Pra mim o filme passa muitas mensagens importantes, como o acobertamento de um estupro por todas as partes envolvidas, a amenização do crime com as mesmas desculpas de sempre: a roupa da mulher, ela estava bêbada, éramos crianças... Mas acredito que a principal mensagem fica clara desde a primeira cena: até o cara “””bonzinho”” é um possível estuprador! Desde o cara da primeira cena, interpretado por um ator conhecido pelos papéis de bom moço, até o principal: o namorado! A paixão de Cassie, aquele que era “diferente” e fez ela ver os homens (sua vingança) de outra forma... Não existe estereótipo pra estuprador, assim como não existe vítima “que pediu por isso”. Não existe! Infelizmente aquela máxima de “Todo homem é um possível estuprador” se faz clara aqui.
O assassinato de Cassie no final foi chocante! Misto de sentimento de derrota, com raiva, com confusão. Mas foi perfeito, novamente. Ali vemos o filme em sua forma mais brutalmente real, escancarando o feminicídio que vemos todos os dias em notícias no jornal. Quando a vi entrando sozinha em uma cabana cheia de homens bêbados pensei o mesmo que toda mulher em uma situação dessa: MEDO! Não estava entendendo como ela iria executar sua vingança e conseguir sair dali. Mas ela não iria, e sabia disso.
Por fim, dou nota 5! Pelo tema, pela atuação de Carey, pela trilha sonora, figurino... Pelo enredo inesperado, que uma hora te faz acreditar que é um filme sobre uma mulher se vingando dos caras nas boates, outra hora mostra uma vingança mais profunda e pensada, depois quase se torna um filme de amor, e por fim surpreende a todos com um choque de realidade e um gostinho de vingança genuína. Mas principalmente pela mensagem que passa, provada efetiva por tantos comentários masculinos negativos aqui.
Termino com um dos diálogos mais marcantes e verdadeiros:
- I mean, it's every guy's worst nightmare, getting accused like that.
- Can you guess what every woman's worse nightmare is?
Um Capitão Fantástico mais real e mais sombrio. Achei que fosse melhor, não consegui superar o fato deles romantizarem uma relação abusiva, sendo pais ou não, não tem como romantizar isso e amenizar tudo que fizeram e o impacto na vida dos filhos.
Muito legal a Jeannette perdoar ele, afinal era pai dela, mas não gostei do desfecho, como se do nada tudo que ele fez de errado fosse resolvido por algumas boas lembranças.
Pra mim o livro de Edward foi uma forma de contar à Susan como ela o fez sentir com a traição, a humilhação, o aborto e o divórcio e Susan captou a mensagem desde o começo, inconscientemente. Um exemplo é ela ter imaginado Tony como Edward e sua esposa e filha parecidas fisicamente com ela mesma e sua filha(não posso deixar de aplaudir a escolha da Isla Fisher pra esse papel, sempre achei as duas muito parecidas). No livro, Susan é a esposa que morre assim como é o seu assassino, pois ao mesmo tempo em que era a esposa amada também foi ela que 'se matou' para Edward, tirando a sua família de forma brutal(divórcio, traição, aborto). Acredito que a cena em que ela vê Ray no celular enquanto vê na verdade a filha de sua colega de trabalho demonstra sua culpa em ter "matado" a filha ao fazer o aborto. Tony era Edward antes da separação, impotente, desesperado, sem conseguir superar a morte da esposa e da filha. Bobby era o seu outro lado, era a parte dele que desejava vingança, que não aceitava o que aconteceu e não deixaria ficar por isso mesmo. No fim, assim como no livro, quando Edward mata o assassino de sua família(supera Susan), ele, como era antes, também morre e renasce de uma forma mais 'dura'. Susan depois de ler o livro se sente culpada por tudo o que fez e arrependida pois colhe hoje a amargura do que plantou, com o marido a traindo e levando uma vida vazia. Ao decidir se encontrar com Edward ela têm a esperança de se redimir mas ele nunca aparece no restaurante, e como em uma doce vingança, Susan percebe tarde demais a sua intenção. Quando já estava ali cheia de esperança do reencontro é que ela se dá conta de que ele não vai, porque tudo o que ele tinha pra dizer ele já disse em um livro que continha tudo o que ela criticava nele como escritor.
Um filmaço! Jake e Amy foram como sempre maravilhosos, sou muito fã!! Mas Aaron realmente mereceu um globo de ouro, me surpreendeu demais.
Na primeira cena da música ao redor da fogueira eu já sabia que ia amar esse filme! Que história linda, que traz questionamentos e reflexões muito importantes, questionando nosso modo de viver mas também questionando o outro extremo. A história foi muito bem levada, os atores são ótimos, carismáticos e lindos(que beleza diferente a de cada um deles!) as paisagens são de tirar o fôlego e a trilha sonora é o ponto chave dessa obra fantástica, que parece nos levar pra viver com eles desse jeito leve e natural.
Chorei muito quando achei que ele ia ter que ficar longe das crianças, ele olhando pro ônibus vazio e ele silenciosamente se questionando se a forma com que ele criou as crianças era realmente apropriada. No final o desfecho foi bem melhor do que eu poderia imaginar, eles conseguiram uma vida no meio dos dois mundos e Bo decide seguir um caminho diferente da vida que ele sonhava sendo um jovem normal pra poder conhecer mais sobre o mundo e a vida e ajudar de alguma forma. A cena do enterro da mãe deles foi simplesmente maravilhosa! O discurso do Ben "My face is mine, my hands are mine, my mouth is mine but I'm not. I'm yours." foi lindo demais!! E eles cantando Sweet Child of Mine? Que vozes lindas! A música ganhou outro signifcado pra mim(só eu vou procurar a versão deles?).
Amei o filme por completo, se tornou um dos meus favoritos!
