Sei lá o que pensar desse filme. Quase parei de assistir nos primeiros 20 minutos. Depois, a história de Marie e Floriane vai tomando corpo e o filme começa a fugir do convencional.
Achei lindas as cenas do diálogo sobre o teto, inúmeras pessoas com a fotografia dele nos olhos, e a do pedido de Floriane, "faça isso e assim você me liberta".
Tirando isso, acho que as falas podiam ser mais exploradas, a fotografia também... Infelizmente faltou muita coisa pra ser chamado de um ótimo filme.
Parece que a estranha doença veio no momento exato para reunir os dois. Fico me perguntando: será que eles se interessariam um pelo outro sem toda a dor compartilhada do início? O Sr. e a Srª Babacas precisavam se conectar pelas fraquezas. E, depois, continuaram precisando um do outro por sentir toda a miséria em volta deles, tomando conta do planeta. Será que, no final, ela o teria perdoado se não fossem os sintomas pré perda de visão? É como se a história deles fosse apenas uma metonímia que se estendesse para todas os romances em volta. Todos começam por presenciar a dor do outro, a parte fracassada da alma, e são finalizados repletos de compaixão, perdão e compreensão. Nesse sentido, a gente se perde: será que a doença é o amor? Ou o amor é uma doença?
Como pode um filme ser tão sexy sem nenhuma cena de beijo ou sexo? Como pode uma mesma música, do início ao fim, provocar cada uma vez uma comoção diferente? Não gostei muito do final, mas continua sendo um grande filme, que me guiou num drama cotidiano de maneira sutil e densa.
Aquilo que as outras pessoas chamam de "um roteiro que se perdeu pelo meio do filme", eu chamo de um roteiro generoso e complexo. Eu me sentiria muito decepcionada se essa história ficasse apenas restrita à surdez dos dois. Não é isso que os define, assim como na vida real não é isso que define um surdo. Todo mundo tem história. Todo mundo tem passado. Todo mundo tem personalidade além dos cinco ou quatro sentidos. Não percebem?
O fato da Evy ter pais super protetores e do Nick ter sido abusado pelo pai é de uma generosidade enorme dentro do roteiro
. Eles são personagens complexos, as pessoas são assim por natureza. E eles são pessoas comuns. Têm direito a um amor clichê, que seja. Esses são os amores mais bonitos. Então, não assista pensando que o diferencial do filme é SÓ a realidade silenciosa do casal. O filme, ainda bem, não está preocupado demais em explorar isso. Está preocupado em mostrar quem eles são, já basta. Dois corpos e duas almas sendo perfeitamente fotografados, muito além da falta de som.
A parte que a vida dela era vazia e que essa é a lição principal eu já entendi. Mas alguém pode me explicar o que eram esses exames médicos que ela fazia? Ou essa doença que o cara que ela amava tinha? Ou ela não amava o cara doente? No final, dá a entender que ela acordou no meio da noite e tomou mais remédio, depois que viu o velho morto? Os créditos começaram a rodar e eu permaneci voando nessa história.
A entrevista feita com o Wim Wenders nos "Extras" do DVD foi melhor que o filme. Ele tem uma mente questionadora, inteligente. A proposta de "Medo e Obsessão" foi boa, mas a concretização, não. Talvez pelo curto tempo de produção ou pelo baixo custo, não sei, poderia ser um filmaço se o roteiro fosse mais aprofundado.
O filme é um completo (e complexo) jogo de histórias, consciências, passado-presente-futuro... Incrível, incrível, incrível!!! Pra quem conhece a história de Bob Dylan, é uma das obras mais poéticas feitas sobre ele. Pra quem ainda não conhece, recomendo que assista, antes, "No Direction Home". Em "I'm not there", aparecerão personagens reais com nomes fictícios, e só quem tem certa intimidade com a história do Robert vai associar aos artistas reais. Enfim, é um filme lindo demais, atípico e, principalmente, empolgante pra quem já está saturado dessas biografias óbvias!
