Chamar o original e o remake de filmes vazios mostra claramente que a pessoa não entendeu do que se trata Suspiria. Enquanto Dario Argento utilizou das cores como ferramenta narrativa, aqui Guadagnino escolhe a montagem e movimentação da câmera, numa sincronia perfeita com a dança da companhia. Não só isso, a mesma técnica é utilizada para revelar quem são aquelas mulheres e o que elas estão tramando, de forma sublime, criando uma atmosfera única naquele ambiente macabro. Suspiria do Luca acaba sendo um incrível acréscimo a mitologia do filme, devido às escolhas do diretor em explorar o material base, buscando alternativas para história e filmagem. Temos aqui o que Blade Runner 2049 foi para seu antecessor. Brilhante.
Como analisar a arte? Através deste filme Lars Von Trier comunica com autores de suas críticas e amantes de suas obras ao sugerir que estraguemos o conceito e gosto pela arte ao aplicarmos nossos valores morais nesta. Como todos conhecem sua filmografia e carreira, recheadas de polêmicas, dentro de suas obras e comportamento de seu autor, The House That Jack funciona como auto explicação para sua visão no meio, ao citar e usar de obras clássicas, construções de Catedrais, de forma alegórica, ao mesmo tempo que justifica e compara as atitudes do serial killer Jack. O trunfo do filme é o diálogo entre Jack e Verge, onde Lars Von Trier cria um personagem baseado em si para conversar e provocar a reflexão do espectador, acerca de suas obras e da forma com que o espectador lida com as mesmas. Não considero um ato de ego, a comunicação está aberta para quem quer, e como claramente é sobre o próprio diretor, cabe a cada um ceder ou não, se está interessado em “entender” sua visão. Sobre o incidente com a personagem Simple, aos que consideram um ato de pura misoginia do diretor, sugiro rever e entender na forma com que ele mostra na verdade uma crítica ácida ao tema.
Uma pequena odisseia em meio ao racismo e exploração da mão de obra humana nas grandes empresas.
Cassius entra numa empresa de Telemarketing porém sem muito sucesso aceita uma curiosa sugestão de outro operador. De início, simular a voz de um branco mostrava ser solução contra sua improdutividade nas vendas, e é a partir daí que acompanhamos a sua ascensão. Cada vez mais exposto a decisões contraditórias ao que ele pertence, observamos também sua queda em meio social, perca de identidade, seus ideais morais, aquilo que anteriormente buscava, são cobertos em meio a poder oferecido por seus superiores. Interessante destacar que progressivamente o filme vai se tornando uma ficção, porém com críticas pertinentes a nossa atualidade, são situais absurdas e banais que talvez, naquele meio, só as tornando surreais passam a serem notadas, e é ai que após uma absurda proposta o protagonista enxerga onde se encontra e o que está fazendo. Soluções aparentemente simples e fáceis para seus problemas na verdade são apenas um guia para aquilo criticado há décadas passadas em Tempos Modernos. O desfecho, ainda que por mais hilário que seja, continua sendo só mais um fato que presenciamos hoje, mas que infelizmente ainda precisa de mais força e apoio de todos.
Quem sentiu, sentiu. Esse filme é íntimo DEMAIS, é complicado descrever a sensação "sublime" dessa obra. Quando você entende, chegar a lua é o "menor" dos feitos.
Bom, ao contrário de alguns eu não acho que as limitações da época diminui a qualidade do filme, pelo contrário, enaltece a obra e seu realizador. Enquanto muitas pessoas anseiam e desejam pelas cenas explícitas para VER o abuso acontecer, e isso nunca acontece, de fato, é nos mínimos detalhes sugeridos ao longo da projeção é que sabemos que este abuso existe. Devido tais restrições, Kubrick foca em cada ato do filme, como cresce o poder de Humbert e limita cada vez mais as atitudes de Lolita, ora por seu sádico ciúmes, ora por medo de descobrirem a verdadeira relação entre eles. Destaque mais uma vez para a direção de Stanley, que mesmo com as dificuldades da época, com a sutileza imprimida, não tornou a obra ambígua, e na minha visão, obrigatória para aqueles que acreditam que Lolita na verdade é um romance. Filmaço.
