Só por não querer se levar a sério e se assumir como um Exploitation/Battle Royale de ação e comédia logo no começo já valeria muito apena conferir!
Agora, una isso a uma das mulheres mais belas da atualidade (e que atua bem pra caralho por sinal) descendo o cacete em tudo que vê pela frente em cenas de ação bem executadas; criticas bem humoradas à "Liberal Hollywood", aos "justiceiros sociais de internet", ao "politicamente correto", aos "fórums conspiratórios" de internet (O Gary é basicamente o Alex Jones) e de certo modo, até mesmo uma espécie de valorização (um pouco rasa confesso) da camada mais pobre dos EUA: os rednecks, ou, como são chamados grosseiramente pelo termo "WhiteTrash".
É claro que o filme poderia ter sido melhor trabalhado, tendo um desenvolvimento mais caprichado, tanto em seu inicio apressado quanto no arco final, contudo, pensando no baixo orçamento da produção e que esse tipo de filme quase já não tem espaço com tanto blockbuster de super-herói lançado ano após ano, 'The Hunt' acaba por ser um dos filmes mais divertidos desse começo de ano e em tempos de CorongaVirus! kkk
Ao invés de mostrar a cena do Dave tocando uma pra uma pra foto da Miss Caroline ao lado da turma (que inclusive acho de extremo mal gosto) poderiam ter focado mais no Dave sendo um capeta com as crianças. Tipo a cena que ele chuta o gordinho na porta, que é provavelmente a mais engraçada do filme.
Velho, a A24 tá lançando cada filmão esse ano, puta que pariu - Uncut Gems, Midsommar, Anos 90, The Lighthouse...
O filme é sensacional. Nos trás um revival de um estilo narrativo comum décadas atrás e hoje mas comuns nos filmes do leste europeu, onde somente o protagonista é o foco da trama, com espaço minimo para exploração de outros personagens. Com isso, Adam Sandler carrega (com louvor) o filme nas costas. Onde sua atuação (deveras canastrona) casa perfeitamente com a personalidade cínica do Howard, que pouco se importa com a família e os amigos ao seu redor.
É interessante que o roteiro e a direção faz questão de deixar explicito que apesar das falcatruas, Howard é uma pessoa muito querida por todos. Isso é mostrado no filme inteiro, e toda essa "tolerância" durante as 2 horas de filme faz com acabamos por esquecer as consequências que isso poderia gerar - por isso a cena final dá aquele "choque de realidade" no espectador!
Enfim, Uncut Gems é um filmão. Como fã incondicional do Sandler, ainda acho que não chegou a superar sua atuação no emocionante "Reine sobre mim", mas com certeza é um dos melhores filmes do ano e merecia uma menção no Oscar - mesmo que o pário este ano esteja pesadíssimo!
O filme não é ruim, longe disso, até porque o Bay é um mestre em fazer cenas de ação de brilhar os olhos - e um dos poucos que ainda tem cacife para a explodir e quebrar as coisas sem o uso de CGI. Contudo, 'Esquadrão 6', tem um grave problema que quebra todos os aspectos técnicos (roteiro, continuísmo, etc) do longa e acaba por transformar uma ideia interessante, em apenas mais um filme, que inclusive, passa longe dos divertidos filmes que o diretor costuma fazer...
Acho que esse é o primeiro filme que vejo com uma MONTAGEM tão DESORGANIZADA; a ponto de, não exatamente comprometer o entendimento da história (porque de fato não a muito o que entender) mas fazê-la perder toda e qualquer tentativa de criação de carga emocional dos personagens.
O tempo de entrada dos flashbacks é tão mal executado que além quebrar o ritmo filme, não adiciona nada para a importância ou carisma dos personagens. Além disso, existem alguns planos no meio da ação frenética que são completamente avulsos (contei pelo menos 4 enquanto assistia) em que nada tinham haver com a cena em questão. Sinceramente não sei quem deixou isso passar na hora da edição.
Enfim, o filme dá para entreter, mas acaba sendo um desperdício de bons atores e talvez um dos filmes mais fracos que vi do Michael Bay até hoje. E olha que defendo o cara "a torto e a direito" por aí!
PS: Poderia ser mais interessante fazer uma adaptação do filme do Black Lagoon.
Mas que beleza de filme hein! Bem dirigido, bonito pra caramba, aquele sangue falso vermelhinho, vermelhinho que quando jorra nos personagens chega da gosto!!! kkk
Samara Weaving além de uma loirinha lindinha demais, ainda tem um puta time pra de comédia!
Depois desse filme, você nunca mais irá conseguir ouvir a "risada" do Coringa da mesma forma! #NO SPOILER
Aí aí... PENSE NUM FILME COM TANTOS PONTOS POSITIVOS QUE FICA ATÉ DIFÍCIL ESCREVER? Pensou? Pois é, mas vamos tentar! kkk
Primeiramente começo dizendo que eis aqui um "blockbuster" que realmente merece, e que provavelmente irá concorrer na grande maioria das categorias do Oscar ano que vem! 'Coringa' é uma verdadeira aula de cinema tanto tecnicamente quanto artisticamente falando. Roteiro, direção, fotografia, atuação (basicamente toda do Phoenix mas já é mais do que o suficiente kkk), direção de arte e trilha sonora - que por sinal, a score principal do filme fica ecoando no cérebro por um bom tempo após a sessão.
O minimalismo utilizado em 90% do filme (até porque o seu orçamento é irrisório para os padrões de Hollywood) não só permitiu o Todd dar toda liberdade necessária pro Joaquim brilhar (geladeira! cof cof!!) como também deixou seu filme bem mais crível, "sombrio e realista" - aquilo que a critica tanto odiava nos filmes da DC.
O longa até faz suas homenagens aos clássicos da era "pós-industrial" do cinema mas mantem foco ao "cinema cult" contemporâneo como 'Clube da Luta', e obviamente faz uma verdadeira "carta de amor" ao cinema do Scorsese. Algo que o diretor já tinha emulado em 'War Dogs', mas na real? O que é bom pode e deve ser emulado quantas vezes for necessário!!!
É bom pra caralho ver o público de cinemão (principalmente o dessa nova onda de filmes de super-herói) tendo mais contato com esse tipo de filme. E que bom que o Todd Phillips conseguiu esse feito, levando sua visão cruel, autoral e ao mesmo tempo cheia de referencias, sem a intromissão dos executivos da Warner... Esse cara merece!
Sobre a sessão: Acho que é o segundo filme da DC que vejo umas reações meio estranhas do cinema. - Vi gente abandonando a sessão; - Pessoas que riam em uns puta momentos tensos; - Pessoas que ficaram enojadas com os momentos de brutalidade; - Pessoas "com cabeças explodidas" nos momentos de plot-twist; - E inclusive, "de certo modo", deu para entender o grau de preocupação em torno desse filme. Pois estava do lado de alguns garotos mais novos que vibravam a cada momento de matança. No final do filme, um deles falou "Meu irmão, a vontade que eu to agora é de pegar uma arma, colocar uma mascara de palhaço e sair metendo o dedo em geral". - Não costumo aplaudir no cinema, mas caralho... o filme é foda, e todo mundo aplaudiu sem pena quando os créditos subiram! Minhas palmas foram extremamente sinceras, e só não foram felizes porque o filme te deixa muito, mas muito pra baixo!
Sobre a questão politica: Tem uma galera já querendo politizar o filme, mas a real, é que assim como Scorsese, o Phillips tomou um enorme cuidado em todos, absolutamente todos os momentos de: Glamourização de violência, de atos políticos e/ou anárquicos, e no debate sobre pós-verdade, fake news e conluio-midiático. Tudo é bem explicito, contudo, não existe lados tomados por essa produção.
O Coringa e o proletariado de Gotham estão do lado certo mesmo causando o caos? Thomas Wayne é o capitalista malvadão mesmo sabendo que seu discurso sobre "palhaços" foi distorcido pela mídia? Como disse, o filme aborda as temáticas mas para cada momento explicito desse, um contraponto é apresentado em seguida.
Sem duvidas uma das mais incríveis utilizações do contexto de "tese, antítese e síntese" vistas no cinemão contemporâneo.
Enfim, ver o resultado final de Coringa me faz confirmar o quanto já estava na hora dos diretores mais novos "cagarem" um pouco pro cinema dos anos 50 e 60, e não sentir "medo" de referenciar obras "mais atuais" (80,90) sem peso na consciência!
