(...) A narrativa é toda fragmentada, é como se o diretor pintasse uma parede de um muro inteiro e depois tivesse que “re-pintar” para cobrir os espaços menos visíveis. Ao lado dessa metáfora que usei, é uma espécie de quebra-cabeça, mas não um de fato. Pois as peças que faltam do quebra-cabeça não são necessárias para compreender a película. Essas peças extras que o diretor usou serviram como uma complementação para entrarmos de fato na história e sentirmos a sensação de ser um Deus, que pode voltar no tempo e entrar no corpo de cada vítima do massacre. Essa sensação (...)
(...) Apesar de aparentar não se tratar de um Cronenberg, vemos um tema que é profundamente mostrado em todas as suas obras: a distorção da realidade; mas que embora não percebemos de início em M. Butterfly. Acredito que por causa dessa falta de percepção ou sensibilidade, que este seja um filme injustamente incompreendido e renegado pelos fãs de David Cronenberg, que acreditam ter se vendido ao cinema comercial, porém tenho certeza que este não é um filme para a ‘massa’. Seus filmes, a meu ver, tratam principalmente do homem como um ser ilimitado, onde o corpo, o carnal, sempre foi só um ‘recipiente’ para a vida, e que a sua essência e mente são superiores (...)
“Como, depois de tantas relações sexuais com um homem, René não percebe que este é um homem?” Acredito que tal principal pergunta que este filme levanta só pode ser respondida com uma palavra (...)
(...) Enquanto via a ajudante do promotor, postumamente amante, me relembrava de “A Mulher Faz o Homem” de Frank Capra, que girava em torno de um julgamento, a maior parte do filme, levando sessões e mais sessões, e que foi decisivo o papel da mulher para dar forças ao parceiro. Saindo dos tribunais, outra referência não saia da minha cabeça
Há uma diferença enorme entre os atores de hoje e os de antes da década de 1930. Os de hoje atuam, e às vezes nem sabem atuar (Ashton kutcher), e os atores de antigamente, eram ARTISTAS, por isso o nome do filme é este. Antigamente os atores não só atuavam, eles dançavam, sapateavam, cantavam, alguns produziam... (Orson Welles)
Neste filme, George Valentin, o artista, se assemelha muito com Clark Gable e atua parecido a Charlie Chaplin,
faz muitas brincadeirinhas tontas para fazer a amada rir, igual a Chaplin.
Encanto, sutileza e graça é o que esse filme resgata dos antigos, com um enredo bom, que nos faz entender o que acontecia na época de transação entre o Cinema Mudo e o Falado, o que me faz muito lembrar "Cantando na chuva". Inclusive por causa dos sapateados. Bom, com tantas referências, podemos claramente dizer que este filme é puramente metalinguístico, e por isso, transforma-se em um exemplo de como os filmes antigos e mudos são bons. Ele também prova, que podemos fazer filmes como antigamente hoje. Podemos por exemplo renovar no cinema, por que isso é necessário às vezes. Acredito que muitas pessoas que desconhece o cinema antigo, ao verem 'O Artista', vão procurar assistir ou conhecer um pouco de filmes antigos. Mas, como as pessoas gostam de coisas mais rápidas e vazias, pode ser que ouçamos muito falar mal desse filme.
(...) Além disso, Viridiana foi uma forma de Buñuel se vingar do governo Franco, por que ao produzir o documentário “Las Hurdes, tierra sin pan”, descreveu a vida miserável, animalesca e cotidiana dos costumes ancestrais de uma aldeia espanhola. Porém tais fatos e imagens pareciam surreais, que o governo proibiu Buñuel por dar imagens corrompidas da Espanha. Viridiana ganhou o Palma de Ouro, no Festival de Cannes, que foi subsidiado na Espanha. Obviamente Buñuel causou escândalo de novo pela Espanha, e Viridiana foi proibido na Espanha e também em outros países, como o Brasil, pelo filme ter sido proibido pelo vaticano. (...)