Depois de comentários aqui consegui encaixar melhor as peças e acho que ficou claro que o filme todo é uma alucinação de Henry nos instantes em que ele está entre a vida e a morte. Durante toda a história vemos flashes de cenas que realmente aconteceram com o Henry, como a cena do carro, cenas dele com a namorada etc que eram lembranças verdadeiras do meio da história irreal que ele criou. O nome do filme e algumas frases ao longo dele nos dão a entender que ele está nesse meio entre a vida e a morte, angustiado sabendo que vai morrer(na história ele tem certeza que vai morrer e vai pro inferno) e ao mesmo tempo ouvindo e sentido as coisas que acontecem ao seu redor(as vozes que ele disse que ouvia). Ele pegou fragmentos do que ele viu na cena do acidente e criou aquela história, que se percebemos, tem todos os detalhes da cena real mas de uma forma exagerada ou um pouco diferente para se encaixar no enredo do seu "sonho". Acredito que as vezes ele se confunde com Sam em sua história, por exemplo: 1) Vemos cenas em que eles trocam de lugar toda hora; 2) O médico está prestes a propor a namorada e guarda o anel mas não propõe; 3) Os pais dele chamam Sam de filho 4) Na cena em que Sam vai atrás de Athena e ele a perde e depois perde o anel é como se sentia Henry no momento do acidente quando ele ouve Sam dizer que estão todos mortos(a perde) e depois o anel cai de sua carteira e bate no chão(perde o anel) 5) Logo no começo da história quando Sam acorda e diz que não dormiu pelo barulho do bebê do vizinho e na verdade é a razão pela qual Henry não desmaiou/se desligou que era o barulho do bebê chorando em um carro que o manteve alerta E etc mas ainda não entendi porquê, talvez seja como se às vezes na história ele fantasiasse Sam como um outro lado de si mesmo, o lado que quer se salvar(associando ao médico que realmente tentava lhe salvar) e ele mesmo seria o outro lado, o que quer morrer porque se sente culpado por ter matado todos que ele amava.
Não achei desnecessariamente complicado e nem fraco ou mal executado. As atuações foram ótimas(Ryan sempre incrível) e o roteiro e direção foram maravilhosos! Não é aqueeela obra de arte do cinema, mas é genial sim.
Gostei muito do filme e ao contrário da maioria não achei triste! Pra mim não foi um filme daqueles que depois de assistir você precisa se recompor, que te deixa mal de verdade. Apesar do final inesperado eu ri bastante no decorrer da história. Gostei do não-clichê, da amizade simples, da forma divertida do personagem encarar o mundo(as cenas do alce e do esquilo são demais), da surpresa de ver que não só ele a ajudou no processo difícil da doença, mas principalmente foi ela quem o ajudou a encarar a vida e a si mesmo de outra forma. Chorei? Sim! Mas não fiquei triste.
Entendi como recado que apesar de ser horrível perder alguém que se gosta é importante saber que tudo que essa pessoa foi fica pra sempre. Rachel fez de Greg alguém melhor e é como disse o professor dele: a vida da pessoa continua a se desdobrar, então de certa forma Greg estava certo, Rachel não morre no fim da história.
Divertidíssimo, personagens caricatos, uma história principal leve, mas bem dosada e aproveitada. Não sei o que tantos criticam, pode não ser o melhor de Almodóvar, mas ainda é a cara dele claramente. Com toda sua genialidade, pitadas ácidas, bons(e conhecidos) atores e bom humor. Eu amei! Diferente e ainda assim muito bom!
É um filme lindo, muitas vezes incompreendido por ser longo demais e ao mesmo tempo mostrar detalhes de menos. Por cenas explícitas, por um final que foge ao clichê. Pra mim é uma das histórias de amor mais bonitas e reais que já assisti, é acima de tudo um filme sobre Adéle, com closes intimistas que nos levam a viver tudo junto com ela. Seu amadurecimento, sua descoberta do amor, de si mesma. Independente de ser ou não uma história com um relacionamento homossexual, é uma história de um relacionamento. Sobre o encantamento, o desejo, o ciúmes, o erro e o fim. É bonito ver as duas se apaixonando, é lindo ver Adéle se permitir ser quem ela é, se revelar.
É um filme longo, mas que vale cada minuto. Acho inclusive que faltaram alguns detalhes como por exemplo a reação dos amigos e pais de Adéle quando ela foi morar com Emma etc. O tempo da história passou de forma tão sutil que senti que tudo acabou rápido demais, deixando aquela tristeza pra quem torcia pro casal. Mas apesar disso, gostei do final realista.
As atrizes se entregam de corpo e alma com uma coragem e uma conexão indescritível que reforça a afeição do espectador com o casal. São duas revelações, com certeza!
Sobre o uso da cor azul ainda não consegui captar por completo, mas entendi que é a cor de Adéle e não de Emma. Desde o começo a cor está presente em todo o seu redor e quando conhece Emma, com os cabelos e olhos azuis, é quando a cor se intensifica em sua vida, quando a própria Adéle é intensificada, é ela mesma, livre. E quando Emma pinta o cabelo o azul se esvai não só dali, demonstrando também um enfraquecimento no relacionamento, devido à rotina, ao ciúmes ou o que seja, o que por sua vez "enfraquece" Adéle e a leva à traição. No fim, vemos que o azul continua com Adéle, que agora já se encontrou por completo mesmo em meio à saudade de Emma, que por sua vez já quase não usa azul, deixando a cor para os quadros e as lembranças de Adéle e seu amor.
É um filme que vale a pena, uma obra de arte, sensível e forte sobre o amor e suas descobertas.
Achei incrível eles terem feito um filme que explica algo tão importante de maneira mais acessível. Gostei do formato, das explicações e, apesar de ter que assistir parando e voltando, entendi bem e fiquei bem assustada com tudo, mas principalmente com o texto final e os últimos investimentos de Michael Burry. Pra quem não assistiu porque é um filme rápido e complicado: insista! Vale a pena!
Mais uma maravilha de filme dos anos 80! Com todas as confusões, todo o amor e suas complicações e toda as grandes amizades e bons tempos. Um filme sobre a dificuldade de crescer e os conflitos da realidade pós formatura, mas principalmente sobre amizade.
Footloose é como a música: contagiante! Toda a trilha sonora é incrível, principalmente as cenas de dança, dá vontade de entrar no filme e dançar com eles. Tem toda a rebeldia e alegria dos anos 80 que te fazem querer voltar no tempo e viver essa época maravilhosa.
Brooklyn foi tudo o que eu esperava e mais um pouco. Não é apenas romance ou drama, mas é acima de tudo, uma história sobre adaptação e crescimento, sobre aquele medo, euforia e aprendizado de abandonar a zona de conforto do lugar onde nasceu. É uma história muito bem contada e interpretada(especialmente por Saoirse Ronan, que tem sido uma atriz excelente) e com lindos cenários e figurinos. Amei acompanhar o crescimento de Ellis e o dilema tão comum entre o novo e o antigo, o confortável e o desafiador. As cenas são lindas, assim como a trilha sonora e a fotografia.
