o filme tem uma clara referência temática e de desenvolvimento em Cronenberg. gostei muito da maneira como a história vai se desdobrando, mas não se desenvolvendo, até o final, o qual, de fato, ficou mal finalizado, muito apressado. bastava mais um capítulo pra fechar as pontas.
gostei da ideia da moça goodvibes e conexão com as energias do universo ser a grande responsável por tudo e o cara sem personalidade deixar a cura do Alzheimer e isso se perder no vaso sanitário.
nada mais alegórico da humanidade inteira do que isso.
Eu ri tanto com esse filme, com as sequências e montagens de planos, ao ponto de considerar que ninguém levava o filme mais a sério. Tudo ruim, do começo ao fim. A coerência aí foi impressionante.
O final certamente, mesmo hoje, continua inovador. Muito arriscado, numa metalinguagem e numa abertura que quase nenhuma anime já viu. Não lembro de nenhum que tenha feito o que Evangelion se propõs a fazer. Não é qualquer um que vá compreender isso...
Uma tristeza sem fim ver que nossos sonhos podem ser facilmente destruídos, quando os ricos se cansam de brincar de civilidade. Porém, mostra-nos que sem luta, sem memória e sem força, não há possibilidade de realizar a democracia. Primeiro, temos de mostrar que a corja imunda que hoje domina nunca apreciou a democracia, não sabe nem do que se trata.
Magnífico e impecável. A galera deveria melhorar o ponto de referência. Nada está de graça aí, nem é "lento". É o ritmo próprio da obra. Dito isso, sua capacidade de fazer comédia de assunto sério é coisa que só gente compromissada com o mundo, mas sem abrir mão de sua liberdade, é capaz de fazer.
Essas longas tomadas de face, a passagem lenta de uma a outra fazem do filme um lançar-se no abismo da face humana, não em grandes movimentos ou drásticas modificações, porém, como que caminhando em cada passagem de sentimento. O texto é potente. Fiquei imaginando como seria se fossemos tão verdadeiros em nossas palavras e profundos em nossos ditos no dia a dia. Seria como faz a pianista, uma fuga. Poucos são aqueles que encaram a verdade e permanecem. Seria a melhor definição de coragem ou de loucura?
Eu até entendo quem não gosta. Acostumamo-nos a ter um filme desse gênero fazendo de tudo para nos pegar de surpresa, quando não apela para o grotesco como forma de assustar (coisa do tipo "veja, há coisas que são profundamente inumanas, capazes, mesmo assim, de se assemelhar ao humano. É isso que mais lhe pode assustar").
O negócio está tão arraigado que estranhos uma proposta diferente, qual seja, a de uma história de terror que, talvez, não assuste o espectador, mas deixa a personagem em frangalhos. De que "terror" falamos agora? Eu penso, por ora, em duas coisa: Primeiro, a moça na escola lembra que uma personagem de uma tragédia grega (já não lembro de quem se tratava) que, não vendo os sinais à vista, terminou por se desgraçar. Passa-se daí para uma questão de responsabilidade. É interessante isso, porque, por essa via, se introduz duas questões importantes na tragédia grega: ela é destino, ou seja, nõa há escapatória e alguém pagará o preço, e, é sempre uma tragédia familiar. Foi-nos dados os elementos que atravessam todo o filme. O segundo diz respeito à consciência que cada personagem tem da sua suposta deterioração mental. Talvez, o maior terror seja justamente o de ver-se perder-se, perder a razão. Não seria esse o grande terror do nosso tempo? Tanta fé na razão, para os vermos esvaindo pelos poros desse suposto civilizador? Como na tragédia grega, o que parecia uma sucessão de acasos, torna-se uma trama determinada, desde o início que leva para um fim inevitável, independentemente da vontade do sujeito. A vontade aqui é aquela da aceitação desse destino.
Nesse sentido, não sei se posso falar em "inovação", mas certamente, em respiro. Há uma lufada de ar no gênero que é inquestionável.