“Fausto” é uma adaptação da obra do escritor alemão Goethe, clássico que influenciou milhares de obras posteriores. Uns exemplos instantâneos me vieram na cabeça enquanto assistia como em “A Encruzilhada” que o protagonista vende sua alma para tocar guitarra e obter o sucesso tão almejado; o outro exemplo é a série “Supernatural” a qual o personagem recorre à última saída, a encruzilhada e em troca o demônio quer sua vida. Introduzindo com um diálogo incrível entre o
anjo e o diabo, uma aposta é feita para destinar a alma do nosso protagonista, o Fausto. (...) Como disse nas referências acima, a encruzilhada é uma opção. O demônio tenta o nosso herói com prazeres da vida, para em troca dar sua alma, muitas tentações são dadas e ele prova de muitas delas e mesmo assim (...)
Continue lendo a crítica ou BAIXE este filme no blog:
A comparação do dente das pessoas com os dos cães não para só no título do filme. Giorgos Lanthimos compara humanos com cães e educar filhos com adestramento de cachorros. Para uma história tão fria, nada melhor que a ausência de trilha sonora para nos deixar ainda mais tensos, e assim nos chocar.
A história de um pai tirano, que aliena os filhos, com a intenção de tê-los e controla-los, mais facilmente, para sempre, me remete à “Parábola da caverna”, escrito por Platão, em A República, que se inicia, aproximadamente, da seguinte forma:
“Homens nasceram dentro de uma caverna que só possui uma pequena abertura, por estarem presos virados para a parede escura da caverna, veem o feixe de luz se refletindo na parede durante o dia, e ouvem vozes, que são das pessoas que estão passando por ali, porém eles não pensam que existem outras pessoas além dali, acreditam que a realidade é o que está ali, que são as sombras e as vozes que ouvem.” Muito parecido não é? Os filhos pensam que da forma como vivem, todos vivem. São desprovidos de cultura e de opinião. Só sabem aquilo que os pais (parede) lhe passam. Pode ser que tenham ensinado medicina, matemática, gramática… Mas não ensinaram história, mas não ensinaram que além do muro existem outras pessoas que vivem de outras formas, só veem a Sombra e ouvem as Vozes, acreditando que estas são a realidade, quando são só reflexo de algo muito mais grandioso.
Muito criativa a ideia de que no futuro as pessoas, aproveitando da tecnologia, transformem seus corpos em máquinas super desenvolvidas. É uma pena que nessa história, ao voltar para seus corpos originais, perdem a memória :/ Este filme levanta questões muito profundas, que me lembrou Blade Runner, por não conseguirmos diferenciar, fisicamente, as máquinas dos humanos. Além da ideia apresentada de alma, cérebro e o que é viver. A questão do governo criar o Mestre de Marionetes, um virus, para este invadir os corpos dos hackers e, assim, os destruir, já que a polícia não consegue, é incrível. Primeiro por que os humanos dão à esse virus, uma inteligencia, e assim, este sente-se humano, e assim quer ser. Muito interessante a deixa que o filme dá ao final, por que não sabemos de fato se esse virus, 2501, ficou dentro do corpo da agente Motoko, um desses humanos que decide ter um corpo androide.
Um lindo filme, que com certeza me fez ter vontade de assistir os outros, e assim, escrever mais sobre as viagens que este, por exemplo, me proporcionou. (:
citar que uma tesoura cortou a orelha, e a próxima cena ser uma tesoura cortando uma fita.
As músicas, as ações inusitadas. O que era uma simples história, David a intensifica, principalmente por causa do protagonista. Um filme maravilhoso, com momentos estranhos, mas como o Guilherme Gaspersen disse à baixo "pode-se considerá-lo normal", perto dos outros filmes de Lynch!
Vi a introdução do filme como a parte mais crítica à sociedade americana e bela possível. Entendi ao fim do filme, quando se repetem algumas das cenas, o que Lynch quis nos passar.
O filme começa com pessoas felizes, um caminhão de bombeiro e um oficial acenando para as pessoas do bairro, um homem (pai de Jeffrey), rosas no quintal.... E enfim, a câmera mostra a grama, e nela, insetos asquerosos entrando na terra.
