No que tange a escolha de elenco, a equipe de produção acertou positivamente apostando em grandes nomes, como: Robin Wright (Antíope), David Thewlis e Elena Anaya (Doutora Veneno) desenvolvendo cada um muito bem seus papéis. A sequência de cenas também foi um ponto respeitado pela diretora Patty Jenkins, encaixando o início da obra perfeitamente com o seu término sem deixar pontas soltas para a história da heroína. Agora, vale destacar a inteligência elegante do roteirista em distribuir as reflexões do discurso do movimento feminista em momentos chave da película, permitindo ao telespectador criar empatia com a causa da mulher guerreira. Esse tipo de texto dá margem a discussões sobre a necessidade de mudanças nos valores e também na equidade de gênero em nossa sociedade.
007 – Contra o Satânico Dr. No é o primeiro filme daquela que viria a ser a franquia mais famosa do cinema, que completou 50 anos em 2012. Baseado no livro homônimo de Ian Fleming, foi responsável por dar um rosto ao agente 007 e torná-lo mundialmente conhecido. Tão importante quanto o protagonista, os vilões da franquia 007 costumam estar à altura de Bond, principalmente em raciocínio lógico e habilidades de luta, e representar um grande desafio para o agente. No entanto, este é outro aspecto importante que não funcionou muito bem no primeiro 007. Dr. No, quando finalmente aparece em cena, após muito suspense acerca das misteriosas atividades na ilha de Crab Key, revela-se pouco intimidador. Assim, o vilão, que poderia desempenhar um papel tão importante quando o do protagonista, quase que passa despercebido pelo filme. O mistério de Dr. No permanece um mistério. É revelado o que ele pretende e o motivo, mas geralmente boa parte do passado do antagonista, justamente o que dá sustentação aos seus planos diabólicos em outros filmes, aqui também passa despercebido. Desta forma, não há um grande confronto entre protagonista e antagonista, o que em filmes futuros representaria bons momentos finais e mais interessantes do que em Dr. No.
O grande triunfo do roteiro, de autoria também de Anna Muylaert, consiste no desvelamento da gentileza e da suposta ausência de preconceitos que envolvem até mesmo classes sociais ditas esclarecidas e ligadas a áreas criativas. Naturalmente não se trata de uma generalização, porém não é possível negar a existência do desprezo do Sul/Sudeste em relação ao Nordeste e as regras tácitas de subalternidade mesmo para quem é “quase da família”. Com fins de expor estas ideias os antagonistas se apresentam quase caricaturais. A patroa é má, muito má, o patrão é aparentemente bondoso, mas assediador. Talvez o retrato de uma questão real seja demasiadamente carregado com personagens que um pouco mais além disto não seriam nem críveis, mesmo que a quebra da “cordialidade” baseada na subalternidade de fato possa criar os atritos percebidos no decorrer do filme. Alternando humor e seriedade, Que Horas Ela Volta? tece um importante comentário social sobre a falsa harmonia entre classes, e com atuações consistentes de Regina Casé e Camila Márdila o filme funciona bem e emociona.
É facilmente perceptível em Preso na Escuridão características que depois seriam vistas em filmes como Amnésia (2000) e Clube da Luta (1999), por exemplo, além de já ser notável o talento de Amenábar para construir um bom suspense (vide seu trabalho posterior em Os Outros) – apesar de ele ter escorregado a mão em Regressão (2015), infelizmente. Por esses motivos, apesar de já ser um filme um pouco datado e por não ter resistido ao prestígio do seu remake, é uma obra que merece ser prestigiada pela originalidade de seu roteiro e características técnicas, principalmente a montagem, mas também direção e fotografia, que assume um tom mais colorido no início da película, mas que depois apresenta tons escuros, para corroborar com as diferenças psicológicas do protagonista nos diferentes momentos do filme.
Como Ingrid e Gregory estavam lindos nesse filme! par romântico super fofo <3 Hitch nunca falhando em criar suspense: lá pra metade do filme eu já estava em cólicas querendo saber o que tinha realmente acontecido!
