto quanto clichês que passam despercebidas pela tensão presente - achei ótimo. Sem muita palhaçada de "good cop" x "bad coop", objetivo e cirúrgico nas relações entre as pessoas. Se os personagens tivessem tido um pouco mais de profundidade, talvez eu curtisse mais.
Ainda sim, como eu comentei, é na pegada de "O Poço": menos sobre as pessoas envolvidas e mais sobre o contexto. Vale assistir e tirar as próprias conclusões
Uma mistura equilibrada entre filme policial e terror gore. O personagem principal Sarchie não aproveita todo o potencial do ator que o interpreta (para entender veja Dirty John), mas isso passa despercebido pela terrível atuação de sua esposa em roteiro (Olivia Munn). Felizmente, ela tem pouco espaço em cena.
Se você pensa nesse filme como um enredo sobre exorcismo, todas as peças são bem encaixadas. O ritmo é bom, os plots são inteligentes e coerentes com a narrativa. Fora isso, os pequenos sustos têm qualidade, ainda que pouca explicação. O padre é um personagem interessante que perdeu a possibilidade de ser cativante. A opção do roteiro de narrar do ponto de vista do Sarchie mina um pouco do potencial desse personagem. A trama principal do filme é fechada muito bem, mas os "ramos" da história ficam um pouco em aberto demais, mesmo para uma franquia aguardando sequência.
Todo o envolvimento do Sarchie com sua família parece pointless. E falo em inglês porque "sem sentido" não é o termo ideal. É "sem ponto" mesmo, sem objetivo, sem utilidade. Parece que foi só pra fingir que o cara tinha alguma profundidade - sendo que a profundidade está numa outra camada dele, que em minha opinião foi bem aproveitada para um filme de terror.
Em resumo: é um bom filme, você provavelmente vai se divertir e interessar. 2.8 não faz jus ao conteúdo dele, mas não espere nenhuma obra prima.
O filme tem uma delicadeza tremenda. Não sou a maior fã das animações e dei pouco pela proposta em seus primeiros 30 minutos, acreditando que seria só mais um clichê lúdico sobre amizade e parceria. Ledo engano! Talvez o filme mais adulto da pixar que já vi.
O divino retratado no filme tem pouca importância senão para dar sentido à realidade que vemos na terra - bem como na cabeça das pessoas que criaram a mitologia, muito tempo atrás. Acredito que seja impossível não se encantar pela mensagem, ainda que previsível, transforma muito do que já aprendemos sobre carpe diem em "Sociedade dos Poetas Mortos". A ilustração das ansiedades, inclusive, se destacou muito pra mim.
Por mais que eu o considere um filme adulto - mesmo porque o personagem principal é um adulto e somos sutilmente apresentados durante todo o filme aos problemas típicos da casa dos 25~35 anos - acredito que, combando muito bem com Divertidamente (apesar de muito melhor que ele), Soul pode contribuir pra uma geração de crianças um pouco mais... Preparadas... Do que nós fomos.
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A Vida Imoral de Um Casal Ideal
3.4 22 Assista AgoraHumor super leve, brinca com algo entre o factível e o absurdo.
Apesar de ser um filme de comédia, a concepção de romance que a obra discute é muito interessante. A nostalgia, intensidade e rebeldia da paixão adolescente são a cereja do bolo na narrativa e órbita central na vida dos dois personagens principais que, no final das somas, são só dois adultos relativamente infantis na famosa "crise dos 30". A narrativa tem uma beleza absurda, tanto a nível de roteiro - que vai, aos poucos, seduzindo e envolvendo a gente - quanto em direção que, em todas as cenas, garante muita fluidez e reflete bem esse tom sépia de memória fantasiosa. Vale cada minutinho gasto com ele, é super gostoso de ver e carrega algumas ""lições"" interessantes. Você não vai gargalhar, mas vai terminar de assistir com um sorriso satisfeito que pode durar alguns dias.
A Escolhida
3.5 291Um bom drama, com um plot inteligente a beça. As pistas dadas ao espectador são sutis e aguçam nossa criatividade ao longo dos minutos, sem necessariamente entregar o roteiro. Muito pelo contrário, tudo é construído pra que nossa surpresa seja saborosa. A personagem principal é cativante. As questões raciais são abordadas de forma direta e indireta, acredito que as indiretas principalmente são guiadas com maestria. A direção é bem massa e passa pra gente todas as sensações necessárias - nenhuma frase do roteiro é desperdiçada. Entretanto, não classifico esse filme como thriller nem suspense, não acredito que essa seja a atmosfera construída.
A Visita
3.3 1,6K Assista AgoraÓtimo! O filme consegue equilibrar o drama com o suspense/thriller sem ficar forçado (o que é bem raro pro gênero, podemos ver tentativas mal sucedidas de algo assim em Mama por exemplo). A história contada pela perspectiva de duas crianças poderia ter deixado tudo bobo, mas não foi o caso - só acrescentou sensibilidade a uma situação bizonha. O roteiro foi muito bem construído e o plot realmente surpreende. Eu esperava uma reviravolta apelativa, mas não foi necessário. A trama sutilmente introduziu o choque e uma violência leve (mais psicológica do que qualquer outra coisa). Não é um filme terror, trash, gore, nada assim. Mas muito bom pra quem procura uma emoção a mais e algo entre o drama suspense que não seja enjoativo.