Espero que com esse filme, o selo adulto da DC no cinema finalmente consiga ter seu inicio sem os executivos da Warner meterem o bedelho.
PS: A revelação do porque da risada do Coringa, dõe... e não é pouco!
É bem abaixo do que imaginava quando foi anunciado. Argumento mal executado, elenco ruim, pouquíssimo desenvolvimento e o principal, FALTA DE EMOÇÃO.
Poderiam ter feito algo semelhante ao 'Chronicle - Poder Sem Limites' (que está anos luz a frente deste filme) mas, infelizmente, 'Brightburn' nada mais é do que um simples terror barato.
Shyamalan encerra sua "trilogia" em um filme considerado simples para os padrões não só de seus trabalhos anteriores, como também em relação ao próprio universo o qual ele construiu. Contudo, é impossível dizer que se trata de um filme ruim.
A fotografia do filme é maravilhosamente bem construída, a ponto que cada plano daria um excelente wallpaper de tão bonito que é. As atuações estão ótimas, principalmente nos momentos mais emocionais. Nesses momentos, McAvoy, Anya Taylor-Joy e Bruce Willis brilham! Esse ultimo traz de volta aquele olhar depressivo único que só tinha visto nos filmes que ele fazia nos anos 90 e inicio de 2000 - se duvidar, a ultima vez que vi foi no próprio Corpo Fechado. Pelo jeito só o Shyamalan consegue arrancar isso dele ainda.
Vidro, apesar de padronizado, está mais recheado de significados que Corpo Fechado e Fragmentado juntos. Shyamalan brinca com clichês não só dos filmes de super-herói, como também das situações históricas/sociais que levaram as criações dos mesmos nos quadrinhos.
A história, que muita gente reclamou, considero o maior mérito desse filme! Ela desenvolve por completo os três protagonistas, assim como resgata personagens dos outros filmes, e que (diferente do que muitas franquias fazem por aí) acabam sendo realmente relevantes para o desenvolvimento da trama.
Enfim, no geral, claro que se esperava muito mais, porém, olhando para os filmes anteriores e percebendo que sem sombras de dúvidas muita coisa foi cortada desse longa. Glass consegue encerrar a trilogia sem desrespeitar em momento algum aquilo foi construído até aqui. Inclusive, o ponto alto do longa para mim, foi o diretor indiano ter resgatado cenas cortadas em Corpo Fechado e conseguir encaixai-las tecnicamente; como flashback dentro da trama, e metaforicamente; fazendo com que seus significados fossem usados diretamente no contexto do filme.
PS: Acho que minha única decepção com esse universo, foi não terem incluído a 'Dama na Água' nele. Eu juro que fiquei esperando até o ultimo minutinho alguém falar, "então tem uma outra moça aí que voa em um pássaro gigante, e tem poderes de cura inacreditáveis."
Na real, seria foda se a Story aparecesse e curasse a doença do Mr.Glass. E estaria aí a função dela dentro desse universo Shyamalanesco. A moça da água, veio de um outro mundo, para ajudar uma espécie de novo professor Xavier a impedir que outros seres como eles fossem mortos pela a agencia. Pirei aqui kkkkkkkkkkkk
Em 'Bone Tomahawk', S.Craig Zahler conseguiu a façanha de realizar um dos melhores e mais originais westerns dos últimos anos. Em 'Brawl In Cell Block 99', mostrou para o mundo sua capacidade de filmar cenas coreografadas impressionantes com câmera fixa (algo inédito até então), e agora, em 'Dragged Across Concrete', o cineasta mostra que também sabe escrever e dirigir cenas de diálogos poderosos e recheados de significados.
Esperei muito pelo lançamento desse filme, tanto que se descerem os comentários vão ver um meu, logo após ter entrado em ecstasy com Cell Block 99. E assim, talvez pelo peso dos filmes anteriores, e a expectativa gerada para esse, acabei, no final das contas, mais me decepcionando com o filme em alguns pontos, do que o exaltando nos bons momentos. Mas vou tentar esclarecer as coisas ....
Primeiro que esse passa longe de ser o melhor filme dos três que Zahler dirigiu recentemente. E muito disso é devido ao próprio nos ter deixado "mal acostumados" com sua formula narrativa.
O filme inicia muito bem. Sempre com aquela bela fotografia característica, e com lentes que não escondem rugas, suor, marcas de expressão e etc, o que dá aquele aspecto de realismo único o qual conhecemos nos filmes anteriores do diretor.
As cenas de ação são surpreendentemente bem desenvolvidas! Zahler e sua equipe tem uma criatividade quase de engenharia na construção das situações: É um enquadramento mais genial que o outro, longas tomadas com câmera fixa, uma CALMA MISERÁVEL (no bom sentido) nos tiroteios e explosões! - Costumo dizer pra uns colegas do audiovisual que o Zahler é tipo um Wes Anderson pra macho. Ou seja, sem aquela punhetagem de simetria só pela simetria.
A apresentação dos personagens também é ótima. Em poucos minutos de tela, já é possível identificar suas personalidades, seus dramas e seus objetivos dentro da trama. E aqui talvez vá meu ponto de maior destaque nesse filme: As atuações!
Todos nesse filme estão ótimos: Temos um Michael Jay White frágil (Nunca imaginei ver isso), Tory Kittles em uma interpretação quase que ambígua, Sr Don Johnson, sendo Sr. Don Johnson (o que já é foda) Lauren Holden em um papel comovente, e porra, temos a Jennifer Carpenter entregando uma performance que não via desde sua atuação em Emily Rose (grande atriz, simplesmente deixada de escanteio pela indústria). Agora o destaque pra mim, fica mesmo sendo os diálogos poderosos dados ao personagem do Mel Gibson. Meu, tinha horas que eu ficava "caralho, se a liberal hollywood não fosse tão extremista esse cara ainda estaria concorrendo no Oscar todos os anos".
O diálogo dele com Don Johnson e mais tarde com a esposa na cozinha são simplesmente incríveis! Do tipo, agora tô torcendo para o Zahler fazer outro filme com ele.
Agora vamos aos pontos negativos, na verdade, ao único problema desse filme.
O Zahler simplesmente tem um vicio de matar seus protagonistas, das formas mais absolutamente ridículas possíveis.
E se a pessoa já assistiu algum trabalho anterior do diretor, a partir de determinado ponto da trama (nesse filme, exatamente após a primeira hora) fica extremamente previsível qual será o desfecho dos personagens principais. E aí só resta ao espectador torcer para ser surpreendido ao decorrer do longa - o que infelizmente não acontece!
Os ganchos para as mortes dos personagens são muito "de graça" sabe? Do tipo, no momento em que o personagem do Vaugh pede pra mulher ir atrás da aliança = ele vai morrer. Quando o Henry foge no meio do tiroteio e simplesmente some = ele vai matar o Mel Gibson e/ou todo mundo e vai pegar o dinheiro pra ele. E o foda, é que ele ainda brinca com espectador (dá mesma forma que em Brawl), dando a esperança de que "o protagonista" vai sobreviver no final, devido as situações inacreditáveis que ele passou, só pra ele morrer de forma ridícula depois! Cara isso é frustrante!!!
Enfim, continua sendo um filme acima da média! Um pouco inferior aos anteriores do diretor mas ainda sim, um filmão que vale apena ser conferido!
Primeiramente, sendo sincero, não tem como falar que o filme é "ruim". Ele tem uma direção eficiente, uma fotografia de qualidade, um elenco de peso, e como um "semi-blockbuster", pode-se dizer que está sim, acima da média. Na real, tem muito filme com orçamento gigantesco que vai pro cinema, e que não tem metade da qualidade desse.
Agora, se formos trata-lo como um thriller de ação, que é um dos poucos gêneros que a indústria ainda produz além do marasmo de 'super-heróis' e 'terror', aí ele peca bastante, pois temos uma safra relativamente recente, realizada por Dennis Villeneuve, Peter Berg e Taylor Sheridan - onde temos Sicario como referencia máxima do que esse gênero é capaz de oferecer.
Vi uma entrevista recente com o diretor do filme, onde ele mesmo disse que o filme atrasou por diversas vezes. Não somente para sair do papel, como também por pausas gigantescas durante as gravações. O que talvez explique a falta de química entre os atores, e a impressão de que todos estavam apenas cumprindo agenda.