Muito mais um evento do que um filme propriamente dito.
Como filme: bom. Como evento: perfeito.
E o saldo final é positivo, entrega tudo aquilo que você espera e nada além. Obviamente jamais será o melhor filme da história (não é o melhor nem da Marvel ainda), mas sinceramente, quem esperava isso?
O segredo é claro, espere a conclusão (parte dela) de um planejamento a longo prazo feito com cuidado. Pegue sua pipoca e o refrigerante e vá curtir.
Road trip simples e direta. A série consegue abordar assuntos relevantes mesmo sem muito estofo, devido ao excelente desenvolvimento criado para o casal de protagonistas. Uns podem reclamar da falta de profundidade, criticar a série com argumentos idiotas como "criada por uma pessoa que sofre de depressão", mas é uma excelente metáfora, de como as pessoas que sofrem disso, ainda na adolescência, criam "fanfics" para escapar daquele mundo em que vive, o final da merda do mundo.
E não venham dizer que Yorgos decepcionou por não trazer uma crítica profunda, desde quando era necessário/obrigatorio? suas expectativas criaram isso, nao desmereça o filme por não trazer algo que vc esperava que tivesse, e sim pelo o que ele é e apresenta.
Não traz muitos questionamentos MESMO, é apenas a figura de um homem enfrentando seu próprio ego, e isso, caralho, como Yorgos faz bem. A relação do Steven com Martin, mostra a culpa que ele carrega da morte do pai do garoto na cirurgia, sim, ele foi culpado porém não admite, seu ego atrapalha. Martin insatisfeito com a forma que Steven o trata, lhe dá duas escolhas, substituir seu pai, ou sacrificar um de seus filhos, assim assumindo a culpa de uma morte e consequentemente satisfazendo o desejo do menino de ver no cirurgião essa atitude. Novamente o diretor grego traz para a obra uma atmosfera gélida entre os personagens, que assim como em The Lobster, aqui colabora junto das atitudes de seus personagens.
(aqui pode conter spoiler) A mãe castigando a filha, o pai o filho, e os filhos se desfazendo dos pais, mas qual deles é o cervo sagrado?
Denis Villeneuve nos entrega uma expansão do conceito e universo de seu antecessor. Isso com apenas uma ferramenta: auto reconhecimento. É fantástico acompanhar o Oficial K. nessa jornada, sua jornada.
Além de ampliar esse conceito, o diretor nos traz mais uma questão, estamos sempre buscando ser melhor do que somos, mas buscamos saber quem somos?
2049 é uma obra-prima da ficção, e não deve de nada ao anterior. Villeneuve tem muito ao que se orgulhar, e nós, agradecer.
It: Capítulo Dois
3.4 1,5K Assista AgoraGrande potencial desperdiçado, duração excessiva, repetição de ideias, resolução mais que arrastada.
Hellboy
2.6 422 Assista AgoraDe onde tiraram tanta ideia ruim pra um filme só?
O Rito
3.0 2Disponível no youtube pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=omn5-SXV_MQ
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraChamar o original e o remake de filmes vazios mostra claramente que a pessoa não entendeu do que se trata Suspiria. Enquanto Dario Argento utilizou das cores como ferramenta narrativa, aqui Guadagnino escolhe a montagem e movimentação da câmera, numa sincronia perfeita com a dança da companhia. Não só isso, a mesma técnica é utilizada para revelar quem são aquelas mulheres e o que elas estão tramando, de forma sublime, criando uma atmosfera única naquele ambiente macabro. Suspiria do Luca acaba sendo um incrível acréscimo a mitologia do filme, devido às escolhas do diretor em explorar o material base, buscando alternativas para história e filmagem. Temos aqui o que Blade Runner 2049 foi para seu antecessor. Brilhante.
