Maurício Roberto

Gostei do filme. Drama com ação e bastante violência. O filme é situado na Austrália, em um futuro pós colapso econômico global. Acho que o filme tem coisas interessantes a dizer, especialmente sobre a banalidade do mal e sobre valores esquecidos no mundo. O protagonista (muito bem vivido por Guy Pearce), que quer tanto recuperar seu carro roubado, me intrigou. Queria saber os motivos pelos quais aquele cara é tão miserável, e Guy Pearce deixa isso claro apenas com expressões faciais. Queria saber porque tanto ele quer recuperar aquele carro, e o que aconteceu com ele. No final das contas, o carro não tinha a ver com materialismo, mas sim com alguns valores, que naquele mundo (e em menor escala, no nosso), praticamente não existem mais, ou, que são muito escassos.
O filme, visualmente me lembrou "Mad Max". Muita poeira, deserto e sujeira. E pra minha surpresa, outro personagem de destaque, vivido por Robert Pattinsonm está excelente aqui! Ele está tão bem como o garoto com algum tipo de retardo mental, que da agonia de ver ele falar. Os trejeitos, a gagueira e os caquetes, estão muito bons mesmo. Esse é um filme sobre o qual vou refletir bastante ainda. E um filme que me entreteve e me fez pensar, merece ser recomendado. Este "The Rover" entregou ótimas atuações, um roteiro e reflexões que tem muito a dizer, personagens interessantes e não retratados como somente bons ou maus, e violência bem mostrada e estilizada. Fica a dica.

Dirigido por Daniel Stamm, o filme tem uma premissa absurda. Fica difícil suspender a descrença. Não sabemos direito sobre as origens do tal jogo, mas o que parece é que o objetivo é mostrar que qualquer pessoa pode se transformar em um monstro. O filme é bem violento e tem personagens bem perturbados. Só recomendo se você gosta realmente de thrillers. Como ultimamente é difícil surgir bons filmes desse gênero, não é? Se tiverem algo recente que gostem muito desse estilo, indiquem, por favor.

Dirigido por Hossein Amini, temos aqui um drama com aventura. Pensei que teria mais suspense, mas me enganei. Eu não pude deixar de notar uma semelhança muito grande entre o Viggo Mortensen e o Michael Fassbender nesse filme. De fato, várias vezes, pensei que era Fassbender. Dois grandes atores, e aqui, com Viggo, não é diferente. O ciumento e charmoso marido, e o gentil e esperto golpista. A bonitinha Kirsten Dunst se sai bem aqui, como uma mulher que está cansando da vida falsa do marido, e acaba entrando em um jogo de atração com Rydal (Oscar Isaac), que acaba não resultando bem no final das contas. Recomendo o filme!