Por fim, a melhor fala e lição do filme: "You’ll feel so homesick that you’ll want to die, and there’s nothing you can do about it apart from endure it. But you will, and it won’t kill you. And one day, the sun will come out you might not even notice straight away—it’ll be that faint. And then you’ll catch yourself thinking about something or someone who has no connection with the past. Someone who’s only yours.And you’ll realize that this is where your life is."
Acho que o mais impactante do filme é o fato de ser uma história real. Um homem, sozinho, teve a coragem de se libertar de tudo que lhe foi imposto durante a vida junto com todas as tecnologias e comodidades para se achar, redescobrir, viver da forma que ele achava melhor e mais verdadeira.
O triste é que isso que não bastou. Ele não tinha conhecimento suficiente da vida selvagem, não tinha recursos o suficiente para tal aventura e no fim, morreu sem poder contar ao mundo os detalhes dessa experiência extraordinária.
Mas pra mim está aí toda a beleza do filme. Se fosse só mais uma ficção, seria um roteiro quase banal salvo pela fotografia e trilha sonora maravilhosa. Mas é real e deixa um recado bonito sobre aproveitar a jornada, ir atrás do que se acredita e apreciar a companhia, o lugar e o momento. Chris foi um vencedor, apesar de tudo, por sua coragem e força de vontade e nos deixa essa história linda para pensar.
Ainda to extasiada por esse filme! Que obra prima! Que arte incrível que Dolan apresenta aqui, com um tema tão delicado e tão bem retratado, bem abordado. No começo me irritei com o tamanho da tela, mas no meio do filme percebi que era mais um toque de inteligência e sutileza, que mudava de acordo com as cenas. Pelo que entendi, nas cenas em que os personagens (acredito que principalmente Steve e Die) se sentem felizes e fora da rotina difícil que enfrentam, a tela se expande assim como, momentaneamente, o mundo deles e quando voltam à realidade a tela volta a ser menor, assim como o mundo deles, tão pequeno, íntimo e difícil. A história é muito bonita e, tristemente, muito real. A relação entre Die e Steve é conturbada, realista e ao mesmo tempo intensa, deixando claro o amor pleno tão abalado pela realidade e circunstâncias. Os atores foram maravilhosos! Anne Dorval e Antoine Pilon formaram uma dupla incrível, e junto com Suzanne Clément nos apresentaram personagens fortes, profundos e muito bem trabalhados. A trilha sonora é perfeita! Músicas atuais e maravilhosas que se encaixaram perfeitamente nas cenas, transformando até as mais usuais em momentos lindos. Destaque para o uso de Wonderwall completa, com um timing perfeito desde a expansão da tela até sua volta ao normal e para Born To Die no final, que não poderia ter sido melhor. Mommy foi uma bela surpresa, e acredito que seja um dos melhores filmes atuais. Depois dele, posso dizer que Dolan acaba de ganhar uma fã.
Que ótima surpresa esse filme! Fui assistir esperando uma comédia estilo Os Estagiários e me deparei com uma comédia dramática(?) e fofa sobre problemas comuns como carreiraXfamília ou envelhecer em meio a mudanças tão rápidas, tudo tratado de forma leve e com uma visão moderna e muito bem construída. Os personagens são muito bem feitos, me apeguei à todos e amei as cenas de comédia com os "guys". De Niro e Anne tiveram atuações excelentes como já era de se esperar, mas me surpreendeu como formaram uma boa dupla. Gostei do tema, da abordagem, das críticas, da comédia genuína sem apelação e da dosagem certa de drama. Só senti falta de um foco maior no Ben e na vida dele no trabalho, história anterior etc, mas no fim, é um filme muito bom e que vale a pena assistir.
Adoro os filmes de adolescente dos anos 80, principalmente porque parece que não existem mais filmes de adolescentes que sejam assim hoje em dia, simples, bonitos, românticos e marcantes. Amei Digam o que quiserem! Amei a trilha sonora, os diálogos, os atores e os personagens! Como não amar Lloyd? A história é simples mas fofa, mostra aqueles clichês de romance adolescente que todos amamos, sendo ao mesmo tempo, único. No fim fiquei com vontade de ver mais e com aquela incrível sensação nostálgica que os filmes maravilhosos dos anos 80 nos dão.
Que filme divertido! Não de fato engraçado, mas divertido e com uma história bonita, emocionante! Começa meio parado, mas aos poucos me apeguei à trama. Amei as referências ao Brasil o tempo todo(é bom ver o país representado em filmes estrangeiros por motivos legais como a música ou a alegria) e a sutileza com que mostram a situação dos imigrantes. Gosto muito da naturalidade dos filmes franceses, mas em alguns, as cenas naturais ficam monótonas, só que em Samba não achei isso. Gostei principalmente das cenas de conversa normal entre os personagens, como a dos brindes na festa. Tudo muito natural, sem diálogos muito elaborados mas nem por isso ruins, deixando tudo bem real sem ficar monótono. A trilha sonora é muito boa, com músicas brasileiras que traduzem toda a leveza do filme, e as atuações também excelentes, com destaque para Omar Sy e seu carisma que já conhecemos desde Intocáveis e para Tahar Rahim com seu personagem Wilson, que brilhou tanto quanto Samba. É um filme que não tem nada "demais", mas é uma boa escolha para se divertir e ver uma história legal.
Verdadeiramente nosso Romeu e Julieta brasileiro, com um toque de crítica social muito importante e bem desenvolvido(o depoimento final do Thiago Martins é impactante) e atuações excelentes. Destaque para a direção maravilhosa e os diálogos marcantes e cheios de detalhe.
"Minha mãe sempre disse que rico é rico e pobre é pobre e cada um vive pro seu lado. Mas toda vez que eu via ela... eu esquecia disso."
Amo filmes que contam uma história real, ainda mais uma tão linda como essa. Não é uma superprodução, mas é a prova de que filmes mais "simples" também têm o seu valor. Por mais incentivo à educação! Filme encantador!
Surpreendente! Quem lê a sinopse não imagina como o filme é lindo, tocante, sutil e sensível. Admiro filmes com histórias originais e os comentários aqui me acordaram pra verdadeira beleza do filme e da história: as metáforas!