Não Documentado
3.2 25Eu sou uma grande defensora do "não desista de um filme, pois o final pode fazer todo o restante valer a pena". Bem... Não se aplicou nesse caso. Vi 1 hora de filme e simplesmente fiquei de saco cheio! O roteiro não tem propósito, a violência é gratuita e mesmo a brecha pra uma "crítica social foda" é completamente desperdiçada. Não conseguiu nem ser incômodo de assistir pra mim, como outros comentários citaram - porque não me deram princípio nem propósito, só umas porradinhas, palavrões e sangue. Teve uma cena relativamente comovente e mesmo assim mal elaborada. Os fatos foram todos jogados pro telespectador. Até o momento em que assisti, o filme foi só uma grande fonte de tesão pra racista e "estrangeiros não são bem vindos" pra qualquer latino-americano.
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraNão é um filme simples, nem fácil, mas está longe de ser chocante. A narrativa é fluída e tranquila. Ainda que os diálogos pareçam levemente confusos, cada segundo têm seu valor na totalidade da obra. Como uma grande fã de filmes que te deixam com a adrenalina lá em cima, não fui cativada. Apesar disso, dou bastante valor a um filme feito com tanto cuidado - desde a forma como as cenas são feitas, a relação que os personagens estabelecem, a fotografia... Foi um filme bem caprichado e no final a gente fica, no mínimo, curioso pra entender a confabulação envolvida no roteiro.
American Mary
3.4 277Então, né... A proposta do filme começa bem forte. Uma mulher que está disposta a fazer de tudo pra ter o que quer: dinheiro. Já não aguenta mais as pressões e abusos morais em ambiente acadêmico, sem muita perspectiva de futuro. Poderia ter, aí, nascido uma forte serial killer. Mas, não. O roteiro optou por tomar outro aspecto da narrativa o que foi, pra mim, decepcionante. A personagem é muito sem sal, rola uma forçação de barra romântica no final. Na verdade eu tenho a sensação de que rolou uma quebra no roteiro, um momento que teria sido perfeito pro filme acabar bem.... E não acabou, se prolongou e inventou história. Apesar disso, o plot do final foi bem bom e deixou o roteiro fechadinho. Se fosse mais afastado de Doce Vingança, seria melhor, mas ele prende muito bem a atenção. Filme bom para mediano - que tinha potencial pra ser ótimo.
PS: Achei um saco que não deu pra entender o nome do filme! Alguém pegou?
Eu Não Sou um Serial Killer
3.0 169Um filme interessante, achei a ideia bem original e a execução boa. Nada muito gorezão, é um filme de suspense. Leve, tranquilo de digerir. Infelizmente, a justificativa ("plot") do final não me convenceu muito, mas sou culpada para falar. Não vi necessidade de ser uma narrativa fantasiosa, preferia se tivessem mantido a parada mais pé no chão. Mesmo assim, dá pra entreter se você não tiver mais o que assistir e mantiver a mente aberta. Definitivamente, ele sai dos clichês
Cuidado Com Quem Chama
3.4 630Quem não sabe brincar, não desce pro play. Muito bom, de verdade. Pega um tema relativamente batido - sessões de mediunidade - com uma aplicação inusitada e atual, o home-qualquer-coisa. Não costumo curtir muito filmes de assombração, espírito e etc, mas esse acerta em cheio. Utiliza mt bem os recursos de edição e um jump scare não enjoativo. A gente não sente a necessidade de saber muito sobre os personagens, quase parecem conhecidos. Zero por cento gore e ainda sim, satisfatoriamente incômodo! Considero uma grande obra de suspense, ainda que seja super simples. Parabéns ao elenco e equipe, proposta muito bem executada.
Acorrentados
3.4 293 Assista AgoraVoltado pra suspense com uma pitadinha de terror psicológico e um tanto de drama, ele bate lá no fundo da alma. Sério, acho impossível não se sentir perturbado pelo choque de backgrounds tão obscuros. Se você quer cenas fortes, tortura escancarada, esse filme não é tão servido, mas em termos de história não deixa a desejar! O roteiro já começa com uma situação tensa, dolorosa e bruta. Isso se repete em flashbacks. Acho legal que a abordagem inicial é de um serial killer osso-duro-de-roer, sem justificativas ou razões e depois o filme vai aprofundando o personagem sem necessariamente taxar de injustiçado. Somente humano.
É um pouquinho lento, mas vale a paciência. Existe um tom de quase neutralidade da câmera em muitos momentos que perturba justo por colocar a gente de fora do filme, como espectadores impotentes sobre a circunstância, vendo um cotidiano quase que absurdo. O plot twist do final é de partir o coração, arrepiei só de lembrar.