Um bonde chamado desejo (como não lembrar imediatamente do Marlon Brando gritando "STEEEEEEEEEEELA!"?!), All About Eve e as outras inúmeras referências à Bette *-*
"Nem me lembro a última vez que chupei um pau" (Huma) kkkkkkkkkkkk
"Look at these people jogging, trying to stave off the inevitable decay of the body." "Confidence isn't my strong point. [...] Why must I let my insecurities spoil everything?" "I should stop ruining my life searching for answers I'm never gonna get and just enjoy it while it lasts."
Pra mim, aquele passeio no iate nunca aconteceu. Todo mundo morreu a caminho dele ou pouco antes do mesmo acontecer. Não faz sentido apenas a Jess ter morrido e os demais serem só coisa da cabeça dela. Todo o passeio e a continuação no navio já é o purgatório para todos eles.
Seja como for, ótimo filme. Inteligente e que faz o telespectador correr atrás das peças para encaixar no quebra-cabeças.
WOW. Vi esse filme (e revi) já tem dois dias e ele não me sai da cabeça, não paro de pensar nele. Inicialmente queria dizer que esse filme é um quebra cabeça incrível, amei o contraste da atmosfera do início do filme com a do final (lembra um pouco o início de Blue Velvet), a maneira como achamos se tratar de uma coisa, e de como somos jogados no mais completo abismo do "que porra tá acontecendo?". Quando terminei pela primeira vez, achei que tinha entendido uma coisa, daí vim aqui e algumas opiniões me fizeram reassistir ao filme com um novo olhar. Daí fui percebendo alguns símbolos e metáforas.
Primeiro, eu achei que a história tinha acontecido de fato, que a Diane tinha armado aquilo tudo pra Camilla, mas algumas coisas não se encaixavam, como aqueles figurões do cinema, e o próprio fato de que a Diane não teria tanto dinheiro para arcar com um plano desses. Daí vi as pessoas falando que era tudo sonho, e fez mais sentido, então reassisti sob essa perspectiva.
A primeira parte do filme então seria um sonho da Diane, e a segunda parte uma mistura de acontecimentos pós e anteriores ao sonho. Diane teria encomendado a morte da Camilla (naquela cena dela com o Mark Pellegrino, em que ela diz "this is the girl", mesma frase que o Adam é obrigado a dizer quando da escolha da atriz principal de seu filme, no sonho de Diane; e também quando a vizinha de Diane vai em sua casa, ela diz que dois detetives estão à sua procura, provavelmente por causa da morte de Camilla), ficou com o peso da culpa na consciência, e por fim acaba se matando (o corpo que Betty e Rita encontram o corpo na casa de Diane poderia ser o da própria Diane ou a simulação do de Camilla).
No sonho, como geralmente acontece, ela acaba trocando alguns fatos e pessoas, de acordo com o que a personalidade de cada um desperta nela. Por exemplo, a imagem da garçonete Betty, aparentemente doce, inocente, num momento em que ela estava encomendando a morte da mulher que ela amava, ficou em seu subconsciente, e no sonho foi a pessoa que ela se tornou, daí aquela personagem amável, disposta a ajudar uma estranha em apuros.
A mãe do Adam, Coco, na segunda parte do filme é uma das poucas pessoas que dá atenção a ela, que escuta sua história, que parece entender o sentimento dela com relação à Camilla, e então no sonho ela se torna aquela bondosa locatária, que zela pelo bem-estar dos condôminos, e que alerta a Betty de que a "Rita" pode ser problema.
A própria Camilla, que, posteriormente, vemos se tratar de uma mulher cruel, que brinca com os sentimentos da Diane (como na cena do estúdio, em que ela pede ao Adam que Diane fique, enquanto descaradamente beija o diretor, ou na cena do jantar, em que ela insiste para que Diane vá, e a menospreza completamente), no sonho se transforma em uma mulher indefesa, dependente da bondosa Betty, desfrutando de seu amor e dando-lhe o seu em retorno e de bom grado.