Enfim, ainda acho um bom filme. Tem ótimas cenas ao decorrer das 2 horas
O inicio do ataque ao narcotraficantes na favela, é do caralho. E aquele plano do "Batman" centralizado em frente a pilha de dinheiro rende um puta wallpaper kkkk
A edição de som é maravilhosa e trilha é metal dos bons! Vale muito apena assistir!
Ben Foster como sempre em um papel bastante emocional, divide protagonismo com a jovem Elle Fanning que é, definitivamente, dona de uma graciosidade inigualável, onde mesmo em papeis pesadíssimos (como a do filme em questão) ela consegue encantar com seu sorriso encantador!
É filmão! Um roteiro que mistura road movie e thriller, com uma dosezona de carga emocional! Não chega a ser inovador, pois temos filme a rodo que possuem a mesma forma: 'MUD', 'O Lugar Onde Tudo Termina', e etc. Contudo, o filme da "lindaça" Mélanie Laurent, tem o seu devido valor!
Vamos por partes... É um dos melhores filmes do ano (como foi apontado em várias listas de críticos e sites especializados)? Sim! É o melhor filme de 2018? De forma alguma! Vale apena assistir? Com certeza! Pois é uma experiência no mínimo diferenciada para um thriller.
Em 'You Were Never Really Here', Lynne Ramsay faz algo semelhante ao que Nicolas Winding Refn executou em 'Only God Forgives', trazendo uma abordagem diferenciada e, podemos dizer até mesmo artística para um gênero que na maioria das vezes possui uma maior proximidade com a ação. Entretanto, algumas decisões tomadas durante a execução do filme faz com que o mesmo perca bastante de seu "peso fílmico" e se torne uma experiência de certo modo frustrante com o decorrer da trama.
A diretora tenta reprisar alguns elementos que a fizeram famosa em 'Precisamos falar sobre Kevin', o que funciona até certo ponto como um bom diferencial para trama - a passagem entre momentos poéticos e cenas de violência animalesca são ótimas. Contudo, mesclar técnicas de montagem paralela com elementos simbólicos, dificilmente funciona em um filme que possui um enredo tão padronizado como esse, onde o plot do longa já chama a atenção por sí só: Um homem, ex veterano de guerra (leia-se máquina de matar) e que trabalha como uma versão "justificada" de matador de aluguel, resgatando adolescentes dos pedófilos ricos da cidade. Esse tipo de trama já foi vista muitas vezes, e mesmo trazendo um tipo diferente de visão sobre esse tipo narrativa, seria interessante manter ao menos algumas coisas pré-estabelecidas pelo gênero afim de deixar o filme, ao menos chamativo para outros tipos de público (mostrar uma boa pancadariazinha com o martelo não faria mal a ninguém kkk).
A trilha sonora é caótica e assim como filme, passa de momentos extremamente calmos tocando blues e jazz, até momentos desenfreados com synthwaves desconexas de elementos harmônicos.
Nesses momentos, os cortes entre planos acontecem, e chega ser bizarro pois tem vezes que acontece montagem rítmica (com os cortes se encaixando exatamente com a música) e de repente os cortes mudam não seguindo mais padrão algum. Em momentos até parece que a intenção é essa, mas depois de um tempo fica visível que foi apenas uma má montagem.
Outro ponto negativo (na verdade, o maior deles) está pela repetição exagerada daquilo que com certeza era o grande diferencial do filme, as consequências...
É óbvio que você optar por não mostrar determinadas situações, mostrando apenas o resultado (por vezes violentos) é interessante - e em muitos casos esse tipo de abordagem se torna até mais impactante do que se fosse somente mostrada as ações acontecendo em sí. Entretanto, ficar repetindo isso a todo momento deixa a perceber que a diretora e a equipe de produção não possuía o menor talento para desenvolver cenas coreografadas. Isso fica claro, no que pra mim, é o momento mais "broxante" do filme, quando o Joe vai resgatar a pequena Nina no Hotel. Aquele era o momento perfeito para mostrar a brutalidade total do protagonista, o qual vem sendo sugerida pouco a pouco até aquele ponto. A opção por exibir as cenas através das câmeras de segurança, além de quebrar a estética (não de uma forma boa) deixa vazar todos os erros da coreografia, mostrando a todo o momento o martelo de Joe passando bem longe dos caras. Dá pra perceber que algumas cenas das lutas não ficaram boas quando os cortes vão simplesmente para mostrar o "nada".
Enfim, resumindo de forma simples (já que o textão foi longo): História = Foda. Atuações = Joaquim Phoenix (preciso dizer mais nada né kkk) Fotografia = Muito Boa. Montagem = Me desagrada em muitos pontos, mas não chega a ser ruim.
Resultado = Violência brutal + estilo poético diferenciado!
Ainda acho que Only God Forgives ou até mesmo Driver souberam mesclar um thriller de violência com filme "arte" de maneira mais eficiente que esse filme. Mas de verdade, You Were Never Really Here é uma experiência cinematográfica que todos deveriam assistir.
Um dos filmes mais incríveis que tive o prazer em assistir nos últimos anos! Brutal, de bela fotografia, atuações excepcionalmente soberbas (principalmente do Joe Cole), sendo provavelmente um dos filmes "não-documentais" mais realistas já feitos! Fazia tempos que não assistia algo que me transportasse diretamente para dentro do filme - sendo 'Bone Tomahawk' e 'Brawl in Cell Block 99' do Craig Zahler, um dos poucos a conseguir fazer isso ultimamente. Contudo, A Prayer Before Dawn, levou isso para outro patamar.
Esse filme conseguiu elevar a fotografia estilo "câmera tremida" a outro nível. Tudo apresentado em tela faz sentido, a câmera quase "engolindo" os corpos assim como a proximidade nos momentos de combate transporta o público diretamente para cena, é possível sentir cada situação mostrada em sua total plenitude, com um nível de verossimilhança extremamente próximo a realidade.
É foda que esses filmes de outros festivais quase nunca chegam a concorrer um Oscar, mesmo sendo melhor que a grande maioria dos filmes indicados! Mas a A Prayer Before Dawn foi, facilmente, um dos melhores filmes de 2018!
Um senhor Western! Melancólico, violentíssimo, de grandes diálogos e fotografia impecável! Me surpreendeu demais esse filme. É impressionante como até os coadjuvantes tem cada um uma cena que os fazem brilhar! De verdade, fazia tempos que não via interpretações tão boas assim!
Achei o filme mais fraco dessa parceria Mark Wahlberg e Peter Berg. Pelo trailer e pelo elenco esperava bem mais. Ainda sim é um ótimo passatempo. Fica visível que se trata de um filme de baixo orçamento (e na verdade é, sendo mais barato que os três filmes anteriores da dupla), mas é um pouco estranho a abordagem que escolheram;
O personagem do Wahlberg é bizarro, é ligado em um 220v de fúria sem motivo, na verdade, todos são. E como o filme é pequeno e a montagem é estranhamente apressada leva um bom tempo pra se entender o que está acontecendo. Tanto que na metade do filme, tem um diálogo expositivo que faz questão de explicar tudinho - chega a ser até bizarro kkkk.
Mas repetindo, mesmo assim, é um ótimo thriller de ação, possuindo algumas cenas muitos boas com o Iko Uwais e uma sequencia brutal logo no inicio do filme.
Pra um longa que era pra ter sido rodado em 2014, e depois do projeto quase morrer me saí um resultado desse, sem duvidas valeu a espera de 4 anos para seu lançamento pois eis que "Os Mo" realizam sua obra prima - ou pelo menos, só o Timo...
Desde de 'Killers' o diretor andava flertando com as lutas coreografadas revolucionárias apresentadas por seu colega, Gareth Evans. (Só a titulo de curiosidade, com lançamento de The Raid em 2011, esse tipo fotografia coreografada junto as lutas - uma evolução das "lutas de aproximação" sul coreanas - mudou de vez a forma datada com que a industria cinematográfica mundial produzia suas cenas de ação - vejam os exemplos disso nos 'Vingadores' dos Russo, que desde 'Soldado 'Invernal copiam exaustivamente sequencias inteiras dos The Raid.)
Ao contrário de 'Headshot', que é um filme abaixo da média da "trinca indonésia", 'The Night Come For Us' conseguiu a façanha de equiparar-se ao nível de solidez da franquia do Evans:
- Os personagens são muitos bons (elemento que faltou em Headshot).
- A história também é bem legal; a relação entre a equipe do Ito e a forma com que é mostrada o submundo da Triade agindo na Indonésia, onde são formada verdadeiras "famílias do crime" me lembrou imediatamente da franquia de games Yakuza.