Remédio Amargo
2.8 266Nem suspense, nem terror. Considero o drama de um cara temperamental e frágil emocionalmente, que perde um parafuso quando a vida não dá o que ele quer. Poderia ser interessante pra discutir relacionamentos abusivos, mas não opta por essa pegada. Muito enrolado, meio chato e forçado em vários sentidos. A atuação do principal realmente é legal. Mas o papel de ser um merda não favorece ele, muito menos porque o resto do roteiro é relativamente ruim.
Pelo menos não teve furos.
O Colecionador de Corpos
3.3 765 Assista AgoraEsse sim é um filme de horror/terror! Com aquela pegada clássica: um serial killer sem rosto, sem identidade, sem história. Modus operandi extremamente instigante e perturbador. Quase como uma entidade sobrenatural, um bicho papão que vem cobrar nossos pecados - não importa quem ele é e sim o que faz. Ainda sim, não passa de um humano extremamente inteligente. O filme é bem servido no sangue, nas mortes - sem forçar a barra sobre a esperteza dos personagens. Se passa quase inteiro dentro da casa, sem que fique entediante.
O "protagonista" é a cereja do bolo: péssimo timing, a princípio nada a ver com nada. Longe de ser um bom moço, é um cara com princípios que se vê numa enrascada. Esse tá na minha lista do "vale a pena ver de novo", ao lado da saga Halloween.
Dia de Trabalho Mortal
3.1 309Puxado pra um terror psicológico, ataca bem naquele ponto "o lobo do homem é o homem". Pra quem curtiu "O Poço", tem uma pegada parecida. Nada surpreendente ou extraordinário, mas prende bem e cumpre a proposta. Algumas críticas sociais superficiais e um tanto quanto clichês que passam despercebidas pela tensão presente - achei ótimo. Sem muita palhaçada de "good cop" x "bad coop", objetivo e cirúrgico nas relações entre as pessoas. Se os personagens tivessem tido um pouco mais de profundidade, talvez eu curtisse mais.
Ainda sim, como eu comentei, é na pegada de "O Poço": menos sobre as pessoas envolvidas e mais sobre o contexto. Vale assistir e tirar as próprias conclusões
Romina
0.9 173 Assista AgoraVocê acha que não dá pra ser tão ruim? Mas dá. É uma perda de tempo até explicar a perda de tempo que foi esse filme.
A única coisa que valeu a pena foi ver
um pau cortado
Livrai-nos do Mal
2.8 1,0K Assista AgoraUma mistura equilibrada entre filme policial e terror gore. O personagem principal Sarchie não aproveita todo o potencial do ator que o interpreta (para entender veja Dirty John), mas isso passa despercebido pela terrível atuação de sua esposa em roteiro (Olivia Munn). Felizmente, ela tem pouco espaço em cena.
Se você pensa nesse filme como um enredo sobre exorcismo, todas as peças são bem encaixadas. O ritmo é bom, os plots são inteligentes e coerentes com a narrativa. Fora isso, os pequenos sustos têm qualidade, ainda que pouca explicação. O padre é um personagem interessante que perdeu a possibilidade de ser cativante. A opção do roteiro de narrar do ponto de vista do Sarchie mina um pouco do potencial desse personagem. A trama principal do filme é fechada muito bem, mas os "ramos" da história ficam um pouco em aberto demais, mesmo para uma franquia aguardando sequência.
Todo o envolvimento do Sarchie com sua família parece pointless. E falo em inglês porque "sem sentido" não é o termo ideal. É "sem ponto" mesmo, sem objetivo, sem utilidade. Parece que foi só pra fingir que o cara tinha alguma profundidade - sendo que a profundidade está numa outra camada dele, que em minha opinião foi bem aproveitada para um filme de terror.
Em resumo: é um bom filme, você provavelmente vai se divertir e interessar. 2.8 não faz jus ao conteúdo dele, mas não espere nenhuma obra prima.
Soul
4.3 1,4KO filme tem uma delicadeza tremenda. Não sou a maior fã das animações e dei pouco pela proposta em seus primeiros 30 minutos, acreditando que seria só mais um clichê lúdico sobre amizade e parceria. Ledo engano! Talvez o filme mais adulto da pixar que já vi.
O divino retratado no filme tem pouca importância senão para dar sentido à realidade que vemos na terra - bem como na cabeça das pessoas que criaram a mitologia, muito tempo atrás. Acredito que seja impossível não se encantar pela mensagem, ainda que previsível, transforma muito do que já aprendemos sobre carpe diem em "Sociedade dos Poetas Mortos". A ilustração das ansiedades, inclusive, se destacou muito pra mim.
Por mais que eu o considere um filme adulto - mesmo porque o personagem principal é um adulto e somos sutilmente apresentados durante todo o filme aos problemas típicos da casa dos 25~35 anos - acredito que, combando muito bem com Divertidamente (apesar de muito melhor que ele), Soul pode contribuir pra uma geração de crianças um pouco mais... Preparadas... Do que nós fomos.