A parte dos figurões do estúdio, pelo que entendi, seria uma manifestação da frustração da Diane, que era uma boa atriz (como na cena em que ela faz o teste, mas enquanto alguns reconhecem seu talento, o próprio diretor do filme, Bob Rooker, faz pouco caso de sua atuação), mas que nunca chegou a ser reconhecida, ofuscada pela beleza de Camilla, e pelo prestígio que ela dispunha diante dos diretores - tanto Adam, quanto o já mencionado Bob Rooker, vivendo à sua sombra, de pontas em seus filmes. Daí no sonho aquela imposição do estúdio sobre Adam, obrigado a escolher uma determinada atriz principal para o seu próprio filme. Ao passo que essa seria uma crítica do próprio Mulholland Drive, de como se dá muitas vezes o processo de escolha dos atores.
Enfim, isso foi o que consegui captar e o que entendi. Acredito que ainda tem muita coisa que deixei passar, quem quiser acrescentar ou discordar de algo, comenta aí! desde que vi esse filme não paro de falar nele e de recomendá-lo, sempre esperando alguém para poder discutir sobre ele. :)
Diferentemente de Malévola (2014), que busca recriar a fábula, o roteiro de A Bela e a Fera segue bastante a animação de 1991, que foi um sucesso estrondoso na época. Muitas fontes afirmam que o live action está mais fiel ao livro que deu origem à animação, então não há nada muito exatamente novo no filme, além da adição de alguns números musicais (o que, por sua vez, torna o filme um pouco cansativo), e o ultimamente recorrente e benéfico aceno a questões de minorias, como a inserção de atores negros e também a própria personagem LeFou (Josh Gad), primeira personagem “oficialmente” gay da Disney. São movimentações importantes tendo em vista o impacto que as produções Disney possui.
Leia mais em: pipocatime. wordpress. com/2017/03/22/critica-a-bela-e-a-fera-2017/ :)
O filme nitidamente se estrutura em dois atos: da infância de Saroo até a sua adoção e sua vida adulta na busca por sua família biológica. Imagina-se com esta sinopse que o filme caminha através de uma maneira emotiva de narrar e a expectativa é parcialmente cumprida. É angustiante a jornada de Saroo até ser adotado. Nesta fase, Saroo é interpretado pelo ótimo Sunny Pawar. O filme também não perde a oportunidade de mostrar a ainda exótica Índia, mas de um ponto de vista a retratar suas mazelas, sem retratar a sua exuberância cultural, o que soa para mim como acertado. A ótica deslumbrada ocidental sobre o Oriente é algo demasiadamente recorrente em diversos filmes.
Após atravessar metade do país sozinho num trem vazio e enfrentar a dureza das ruas de Calcutá, Saroo é recolhido para um orfanato, e com pouco tempo acaba sendo adotado por um casal de australianos, John (David Wenham) e Sue (Nicole Kidman). O filme pincela brevemente sobre a dificuldade da adaptação aos novos pais e a uma nova cultura. O casal ainda adota outra criança indiana, Mantosh, com o qual os problemas por conta dele também são vistos apressadamente. A partir daí o filme pula para a fase adulta de Saroo. No entanto, desde este momento já é possível perceber o principal pecado do filme, que é a falta de aprofundamento nos grandes dramas do protagonista. Personagens vem e vão e não é possível conviver com eles o suficiente para que a carga dramática chegue no ponto ideal.
Pra quem gostou e quer ler mais, é só acessar: pipocatime. wordpress. com/2017/02/11/critica-lion-2016/ =)
A década de 60 em termos históricos é algo próximo do ontem para a progressão normal do tempo e com base nisto o que vemos em Hidden Figures (título nacional Estrelas Além do Tempo) é aterrador. Perceber que até pouco tempo a segregação racial era normativa e com respaldo da lei nos Estados Unidos adiciona um elemento importante para entender o que vivemos hoje.