- As sequencias de ação são magistrais, em especial, a agoniante sequencia que envolve a luta de Bobby e Fatih para proteger Reina.
De verdade, essa turma de atores indonésios merecem fazer muito sucesso. Eles são talentosos demais, tanto produzem ótimas coreografias como sabem atuar muito bem.
Olha, sem muito o que falar, o filme é realmente muito bom - na verdade tudo que a XYZ Films vem produzindo ultimamente vale apena conferir.
PS: Assistiria tranquilamente a uma série ou filme spin off só com a gangue do Ito.
Mas rapaz que filme mal aproveitado. Os personagens são bons, a fotografia é interessante, só que o roteiro e direção... caramba foram muito mal aproveitados. Faltou profundidade no personagem do Bernthal, ele aparece no filme bem menos que o "vilão". É foda porque mesmo com um monte de problemas o filme ainda consegue ser bom.
O clima pacifico da Virginia reflete solidão, em um bairro onde todos parecem estar "doentes". Os que não tem doenças externas, carregam o dobro dentro de sí. Uma pena, esse filme poderia ser uma versão sombria e melancólica do "Onde os fracos não tem vez".
Faltou conteúdo pra o que ele tenta passar ao público a partir da segunda metade. O "correto" seria ter mantido a narrativa de forma mais simples. Pra quem viu o trailer, percebeu que ele foi vendido como se sua história fosse focado em uma revelação da personagem da Fanning. Até foi mas não do jeito que foi vendido. A penúltima cena é muito boa porém
aquele final deles pegando estrada é uma péssima escolha da diretora, quebrou toda a carga emocional da cena anterior com eles passando pela população "robotizada". O qual deveria ser o fim do filme.
O filme tem suas qualidades, o inicio dele inclusive é excelente, mas vai decaindo pouco a pouco, e no final, se torna apenas um bom filme de ficção.
"Gillick - Você tem que fazer o que você tem que fazer. Eu dou meu jeito! Graver - Boa Sorte! "
Esse fatídico diálogo da cena que abre contagem para os 50 minutos finais do filme demonstra como 'Dia do Soldado' não é um filme sobre heróis e anti-heróis, muito menos um simples filme de ação. Taylor Sheridan aos poucos vem se consolidando como um patrono para aquilo que o próprio alcunhou como Neo-Western. Não que seja um subgênero o qual ele tenha inventado, 'Fargo' e 'Onde Os Fracos Não Tem Vez' já davam suas caras nesse estilo décadas atrás, porém a forma com que o roteirista/diretor texano vem moldando isso em seus últimos trabalhos faz com que o cinema hollywoodiano passe a ser novamente respeitado internacionalmente por seus thrillers, colocando-os no mesmo patamar do cinema sul-coreano. Sheridan faz 5 roteiros excepcionais em menos de 3 anos, trazendo a tensão, violência, e dubiedade dos protagonistas tipicas dos Westerns para os dias atuais, e se antes cineastas trabalhavam com universos e situações quase misticas, agora a temática é pautada na realidade, com situações reais e por vezes cruéis que presenciamos todos os dias nos jornais e em redes sociais.
Durante o anuncio dessa continuação me deparei várias vezes com fãs do primeiro filme argumentando sobre a necessidade de uma continuação para uma obra tão boa. Apesar de compreender, não compartilhava dessa opinião, pois Sicario apesar de não ser um blockbuster já é uma propriedade/franquia de respeito internacional. É o jeito americano de se fazer o 'Tropa de Elite', 'Suburra' e 'Gomorra', e assistir esse segundo capitulo já me faz aguardar ansiosamente pelo terceiro longa.
Duas perdas consideráveis aconteceram de um filme para o outro - e não, não estou falando da Emily Blunt. Perdemos primeiramente o compositor 'Jóhann Jóhannsson', e "perdemos" também o mestre Villeneuve. Porém a preocupação inicial da obra ser ruim, ou abaixo do esperado se vai logo aos 5 minutos iniciais de filme.
Hildur Guðnadóttir, parceira de Johannsson, conseguiu emular bem os "sopros" da famosa trilha "The Beast" do original, criando uma score tão sombria que tocá-la repetidas vezes cria um elo de tensão que ecoa por todo filme. E não menos importante temos Sollima, que é cruel em sua direção, e acaba por se aprofundar até mais na atmosfera suja deixada por Villeneuve no primeiro filme. Se antes a personagem da Emily Blunt nos trazia um ar de "bondade" e "inocência" diante da "guerra fria" americana contra os cartéis, agora com o universo estabelecido, o filme mergulha de vez em um banho de sangue e violência, onde homens fazem coisas consideradas terríveis apenas porque é o seu trabalho. A trama é deveras bem construída, se utilizando do mesmo artificio do original; com uma trama secundária (sem sentido inicialmente) que se cruza com a principal próximo ao fim. Além de que o filme, apesar da ficcionalização, acaba por dar uma aula de politicas internacionais, apresentando para o grande público, por exemplo,
a ligação entre o Estado Islâmico e os cartéis mexicanos, que mesmo resolvido com a frase "eram caras de New Jersey", deixa muita coisa em aberto principalmente pelo trecho inicial.
O que pode ser facilmente utilizado como subtrama para o próximo.
Mesmo não saindo como planejado pelo governo americano, a guerra entre os cartéis começou, e as possibilidades até a tão aguardada vingança do Sicário são várias! Graver mostrando um pouco de humanidade ao "salvar" Isabel, abre as portas inclusive para um retorno da Kate Macer (se bem que o arco dela fechou com maestria no primeiro filme)
Enfim, pelo textão é de notar que gostei muito do filme. É o tipo de cinema de qualidade, que é "acima da média" para um blockbuster, mas acaba renegado em grandes premiações por não flertar com as temáticas que a academia gosta. E sinceramente, esses filmes que ficam nesse meio entre "cinemão" e filmes de festival acabam por ser aqueles que marcam verdadeiramente a história do cinema.
O filme é um longo videoclipe de 112 minutos sobre as memórias da geração que viveu os anos 90 em sua plenitude - '1997' é uma data repleta de simbolismos e significados, e a aquela certa "pureza" que os jovens da época tinham é muito bem retratada.
Fotograficamente é um filme impecável e ideia (argumento) é bem interessante, o problema é que o roteiro é muito aquém do que poderia ser e as atuações não são boas o suficiente, o que não permite um boa carga emocional nas cenas importantes e impede esse filme de se tornar memorável, podendo ser até chamado de um "Conta Comigo" dos dias atuais.
Outra coisa que atrapalha o filme é sua montagem, uma vez que o mesmo é exageradamente longo, sendo os primeiros 40 minutos somente um punhado de cenas em slow motion com muito 'Nu/Industrial Metal' (sendo sincero, se eu não curtisse pra cacete Rammstein esse inicio seria bem enfadonho). O correto aqui seria cortar o máximo de cenas desnecessárias fechando o filme com sua 1 hora e 20 minutos e sendo um candidato perfeito para passar na sessão da tarde.
Ver George, Ralph e Lizzie juntos em Live Action arrebentando Chicago é algo emocionante! Me trouxe ótimas lembranças das dezenas de horas que gastei jogando o clássico 'World Tour' no PS1.
A Caçada
3.2 642 Assista AgoraSó por não querer se levar a sério e se assumir como um Exploitation/Battle Royale de ação e comédia logo no começo já valeria muito apena conferir!
Agora, una isso a uma das mulheres mais belas da atualidade (e que atua bem pra caralho por sinal) descendo o cacete em tudo que vê pela frente em cenas de ação bem executadas; criticas bem humoradas à "Liberal Hollywood", aos "justiceiros sociais de internet", ao "politicamente correto", aos "fórums conspiratórios" de internet (O Gary é basicamente o Alex Jones) e de certo modo, até mesmo uma espécie de valorização (um pouco rasa confesso) da camada mais pobre dos EUA: os rednecks, ou, como são chamados grosseiramente pelo termo "WhiteTrash".
É claro que o filme poderia ter sido melhor trabalhado, tendo um desenvolvimento mais caprichado, tanto em seu inicio apressado quanto no arco final, contudo, pensando no baixo orçamento da produção e que esse tipo de filme quase já não tem espaço com tanto blockbuster de super-herói lançado ano após ano, 'The Hunt' acaba por ser um dos filmes mais divertidos desse começo de ano e em tempos de CorongaVirus! kkk
Pequenos Monstros
3.2 157Acho a "putariazinha" do filme desconexa da temática "Filme de zumbi + Crianças Fofinhas".