Questionei-me muito sobre a insistência de Jeffrey na
orelha, na cantora, e no mistério que ali estava, finalmente entendi que, em meio aquela cidade calma e quieta, Jeffrey tinha que fazer algo, precisava de emoção. E nada melhor do que Lynch para demonstrar tal emoções, adrenalinas que o rapaz procurava no filme, e ainda mais, as encontrava... Até pensei que ele era um cafajeste por dizer que gosta da filha do detetive, mas transa 'sadomasoquisticamente' com a cantora.
Este sim estava vivendo a vida adoidado! OPS, mas esse é título de outro filme! HSAUHSUAHUSHUSHU'
Psicopatas não são o que imaginamos que seja, ou igual ao do SAW, acredito que sejam mais parecidos com o de “O Caçador” ou o de “I saw the Devil”, que é ainda mais monstruoso. Há teorias que os Seriais Killers sejam frutos de sociedades desorganizadas, com muita diversidade cultural e racial, porém não é o caso da Coréia do Sul, e ainda sim, lá existem tais criaturas, em contrapartida, no Brasil, “o país de vários povos”, não são relatados tantos casos.
Nesse filme, o psicopata é interpretado por Jung-woo Ha, que não é um homem repugnante quanto imaginamos que assassinos sejam, e sim um tipo que poderia conviver conosco no trabalho, quieto, introvertido, calmo e frio; alguém que nós nem notaríamos a existência. De nada tem esse personagem de genial, e é sádico o fato de que desde o começo do filme ele é pego e confessa os crimes. Porém essa é a partida para a trama começar. Outros filmes coreanos, como “O Hospedeiro”, também tem o gênero ambíguo, e não peca. Fora que, na maioria das vezes, o tema é vingança, já neste, o tema é totalmente diferente e abrangente, o que dá uma originalidade. Todos os gêneros do filme são muito bem trabalhados, e os cumpre muito bem. Suspense, terror, ação e comédia se sucedem com naturalidade. A genialidade do filme veio de todos os lados, a fotografia, a trilha sonora, o roteiro – feito por seis mãos, os atores, e principalmente a direção, feita por Hong-jin Na, que o fez ainda cursando a faculdade! As perseguições nas ruazinhas íngremes e sinuosas e à pé, por todos os lados, dão uma veracidade muito grande à história e ansiedade aos observadores. Além do que a distância entre o Serial Killer e Joong-ho é de poucos metros, deixando o público ainda mais preso à trama. Personalidades muito bem construídas e fortemente marcadas. Joong-ho, atuado esplendidamente por Kim Yun-seok, é o protagonista, um ex-detetive cafetão que está em busca de duas de suas garotas que estão desaparecidas, descobre que ambas atendiam o cliente que Mi-jin, outra das suas, está atendendo nesse momento. Não mede limites para conseguir o que quer. Corre, luta e mente quem é, com uma força incontrolável, impressionante e filmada de tal forma que parece muito real. Acredito que a filha de Mi-jin desperta um sentimento paternal em Joong-ho que era inexistente, visto que, anteriormente, ele só ‘caçava’ o serial killer por interesses próprios. Mi-jin é minha heroína, se solta das cordas por ser obstinada à viver pela sua filha de 7 anos. É muito trágico que ela morra apesar de todo o sacrifício que fez, e morre por culpa da ineficácia dos policiais, visto que o psicopata fala que ela ainda pode estar viva, mas ninguém, fora Joong-ho vai em busca dela. Os policiais estão só em busca de provas, perdem o objetivo principal: salvar uma vida, à fim de comprovar que acha. Muito mais violento que os filmes americanos, mais criativo e bem desenvolvido. As cenas de morte são artísticas, como na morte de Mi-jin, onde são mostradas uma sequência em stop motion, a mão do assassino segurando o martelo, e a cada soco vemos gotículas de sangue, e indícios de cabelo na arma. Essa cena é forte e acompanhada com uma música incrível. Logo depois, rompe um silêncio e não vemos mais golpes, só a cabeça que recebeu o impacto. Essa cena demonstra como “O Caçador” é incrível, e como Hong-jin Na consegue nos mostrar uma morte poeticamente. A cabeça de Mi-jin no aquário e a luta entre ‘caça’ e ‘caçador’ e ainda Mi-jin, mesmo após todo seu sacrifício, morrer, me soou um sadismo sádico do Tarantino. Único defeito do filme: Uma detetive segue o psicopata, que é solto após não haver provas de que ele é culpado pelos assassinatos. Este entra numa mercearia, e ela fica a observar. Neste momento o psicopata mata a dona do estabelecimento e Mi-jin que está ali. Além de ser uma grande coincidência. Depois das mortes, só há mais uma cena onde Joong-ho chega ao local e vê o que acontece. Onde está o psicopata? Em sua casa enterrando mais dois cadáveres. E a detetive não continuou a perseguir o psicopata, sendo que era esta a sua função? Única parte em que o filme peca, ao meu ver, mas isso talvez não seja muito notável para a maioria, e ainda, não faz com que o filme deixe de ser genial.