Hidden Figures concorre ao Oscar de Melhor Filme, mantendo um movimento interessante da Academia em pôr na disputa tanto filmes com estética não tão convencional como filmes com temáticas sociais que tocam em pontos problemáticos da sociedade estadunidense, eventualmente premiando-os.
Em um momento de filmes tão genéricos carregados de CGI, é bastante louvável perceber uma cinematografia própria e específica em um diretor, que é o caso de Mel Gibson. No seu trabalho mais recente, Até o Último Homem (2016), que concorre a seis categorias do Oscar incluindo Melhor Filme, Gibson consegue mais uma vez deixar marcante a sua poética cinematográfica. Mel Gibson não dirige frequentemente filmes, afinal Até o Último Homem é apenas o seu quinto filme, mas seus filmes despertam atenção e por vezes até polêmica, como em A Paixão de Cristo (2002) e no clássico Coração Valente (1995), quando Mel Gibson foi duplamente premiado no Oscar, vencendo na categoria Melhor Filme e Melhor Diretor.
Em Até o Último Homem as características principais da filmografia do diretor estão lá: intensa violência, grande peso emocional e um grande valor humano do seu protagonista. Ademais, sua fotografia é bem na linha cinemão hollywoodiano para premiação. Correta e bem feita, mas nada fora do convencional. Neste filme logo no começo da apreciação temi que ele soasse como mais um filme genérico que exalta o heroísmo estadunidense, mas ele tem o cuidado de não soar muito propagandista.
Touro Indomável é uma cinebiografia. Retrata a história do pugilista Jake LaMotta, campeão do peso médio dotado de um gênio bastante explosivo, temperamento que o fez alcançar o topo nos ringues e ao mesmo tempo destruiu na sua vida pessoal. O primeiro ponto notório no filme é o fato de ser quase que totalmente fotografado em preto e branco, à exceção de uma pequena cena. Particularmente acho de uma beleza ímpar a estética visual do filme, acrescida de uma trilha sonora fantástica. A introdução com o tema da ópera Cavalleria Rusticana mostrando o aquecimento de Jake é um dos momentos mais brilhantes do cinema.
O conservadorismo moral muita vezes se expressa através de uma imagem de força, de manutenção de valores sólidos, edificantes que trazem uma certeza do que é certo e sempre foi. Provavelmente para quem se identifica com estes valores, Beleza Americana é um filme com valores distorcidos e mensagem confusa.
Lançado em 1999 e dirigido por Sam Mendes, o filme retrata o cotidiano de uma família suburbana estadunidense, com sua casa com gramado e vizinhança sem cercas, local mais apropriado para demonstrar uma família padrão do comercial de margarina (que não está errada, só não pode ser vista como a única forma possível de família).
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraNo que tange a escolha de elenco, a equipe de produção acertou positivamente apostando em grandes nomes, como: Robin Wright (Antíope), David Thewlis e Elena Anaya (Doutora Veneno) desenvolvendo cada um muito bem seus papéis. A sequência de cenas também foi um ponto respeitado pela diretora Patty Jenkins, encaixando o início da obra perfeitamente com o seu término sem deixar pontas soltas para a história da heroína. Agora, vale destacar a inteligência elegante do roteirista em distribuir as reflexões do discurso do movimento feminista em momentos chave da película, permitindo ao telespectador criar empatia com a causa da mulher guerreira. Esse tipo de texto dá margem a discussões sobre a necessidade de mudanças nos valores e também na equidade de gênero em nossa sociedade.
https:/ /pipocatime. wordpress. com/2017/06/07/critica-mulher-maravilha-2017/
007 Contra o Satânico Dr. No
3.7 293 Assista Agora007 – Contra o Satânico Dr. No é o primeiro filme daquela que viria a ser a franquia mais famosa do cinema, que completou 50 anos em 2012. Baseado no livro homônimo de Ian Fleming, foi responsável por dar um rosto ao agente 007 e torná-lo mundialmente conhecido.