Ao invés de mostrar a cena do Dave tocando uma pra uma pra foto da Miss Caroline ao lado da turma (que inclusive acho de extremo mal gosto) poderiam ter focado mais no Dave sendo um capeta com as crianças. Tipo a cena que ele chuta o gordinho na porta, que é provavelmente a mais engraçada do filme.
De resto, é um filme bem divertido!
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraVelho, a A24 tá lançando cada filmão esse ano, puta que pariu - Uncut Gems, Midsommar, Anos 90, The Lighthouse...
O filme é sensacional. Nos trás um revival de um estilo narrativo comum décadas atrás e hoje mas comuns nos filmes do leste europeu, onde somente o protagonista é o foco da trama, com espaço minimo para exploração de outros personagens.
Com isso, Adam Sandler carrega (com louvor) o filme nas costas. Onde sua atuação (deveras canastrona) casa perfeitamente com a personalidade cínica do Howard, que pouco se importa com a família e os amigos ao seu redor.
É interessante que o roteiro e a direção faz questão de deixar explicito que apesar das falcatruas, Howard é uma pessoa muito querida por todos.
Isso é mostrado no filme inteiro, e toda essa "tolerância" durante as 2 horas de filme faz com acabamos por esquecer as consequências que isso poderia gerar - por isso a cena final dá aquele "choque de realidade" no espectador!
Enfim, Uncut Gems é um filmão. Como fã incondicional do Sandler, ainda acho que não chegou a superar sua atuação no emocionante "Reine sobre mim", mas com certeza é um dos melhores filmes do ano e merecia uma menção no Oscar - mesmo que o pário este ano esteja pesadíssimo!
PS: A Julia Fox, Meu Deus do céu!
Esquadrão 6
3.0 431 Assista AgoraO filme não é ruim, longe disso, até porque o Bay é um mestre em fazer cenas de ação de brilhar os olhos - e um dos poucos que ainda tem cacife para a explodir e quebrar as coisas sem o uso de CGI.
Contudo, 'Esquadrão 6', tem um grave problema que quebra todos os aspectos técnicos (roteiro, continuísmo, etc) do longa e acaba por transformar uma ideia interessante, em apenas mais um filme, que inclusive, passa longe dos divertidos filmes que o diretor costuma fazer...
Acho que esse é o primeiro filme que vejo com uma MONTAGEM tão DESORGANIZADA; a ponto de, não exatamente comprometer o entendimento da história (porque de fato não a muito o que entender) mas fazê-la perder toda e qualquer tentativa de criação de carga emocional dos personagens.
O tempo de entrada dos flashbacks é tão mal executado que além quebrar o ritmo filme, não adiciona nada para a importância ou carisma dos personagens.
Além disso, existem alguns planos no meio da ação frenética que são completamente avulsos (contei pelo menos 4 enquanto assistia) em que nada tinham haver com a cena em questão. Sinceramente não sei quem deixou isso passar na hora da edição.
Enfim, o filme dá para entreter, mas acaba sendo um desperdício de bons atores e talvez um dos filmes mais fracos que vi do Michael Bay até hoje.
E olha que defendo o cara "a torto e a direito" por aí!
PS: Poderia ser mais interessante fazer uma adaptação do filme do Black Lagoon.
Casamento Sangrento
3.5 948 Assista AgoraMas que beleza de filme hein!
Bem dirigido, bonito pra caramba, aquele sangue falso vermelhinho, vermelhinho que quando jorra nos personagens chega da gosto!!! kkk
Samara Weaving além de uma loirinha lindinha demais, ainda tem um puta time pra de comédia!
A cena dela pedindo ajuda pro cara do carro, puta que pariu! Melhor sequencia de palavrões junto à Dolemite!
Na real, o humor desse filme é excelente. É divertido, violento e com certeza, uma das gratas surpresas desse ano!
PS: Achei que íamos passar batidos esse ano sem nenhum grande Exploitation/Torture Porn, aí me deparo com Ready or Not.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraTem momentos bem divertidos, bastante "auto-fan service" de podolatria, e o Brad Pitt num dos papéis mais carismáticos de sua carreira!
Para ser sincero, esperava bem mais (afinal, 'Os Oito Odiados' foi espetacular), contudo, é bom respiro para jornada cinematográfica do Tarantino!
Lobo Guerreiro 2
3.3 30Filme panfletário pra "passar pano" pro governo chinês!
De qualquer forma, é bem produzido, com boas cenas de ação.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraDepois desse filme, você nunca mais irá conseguir ouvir a "risada" do Coringa da mesma forma!
#NO SPOILER
Aí aí... PENSE NUM FILME COM TANTOS PONTOS POSITIVOS QUE FICA ATÉ DIFÍCIL ESCREVER?
Pensou? Pois é, mas vamos tentar! kkk
Primeiramente começo dizendo que eis aqui um "blockbuster" que realmente merece, e que provavelmente irá concorrer na grande maioria das categorias do Oscar ano que vem!
'Coringa' é uma verdadeira aula de cinema tanto tecnicamente quanto artisticamente falando.
Roteiro, direção, fotografia, atuação (basicamente toda do Phoenix mas já é mais do que o suficiente kkk), direção de arte e trilha sonora - que por sinal, a score principal do filme fica ecoando no cérebro por um bom tempo após a sessão.
O minimalismo utilizado em 90% do filme (até porque o seu orçamento é irrisório para os padrões de Hollywood) não só permitiu o Todd dar toda liberdade necessária pro Joaquim brilhar (geladeira! cof cof!!) como também deixou seu filme bem mais crível, "sombrio e realista" - aquilo que a critica tanto odiava nos filmes da DC.
O longa até faz suas homenagens aos clássicos da era "pós-industrial" do cinema mas mantem foco ao "cinema cult" contemporâneo como 'Clube da Luta', e obviamente faz uma verdadeira "carta de amor" ao cinema do Scorsese. Algo que o diretor já tinha emulado em 'War Dogs', mas na real? O que é bom pode e deve ser emulado quantas vezes for necessário!!!
É bom pra caralho ver o público de cinemão (principalmente o dessa nova onda de filmes de super-herói) tendo mais contato com esse tipo de filme. E que bom que o Todd Phillips conseguiu esse feito, levando sua visão cruel, autoral e ao mesmo tempo cheia de referencias, sem a intromissão dos executivos da Warner... Esse cara merece!
Sobre a sessão:
Acho que é o segundo filme da DC que vejo umas reações meio estranhas do cinema.
- Vi gente abandonando a sessão;
- Pessoas que riam em uns puta momentos tensos;
- Pessoas que ficaram enojadas com os momentos de brutalidade;
- Pessoas "com cabeças explodidas" nos momentos de plot-twist;
- E inclusive, "de certo modo", deu para entender o grau de preocupação em torno desse filme. Pois estava do lado de alguns garotos mais novos que vibravam a cada momento de matança.
No final do filme, um deles falou "Meu irmão, a vontade que eu to agora é de pegar uma arma, colocar uma mascara de palhaço e sair metendo o dedo em geral".
- Não costumo aplaudir no cinema, mas caralho... o filme é foda, e todo mundo aplaudiu sem pena quando os créditos subiram! Minhas palmas foram extremamente sinceras, e só não foram felizes porque o filme te deixa muito, mas muito pra baixo!
Sobre a questão politica:
Tem uma galera já querendo politizar o filme, mas a real, é que assim como Scorsese, o Phillips tomou um enorme cuidado em todos, absolutamente todos os momentos de: Glamourização de violência, de atos políticos e/ou anárquicos, e no debate sobre pós-verdade, fake news e conluio-midiático. Tudo é bem explicito, contudo, não existe lados tomados por essa produção.
O Coringa e o proletariado de Gotham estão do lado certo mesmo causando o caos? Thomas Wayne é o capitalista malvadão mesmo sabendo que seu discurso sobre "palhaços" foi distorcido pela mídia?
Como disse, o filme aborda as temáticas mas para cada momento explicito desse, um contraponto é apresentado em seguida.
Sem duvidas uma das mais incríveis utilizações do contexto de "tese, antítese e síntese" vistas no cinemão contemporâneo.