Jéssica foi a revolução nas regras tão antigas e opressoras entre patrão e funcionário, dono da casa e empregado. Sua chegada mudou os pontos de vista, literalmente: antes víamos tudo do ponto de vista da Val, víamos apenas as partes da casa em que ela era “permitida”, víamos a sala de jantar a partir da cozinha, a piscina pelo lado de fora, os quartos a partir do corredor. Depois que Jéssica chegou passamos a ver na tela inteira a sala de jantar, os quartos, a piscina por dentro e os papéis serem invertidos:
O mergulho da Jéssica na piscina foi o mergulho da personagem em um mundo em que, pelas regras, ela não pertencia. E o resultado foi imediato: incomodou! Mudou o comportamento da patroa em relação a ela, deixou que as máscaras da boa educação caíssem, a revelando, pelo ponto de vista dos patrões, como um verdadeiro “rato na piscina” na qual ela não pertencia. E diante de toda a revolução imposta por uma pessoa que deveria estar cumprindo seu papel de oprimida, foi logo exigido que as antigas regras fossem restauradas para não abalar esse sistema que sempre funcionou tão bem para os opressores, a personagem da Bárbara foi bem clara: “Que ela fique da porta da cozinha para lá. ” A cena da Val entrando na piscina foi outra cena épica! Foi o outro lado do resultado dessa revolução e o início de uma nova fase para a personagem que, no fim do filme, quando pede demissão e leva junto com ela o presente que a antiga patroa não valorizou, demonstra a consequência definitiva de todo o pensamento e a atitude revolucionários e atuais da Jéssica: a antiga oprimida, se liberta de tudo que foi imposto a ela e à sua classe durante anos e decide lutar por ela mesma, deixando, pela primeira vez, sua própria vida e família em primeiro plano.
Quanto as falas que dão nome ao filme, achei sensacional! Quando, no começo, Fabinho pergunta a Val que horas a mãe dele volta e o contraste de quando Jéssica conta à mãe que perguntava sempre pra quem a criou que horas a mãe voltaria, nos mostra claramente o ponto de vista que o filme pretende apresentar, onde uma mulher deixa sua casa e seus filhos para cuidar da casa e dos filhos dos outros e não são reconhecidas por isso ou valorizadas o suficiente. Por fim, Jéssica representa o pensamento atual de uma nova geração e um novo país, que já não toleram as antigas regras impostas à séculos pela sociedade, e prova que o vale mesmo não é o dinheiro, e sim o conhecimento, a educação
(destaque para o espanto da família quanto ao conhecimento da menina e quando ela passa no vestibular, e o menino de família rica, não)
e a curiosidade e interesse por assuntos que realmente importam. O filme é uma obra prima! Impecável, com uma crítica sutil, bem-feita e eficaz através de diálogos muito bem escritos e cenas muito bem pensadas e executadas. Regina Casé sem dúvida alguma deu um show de interpretação junto com a Camila que foi uma grande revelação. Mesmo se o telespectador não prestar atenção à crítica que traz, o filme em si tem uma trama maravilhosa, que nos prende desde o começo e nos leva a ter uma grande afeição pela Val e sua história. É engraçado, divertido, comovente e tem um comprometimento incrível com a realidade, inclusive os trejeitos e falas das personagens. Merecedor de um oscar, com certeza, mas já que não depende do público, ao menos 5 estrelas aqui ele merece! Filmaço!
Mr.Boldwood é a sofisticação, a delicadeza e a segurança de uma vida em alta sociedade. Srgt.Troy é a paixão, a ousadia e o desejo da juventude. Mr.Oak é o amor! É o carinho, a simplicidade, a cumplicidade, sem deixar de ter a paixão ardente, a delicadeza ou a segurança.
Desde o começo torci pelo Mr.Oak e muitas vezes tive raiva da Batsheba por não o reconhecer ou valorizar, e pelas ações um pouco impetuosas dela. Já o Troy odiei desde o começo. Apesar de apaixonado de verdade pela Fanny, era metido, arrogante e prepotente, provando mais uma vez algumas das péssimas escolhas da Srta.Everdene. Mr.Boldwood é amigável, dá uma certa pena dele pelo amor não correspondido, achei que ele merecia um final mais digno.
O filme em si é de uma beleza e delicadeza que eu admiro, com uma história bonita e atuações muito boas. Mas a fotografia é sem dúvida alguma o ponto alto de toda a produção! Impecável, maravilhosa e de extrema importância pra nos transportar à época. Ao contrário do que alguns acharam, penso que o filme poderia ter uma duração maior, que permitiria desenvolver mais alguns dos personagens. Ao todo, a obra me encantou e não deixou a desejar em nenhum momento. Destaque para a cena final perfeita!!! Fechando com chave de ouro o romance! Por fim, uma das melhores falas do filme, que define a confusão e independência da personagem principal: "É difícil para uma mulher definir seus sentimentos numa língua feita por homens para expressar o deles."
Filme lindo, simples, sensível e real. Como sempre, Leonardo DiCaprio se doou de corpo e alma pra um personagem e o resultado foi a sua melhor atuação, simplesmente perfeita, dominando todo o filme! Johnny Depp também foi incrível, me fez lembrar que, como já disseram aqui, também sinto falta desses papéis mais normais dele, às vezes tanta fantasia ofusca o quão ele é um ator maravilhoso.
Achei a crítica do filme interessante, mas não achei as histórias bem desenvolvidas. No fim eu fiquei esperando mais e pra mim a atuação do Adam Sandler não convenceu. Dei nota 3 mais pela idéia do filme e pela reflexão que gera ao telespectador.
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraComo ja comentaram aqui: o filme foi cirúrgico!!
Recomendo que assistam sem ler sinopse ou ver o trailer e se surpreendam, como eu fiz.
Pra mim o filme passa muitas mensagens importantes, como o acobertamento de um estupro por todas as partes envolvidas, a amenização do crime com as mesmas desculpas de sempre: a roupa da mulher, ela estava bêbada, éramos crianças...
Mas acredito que a principal mensagem fica clara desde a primeira cena: até o cara “””bonzinho”” é um possível estuprador!