Tão importante quanto o protagonista, os vilões da franquia 007 costumam estar à altura de Bond, principalmente em raciocínio lógico e habilidades de luta, e representar um grande desafio para o agente. No entanto, este é outro aspecto importante que não funcionou muito bem no primeiro 007. Dr. No, quando finalmente aparece em cena, após muito suspense acerca das misteriosas atividades na ilha de Crab Key, revela-se pouco intimidador. Assim, o vilão, que poderia desempenhar um papel tão importante quando o do protagonista, quase que passa despercebido pelo filme. O mistério de Dr. No permanece um mistério. É revelado o que ele pretende e o motivo, mas geralmente boa parte do passado do antagonista, justamente o que dá sustentação aos seus planos diabólicos em outros filmes, aqui também passa despercebido.
Desta forma, não há um grande confronto entre protagonista e antagonista, o que em filmes futuros representaria bons momentos finais e mais interessantes do que em Dr. No.
https:// pipocatime. wordpress. com/2017/06/28/critica-007-contra-o-satanico-dr-no-1962/
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraO grande triunfo do roteiro, de autoria também de Anna Muylaert, consiste no desvelamento da gentileza e da suposta ausência de preconceitos que envolvem até mesmo classes sociais ditas esclarecidas e ligadas a áreas criativas. Naturalmente não se trata de uma generalização, porém não é possível negar a existência do desprezo do Sul/Sudeste em relação ao Nordeste e as regras tácitas de subalternidade mesmo para quem é “quase da família”.
Com fins de expor estas ideias os antagonistas se apresentam quase caricaturais. A patroa é má, muito má, o patrão é aparentemente bondoso, mas assediador. Talvez o retrato de uma questão real seja demasiadamente carregado com personagens que um pouco mais além disto não seriam nem críveis, mesmo que a quebra da “cordialidade” baseada na subalternidade de fato possa criar os atritos percebidos no decorrer do filme.
Alternando humor e seriedade, Que Horas Ela Volta? tece um importante comentário social sobre a falsa harmonia entre classes, e com atuações consistentes de Regina Casé e Camila Márdila o filme funciona bem e emociona.
https:/ /pipocatime. wordpress. com/2017/06/30/critica-que-horas-ela-volta-2015/
Preso na Escuridão
4.2 497 Assista AgoraÉ facilmente perceptível em Preso na Escuridão características que depois seriam vistas em filmes como Amnésia (2000) e Clube da Luta (1999), por exemplo, além de já ser notável o talento de Amenábar para construir um bom suspense (vide seu trabalho posterior em Os Outros) – apesar de ele ter escorregado a mão em Regressão (2015), infelizmente. Por esses motivos, apesar de já ser um filme um pouco datado e por não ter resistido ao prestígio do seu remake, é uma obra que merece ser prestigiada pela originalidade de seu roteiro e características técnicas, principalmente a montagem, mas também direção e fotografia, que assume um tom mais colorido no início da película, mas que depois apresenta tons escuros, para corroborar com as diferenças psicológicas do protagonista nos diferentes momentos do filme.
https:// pipocatime. wordpress. com/2017/07/07/critica-preso-na-escuridao-1997/
Quando Fala o Coração
4.0 161Como Ingrid e Gregory estavam lindos nesse filme! par romântico super fofo <3
Hitch nunca falhando em criar suspense: lá pra metade do filme eu já estava em cólicas querendo saber o que tinha realmente acontecido!
Elefante
3.6 1,2K Assista AgoraEsperava um pouco mais desse filme.
Senti falta principalmente de um foco maior no psicológico dos assassinos (só uma cena de bullying e outra dos guri jogando videogame é muito clichê.)
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista Agora"À Bette Davis" <3
Um bonde chamado desejo (como não lembrar imediatamente do Marlon Brando gritando "STEEEEEEEEEEELA!"?!), All About Eve e as outras inúmeras referências à Bette *-*
"Nem me lembro a última vez que chupei um pau" (Huma) kkkkkkkkkkkk
Bicho de Sete Cabeças
4.0 1,1K Assista Agora"É preciso fingir. Quem é que não finge neste mundo, quem?"