Não gostei. É um filme válido, claro, patrimônio cinematográfico da Suécia e, além disso, uma obra bastante questionadora. O título foi muito bem escolhido: "Sou curiosa" busca desmentir as entrelinhas da sociedade da época. No entanto, acho que a exploração foi crua, básica: aliás, as partes com entrevistas contribuíram muito para essa sensação. Pego como exemplo o filme "As Pequenas Margaridas" (da Vera Chytilová), um filme lindo, perturbador, com uma fotografia incrível e que desmascara a República Tcheca. Em I Am Curious, não encontrei a poesia que eu esperava, embora, certas vezes, ela fosse até empurrada para as falas dos personagens. Não consegui/não quis terminar de assistir. Mas enfim, ainda tentarei assistir a versão Blue, quem sabe seja mais empolgante.
Ai, ai... Olhar pra carinha de criança do DiCaprio e saber que o Arthur era tão novo quanto ele e já tão futurístico, singular, gigante como um maremoto... Que foda.
Que surpresa boa foi esse filme. O amor e a tristeza de mãos dadas. A arte, as paixões e os mistérios da Ana, envolta num diálogo com a Idade Média de Isolda! A Letícia Sabatella é brilhante e formou um par viciante com o Wagner <3
Bastante atormentador enxergar o quanto há do Truman em cada um de nós. É preciso muita força mental, coragem interior, para descobrir o que realmente somos, o que realmente queremos. Toda a nossa vida, desde a primeira "câmera", somos influenciados por palavras, situações, pais, professores, maridos/esposas, estranhos na rua, traumas infantis. Será que o que somos hoje nasceu realmente de nós mesmos? Ou somos apenas um produto manipulado pelo meio? Como diz o próprio filme: Aceitamos a realidade do mundo no qual estamos presentes. Onde está nossa espontaneidade, nosso real instinto? As pessoas se tornam homogêneas ao longo da vida, por viverem no mesmo mundo? Ainda me assusto com a miséria, a mentira e a injustiça de um mundo que faço parte, espero que eu jamais me acostume a essa realidade. Que todos nós sejamos loucos o bastante para, como Truman, desacreditar, velejar para longe do que não nos satisfaz por inteiro. Não deem ouvidos ao desencorajamento, todos eles também já foram amputados de suas próprias pernas. E mesmo que não saibamos ao certo nosso destino, mesmo com o broche "Que fim terá?" fixado à camisa, existe algo além do horizonte pintado falsamente, algo que talvez seja mais duro, mais feio, quem sabe? Mas algo real, nossa verdadeira essência.
Bruxa Má do Leste, dança com sapatinhos vermelhos, o cachorro Toto, algum lugar além do arco-íris, estrada de pedras amarelas. Coração Selvagem (contraste de um leão covarde e de um homem de lata sem coração?). Linda releitura de O Mágico de Oz!
Sexo, Mentiras e Videotape
3.7 251 Assista AgoraO Graham ainda é um mistério pra mim. Que homem encantador é esse?
Abril Despedaçado
4.2 673Impecável. Poética e sensibilidade sobre o meu sertão ♥
Orações para Bobby
4.4 1,4KTodo mundo que é, foi ou será pai tem que assistir a esse filme um dia.
Lírios D'Água
3.1 157Sei lá o que pensar desse filme. Quase parei de assistir nos primeiros 20 minutos. Depois, a história de Marie e Floriane vai tomando corpo e o filme começa a fugir do convencional.
Achei lindas as cenas do diálogo sobre o teto, inúmeras pessoas com a fotografia dele nos olhos, e a do pedido de Floriane, "faça isso e assim você me liberta".
Sentidos do Amor
4.1 1,2KRestou-me uma reflexão sobre o sentido desse "apocalipse" no destino do casal.