Aprendi que Hayao Miyazaki, em seus roteiros, não explica muitas coisas, e além disso, mesmo que crie uma expectativa de que os protagonistas vão ficar juntos, tal não ocorre no fim do filme. Ao invés disso, seus finais são sempre inesperados e às vezes um pouco decepcionantes. Mas esse filme eu simplesmente adorei, não acredito que Sho poderia ter feito algo além. Mas tenho certeza que os livros de Mary Norton são diferentes. Miyazaki deixa bem sua marca neste filme adorável e que nos faz refletir sobre a situação de Arrietty e de Sho. Será que teríamos a reação de Sho? Ou de sua empregada?
O filme tem uma história com um humor levemente ridículo pelo fato de serem improváveis tais atos, com um início que lembra um pouco história em quadrinhos e com partes que lembram filmes americanos, como na cena onde os (...)
Na década de 60 John Kennedy, presidente dos Eua, colocou como meta do país ter o primeiro homem a pisar na lua. O fato ocorreu em 1969, com Neil Armstrong. Mas Méliès, em 1902 (...)
A Vereadora Antropófaga
3.9 127Esta produção de Almodóvar é muito diferente das suas outras, pois em vez de ser sensível e captar o lado feminino, o diretor contruiu u
m monólogo engraçado de uma vereadora, personificando a política e o sexo em uma só personagem, mas
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Elefante
3.6 1,2K Assista Agora(...) A narrativa é toda fragmentada, é como se o diretor pintasse uma parede de um muro inteiro e depois tivesse que “re-pintar” para cobrir os espaços menos visíveis. Ao lado dessa metáfora que usei, é uma espécie de quebra-cabeça, mas não um de fato. Pois as peças que faltam do quebra-cabeça não são necessárias para compreender a película. Essas peças extras que o diretor usou serviram como uma complementação para entrarmos de fato na história e sentirmos a sensação de ser um Deus, que pode voltar no tempo e entrar no corpo de cada vítima do massacre. Essa sensação (...)
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A Vida de Leonardo da Vinci
4.3 16Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista AgoraSurpreendente! *-* Eu via o filme como
era demonstrado (sobrenatural)! Como era mostrado... Fiquei triste por ele tê-la perdido duas vezes
M. Butterfly
3.8 89(...) Apesar de aparentar não se tratar de um Cronenberg, vemos um tema que é profundamente mostrado em todas as suas obras: a distorção da realidade; mas que embora não percebemos de início em M. Butterfly. Acredito que por causa dessa falta de percepção ou sensibilidade, que este seja um filme injustamente incompreendido e renegado pelos fãs de David Cronenberg, que acreditam ter se vendido ao cinema comercial, porém tenho certeza que este não é um filme para a ‘massa’. Seus filmes, a meu ver, tratam principalmente do homem como um ser ilimitado, onde o corpo, o carnal, sempre foi só um ‘recipiente’ para a vida, e que a sua essência e mente são superiores (...)
“Como, depois de tantas relações sexuais com um homem, René não percebe que este é um homem?” Acredito que tal principal pergunta que este filme levanta só pode ser respondida com uma palavra (...)
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Ponto de Mutação
4.0 149Maravilhoso! Comecei a escrever uma história por causa disso...