Hannah e Suas Irmãs
4.0 293"Look at these people jogging, trying to stave off the inevitable decay of the body."
"Confidence isn't my strong point. [...] Why must I let my insecurities spoil everything?"
"I should stop ruining my life searching for answers I'm never gonna get and just enjoy it while it lasts."
Mulheres do Século XX
4.0 415 Assista AgoraQuero uma pessoa como a Abbie para influenciar na criação do meu futuro filh@ também <3
Triângulo do Medo
3.5 1,3K Assista AgoraPra mim, aquele passeio no iate nunca aconteceu. Todo mundo morreu a caminho dele ou pouco antes do mesmo acontecer. Não faz sentido apenas a Jess ter morrido e os demais serem só coisa da cabeça dela. Todo o passeio e a continuação no navio já é o purgatório para todos eles.
Seja como for, ótimo filme. Inteligente e que faz o telespectador correr atrás das peças para encaixar no quebra-cabeças.
Nasce Uma Estrela
4.0 113 Assista AgoraO final é bastante ousado e corajoso, especialmente para a época.
Abril Despedaçado
4.2 673Menino <3
e Wagner Moura fazendo uma pontinha haha
Filhos da Guerra
4.0 63- Is it hard to play someone else?
- It's much easier than playing yourself
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraWOW. Vi esse filme (e revi) já tem dois dias e ele não me sai da cabeça, não paro de pensar nele. Inicialmente queria dizer que esse filme é um quebra cabeça incrível, amei o contraste da atmosfera do início do filme com a do final (lembra um pouco o início de Blue Velvet), a maneira como achamos se tratar de uma coisa, e de como somos jogados no mais completo abismo do "que porra tá acontecendo?". Quando terminei pela primeira vez, achei que tinha entendido uma coisa, daí vim aqui e algumas opiniões me fizeram reassistir ao filme com um novo olhar. Daí fui percebendo alguns símbolos e metáforas.
Primeiro, eu achei que a história tinha acontecido de fato, que a Diane tinha armado aquilo tudo pra Camilla, mas algumas coisas não se encaixavam, como aqueles figurões do cinema, e o próprio fato de que a Diane não teria tanto dinheiro para arcar com um plano desses. Daí vi as pessoas falando que era tudo sonho, e fez mais sentido, então reassisti sob essa perspectiva.
A primeira parte do filme então seria um sonho da Diane, e a segunda parte uma mistura de acontecimentos pós e anteriores ao sonho. Diane teria encomendado a morte da Camilla (naquela cena dela com o Mark Pellegrino, em que ela diz "this is the girl", mesma frase que o Adam é obrigado a dizer quando da escolha da atriz principal de seu filme, no sonho de Diane; e também quando a vizinha de Diane vai em sua casa, ela diz que dois detetives estão à sua procura, provavelmente por causa da morte de Camilla), ficou com o peso da culpa na consciência, e por fim acaba se matando (o corpo que Betty e Rita encontram o corpo na casa de Diane poderia ser o da própria Diane ou a simulação do de Camilla).
No sonho, como geralmente acontece, ela acaba trocando alguns fatos e pessoas, de acordo com o que a personalidade de cada um desperta nela. Por exemplo, a imagem da garçonete Betty, aparentemente doce, inocente, num momento em que ela estava encomendando a morte da mulher que ela amava, ficou em seu subconsciente, e no sonho foi a pessoa que ela se tornou, daí aquela personagem amável, disposta a ajudar uma estranha em apuros.
A mãe do Adam, Coco, na segunda parte do filme é uma das poucas pessoas que dá atenção a ela, que escuta sua história, que parece entender o sentimento dela com relação à Camilla, e então no sonho ela se torna aquela bondosa locatária, que zela pelo bem-estar dos condôminos, e que alerta a Betty de que a "Rita" pode ser problema.