Desde o cara da primeira cena, interpretado por um ator conhecido pelos papéis de bom moço, até o principal: o namorado! A paixão de Cassie, aquele que era “diferente” e fez ela ver os homens (sua vingança) de outra forma... Não existe estereótipo pra estuprador, assim como não existe vítima “que pediu por isso”. Não existe! Infelizmente aquela máxima de “Todo homem é um possível estuprador” se faz clara aqui.
O assassinato de Cassie no final foi chocante! Misto de sentimento de derrota, com raiva, com confusão. Mas foi perfeito, novamente. Ali vemos o filme em sua forma mais brutalmente real, escancarando o feminicídio que vemos todos os dias em notícias no jornal.
Quando a vi entrando sozinha em uma cabana cheia de homens bêbados pensei o mesmo que toda mulher em uma situação dessa: MEDO!
Não estava entendendo como ela iria executar sua vingança e conseguir sair dali. Mas ela não iria, e sabia disso.
Por fim, dou nota 5! Pelo tema, pela atuação de Carey, pela trilha sonora, figurino... Pelo enredo inesperado, que uma hora te faz acreditar que é um filme sobre uma mulher se vingando dos caras nas boates, outra hora mostra uma vingança mais profunda e pensada, depois quase se torna um filme de amor, e por fim surpreende a todos com um choque de realidade e um gostinho de vingança genuína.
Mas principalmente pela mensagem que passa, provada efetiva por tantos comentários masculinos negativos aqui.
Termino com um dos diálogos mais marcantes e verdadeiros:
- I mean, it's every guy's worst nightmare, getting accused like that.
- Can you guess what every woman's worse nightmare is?
O Castelo de Vidro
3.8 269 Assista AgoraUm Capitão Fantástico mais real e mais sombrio. Achei que fosse melhor, não consegui superar o fato deles romantizarem uma relação abusiva, sendo pais ou não, não tem como romantizar isso e amenizar tudo que fizeram e o impacto na vida dos filhos.
Muito legal a Jeannette perdoar ele, afinal era pai dela, mas não gostei do desfecho, como se do nada tudo que ele fez de errado fosse resolvido por algumas boas lembranças.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraQue filme!! Cheio de metáforas incríveis, dando espaço pra várias interpretações!
Pra mim o livro de Edward foi uma forma de contar à Susan como ela o fez sentir com a traição, a humilhação, o aborto e o divórcio e Susan captou a mensagem desde o começo, inconscientemente.
Um exemplo é ela ter imaginado Tony como Edward e sua esposa e filha parecidas fisicamente com ela mesma e sua filha(não posso deixar de aplaudir a escolha da Isla Fisher pra esse papel, sempre achei as duas muito parecidas). No livro, Susan é a esposa que morre assim como é o seu assassino, pois ao mesmo tempo em que era a esposa amada também foi ela que 'se matou' para Edward, tirando a sua família de forma brutal(divórcio, traição, aborto). Acredito que a cena em que ela vê Ray no celular enquanto vê na verdade a filha de sua colega de trabalho demonstra sua culpa em ter "matado" a filha ao fazer o aborto.
Tony era Edward antes da separação, impotente, desesperado, sem conseguir superar a morte da esposa e da filha. Bobby era o seu outro lado, era a parte dele que desejava vingança, que não aceitava o que aconteceu e não deixaria ficar por isso mesmo.
No fim, assim como no livro, quando Edward mata o assassino de sua família(supera Susan), ele, como era antes, também morre e renasce de uma forma mais 'dura'.
Susan depois de ler o livro se sente culpada por tudo o que fez e arrependida pois colhe hoje a amargura do que plantou, com o marido a traindo e levando uma vida vazia. Ao decidir se encontrar com Edward ela têm a esperança de se redimir mas ele nunca aparece no restaurante, e como em uma doce vingança, Susan percebe tarde demais a sua intenção. Quando já estava ali cheia de esperança do reencontro é que ela se dá conta de que ele não vai, porque tudo o que ele tinha pra dizer ele já disse em um livro que continha tudo o que ela criticava nele como escritor.
Um filmaço! Jake e Amy foram como sempre maravilhosos, sou muito fã!! Mas Aaron realmente mereceu um globo de ouro, me surpreendeu demais.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraNa primeira cena da música ao redor da fogueira eu já sabia que ia amar esse filme! Que história linda, que traz questionamentos e reflexões muito importantes, questionando nosso modo de viver mas também questionando o outro extremo.
A história foi muito bem levada, os atores são ótimos, carismáticos e lindos(que beleza diferente a de cada um deles!) as paisagens são de tirar o fôlego e a trilha sonora é o ponto chave dessa obra fantástica, que parece nos levar pra viver com eles desse jeito leve e natural.
Chorei muito quando achei que ele ia ter que ficar longe das crianças, ele olhando pro ônibus vazio e ele silenciosamente se questionando se a forma com que ele criou as crianças era realmente apropriada.
No final o desfecho foi bem melhor do que eu poderia imaginar, eles conseguiram uma vida no meio dos dois mundos e Bo decide seguir um caminho diferente da vida que ele sonhava sendo um jovem normal pra poder conhecer mais sobre o mundo e a vida e ajudar de alguma forma.
A cena do enterro da mãe deles foi simplesmente maravilhosa! O discurso do Ben "My face is mine, my hands are mine, my mouth is mine but I'm not. I'm yours." foi lindo demais!! E eles cantando Sweet Child of Mine? Que vozes lindas! A música ganhou outro signifcado pra mim(só eu vou procurar a versão deles?).
Amei o filme por completo, se tornou um dos meus favoritos!
A Passagem
3.5 421 Assista AgoraAchei o filme genial!
Depois de comentários aqui consegui encaixar melhor as peças e acho que ficou claro que o filme todo é uma alucinação de Henry nos instantes em que ele está entre a vida e a morte. Durante toda a história vemos flashes de cenas que realmente aconteceram com o Henry, como a cena do carro, cenas dele com a namorada etc que eram lembranças verdadeiras do meio da história irreal que ele criou.
O nome do filme e algumas frases ao longo dele nos dão a entender que ele está nesse meio entre a vida e a morte, angustiado sabendo que vai morrer(na história ele tem certeza que vai morrer e vai pro inferno) e ao mesmo tempo ouvindo e sentido as coisas que acontecem ao seu redor(as vozes que ele disse que ouvia).
Ele pegou fragmentos do que ele viu na cena do acidente e criou aquela história, que se percebemos, tem todos os detalhes da cena real mas de uma forma exagerada ou um pouco diferente para se encaixar no enredo do seu "sonho".