O mais bonito nessa história é a simples capacidade de alteridade de Sloane. Ela defende o que acredita por acreditar ser certo, independentemente da possibilidade de alguma vivência que a direcione para isso. Essa é a grande diferença ética. Ela sobrepuja as leis, ultrapassa o direito, para fazer com que a justiça prevaleça. Se ela dispões de formas "ilegais", essas formas não são, necessariamente, antiéticas. Isso é o paradigma. A ética não demanda uma vivência particular para que alguém assuma uma posição. Ela vem muito mais do reconhecimentto de que somos humanidade, vivendo juntos e isso e desejamos ter um mundo melhor para se viver. Por essa via, quando temos pessoas e/ou grupos de interesse que se dizem transformados pela vivência particular de uma dor ou sofrimento, isso é uma forma de dizer que elas foram incapazes de desenvolver a alteridade. Elas reconhecem a dor do outro, simplesmente porque é dor mútua. Há uma espécie de reconhecimento pela dor comum. Isso é melhor do que nada, certamente. Mas, não é a forma mais elevada da ética. A de Sloane é, por incrível que pareça. Isso é tão verdadeiro que ela joga fora sua carreira, não se importa em pagar uma conta alta por isso. Ela arrisca tudo, inclusive a si mesma para responder a esse imperativo, antes do desejo, que do dever, de saltar para a ética. Não há outra forma: a ética é um abismo.
A netflix tem uma boa grade de animações (incusive, as próprias). Nunca me decepcionei com o que vi até então. Essa não é melhor do que Rick e Morty (muito mais mordaz, mais inteligente, mais non-sense). Porém, Gary é muito cativante e KVN é uma desgraça boa de se detestar. Ponto também para as escolhas das traduções nos ditados.
Chucky (2ª Temporada)
3.7 99 Assista Agoratemporada excelente!
Mulher-Hulk: Defensora de Heróis
3.1 469 Assista Agoramelhor das séries da marvel. perderia pra wanda vision se não fosse a metade da história que descambou.
Morbius
2.3 521perto do último dr. estranho, uma obra de arte.
Casa Gucci
3.2 706 Assista Agoragaga, tadinha, com atuação ruim, achando q ganharia algum prêmio. trilha sonora ruim.
Titãs (3ª Temporada)
3.0 92 Assista Agoratemporada ruim do começo ao fim. parabéns pela consistência.
Dinastia (4ª Temporada)
3.5 19minha série de novela ruim com capotagens a mil em cada episódio favorita.
Vingança Sabor Cereja
3.6 107 Assista Agorao filme tem uma clara referência temática e de desenvolvimento em Cronenberg. gostei muito da maneira como a história vai se desdobrando, mas não se desenvolvendo, até o final, o qual, de fato, ficou mal finalizado, muito apressado. bastava mais um capítulo pra fechar as pontas.
GLOW (2ª Temporada)
4.3 93o episódio 8 dessa série é um primor numa temporada muito boa.
Mahler no Divã
3.5 7 Assista Agoraruim de doer.
Todos os Meus Amigos Estão Mortos
3.0 170gostei da ideia da moça goodvibes e conexão com as energias do universo ser a grande responsável por tudo e o cara sem personalidade deixar a cura do Alzheimer e isso se perder no vaso sanitário.
Sombra e Ossos (1ª Temporada)
3.7 199 Assista Agorasérie legalzinha com um título tão ruim que faz a gente querer desistir antes mesmo de começar.
Resident Evil 6: O Capítulo Final
3.0 952 Assista AgoraEu ri tanto com esse filme, com as sequências e montagens de planos, ao ponto de considerar que ninguém levava o filme mais a sério. Tudo ruim, do começo ao fim. A coerência aí foi impressionante.
Pequenos Grandes Heróis
2.6 106 Assista Agorauma porcaria.
Neon Genesis Evangelion
4.5 328 Assista AgoraO final certamente, mesmo hoje, continua inovador. Muito arriscado, numa metalinguagem e numa abertura que quase nenhuma anime já viu. Não lembro de nenhum que tenha feito o que Evangelion se propõs a fazer. Não é qualquer um que vá compreender isso...
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KUma tristeza sem fim ver que nossos sonhos podem ser facilmente destruídos, quando os ricos se cansam de brincar de civilidade. Porém, mostra-nos que sem luta, sem memória e sem força, não há possibilidade de realizar a democracia. Primeiro, temos de mostrar que a corja imunda que hoje domina nunca apreciou a democracia, não sabe nem do que se trata.
Amor, Morte e Robôs (Volume 1)
4.3 673 Assista Agoraepisódios impecáveis. Todos foram magnifícos.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraMuitas viradas de câmera, muitas câmeras lentas, trilha sonora ruim.
A Casa Que Jack Construiu
3.5 788 Assista AgoraNão me importam as qualidades técnicas/artísticas, detestei do início ao fim.