A própria Camilla, que, posteriormente, vemos se tratar de uma mulher cruel, que brinca com os sentimentos da Diane (como na cena do estúdio, em que ela pede ao Adam que Diane fique, enquanto descaradamente beija o diretor, ou na cena do jantar, em que ela insiste para que Diane vá, e a menospreza completamente), no sonho se transforma em uma mulher indefesa, dependente da bondosa Betty, desfrutando de seu amor e dando-lhe o seu em retorno e de bom grado.
A parte dos figurões do estúdio, pelo que entendi, seria uma manifestação da frustração da Diane, que era uma boa atriz (como na cena em que ela faz o teste, mas enquanto alguns reconhecem seu talento, o próprio diretor do filme, Bob Rooker, faz pouco caso de sua atuação), mas que nunca chegou a ser reconhecida, ofuscada pela beleza de Camilla, e pelo prestígio que ela dispunha diante dos diretores - tanto Adam, quanto o já mencionado Bob Rooker, vivendo à sua sombra, de pontas em seus filmes. Daí no sonho aquela imposição do estúdio sobre Adam, obrigado a escolher uma determinada atriz principal para o seu próprio filme. Ao passo que essa seria uma crítica do próprio Mulholland Drive, de como se dá muitas vezes o processo de escolha dos atores.
Enfim, isso foi o que consegui captar e o que entendi. Acredito que ainda tem muita coisa que deixei passar, quem quiser acrescentar ou discordar de algo, comenta aí! desde que vi esse filme não paro de falar nele e de recomendá-lo, sempre esperando alguém para poder discutir sobre ele. :)
Harry & Sally: Feitos um Para o Outro
3.9 502 Assista AgoraA cena do orgasmo fake é sensacional! e amei também as referências à Casablanca e Chaplin <3
A Bela e a Fera
3.9 1,6K Assista AgoraDiferentemente de Malévola (2014), que busca recriar a fábula, o roteiro de A Bela e a Fera segue bastante a animação de 1991, que foi um sucesso estrondoso na época. Muitas fontes afirmam que o live action está mais fiel ao livro que deu origem à animação, então não há nada muito exatamente novo no filme, além da adição de alguns números musicais (o que, por sua vez, torna o filme um pouco cansativo), e o ultimamente recorrente e benéfico aceno a questões de minorias, como a inserção de atores negros e também a própria personagem LeFou (Josh Gad), primeira personagem “oficialmente” gay da Disney. São movimentações importantes tendo em vista o impacto que as produções Disney possui.
Leia mais em: pipocatime. wordpress. com/2017/03/22/critica-a-bela-e-a-fera-2017/ :)
Lenda Urbana 2
2.4 328 Assista AgoraRevendo depois de muito tempo. Legal as referências a Hitchcock, Godard, Truffaut... teve até do O.J. Simpson rs.
Refém do Medo
2.6 320 Assista AgoraFraco.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraO filme nitidamente se estrutura em dois atos: da infância de Saroo até a sua adoção e sua vida adulta na busca por sua família biológica. Imagina-se com esta sinopse que o filme caminha através de uma maneira emotiva de narrar e a expectativa é parcialmente cumprida. É angustiante a jornada de Saroo até ser adotado. Nesta fase, Saroo é interpretado pelo ótimo Sunny Pawar. O filme também não perde a oportunidade de mostrar a ainda exótica Índia, mas de um ponto de vista a retratar suas mazelas, sem retratar a sua exuberância cultural, o que soa para mim como acertado. A ótica deslumbrada ocidental sobre o Oriente é algo demasiadamente recorrente em diversos filmes.
Após atravessar metade do país sozinho num trem vazio e enfrentar a dureza das ruas de Calcutá, Saroo é recolhido para um orfanato, e com pouco tempo acaba sendo adotado por um casal de australianos, John (David Wenham) e Sue (Nicole Kidman). O filme pincela brevemente sobre a dificuldade da adaptação aos novos pais e a uma nova cultura. O casal ainda adota outra criança indiana, Mantosh, com o qual os problemas por conta dele também são vistos apressadamente. A partir daí o filme pula para a fase adulta de Saroo. No entanto, desde este momento já é possível perceber o principal pecado do filme, que é a falta de aprofundamento nos grandes dramas do protagonista. Personagens vem e vão e não é possível conviver com eles o suficiente para que a carga dramática chegue no ponto ideal.