Enfim, ver o resultado final de Coringa me faz confirmar o quanto já estava na hora dos diretores mais novos "cagarem" um pouco pro cinema dos anos 50 e 60, e não sentir "medo" de referenciar obras "mais atuais" (80,90) sem peso na consciência!
Espero que com esse filme, o selo adulto da DC no cinema finalmente consiga ter seu inicio sem os executivos da Warner meterem o bedelho.
PS: A revelação do porque da risada do Coringa, dõe... e não é pouco!
Brightburn: Filho das Trevas
2.7 607 Assista AgoraÉ bem abaixo do que imaginava quando foi anunciado.
Argumento mal executado, elenco ruim, pouquíssimo desenvolvimento e o principal, FALTA DE EMOÇÃO.
Poderiam ter feito algo semelhante ao 'Chronicle - Poder Sem Limites' (que está anos luz a frente deste filme) mas, infelizmente, 'Brightburn' nada mais é do que um simples terror barato.
Vidro
3.5 1,3K Assista AgoraShyamalan encerra sua "trilogia" em um filme considerado simples para os padrões não só de seus trabalhos anteriores, como também em relação ao próprio universo o qual ele construiu. Contudo, é impossível dizer que se trata de um filme ruim.
A fotografia do filme é maravilhosamente bem construída, a ponto que cada plano daria um excelente wallpaper de tão bonito que é.
As atuações estão ótimas, principalmente nos momentos mais emocionais.
Nesses momentos, McAvoy, Anya Taylor-Joy e Bruce Willis brilham!
Esse ultimo traz de volta aquele olhar depressivo único que só tinha visto nos filmes que ele fazia nos anos 90 e inicio de 2000 - se duvidar, a ultima vez que vi foi no próprio Corpo Fechado. Pelo jeito só o Shyamalan consegue arrancar isso dele ainda.
Vidro, apesar de padronizado, está mais recheado de significados que Corpo Fechado e Fragmentado juntos. Shyamalan brinca com clichês não só dos filmes de super-herói, como também das situações históricas/sociais que levaram as criações dos mesmos nos quadrinhos.
A história, que muita gente reclamou, considero o maior mérito desse filme!
Ela desenvolve por completo os três protagonistas, assim como resgata personagens dos outros filmes, e que (diferente do que muitas franquias fazem por aí) acabam sendo realmente relevantes para o desenvolvimento da trama.
Enfim, no geral, claro que se esperava muito mais, porém, olhando para os filmes anteriores e percebendo que sem sombras de dúvidas muita coisa foi cortada desse longa. Glass consegue encerrar a trilogia sem desrespeitar em momento algum aquilo foi construído até aqui.
Inclusive, o ponto alto do longa para mim, foi o diretor indiano ter resgatado cenas cortadas em Corpo Fechado e conseguir encaixai-las tecnicamente; como flashback dentro da trama, e metaforicamente; fazendo com que seus significados fossem usados diretamente no contexto do filme.
PS: Acho que minha única decepção com esse universo, foi não terem incluído a 'Dama na Água' nele.
Eu juro que fiquei esperando até o ultimo minutinho alguém falar, "então tem uma outra moça aí que voa em um pássaro gigante, e tem poderes de cura inacreditáveis."
Na real, seria foda se a Story aparecesse e curasse a doença do Mr.Glass. E estaria aí a função dela dentro desse universo Shyamalanesco. A moça da água, veio de um outro mundo, para ajudar uma espécie de novo professor Xavier a impedir que outros seres como eles fossem mortos pela a agencia.
Pirei aqui kkkkkkkkkkkk
Justiça Brutal
3.7 153 Assista AgoraEm 'Bone Tomahawk', S.Craig Zahler conseguiu a façanha de realizar um dos melhores e mais originais westerns dos últimos anos. Em 'Brawl In Cell Block 99', mostrou para o mundo sua capacidade de filmar cenas coreografadas impressionantes com câmera fixa (algo inédito até então), e agora, em 'Dragged Across Concrete', o cineasta mostra que também sabe escrever e dirigir cenas de diálogos poderosos e recheados de significados.
Esperei muito pelo lançamento desse filme, tanto que se descerem os comentários vão ver um meu, logo após ter entrado em ecstasy com Cell Block 99.
E assim, talvez pelo peso dos filmes anteriores, e a expectativa gerada para esse, acabei, no final das contas, mais me decepcionando com o filme em alguns pontos, do que o exaltando nos bons momentos. Mas vou tentar esclarecer as coisas ....
Primeiro que esse passa longe de ser o melhor filme dos três que Zahler dirigiu recentemente. E muito disso é devido ao próprio nos ter deixado "mal acostumados" com sua formula narrativa.
O filme inicia muito bem. Sempre com aquela bela fotografia característica, e com lentes que não escondem rugas, suor, marcas de expressão e etc, o que dá aquele aspecto de realismo único o qual conhecemos nos filmes anteriores do diretor.
As cenas de ação são surpreendentemente bem desenvolvidas! Zahler e sua equipe tem uma criatividade quase de engenharia na construção das situações:
É um enquadramento mais genial que o outro, longas tomadas com câmera fixa, uma CALMA MISERÁVEL (no bom sentido) nos tiroteios e explosões! - Costumo dizer pra uns colegas do audiovisual que o Zahler é tipo um Wes Anderson pra macho. Ou seja, sem aquela punhetagem de simetria só pela simetria.
A apresentação dos personagens também é ótima. Em poucos minutos de tela, já é possível identificar suas personalidades, seus dramas e seus objetivos dentro da trama.
E aqui talvez vá meu ponto de maior destaque nesse filme: As atuações!
Todos nesse filme estão ótimos:
Temos um Michael Jay White frágil (Nunca imaginei ver isso), Tory Kittles em uma interpretação quase que ambígua, Sr Don Johnson, sendo Sr. Don Johnson (o que já é foda) Lauren Holden em um papel comovente, e porra, temos a Jennifer Carpenter entregando uma performance que não via desde sua atuação em Emily Rose (grande atriz, simplesmente deixada de escanteio pela indústria).
Agora o destaque pra mim, fica mesmo sendo os diálogos poderosos dados ao personagem do Mel Gibson.
Meu, tinha horas que eu ficava "caralho, se a liberal hollywood não fosse tão extremista esse cara ainda estaria concorrendo no Oscar todos os anos".
O diálogo dele com Don Johnson e mais tarde com a esposa na cozinha são simplesmente incríveis! Do tipo, agora tô torcendo para o Zahler fazer outro filme com ele.
Agora vamos aos pontos negativos, na verdade, ao único problema desse filme.
É o seguinte, basicamente,
O Zahler simplesmente tem um vicio de matar seus protagonistas, das formas mais absolutamente ridículas possíveis.
E se a pessoa já assistiu algum trabalho anterior do diretor, a partir de determinado ponto da trama (nesse filme, exatamente após a primeira hora) fica extremamente previsível qual será o desfecho dos personagens principais. E aí só resta ao espectador torcer para ser surpreendido ao decorrer do longa - o que infelizmente não acontece!
Os ganchos para as mortes dos personagens são muito "de graça" sabe? Do tipo, no momento em que o personagem do Vaugh pede pra mulher ir atrás da aliança = ele vai morrer. Quando o Henry foge no meio do tiroteio e simplesmente some = ele vai matar o Mel Gibson e/ou todo mundo e vai pegar o dinheiro pra ele.
E o foda, é que ele ainda brinca com espectador (dá mesma forma que em Brawl), dando a esperança de que "o protagonista" vai sobreviver no final, devido as situações inacreditáveis que ele passou, só pra ele morrer de forma ridícula depois! Cara isso é frustrante!!!
Enfim, continua sendo um filme acima da média! Um pouco inferior aos anteriores do diretor mas ainda sim, um filmão que vale apena ser conferido!
Operação Fronteira
3.1 379 Assista AgoraPrimeiramente, sendo sincero, não tem como falar que o filme é "ruim".
Ele tem uma direção eficiente, uma fotografia de qualidade, um elenco de peso, e como um "semi-blockbuster", pode-se dizer que está sim, acima da média.
Na real, tem muito filme com orçamento gigantesco que vai pro cinema, e que não tem metade da qualidade desse.
Agora, se formos trata-lo como um thriller de ação, que é um dos poucos gêneros que a indústria ainda produz além do marasmo de 'super-heróis' e 'terror', aí ele peca bastante, pois temos uma safra relativamente recente, realizada por Dennis Villeneuve, Peter Berg e Taylor Sheridan - onde temos Sicario como referencia máxima do que esse gênero é capaz de oferecer.