Caro Diário
3.7 38Magnífico e impecável. A galera deveria melhorar o ponto de referência. Nada está de graça aí, nem é "lento". É o ritmo próprio da obra. Dito isso, sua capacidade de fazer comédia de assunto sério é coisa que só gente compromissada com o mundo, mas sem abrir mão de sua liberdade, é capaz de fazer.
Sonata de Outono
4.5 492Essas longas tomadas de face, a passagem lenta de uma a outra fazem do filme um lançar-se no abismo da face humana, não em grandes movimentos ou drásticas modificações, porém, como que caminhando em cada passagem de sentimento. O texto é potente. Fiquei imaginando como seria se fossemos tão verdadeiros em nossas palavras e profundos em nossos ditos no dia a dia. Seria como faz a pianista, uma fuga. Poucos são aqueles que encaram a verdade e permanecem. Seria a melhor definição de coragem ou de loucura?
O Processo
4.0 240Foi golpe!!!!
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraEu até entendo quem não gosta. Acostumamo-nos a ter um filme desse gênero fazendo de tudo para nos pegar de surpresa, quando não apela para o grotesco como forma de assustar (coisa do tipo "veja, há coisas que são profundamente inumanas, capazes, mesmo assim, de se assemelhar ao humano. É isso que mais lhe pode assustar").
O negócio está tão arraigado que estranhos uma proposta diferente, qual seja, a de uma história de terror que, talvez, não assuste o espectador, mas deixa a personagem em frangalhos. De que "terror" falamos agora? Eu penso, por ora, em duas coisa: Primeiro, a moça na escola lembra que uma personagem de uma tragédia grega (já não lembro de quem se tratava) que, não vendo os sinais à vista, terminou por se desgraçar. Passa-se daí para uma questão de responsabilidade. É interessante isso, porque, por essa via, se introduz duas questões importantes na tragédia grega: ela é destino, ou seja, nõa há escapatória e alguém pagará o preço, e, é sempre uma tragédia familiar. Foi-nos dados os elementos que atravessam todo o filme. O segundo diz respeito à consciência que cada personagem tem da sua suposta deterioração mental. Talvez, o maior terror seja justamente o de ver-se perder-se, perder a razão. Não seria esse o grande terror do nosso tempo? Tanta fé na razão, para os vermos esvaindo pelos poros desse suposto civilizador? Como na tragédia grega, o que parecia uma sucessão de acasos, torna-se uma trama determinada, desde o início que leva para um fim inevitável, independentemente da vontade do sujeito. A vontade aqui é aquela da aceitação desse destino.
Nesse sentido, não sei se posso falar em "inovação", mas certamente, em respiro. Há uma lufada de ar no gênero que é inquestionável.
Armas na Mesa
4.0 222 Assista AgoraO mais bonito nessa história é a simples capacidade de alteridade de Sloane. Ela defende o que acredita por acreditar ser certo, independentemente da possibilidade de alguma vivência que a direcione para isso. Essa é a grande diferença ética. Ela sobrepuja as leis, ultrapassa o direito, para fazer com que a justiça prevaleça. Se ela dispões de formas "ilegais", essas formas não são, necessariamente, antiéticas. Isso é o paradigma. A ética não demanda uma vivência particular para que alguém assuma uma posição. Ela vem muito mais do reconhecimentto de que somos humanidade, vivendo juntos e isso e desejamos ter um mundo melhor para se viver. Por essa via, quando temos pessoas e/ou grupos de interesse que se dizem transformados pela vivência particular de uma dor ou sofrimento, isso é uma forma de dizer que elas foram incapazes de desenvolver a alteridade. Elas reconhecem a dor do outro, simplesmente porque é dor mútua. Há uma espécie de reconhecimento pela dor comum. Isso é melhor do que nada, certamente. Mas, não é a forma mais elevada da ética. A de Sloane é, por incrível que pareça. Isso é tão verdadeiro que ela joga fora sua carreira, não se importa em pagar uma conta alta por isso. Ela arrisca tudo, inclusive a si mesma para responder a esse imperativo, antes do desejo, que do dever, de saltar para a ética. Não há outra forma: a ética é um abismo.
Final Space (1ª Temporada)
4.2 163A netflix tem uma boa grade de animações (incusive, as próprias). Nunca me decepcionei com o que vi até então. Essa não é melhor do que Rick e Morty (muito mais mordaz, mais inteligente, mais non-sense). Porém, Gary é muito cativante e KVN é uma desgraça boa de se detestar. Ponto também para as escolhas das traduções nos ditados.