Acredito que as vezes ele se confunde com Sam em sua história, por exemplo:
1) Vemos cenas em que eles trocam de lugar toda hora;
2) O médico está prestes a propor a namorada e guarda o anel mas não propõe;
3) Os pais dele chamam Sam de filho
4) Na cena em que Sam vai atrás de Athena e ele a perde e depois perde o anel é como se sentia Henry no momento do acidente quando ele ouve Sam dizer que estão todos mortos(a perde) e depois o anel cai de sua carteira e bate no chão(perde o anel)
5) Logo no começo da história quando Sam acorda e diz que não dormiu pelo barulho do bebê do vizinho e na verdade é a razão pela qual Henry não desmaiou/se desligou que era o barulho do bebê chorando em um carro que o manteve alerta
E etc mas ainda não entendi porquê, talvez seja como se às vezes na história ele fantasiasse Sam como um outro lado de si mesmo, o lado que quer se salvar(associando ao médico que realmente tentava lhe salvar) e ele mesmo seria o outro lado, o que quer morrer porque se sente culpado por ter matado todos que ele amava.
Não achei desnecessariamente complicado e nem fraco ou mal executado. As atuações foram ótimas(Ryan sempre incrível) e o roteiro e direção foram maravilhosos! Não é aqueeela obra de arte do cinema, mas é genial sim.
Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer
4.0 888 Assista AgoraGostei muito do filme e ao contrário da maioria não achei triste! Pra mim não foi um filme daqueles que depois de assistir você precisa se recompor, que te deixa mal de verdade.
Apesar do final inesperado eu ri bastante no decorrer da história. Gostei do não-clichê, da amizade simples, da forma divertida do personagem encarar o mundo(as cenas do alce e do esquilo são demais), da surpresa de ver que não só ele a ajudou no processo difícil da doença, mas principalmente foi ela quem o ajudou a encarar a vida e a si mesmo de outra forma. Chorei? Sim! Mas não fiquei triste.
Entendi como recado que apesar de ser horrível perder alguém que se gosta é importante saber que tudo que essa pessoa foi fica pra sempre. Rachel fez de Greg alguém melhor e é como disse o professor dele: a vida da pessoa continua a se desdobrar, então de certa forma Greg estava certo, Rachel não morre no fim da história.
Os Amantes Passageiros
3.1 648 Assista AgoraDivertidíssimo, personagens caricatos, uma história principal leve, mas bem dosada e aproveitada. Não sei o que tantos criticam, pode não ser o melhor de Almodóvar, mas ainda é a cara dele claramente. Com toda sua genialidade, pitadas ácidas, bons(e conhecidos) atores e bom humor. Eu amei! Diferente e ainda assim muito bom!
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraÉ um filme lindo, muitas vezes incompreendido por ser longo demais e ao mesmo tempo mostrar detalhes de menos. Por cenas explícitas, por um final que foge ao clichê.
Pra mim é uma das histórias de amor mais bonitas e reais que já assisti, é acima de tudo um filme sobre Adéle, com closes intimistas que nos levam a viver tudo junto com ela. Seu amadurecimento, sua descoberta do amor, de si mesma.
Independente de ser ou não uma história com um relacionamento homossexual, é uma história de um relacionamento. Sobre o encantamento, o desejo, o ciúmes, o erro e o fim. É bonito ver as duas se apaixonando, é lindo ver Adéle se permitir ser quem ela é, se revelar.
É um filme longo, mas que vale cada minuto. Acho inclusive que faltaram alguns detalhes como por exemplo a reação dos amigos e pais de Adéle quando ela foi morar com Emma etc. O tempo da história passou de forma tão sutil que senti que tudo acabou rápido demais, deixando aquela tristeza pra quem torcia pro casal. Mas apesar disso, gostei do final realista.
As atrizes se entregam de corpo e alma com uma coragem e uma conexão indescritível que reforça a afeição do espectador com o casal. São duas revelações, com certeza!
Sobre o uso da cor azul ainda não consegui captar por completo, mas entendi que é a cor de Adéle e não de Emma. Desde o começo a cor está presente em todo o seu redor e quando conhece Emma, com os cabelos e olhos azuis, é quando a cor se intensifica em sua vida, quando a própria Adéle é intensificada, é ela mesma, livre. E quando Emma pinta o cabelo o azul se esvai não só dali, demonstrando também um enfraquecimento no relacionamento, devido à rotina, ao ciúmes ou o que seja, o que por sua vez "enfraquece" Adéle e a leva à traição. No fim, vemos que o azul continua com Adéle, que agora já se encontrou por completo mesmo em meio à saudade de Emma, que por sua vez já quase não usa azul, deixando a cor para os quadros e as lembranças de Adéle e seu amor.
É um filme que vale a pena, uma obra de arte, sensível e forte sobre o amor e suas descobertas.
A Grande Aposta
3.7 1,3KAchei incrível eles terem feito um filme que explica algo tão importante de maneira mais acessível.
Gostei do formato, das explicações e, apesar de ter que assistir parando e voltando, entendi bem e fiquei bem assustada com tudo, mas principalmente com o texto final e os últimos investimentos de Michael Burry.
Pra quem não assistiu porque é um filme rápido e complicado: insista! Vale a pena!
O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas
3.7 260 Assista AgoraMais uma maravilha de filme dos anos 80! Com todas as confusões, todo o amor e suas complicações e toda as grandes amizades e bons tempos. Um filme sobre a dificuldade de crescer e os conflitos da realidade pós formatura, mas principalmente sobre amizade.
Footloose: Ritmo Louco
3.6 510 Assista AgoraFootloose é como a música: contagiante! Toda a trilha sonora é incrível, principalmente as cenas de dança, dá vontade de entrar no filme e dançar com eles.
Tem toda a rebeldia e alegria dos anos 80 que te fazem querer voltar no tempo e viver essa época maravilhosa.
Brooklin
3.8 1,1KBrooklyn foi tudo o que eu esperava e mais um pouco. Não é apenas romance ou drama, mas é acima de tudo, uma história sobre adaptação e crescimento, sobre aquele medo, euforia e aprendizado de abandonar a zona de conforto do lugar onde nasceu. É uma história muito bem contada e interpretada(especialmente por Saoirse Ronan, que tem sido uma atriz excelente) e com lindos cenários e figurinos.