Parece que a estranha doença veio no momento exato para reunir os dois. Fico me perguntando: será que eles se interessariam um pelo outro sem toda a dor compartilhada do início? O Sr. e a Srª Babacas precisavam se conectar pelas fraquezas. E, depois, continuaram precisando um do outro por sentir toda a miséria em volta deles, tomando conta do planeta. Será que, no final, ela o teria perdoado se não fossem os sintomas pré perda de visão? É como se a história deles fosse apenas uma metonímia que se estendesse para todas os romances em volta. Todos começam por presenciar a dor do outro, a parte fracassada da alma, e são finalizados repletos de compaixão, perdão e compreensão. Nesse sentido, a gente se perde: será que a doença é o amor? Ou o amor é uma doença?
Amor à Flor da Pele
4.3 497 Assista AgoraComo pode um filme ser tão sexy sem nenhuma cena de beijo ou sexo?
Como pode uma mesma música, do início ao fim, provocar cada uma vez uma comoção diferente?
Não gostei muito do final, mas continua sendo um grande filme, que me guiou num drama cotidiano de maneira sutil e densa.
Hounddog
3.9 188Dakota é mais legal que o próprio filme.
170 Hz
3.5 64Aquilo que as outras pessoas chamam de "um roteiro que se perdeu pelo meio do filme", eu chamo de um roteiro generoso e complexo.
Eu me sentiria muito decepcionada se essa história ficasse apenas restrita à surdez dos dois. Não é isso que os define, assim como na vida real não é isso que define um surdo. Todo mundo tem história. Todo mundo tem passado. Todo mundo tem personalidade além dos cinco ou quatro sentidos. Não percebem?
O fato da Evy ter pais super protetores e do Nick ter sido abusado pelo pai é de uma generosidade enorme dentro do roteiro
Então, não assista pensando que o diferencial do filme é SÓ a realidade silenciosa do casal. O filme, ainda bem, não está preocupado demais em explorar isso. Está preocupado em mostrar quem eles são, já basta. Dois corpos e duas almas sendo perfeitamente fotografados, muito além da falta de som.
Pulp Fiction: Tempo de Violência
4.4 3,7K Assista AgoraQUE FILME DO CARAAAALHO
Ladrões de Bicicleta
4.4 531 Assista AgoraCompletamente talentoso o garoto que fez o Bruno, que menino lindo!
Benny & Joon: Corações em Conflito
4.2 318 Assista AgoraFiquei realmente refletindo sobre a humilhação das uvas passas! hahaha que filme lindo.
Beleza Adormecida
2.4 1,2K Assista AgoraNão sei se o filme é tão inteligentemente incrível que eu não entendi, ou porque é mal explicado mesmo.
A parte que a vida dela era vazia e que essa é a lição principal eu já entendi. Mas alguém pode me explicar o que eram esses exames médicos que ela fazia? Ou essa doença que o cara que ela amava tinha? Ou ela não amava o cara doente? No final, dá a entender que ela acordou no meio da noite e tomou mais remédio, depois que viu o velho morto? Os créditos começaram a rodar e eu permaneci voando nessa história.
Reflexões de um Liquidificador
3.8 583 Assista Agora"O sentimento humano é uma hélice de dois gumes. Uma lâmina alisa a tua vaidade, a outra corta fundo o teu orgulho."
Meu Passado Me Condena: O Filme
2.9 708Previsível.
Medo e Obsessão
3.0 18 Assista AgoraA entrevista feita com o Wim Wenders nos "Extras" do DVD foi melhor que o filme. Ele tem uma mente questionadora, inteligente. A proposta de "Medo e Obsessão" foi boa, mas a concretização, não. Talvez pelo curto tempo de produção ou pelo baixo custo, não sei, poderia ser um filmaço se o roteiro fosse mais aprofundado.
Não Estou Lá
3.9 497 Assista AgoraO filme é um completo (e complexo) jogo de histórias, consciências, passado-presente-futuro... Incrível, incrível, incrível!!!