Vi uma entrevista recente com o diretor do filme, onde ele mesmo disse que o filme atrasou por diversas vezes. Não somente para sair do papel, como também por pausas gigantescas durante as gravações. O que talvez explique a falta de química entre os atores, e a impressão de que todos estavam apenas cumprindo agenda.
Enfim, ainda acho um bom filme. Tem ótimas cenas ao decorrer das 2 horas
O inicio do ataque ao narcotraficantes na favela, é do caralho. E aquele plano do "Batman" centralizado em frente a pilha de dinheiro rende um puta wallpaper kkkk
A edição de som é maravilhosa e trilha é metal dos bons! Vale muito apena assistir!
Galveston: Destinos Cruzados
3.1 51 Assista AgoraBen Foster como sempre em um papel bastante emocional, divide protagonismo com a jovem Elle Fanning que é, definitivamente, dona de uma graciosidade inigualável, onde mesmo em papeis pesadíssimos (como a do filme em questão) ela consegue encantar com seu sorriso encantador!
É filmão! Um roteiro que mistura road movie e thriller, com uma dosezona de carga emocional!
Não chega a ser inovador, pois temos filme a rodo que possuem a mesma forma: 'MUD', 'O Lugar Onde Tudo Termina', e etc. Contudo, o filme da "lindaça" Mélanie Laurent, tem o seu devido valor!
Você Nunca Esteve Realmente Aqui
3.6 521 Assista AgoraVamos por partes...
É um dos melhores filmes do ano (como foi apontado em várias listas de críticos e sites especializados)? Sim!
É o melhor filme de 2018? De forma alguma!
Vale apena assistir? Com certeza! Pois é uma experiência no mínimo diferenciada para um thriller.
Em 'You Were Never Really Here', Lynne Ramsay faz algo semelhante ao que Nicolas Winding Refn executou em 'Only God Forgives', trazendo uma abordagem diferenciada e, podemos dizer até mesmo artística para um gênero que na maioria das vezes possui uma maior proximidade com a ação.
Entretanto, algumas decisões tomadas durante a execução do filme faz com que o mesmo perca bastante de seu "peso fílmico" e se torne uma experiência de certo modo frustrante com o decorrer da trama.
A diretora tenta reprisar alguns elementos que a fizeram famosa em 'Precisamos falar sobre Kevin', o que funciona até certo ponto como um bom diferencial para trama - a passagem entre momentos poéticos e cenas de violência animalesca são ótimas.
Contudo, mesclar técnicas de montagem paralela com elementos simbólicos, dificilmente funciona em um filme que possui um enredo tão padronizado como esse, onde o plot do longa já chama a atenção por sí só: Um homem, ex veterano de guerra (leia-se máquina de matar) e que trabalha como uma versão "justificada" de matador de aluguel, resgatando adolescentes dos pedófilos ricos da cidade.
Esse tipo de trama já foi vista muitas vezes, e mesmo trazendo um tipo diferente de visão sobre esse tipo narrativa, seria interessante manter ao menos algumas coisas pré-estabelecidas pelo gênero afim de deixar o filme, ao menos chamativo para outros tipos de público (mostrar uma boa pancadariazinha com o martelo não faria mal a ninguém kkk).
A trilha sonora é caótica e assim como filme, passa de momentos extremamente calmos tocando blues e jazz, até momentos desenfreados com synthwaves desconexas de elementos harmônicos.
Nesses momentos, os cortes entre planos acontecem, e chega ser bizarro pois tem vezes que acontece montagem rítmica (com os cortes se encaixando exatamente com a música) e de repente os cortes mudam não seguindo mais padrão algum. Em momentos até parece que a intenção é essa, mas depois de um tempo fica visível que foi apenas uma má montagem.
Outro ponto negativo (na verdade, o maior deles) está pela repetição exagerada daquilo que com certeza era o grande diferencial do filme, as consequências...
É óbvio que você optar por não mostrar determinadas situações, mostrando apenas o resultado (por vezes violentos) é interessante - e em muitos casos esse tipo de abordagem se torna até mais impactante do que se fosse somente mostrada as ações acontecendo em sí. Entretanto, ficar repetindo isso a todo momento deixa a perceber que a diretora e a equipe de produção não possuía o menor talento para desenvolver cenas coreografadas.
Isso fica claro, no que pra mim, é o momento mais "broxante" do filme, quando o Joe vai resgatar a pequena Nina no Hotel.
Aquele era o momento perfeito para mostrar a brutalidade total do protagonista, o qual vem sendo sugerida pouco a pouco até aquele ponto. A opção por exibir as cenas através das câmeras de segurança, além de quebrar a estética (não de uma forma boa) deixa vazar todos os erros da coreografia, mostrando a todo o momento o martelo de Joe passando bem longe dos caras. Dá pra perceber que algumas cenas das lutas não ficaram boas quando os cortes vão simplesmente para mostrar o "nada".
Enfim, resumindo de forma simples (já que o textão foi longo):
História = Foda.
Atuações = Joaquim Phoenix (preciso dizer mais nada né kkk)
Fotografia = Muito Boa.
Montagem = Me desagrada em muitos pontos, mas não chega a ser ruim.
Resultado = Violência brutal + estilo poético diferenciado!
Ainda acho que Only God Forgives ou até mesmo Driver souberam mesclar um thriller de violência com filme "arte" de maneira mais eficiente que esse filme. Mas de verdade, You Were Never Really Here é uma experiência cinematográfica que todos deveriam assistir.
Prece ao Nascer do Dia
3.7 74Um dos filmes mais incríveis que tive o prazer em assistir nos últimos anos!
Brutal, de bela fotografia, atuações excepcionalmente soberbas (principalmente do Joe Cole), sendo provavelmente um dos filmes "não-documentais" mais realistas já feitos!
Fazia tempos que não assistia algo que me transportasse diretamente para dentro do filme - sendo 'Bone Tomahawk' e 'Brawl in Cell Block 99' do Craig Zahler, um dos poucos a conseguir fazer isso ultimamente. Contudo, A Prayer Before Dawn, levou isso para outro patamar.
Esse filme conseguiu elevar a fotografia estilo "câmera tremida" a outro nível. Tudo apresentado em tela faz sentido, a câmera quase "engolindo" os corpos assim como a proximidade nos momentos de combate transporta o público diretamente para cena, é possível sentir cada situação mostrada em sua total plenitude, com um nível de verossimilhança extremamente próximo a realidade.
É foda que esses filmes de outros festivais quase nunca chegam a concorrer um Oscar, mesmo sendo melhor que a grande maioria dos filmes indicados!
Mas a A Prayer Before Dawn foi, facilmente, um dos melhores filmes de 2018!
Hostis
3.7 157Um senhor Western!
Melancólico, violentíssimo, de grandes diálogos e fotografia impecável!
Me surpreendeu demais esse filme. É impressionante como até os coadjuvantes tem cada um uma cena que os fazem brilhar! De verdade, fazia tempos que não via interpretações tão boas assim!
O Predador
2.5 649Que confusão!
22 Milhas
3.1 188 Assista AgoraAchei o filme mais fraco dessa parceria Mark Wahlberg e Peter Berg. Pelo trailer e pelo elenco esperava bem mais.
Ainda sim é um ótimo passatempo. Fica visível que se trata de um filme de baixo orçamento (e na verdade é, sendo mais barato que os três filmes anteriores da dupla), mas é um pouco estranho a abordagem que escolheram;
O personagem do Wahlberg é bizarro, é ligado em um 220v de fúria sem motivo, na verdade, todos são. E como o filme é pequeno e a montagem é estranhamente apressada leva um bom tempo pra se entender o que está acontecendo. Tanto que na metade do filme, tem um diálogo expositivo que faz questão de explicar tudinho - chega a ser até bizarro kkkk.
Mas repetindo, mesmo assim, é um ótimo thriller de ação, possuindo algumas cenas muitos boas com o Iko Uwais e uma sequencia brutal logo no inicio do filme.
A Noite nos Persegue
3.6 175Pra um longa que era pra ter sido rodado em 2014, e depois do projeto quase morrer me saí um resultado desse, sem duvidas valeu a espera de 4 anos para seu lançamento pois eis que "Os Mo" realizam sua obra prima - ou pelo menos, só o Timo...
Desde de 'Killers' o diretor andava flertando com as lutas coreografadas revolucionárias apresentadas por seu colega, Gareth Evans.