O Julgamento de Nuremberg
3.9 84(...) Enquanto via a ajudante do promotor, postumamente amante, me relembrava de “A Mulher Faz o Homem” de Frank Capra, que girava em torno de um julgamento, a maior parte do filme, levando sessões e mais sessões, e que foi decisivo o papel da mulher para dar forças ao parceiro. Saindo dos tribunais, outra referência não saia da minha cabeça
na parte a qual Goering discursou melhor, mesmo estando em uma posição de desvantagem
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Obrigada :)
Nascido do Inferno
2.1 84 Assista AgoraHorrível!
O Artista
4.2 2,1K Assista AgoraHá uma diferença enorme entre os atores de hoje e os de antes da década de 1930. Os de hoje atuam, e às vezes nem sabem atuar (Ashton kutcher), e os atores de antigamente, eram ARTISTAS, por isso o nome do filme é este. Antigamente os atores não só atuavam, eles dançavam, sapateavam, cantavam, alguns produziam... (Orson Welles)
Neste filme, George Valentin, o artista, se assemelha muito com Clark Gable e atua parecido a Charlie Chaplin,
faz muitas brincadeirinhas tontas para fazer a amada rir, igual a Chaplin.
Viridiana
4.2 141(...) Além disso, Viridiana foi uma forma de Buñuel se vingar do governo Franco, por que ao produzir o documentário “Las Hurdes, tierra sin pan”, descreveu a vida miserável, animalesca e cotidiana dos costumes ancestrais de uma aldeia espanhola. Porém tais fatos e imagens pareciam surreais, que o governo proibiu Buñuel por dar imagens corrompidas da Espanha. Viridiana ganhou o Palma de Ouro, no Festival de Cannes, que foi subsidiado na Espanha. Obviamente Buñuel causou escândalo de novo pela Espanha, e Viridiana foi proibido na Espanha e também em outros países, como o Brasil, pelo filme ter sido proibido pelo vaticano. (...)
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Obrigada :)
Prenda-me Se For Capaz
4.2 1,6K Assista AgoraFala sério gente, era para o Frank virar ator! :)
HASUHSUASH' Hollywood ia aceitar ele muito!
Fausto
4.3 129“Fausto” é uma adaptação da obra do escritor alemão Goethe, clássico que influenciou milhares de obras posteriores. Uns exemplos instantâneos me vieram na cabeça enquanto assistia como em “A Encruzilhada” que o protagonista vende sua alma para tocar guitarra e obter o sucesso tão almejado; o outro exemplo é a série “Supernatural” a qual o personagem recorre à última saída, a encruzilhada e em troca o demônio quer sua vida. Introduzindo com um diálogo incrível entre o
anjo e o diabo, uma aposta é feita para destinar a alma do nosso protagonista, o Fausto. (...) Como disse nas referências acima, a encruzilhada é uma opção. O demônio tenta o nosso herói com prazeres da vida, para em troca dar sua alma, muitas tentações são dadas e ele prova de muitas delas e mesmo assim (...)
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Dente Canino
3.8 1,2K Assista AgoraA comparação do dente das pessoas com os dos cães não para só no título do filme. Giorgos Lanthimos compara humanos com cães e educar filhos com adestramento de cachorros. Para uma história tão fria, nada melhor que a ausência de trilha sonora para nos deixar ainda mais tensos, e assim nos chocar.
A história de um pai tirano, que aliena os filhos, com a intenção de tê-los e controla-los, mais facilmente, para sempre, me remete à “Parábola da caverna”, escrito por Platão, em A República, que se inicia, aproximadamente, da seguinte forma:
“Homens nasceram dentro de uma caverna que só possui uma pequena abertura, por estarem presos virados para a parede escura da caverna, veem o feixe de luz se refletindo na parede durante o dia, e ouvem vozes, que são das pessoas que estão passando por ali, porém eles não pensam que existem outras pessoas além dali, acreditam que a realidade é o que está ali, que são as sombras e as vozes que ouvem.” Muito parecido não é? Os filhos pensam que da forma como vivem, todos vivem. São desprovidos de cultura e de opinião. Só sabem aquilo que os pais (parede) lhe passam. Pode ser que tenham ensinado medicina, matemática, gramática… Mas não ensinaram história, mas não ensinaram que além do muro existem outras pessoas que vivem de outras formas, só veem a Sombra e ouvem as Vozes, acreditando que estas são a realidade, quando são só reflexo de algo muito mais grandioso.