Pra quem conhece a história de Bob Dylan, é uma das obras mais poéticas feitas sobre ele. Pra quem ainda não conhece, recomendo que assista, antes, "No Direction Home". Em "I'm not there", aparecerão personagens reais com nomes fictícios, e só quem tem certa intimidade com a história do Robert vai associar aos artistas reais. Enfim, é um filme lindo demais, atípico e, principalmente, empolgante pra quem já está saturado dessas biografias óbvias!
I Am Curious (Yellow)
3.7 20Não gostei. É um filme válido, claro, patrimônio cinematográfico da Suécia e, além disso, uma obra bastante questionadora. O título foi muito bem escolhido: "Sou curiosa" busca desmentir as entrelinhas da sociedade da época. No entanto, acho que a exploração foi crua, básica: aliás, as partes com entrevistas contribuíram muito para essa sensação. Pego como exemplo o filme "As Pequenas Margaridas" (da Vera Chytilová), um filme lindo, perturbador, com uma fotografia incrível e que desmascara a República Tcheca. Em I Am Curious, não encontrei a poesia que eu esperava, embora, certas vezes, ela fosse até empurrada para as falas dos personagens. Não consegui/não quis terminar de assistir. Mas enfim, ainda tentarei assistir a versão Blue, quem sabe seja mais empolgante.
A Mulher e o Atirador de Facas
4.1 57Que diálogos sensíveis ♥
Eclipse de uma Paixão
3.6 221 Assista AgoraAi, ai... Olhar pra carinha de criança do DiCaprio e saber que o Arthur era tão novo quanto ele e já tão futurístico, singular, gigante como um maremoto... Que foda.
Romance
4.0 573Que surpresa boa foi esse filme. O amor e a tristeza de mãos dadas. A arte, as paixões e os mistérios da Ana, envolta num diálogo com a Idade Média de Isolda! A Letícia Sabatella é brilhante e formou um par viciante com o Wagner <3
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraAquele momento em que você se segura no braço da poltrona e prende a respiração, com medo de cair no espaço infinito.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraBastante atormentador enxergar o quanto há do Truman em cada um de nós. É preciso muita força mental, coragem interior, para descobrir o que realmente somos, o que realmente queremos.
Toda a nossa vida, desde a primeira "câmera", somos influenciados por palavras, situações, pais, professores, maridos/esposas, estranhos na rua, traumas infantis. Será que o que somos hoje nasceu realmente de nós mesmos? Ou somos apenas um produto manipulado pelo meio? Como diz o próprio filme: Aceitamos a realidade do mundo no qual estamos presentes. Onde está nossa espontaneidade, nosso real instinto? As pessoas se tornam homogêneas ao longo da vida, por viverem no mesmo mundo? Ainda me assusto com a miséria, a mentira e a injustiça de um mundo que faço parte, espero que eu jamais me acostume a essa realidade. Que todos nós sejamos loucos o bastante para, como Truman, desacreditar, velejar para longe do que não nos satisfaz por inteiro. Não deem ouvidos ao desencorajamento, todos eles também já foram amputados de suas próprias pernas. E mesmo que não saibamos ao certo nosso destino, mesmo com o broche "Que fim terá?" fixado à camisa, existe algo além do horizonte pintado falsamente, algo que talvez seja mais duro, mais feio, quem sabe? Mas algo real, nossa verdadeira essência.
Coração Selvagem
3.7 340 Assista AgoraBruxa Má do Leste, dança com sapatinhos vermelhos, o cachorro Toto, algum lugar além do arco-íris, estrada de pedras amarelas. Coração Selvagem (contraste de um leão covarde e de um homem de lata sem coração?). Linda releitura de O Mágico de Oz!
O Primeiro Amor
4.1 1,3K Assista AgoraDelicado, sensível, sublime nos detalhes. Simples, sim, mas daquela simplicidade como último grau de sofisticação.