Amei acompanhar o crescimento de Ellis e o dilema tão comum entre o novo e o antigo, o confortável e o desafiador. As cenas são lindas, assim como a trilha sonora e a fotografia.
Por fim, a melhor fala e lição do filme:
"You’ll feel so homesick that you’ll want to die, and there’s nothing you can do about it apart from endure it. But you will, and it won’t kill you. And one day, the sun will come out you might not even notice straight away—it’ll be that faint. And then you’ll catch yourself thinking about something or someone who has no connection with the past. Someone who’s only yours.And you’ll realize that this is where your life is."
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraAcho que o mais impactante do filme é o fato de ser uma história real. Um homem, sozinho, teve a coragem de se libertar de tudo que lhe foi imposto durante a vida junto com todas as tecnologias e comodidades para se achar, redescobrir, viver da forma que ele achava melhor e mais verdadeira.
O triste é que isso que não bastou. Ele não tinha conhecimento suficiente da vida selvagem, não tinha recursos o suficiente para tal aventura e no fim, morreu sem poder contar ao mundo os detalhes dessa experiência extraordinária.
Mas pra mim está aí toda a beleza do filme. Se fosse só mais uma ficção, seria um roteiro quase banal salvo pela fotografia e trilha sonora maravilhosa. Mas é real e deixa um recado bonito sobre aproveitar a jornada, ir atrás do que se acredita e apreciar a companhia, o lugar e o momento.
Chris foi um vencedor, apesar de tudo, por sua coragem e força de vontade e nos deixa essa história linda para pensar.
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraAinda to extasiada por esse filme!
Que obra prima! Que arte incrível que Dolan apresenta aqui, com um tema tão delicado e tão bem retratado, bem abordado. No começo me irritei com o tamanho da tela, mas no meio do filme percebi que era mais um toque de inteligência e sutileza, que mudava de acordo com as cenas. Pelo que entendi, nas cenas em que os personagens (acredito que principalmente Steve e Die) se sentem felizes e fora da rotina difícil que enfrentam, a tela se expande assim como, momentaneamente, o mundo deles e quando voltam à realidade a tela volta a ser menor, assim como o mundo deles, tão pequeno, íntimo e difícil.
A história é muito bonita e, tristemente, muito real. A relação entre Die e Steve é conturbada, realista e ao mesmo tempo intensa, deixando claro o amor pleno tão abalado pela realidade e circunstâncias. Os atores foram maravilhosos! Anne Dorval e Antoine Pilon formaram uma dupla incrível, e junto com Suzanne Clément nos apresentaram personagens fortes, profundos e muito bem trabalhados.
A trilha sonora é perfeita! Músicas atuais e maravilhosas que se encaixaram perfeitamente nas cenas, transformando até as mais usuais em momentos lindos. Destaque para o uso de Wonderwall completa, com um timing perfeito desde a expansão da tela até sua volta ao normal e para Born To Die no final, que não poderia ter sido melhor.
Mommy foi uma bela surpresa, e acredito que seja um dos melhores filmes atuais. Depois dele, posso dizer que Dolan acaba de ganhar uma fã.
Um Senhor Estagiário
3.9 1,2K Assista AgoraQue ótima surpresa esse filme! Fui assistir esperando uma comédia estilo Os Estagiários e me deparei com uma comédia dramática(?) e fofa sobre problemas comuns como carreiraXfamília ou envelhecer em meio a mudanças tão rápidas, tudo tratado de forma leve e com uma visão moderna e muito bem construída.
Os personagens são muito bem feitos, me apeguei à todos e amei as cenas de comédia com os "guys". De Niro e Anne tiveram atuações excelentes como já era de se esperar, mas me surpreendeu como formaram uma boa dupla.
Gostei do tema, da abordagem, das críticas, da comédia genuína sem apelação e da dosagem certa de drama.
Só senti falta de um foco maior no Ben e na vida dele no trabalho, história anterior etc, mas no fim, é um filme muito bom e que vale a pena assistir.
Digam o Que Quiserem
3.7 352Adoro os filmes de adolescente dos anos 80, principalmente porque parece que não existem mais filmes de adolescentes que sejam assim hoje em dia, simples, bonitos, românticos e marcantes.
Amei Digam o que quiserem! Amei a trilha sonora, os diálogos, os atores e os personagens! Como não amar Lloyd? A história é simples mas fofa, mostra aqueles clichês de romance adolescente que todos amamos, sendo ao mesmo tempo, único.
No fim fiquei com vontade de ver mais e com aquela incrível sensação nostálgica que os filmes maravilhosos dos anos 80 nos dão.
Samba
3.8 336Que filme divertido! Não de fato engraçado, mas divertido e com uma história bonita, emocionante!
Começa meio parado, mas aos poucos me apeguei à trama. Amei as referências ao Brasil o tempo todo(é bom ver o país representado em filmes estrangeiros por motivos legais como a música ou a alegria) e a sutileza com que mostram a situação dos imigrantes.
Gosto muito da naturalidade dos filmes franceses, mas em alguns, as cenas naturais ficam monótonas, só que em Samba não achei isso. Gostei principalmente das cenas de conversa normal entre os personagens, como a dos brindes na festa. Tudo muito natural, sem diálogos muito elaborados mas nem por isso ruins, deixando tudo bem real sem ficar monótono.
A trilha sonora é muito boa, com músicas brasileiras que traduzem toda a leveza do filme, e as atuações também excelentes, com destaque para Omar Sy e seu carisma que já conhecemos desde Intocáveis e para Tahar Rahim com seu personagem Wilson, que brilhou tanto quanto Samba.
É um filme que não tem nada "demais", mas é uma boa escolha para se divertir e ver uma história legal.
Era Uma Vez...
3.7 827Verdadeiramente nosso Romeu e Julieta brasileiro, com um toque de crítica social muito importante e bem desenvolvido(o depoimento final do Thiago Martins é impactante) e atuações excelentes.
Destaque para a direção maravilhosa e os diálogos marcantes e cheios de detalhe.
"Minha mãe sempre disse que rico é rico e pobre é pobre e cada um vive pro seu lado. Mas toda vez que eu via ela... eu esquecia disso."
Além da Sala de Aula
4.0 193Amo filmes que contam uma história real, ainda mais uma tão linda como essa. Não é uma superprodução, mas é a prova de que filmes mais "simples" também têm o seu valor.