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Um Sorriso
3.0 14Adorei! HSAUHSUAHSUHSU' *------------*
O Fantasma do Futuro
4.1 395 Assista AgoraMuito criativa a ideia de que no futuro as pessoas, aproveitando da tecnologia, transformem seus corpos em máquinas super desenvolvidas. É uma pena que nessa história, ao voltar para seus corpos originais, perdem a memória :/
Este filme levanta questões muito profundas, que me lembrou Blade Runner, por não conseguirmos diferenciar, fisicamente, as máquinas dos humanos. Além da ideia apresentada de alma, cérebro e o que é viver. A questão do governo criar o Mestre de Marionetes, um virus, para este invadir os corpos dos hackers e, assim, os destruir, já que a polícia não consegue, é incrível. Primeiro por que os humanos dão à esse virus, uma inteligencia, e assim, este sente-se humano, e assim quer ser. Muito interessante a deixa que o filme dá ao final, por que não sabemos de fato se esse virus, 2501, ficou dentro do corpo da agente Motoko, um desses humanos que decide ter um corpo androide.
Um Maluco no Golfe
3.0 183 Assista AgoraSessão da tarde!
Veludo Azul
3.9 776 Assista AgoraMesmo em seus filmes mais narrativos, como é o caso de Veludo Azul, David Lynch cria um universo de sensações. Como
citar que uma tesoura cortou a orelha, e a próxima cena ser uma tesoura cortando uma fita.
Vi a introdução do filme como a parte mais crítica à sociedade americana e bela possível. Entendi ao fim do filme, quando se repetem algumas das cenas, o que Lynch quis nos passar.
O filme começa com pessoas felizes, um caminhão de bombeiro e um oficial acenando para as pessoas do bairro, um homem (pai de Jeffrey), rosas no quintal.... E enfim, a câmera mostra a grama, e nela, insetos asquerosos entrando na terra.
orelha, na cantora, e no mistério que ali estava, finalmente entendi que, em meio aquela cidade calma e quieta, Jeffrey tinha que fazer algo, precisava de emoção. E nada melhor do que Lynch para demonstrar tal emoções, adrenalinas que o rapaz procurava no filme, e ainda mais, as encontrava... Até pensei que ele era um cafajeste por dizer que gosta da filha do detetive, mas transa 'sadomasoquisticamente' com a cantora.
O Caçador
4.1 313Psicopatas não são o que imaginamos que seja, ou igual ao do SAW, acredito que sejam mais parecidos com o de “O Caçador” ou o de “I saw the Devil”, que é ainda mais monstruoso. Há teorias que os Seriais Killers sejam frutos de sociedades desorganizadas, com muita diversidade cultural e racial, porém não é o caso da Coréia do Sul, e ainda sim, lá existem tais criaturas, em contrapartida, no Brasil, “o país de vários povos”, não são relatados tantos casos.
Nesse filme, o psicopata é interpretado por Jung-woo Ha, que não é um homem repugnante quanto imaginamos que assassinos sejam, e sim um tipo que poderia conviver conosco no trabalho, quieto, introvertido, calmo e frio; alguém que nós nem notaríamos a existência. De nada tem esse personagem de genial, e é sádico o fato de que desde o começo do filme ele é pego e confessa os crimes. Porém essa é a partida para a trama começar.
Outros filmes coreanos, como “O Hospedeiro”, também tem o gênero ambíguo, e não peca. Fora que, na maioria das vezes, o tema é vingança, já neste, o tema é totalmente diferente e abrangente, o que dá uma originalidade. Todos os gêneros do filme são muito bem trabalhados, e os cumpre muito bem. Suspense, terror, ação e comédia se sucedem com naturalidade.
A genialidade do filme veio de todos os lados, a fotografia, a trilha sonora, o roteiro – feito por seis mãos, os atores, e principalmente a direção, feita por Hong-jin Na, que o fez ainda cursando a faculdade!