Assassinato
2.7 10Apenas um pequeno exercício.
Vidro
3.5 1,3K Assista Agorauma das primeiras bombas de 2019..
A Casa Que Jack Construiu
3.5 788 Assista AgoraComo analisar a arte? Através deste filme Lars Von Trier comunica com autores de suas críticas e amantes de suas obras ao sugerir que estraguemos o conceito e gosto pela arte ao aplicarmos nossos valores morais nesta. Como todos conhecem sua filmografia e carreira, recheadas de polêmicas, dentro de suas obras e comportamento de seu autor, The House That Jack funciona como auto explicação para sua visão no meio, ao citar e usar de obras clássicas, construções de Catedrais, de forma alegórica, ao mesmo tempo que justifica e compara as atitudes do serial killer Jack. O trunfo do filme é o diálogo entre Jack e Verge, onde Lars Von Trier cria um personagem baseado em si para conversar e provocar a reflexão do espectador, acerca de suas obras e da forma com que o espectador lida com as mesmas. Não considero um ato de ego, a comunicação está aberta para quem quer, e como claramente é sobre o próprio diretor, cabe a cada um ceder ou não, se está interessado em “entender” sua visão. Sobre o incidente com a personagem Simple, aos que consideram um ato de pura misoginia do diretor, sugiro rever e entender na forma com que ele mostra na verdade uma crítica ácida ao tema.
Sabotage: O Maestro do Canão
4.3 37Deveria ser considerado como principal referência e inspiração pra qualquer tipo de arte/artista. Vai além de forma e conteúdo, Sabotage é alma.
Desculpe Te Incomodar
3.8 275Uma pequena odisseia em meio ao racismo e exploração da mão de obra humana nas grandes empresas.
Cassius entra numa empresa de Telemarketing porém sem
muito sucesso aceita uma curiosa sugestão de outro operador. De início, simular a voz de um branco mostrava ser solução contra sua improdutividade nas vendas, e é a partir daí que acompanhamos a sua ascensão.
Cada vez mais exposto a decisões contraditórias ao que ele pertence, observamos também sua queda em meio social, perca de identidade, seus ideais morais, aquilo que anteriormente buscava, são cobertos em meio a poder oferecido por seus superiores.
Interessante destacar que progressivamente o filme vai se tornando uma ficção, porém com críticas pertinentes a nossa atualidade, são situais absurdas e banais que talvez, naquele meio, só as tornando surreais passam a serem notadas, e é ai que após uma absurda proposta o protagonista enxerga onde se encontra e o que está fazendo. Soluções aparentemente simples e fáceis para seus problemas na verdade são apenas um guia para aquilo criticado há décadas passadas em Tempos Modernos.
O desfecho, ainda que por mais hilário que seja, continua sendo só mais um fato que presenciamos hoje, mas que infelizmente ainda precisa de mais força e apoio de todos.
O Primeiro Homem
3.6 649 Assista AgoraQuem sentiu, sentiu. Esse filme é íntimo DEMAIS, é complicado descrever a sensação "sublime" dessa obra. Quando você entende, chegar a lua é o "menor" dos feitos.
Lolita
3.7 632 Assista AgoraBom, ao contrário de alguns eu não acho que as limitações da época diminui a qualidade do filme, pelo contrário, enaltece a obra e seu realizador. Enquanto muitas pessoas anseiam e desejam pelas cenas explícitas para VER o abuso acontecer, e isso nunca acontece, de fato, é nos mínimos detalhes sugeridos ao longo da projeção é que sabemos que este abuso existe. Devido tais restrições, Kubrick foca em cada ato do filme, como cresce o poder de Humbert e limita cada vez mais as atitudes de Lolita, ora por seu sádico ciúmes, ora por medo de descobrirem a verdadeira relação entre eles. Destaque mais uma vez para a direção de Stanley, que mesmo com as dificuldades da época, com a sutileza imprimida, não tornou a obra ambígua, e na minha visão, obrigatória para aqueles que acreditam que Lolita na verdade é um romance. Filmaço.