Pra quem gostou e quer ler mais, é só acessar: pipocatime. wordpress. com/2017/02/11/critica-lion-2016/ =)
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraA década de 60 em termos históricos é algo próximo do ontem para a progressão normal do tempo e com base nisto o que vemos em Hidden Figures (título nacional Estrelas Além do Tempo) é aterrador. Perceber que até pouco tempo a segregação racial era normativa e com respaldo da lei nos Estados Unidos adiciona um elemento importante para entender o que vivemos hoje.
Hidden Figures concorre ao Oscar de Melhor Filme, mantendo um movimento interessante da Academia em pôr na disputa tanto filmes com estética não tão convencional como filmes com temáticas sociais que tocam em pontos problemáticos da sociedade estadunidense, eventualmente premiando-os.
+ em: pipocatime. wordpress. com/2017/02/18/critica-estrelas-alem-do-tempo-2016/ :)
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraEm um momento de filmes tão genéricos carregados de CGI, é bastante louvável perceber uma cinematografia própria e específica em um diretor, que é o caso de Mel Gibson. No seu trabalho mais recente, Até o Último Homem (2016), que concorre a seis categorias do Oscar incluindo Melhor Filme, Gibson consegue mais uma vez deixar marcante a sua poética cinematográfica. Mel Gibson não dirige frequentemente filmes, afinal Até o Último Homem é apenas o seu quinto filme, mas seus filmes despertam atenção e por vezes até polêmica, como em A Paixão de Cristo (2002) e no clássico Coração Valente (1995), quando Mel Gibson foi duplamente premiado no Oscar, vencendo na categoria Melhor Filme e Melhor Diretor.
Em Até o Último Homem as características principais da filmografia do diretor estão lá: intensa violência, grande peso emocional e um grande valor humano do seu protagonista. Ademais, sua fotografia é bem na linha cinemão hollywoodiano para premiação. Correta e bem feita, mas nada fora do convencional. Neste filme logo no começo da apreciação temi que ele soasse como mais um filme genérico que exalta o heroísmo estadunidense, mas ele tem o cuidado de não soar muito propagandista.
leia + em: https:// pipocatime .wordpress. com/2017/02/04/ate-o-ultimo-homem-critica-2016/ :)
Touro Indomável
4.2 708 Assista AgoraTouro Indomável é uma cinebiografia. Retrata a história do pugilista Jake LaMotta, campeão do peso médio dotado de um gênio bastante explosivo, temperamento que o fez alcançar o topo nos ringues e ao mesmo tempo destruiu na sua vida pessoal. O primeiro ponto notório no filme é o fato de ser quase que totalmente fotografado em preto e branco, à exceção de uma pequena cena. Particularmente acho de uma beleza ímpar a estética visual do filme, acrescida de uma trilha sonora fantástica. A introdução com o tema da ópera Cavalleria Rusticana mostrando o aquecimento de Jake é um dos momentos mais brilhantes do cinema.
+ em: pipocatime. wordpress. com/2016/12/09/touro-indomavel-violencia-poetica/ =)
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraO conservadorismo moral muita vezes se expressa através de uma imagem de força, de manutenção de valores sólidos, edificantes que trazem uma certeza do que é certo e sempre foi. Provavelmente para quem se identifica com estes valores, Beleza Americana é um filme com valores distorcidos e mensagem confusa.
Lançado em 1999 e dirigido por Sam Mendes, o filme retrata o cotidiano de uma família suburbana estadunidense, com sua casa com gramado e vizinhança sem cercas, local mais apropriado para demonstrar uma família padrão do comercial de margarina (que não está errada, só não pode ser vista como a única forma possível de família).
+ em: pipocatime . wordpress . com/2016/12/16/a-beleza-do-real-beleza-americana/ :)