As perseguições nas ruazinhas íngremes e sinuosas e à pé, por todos os lados, dão uma veracidade muito grande à história e ansiedade aos observadores. Além do que a distância entre o Serial Killer e Joong-ho é de poucos metros, deixando o público ainda mais preso à trama. Personalidades muito bem construídas e fortemente marcadas. Joong-ho, atuado esplendidamente por Kim Yun-seok, é o protagonista, um ex-detetive cafetão que está em busca de duas de suas garotas que estão desaparecidas, descobre que ambas atendiam o cliente que Mi-jin, outra das suas, está atendendo nesse momento. Não mede limites para conseguir o que quer. Corre, luta e mente quem é, com uma força incontrolável, impressionante e filmada de tal forma que parece muito real. Acredito que a filha de Mi-jin desperta um sentimento paternal em Joong-ho que era inexistente, visto que, anteriormente, ele só ‘caçava’ o serial killer por interesses próprios.
Mi-jin é minha heroína, se solta das cordas por ser obstinada à viver pela sua filha de 7 anos. É muito trágico que ela morra apesar de todo o sacrifício que fez, e morre por culpa da ineficácia dos policiais, visto que o psicopata fala que ela ainda pode estar viva, mas ninguém, fora Joong-ho vai em busca dela. Os policiais estão só em busca de provas,
perdem o objetivo principal: salvar uma vida, à fim de comprovar que acha.
Muito mais violento que os filmes americanos, mais criativo e bem desenvolvido. As cenas de morte são artísticas, como na morte de Mi-jin, onde são mostradas uma sequência em stop motion, a mão do assassino segurando o martelo, e a cada soco vemos gotículas de sangue, e indícios de cabelo na arma. Essa cena é forte e acompanhada com uma música incrível. Logo depois, rompe um silêncio e não vemos mais golpes, só a cabeça que recebeu o impacto. Essa cena demonstra como “O Caçador” é incrível, e como Hong-jin Na consegue nos mostrar uma morte poeticamente.
A cabeça de Mi-jin no aquário e a luta entre ‘caça’ e ‘caçador’ e ainda Mi-jin, mesmo após todo seu sacrifício, morrer, me soou um sadismo sádico do Tarantino.
Único defeito do filme: Uma detetive segue o psicopata, que é solto após não haver provas de que ele é culpado pelos assassinatos. Este entra numa mercearia, e ela fica a observar. Neste momento o psicopata mata a dona do estabelecimento e Mi-jin que está ali. Além de ser uma grande coincidência. Depois das mortes, só há mais uma cena onde Joong-ho chega ao local e vê o que acontece. Onde está o psicopata? Em sua casa enterrando mais dois cadáveres. E a detetive não continuou a perseguir o psicopata, sendo que era esta a sua função? Única parte em que o filme peca, ao meu ver, mas isso talvez não seja muito notável para a maioria, e ainda, não faz com que o filme deixe de ser genial.
O Mundo dos Pequeninos
4.2 652 Assista AgoraAprendi que Hayao Miyazaki, em seus roteiros, não explica muitas coisas, e além disso, mesmo que crie uma expectativa de que os protagonistas vão ficar juntos, tal não ocorre no fim do filme. Ao invés disso, seus finais são sempre inesperados e às vezes um pouco decepcionantes. Mas esse filme eu simplesmente adorei, não acredito que Sho poderia ter feito algo além. Mas tenho certeza que os livros de Mary Norton são diferentes. Miyazaki deixa bem sua marca neste filme adorável e que nos faz refletir sobre a situação de Arrietty e de Sho. Será que teríamos a reação de Sho? Ou de sua empregada?
A Mansão do Diabo
4.1 76O Sol É Para Todos
4.3 414 Assista AgoraCrítica no blog:
Obrigada (:
O Hospedeiro
3.6 549 Assista AgoraO filme tem uma história com um humor levemente ridículo pelo fato de serem improváveis tais atos, com um início que lembra um pouco história em quadrinhos e com partes que lembram filmes americanos, como na cena onde os (...)
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Obrigada :)
Viagem à Lua
4.4 857 Assista AgoraNa década de 60 John Kennedy, presidente dos Eua, colocou como meta do país ter o primeiro homem a pisar na lua. O fato ocorreu em 1969, com Neil Armstrong. Mas Méliès, em 1902 (...)
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O Cortiço
2.6 77 Assista AgoraProfessor de Literatura passou