Como Falar com Garotas em Festas
3.2 205 Assista AgoraMuito melhor que as jóias do infinito.
Vingadores: Guerra Infinita
4.3 2,6K Assista AgoraMuito mais um evento do que um filme propriamente dito.
Como filme: bom.
Como evento: perfeito.
E o saldo final é positivo, entrega tudo aquilo que você espera e nada além. Obviamente jamais será o melhor filme da história (não é o melhor nem da Marvel ainda), mas sinceramente, quem esperava isso?
O segredo é claro, espere a conclusão (parte dela) de um planejamento a longo prazo feito com cuidado. Pegue sua pipoca e o refrigerante e vá curtir.
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraMais fraco do Coogler, fato.
O Paradoxo Cloverfield
2.7 779 Assista Agorainfelizmente foi daqui que surgiu a primeira decepção de 2018
The End of the F***ing World (1ª Temporada)
3.8 817 Assista AgoraRoad trip simples e direta. A série consegue abordar assuntos relevantes mesmo sem muito estofo, devido ao excelente desenvolvimento criado para o casal de protagonistas. Uns podem reclamar da falta de profundidade, criticar a série com argumentos idiotas como "criada por uma pessoa que sofre de depressão", mas é uma excelente metáfora, de como as pessoas que sofrem disso, ainda na adolescência, criam "fanfics" para escapar daquele mundo em que vive, o final da merda do mundo.
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraE não venham dizer que Yorgos decepcionou por não trazer uma crítica profunda, desde quando era necessário/obrigatorio? suas expectativas criaram isso, nao desmereça o filme por não trazer algo que vc esperava que tivesse, e sim pelo o que ele é e apresenta.
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraNão traz muitos questionamentos MESMO, é apenas a figura de um homem enfrentando seu próprio ego, e isso, caralho, como Yorgos faz bem. A relação do Steven com Martin, mostra a culpa que ele carrega da morte do pai do garoto na cirurgia, sim, ele foi culpado porém não admite, seu ego atrapalha. Martin insatisfeito com a forma que Steven o trata, lhe dá duas escolhas, substituir seu pai, ou sacrificar um de seus filhos, assim assumindo a culpa de uma morte e consequentemente satisfazendo o desejo do menino de ver no cirurgião essa atitude. Novamente o diretor grego traz para a obra uma atmosfera gélida entre os personagens, que assim como em The Lobster, aqui colabora junto das atitudes de seus personagens.
(aqui pode conter spoiler) A mãe castigando a filha, o pai o filho, e os filhos se desfazendo dos pais, mas qual deles é o cervo sagrado?
Nunca Diga Seu Nome
2.2 468 Assista Agoraaqueles filmes que nos mostram exatamente como não fazer cinema
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraDenis Villeneuve nos entrega uma expansão do conceito e universo de seu antecessor. Isso com apenas uma ferramenta: auto reconhecimento. É fantástico acompanhar o Oficial K. nessa jornada, sua jornada.
Além de ampliar esse conceito, o diretor nos traz mais uma questão, estamos sempre buscando ser melhor do que somos, mas buscamos saber quem somos?
2049 é uma obra-prima da ficção, e não deve de nada ao anterior. Villeneuve tem muito ao que se orgulhar, e nós, agradecer.
Se um momento resume bem as ideias de ambos os filmes é quando K. descobre não ser filho de Deckard, um tapa na cara.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraO que é suficiente pra você?
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista Agora"É necessário chover primeiro para depois vir o arco-íris".
Atômica
3.6 1,1K Assista AgoraSó pela cena de luta de frente pra um telão de cinema passando Stalker do Tarkovsky já vale o ingresso.
Isso sem contar a trilha sonora foda.
Death Note
1.8 1,5K Assista AgoraUm vai tomar no cu pra todos envolvidos