Maria Paula Guimarães

Filme incrível e um dos meus favoritos do Tarantino! A sequência do bar foi uma aula de direção.
Uma curiosidade: a cena inicial, apesar do Tarantino nunca ter declarado se inspirar em uma história real para ela, é igual ao relato de uma sobrevivente de um campo de concentração. Ela conta essa história no livro “os últimos meses de anne frank”, algo assim. Quando li, fiquei surpresa e achando que o filme havia se baseado nela, porque o relato e o contexto é idêntico à cena.

Gostei da atuação da Margot mas a sexualização da Arlequina ficou cansativa, uó. A trilha sonora é boa. O coringa dá vergonha.

Não sou do universo de HQs mas valeu completamente dar uma chance à esse filme. E agora estou mais inclinada a conhecer mais...

Ponto positivo para a fotografia, sensacional.

Tem um livro que se chama "If it's purple someone's gonna die" que fala sobre os efeitos das paletas de cores usadas no filme. O link mostra a paleta usada na maior parte das cenas. De fato a fotografia pode entregar muito do que vai acontecer.

A atuação de Joaquim Phoenix foi digna de oscar. É clara a transformação do personagem ao longo do filme. Tinha o preconceito de que seria apresentada à um universo com personagens completamente maniqueístas (não sei quanto aos demais) e tive uma surpresa muito boa. É impossível não se sentir cativada ao conhecer a história do Arthur e ver que o Coringa é o resultado sobretudo do ambiente em uma pessoa mentalmente doente. Ou como o ambiente o levou a adoecer.

Gostei do roteiro. Bem modesto, sem pontas soltas e com umas referências legais.

No geral, a atmosfera do filme é bem tensa e as cenas de violenta são bem pesadas. Me perguntei se deveria haver alerta de gatilho para o filme (além da censura de faixa etária).