Por mais incentivo à educação! Filme encantador!
Sentidos do Amor
4.1 1,2KSurpreendente! Quem lê a sinopse não imagina como o filme é lindo, tocante, sutil e sensível. Admiro filmes com histórias originais e os comentários aqui me acordaram pra verdadeira beleza do filme e da história: as metáforas!
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraJéssica foi a revolução nas regras tão antigas e opressoras entre patrão e funcionário, dono da casa e empregado. Sua chegada mudou os pontos de vista, literalmente: antes víamos tudo do ponto de vista da Val, víamos apenas as partes da casa em que ela era “permitida”, víamos a sala de jantar a partir da cozinha, a piscina pelo lado de fora, os quartos a partir do corredor. Depois que Jéssica chegou passamos a ver na tela inteira a sala de jantar, os quartos, a piscina por dentro e os papéis serem invertidos:
a patroa servindo a filha da empregada e o patrão se ajoelhando aos seus pés(quando a pediu em casamento)
O mergulho da Jéssica na piscina foi o mergulho da personagem em um mundo em que, pelas regras, ela não pertencia. E o resultado foi imediato: incomodou! Mudou o comportamento da patroa em relação a ela, deixou que as máscaras da boa educação caíssem, a revelando, pelo ponto de vista dos patrões, como um verdadeiro “rato na piscina” na qual ela não pertencia. E diante de toda a revolução imposta por uma pessoa que deveria estar cumprindo seu papel de oprimida, foi logo exigido que as antigas regras fossem restauradas para não abalar esse sistema que sempre funcionou tão bem para os opressores, a personagem da Bárbara foi bem clara: “Que ela fique da porta da cozinha para lá. ”
A cena da Val entrando na piscina foi outra cena épica! Foi o outro lado do resultado dessa revolução e o início de uma nova fase para a personagem que, no fim do filme, quando pede demissão e leva junto com ela o presente que a antiga patroa não valorizou, demonstra a consequência definitiva de todo o pensamento e a atitude revolucionários e atuais da Jéssica: a antiga oprimida, se liberta de tudo que foi imposto a ela e à sua classe durante anos e decide lutar por ela mesma, deixando, pela primeira vez, sua própria vida e família em primeiro plano.
Quanto as falas que dão nome ao filme, achei sensacional! Quando, no começo, Fabinho pergunta a Val que horas a mãe dele volta e o contraste de quando Jéssica conta à mãe que perguntava sempre pra quem a criou que horas a mãe voltaria, nos mostra claramente o ponto de vista que o filme pretende apresentar, onde uma mulher deixa sua casa e seus filhos para cuidar da casa e dos filhos dos outros e não são reconhecidas por isso ou valorizadas o suficiente.
Por fim, Jéssica representa o pensamento atual de uma nova geração e um novo país, que já não toleram as antigas regras impostas à séculos pela sociedade, e prova que o vale mesmo não é o dinheiro, e sim o conhecimento, a educação
(destaque para o espanto da família quanto ao conhecimento da menina e quando ela passa no vestibular, e o menino de família rica, não)
O filme é uma obra prima! Impecável, com uma crítica sutil, bem-feita e eficaz através de diálogos muito bem escritos e cenas muito bem pensadas e executadas. Regina Casé sem dúvida alguma deu um show de interpretação junto com a Camila que foi uma grande revelação. Mesmo se o telespectador não prestar atenção à crítica que traz, o filme em si tem uma trama maravilhosa, que nos prende desde o começo e nos leva a ter uma grande afeição pela Val e sua história. É engraçado, divertido, comovente e tem um comprometimento incrível com a realidade, inclusive os trejeitos e falas das personagens. Merecedor de um oscar, com certeza, mas já que não depende do público, ao menos 5 estrelas aqui ele merece! Filmaço!
Longe Deste Insensato Mundo
3.6 232 Assista AgoraMr.Boldwood é a sofisticação, a delicadeza e a segurança de uma vida em alta sociedade.
Srgt.Troy é a paixão, a ousadia e o desejo da juventude.
Mr.Oak é o amor! É o carinho, a simplicidade, a cumplicidade, sem deixar de ter a paixão ardente, a delicadeza ou a segurança.
Desde o começo torci pelo Mr.Oak e muitas vezes tive raiva da Batsheba por não o reconhecer ou valorizar, e pelas ações um pouco impetuosas dela.
Já o Troy odiei desde o começo. Apesar de apaixonado de verdade pela Fanny, era metido, arrogante e prepotente, provando mais uma vez algumas das péssimas escolhas da Srta.Everdene.
Mr.Boldwood é amigável, dá uma certa pena dele pelo amor não correspondido, achei que ele merecia um final mais digno.
O filme em si é de uma beleza e delicadeza que eu admiro, com uma história bonita e atuações muito boas. Mas a fotografia é sem dúvida alguma o ponto alto de toda a produção! Impecável, maravilhosa e de extrema importância pra nos transportar à época. Ao contrário do que alguns acharam, penso que o filme poderia ter uma duração maior, que permitiria desenvolver mais alguns dos personagens. Ao todo, a obra me encantou e não deixou a desejar em nenhum momento.
Destaque para a cena final perfeita!!! Fechando com chave de ouro o romance!
Por fim, uma das melhores falas do filme, que define a confusão e independência da personagem principal: "É difícil para uma mulher definir seus sentimentos numa língua feita por homens para expressar o deles."
Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador
4.1 1,1K Assista AgoraFilme lindo, simples, sensível e real. Como sempre, Leonardo DiCaprio se doou de corpo e alma pra um personagem e o resultado foi a sua melhor atuação, simplesmente perfeita, dominando todo o filme! Johnny Depp também foi incrível, me fez lembrar que, como já disseram aqui, também sinto falta desses papéis mais normais dele, às vezes tanta fantasia ofusca o quão ele é um ator maravilhoso.
A cena em que Gilbert bate no Arnie foi pra mim a mais triste e emocionante
Homens, Mulheres & Filhos
3.6 670 Assista AgoraAchei a crítica do filme interessante, mas não achei as histórias bem desenvolvidas. No fim eu fiquei esperando mais e pra mim a atuação do Adam Sandler não convenceu. Dei nota 3 mais pela idéia do filme e pela reflexão que gera ao telespectador.