(Só a titulo de curiosidade, com lançamento de The Raid em 2011, esse tipo fotografia coreografada junto as lutas - uma evolução das "lutas de aproximação" sul coreanas - mudou de vez a forma datada com que a industria cinematográfica mundial produzia suas cenas de ação - vejam os exemplos disso nos 'Vingadores' dos Russo, que desde 'Soldado 'Invernal copiam exaustivamente sequencias inteiras dos The Raid.)
Ao contrário de 'Headshot', que é um filme abaixo da média da "trinca indonésia", 'The Night Come For Us' conseguiu a façanha de equiparar-se ao nível de solidez da franquia do Evans:
- Os personagens são muitos bons (elemento que faltou em Headshot).
- A história também é bem legal; a relação entre a equipe do Ito e a forma com que é mostrada o submundo da Triade agindo na Indonésia, onde são formada verdadeiras "famílias do crime" me lembrou imediatamente da franquia de games Yakuza.
- As sequencias de ação são magistrais, em especial, a agoniante sequencia que envolve a luta de Bobby e Fatih para proteger Reina.
De verdade, essa turma de atores indonésios merecem fazer muito sucesso. Eles são talentosos demais, tanto produzem ótimas coreografias como sabem atuar muito bem.
Olha, sem muito o que falar, o filme é realmente muito bom - na verdade tudo que a XYZ Films vem produzindo ultimamente vale apena conferir.
PS: Assistiria tranquilamente a uma série ou filme spin off só com a gangue do Ito.
Doce Virginia
2.9 86Mas rapaz que filme mal aproveitado.
Os personagens são bons, a fotografia é interessante, só que o roteiro e direção... caramba foram muito mal aproveitados. Faltou profundidade no personagem do Bernthal, ele aparece no filme bem menos que o "vilão".
É foda porque mesmo com um monte de problemas o filme ainda consegue ser bom.
O clima pacifico da Virginia reflete solidão, em um bairro onde todos parecem estar "doentes". Os que não tem doenças externas, carregam o dobro dentro de sí.
Uma pena, esse filme poderia ser uma versão sombria e melancólica do "Onde os fracos não tem vez".
Agora Estamos Sozinhos
2.7 127 Assista AgoraFaltou conteúdo pra o que ele tenta passar ao público a partir da segunda metade. O "correto" seria ter mantido a narrativa de forma mais simples. Pra quem viu o trailer, percebeu que ele foi vendido como se sua história fosse focado em uma revelação da personagem da Fanning. Até foi mas não do jeito que foi vendido.
A penúltima cena é muito boa porém
aquele final deles pegando estrada é uma péssima escolha da diretora, quebrou toda a carga emocional da cena anterior com eles passando pela população "robotizada". O qual deveria ser o fim do filme.
O filme tem suas qualidades, o inicio dele inclusive é excelente, mas vai decaindo pouco a pouco, e no final, se torna apenas um bom filme de ficção.
Sicario: Dia do Soldado
3.5 234 Assista Agora"Gillick - Você tem que fazer o que você tem que fazer. Eu dou meu jeito!
Graver - Boa Sorte! "
Esse fatídico diálogo da cena que abre contagem para os 50 minutos finais do filme demonstra como 'Dia do Soldado' não é um filme sobre heróis e anti-heróis, muito menos um simples filme de ação.
Taylor Sheridan aos poucos vem se consolidando como um patrono para aquilo que o próprio alcunhou como Neo-Western. Não que seja um subgênero o qual ele tenha inventado, 'Fargo' e 'Onde Os Fracos Não Tem Vez' já davam suas caras nesse estilo décadas atrás, porém a forma com que o roteirista/diretor texano vem moldando isso em seus últimos trabalhos faz com que o cinema hollywoodiano passe a ser novamente respeitado internacionalmente por seus thrillers, colocando-os no mesmo patamar do cinema sul-coreano.
Sheridan faz 5 roteiros excepcionais em menos de 3 anos, trazendo a tensão, violência, e dubiedade dos protagonistas tipicas dos Westerns para os dias atuais, e se antes cineastas trabalhavam com universos e situações quase misticas, agora a temática é pautada na realidade, com situações reais e por vezes cruéis que presenciamos todos os dias nos jornais e em redes sociais.
Durante o anuncio dessa continuação me deparei várias vezes com fãs do primeiro filme argumentando sobre a necessidade de uma continuação para uma obra tão boa. Apesar de compreender, não compartilhava dessa opinião, pois Sicario apesar de não ser um blockbuster já é uma propriedade/franquia de respeito internacional. É o jeito americano de se fazer o 'Tropa de Elite', 'Suburra' e 'Gomorra', e assistir esse segundo capitulo já me faz aguardar ansiosamente pelo terceiro longa.
Duas perdas consideráveis aconteceram de um filme para o outro - e não, não estou falando da Emily Blunt.
Perdemos primeiramente o compositor 'Jóhann Jóhannsson', e "perdemos" também o mestre Villeneuve. Porém a preocupação inicial da obra ser ruim, ou abaixo do esperado se vai logo aos 5 minutos iniciais de filme.
Hildur Guðnadóttir, parceira de Johannsson, conseguiu emular bem os "sopros" da famosa trilha "The Beast" do original, criando uma score tão sombria que tocá-la repetidas vezes cria um elo de tensão que ecoa por todo filme. E não menos importante temos Sollima, que é cruel em sua direção, e acaba por se aprofundar até mais na atmosfera suja deixada por Villeneuve no primeiro filme.
Se antes a personagem da Emily Blunt nos trazia um ar de "bondade" e "inocência" diante da "guerra fria" americana contra os cartéis, agora com o universo estabelecido, o filme mergulha de vez em um banho de sangue e violência, onde homens fazem coisas consideradas terríveis apenas porque é o seu trabalho.
A trama é deveras bem construída, se utilizando do mesmo artificio do original; com uma trama secundária (sem sentido inicialmente) que se cruza com a principal próximo ao fim. Além de que o filme, apesar da ficcionalização, acaba por dar uma aula de politicas internacionais, apresentando para o grande público, por exemplo,
a ligação entre o Estado Islâmico e os cartéis mexicanos, que mesmo resolvido com a frase "eram caras de New Jersey", deixa muita coisa em aberto principalmente pelo trecho inicial.
Mesmo não saindo como planejado pelo governo americano, a guerra entre os cartéis começou, e as possibilidades até a tão aguardada vingança do Sicário são várias! Graver mostrando um pouco de humanidade ao "salvar" Isabel, abre as portas inclusive para um retorno da Kate Macer (se bem que o arco dela fechou com maestria no primeiro filme)
Enfim, pelo textão é de notar que gostei muito do filme. É o tipo de cinema de qualidade, que é "acima da média" para um blockbuster, mas acaba renegado em grandes premiações por não flertar com as temáticas que a academia gosta. E sinceramente, esses filmes que ficam nesse meio entre "cinemão" e filmes de festival acabam por ser aqueles que marcam verdadeiramente a história do cinema.
Os Garotos nas Árvores
3.2 66 Assista AgoraO filme é um longo videoclipe de 112 minutos sobre as memórias da geração que viveu os anos 90 em sua plenitude - '1997' é uma data repleta de simbolismos e significados, e a aquela certa "pureza" que os jovens da época tinham é muito bem retratada.
Fotograficamente é um filme impecável e ideia (argumento) é bem interessante, o problema é que o roteiro é muito aquém do que poderia ser e as atuações não são boas o suficiente, o que não permite um boa carga emocional nas cenas importantes e impede esse filme de se tornar memorável, podendo ser até chamado de um "Conta Comigo" dos dias atuais.
Outra coisa que atrapalha o filme é sua montagem, uma vez que o mesmo é exageradamente longo, sendo os primeiros 40 minutos somente um punhado de cenas em slow motion com muito 'Nu/Industrial Metal' (sendo sincero, se eu não curtisse pra cacete Rammstein esse inicio seria bem enfadonho). O correto aqui seria cortar o máximo de cenas desnecessárias fechando o filme com sua 1 hora e 20 minutos e sendo um candidato perfeito para passar na sessão da tarde.
Rampage: Destruição Total
3.0 537 Assista AgoraVer George, Ralph e Lizzie juntos em Live Action arrebentando Chicago é algo emocionante!
Me trouxe ótimas lembranças das dezenas de horas que gastei jogando o clássico 'World Tour' no PS1.