De todos os filmes com temática LGBT que eu já vi, este aqui foi um dos que mais me fez pensar. E tudo graças aos excelentes diálogos de "Weekend". Russell e Glen conversam sobre sexualidade, identidade, relacionamentos, preconceito, família, e tudo se dá de forma tão natural que a gente até esquece que essas falas foram escritas por alguém. Ao mesmo tempo, as coisas que dizem são profundas e sinceras a tal ponto que chegaram a me emocionar em certas cenas.
Marco Berger imprime ao filme o ritmo da vida. A lentidão de algumas tomadas equivale às indecisões de todo ser humano, ao intervalo que precisamos para digerir certos fatos que nos marcam fundo, às voltas e mais voltas que damos quando queremos adiar uma decisão ou fugir de um sentimento. Assim como Eugenio e Martín têm tempo de pensar e repensar o próprio desejo, o espectador, enquanto os observa, pode também refletir, emocionar-se e colocar-se na pele dos personagens. É uma aprendizagem, uma experiência transformadora. Berger sempre nos dá a impressão de que consegue extrair muito de quase nada, mas a verdade é que qualquer história envolvendo pessoas contém em si um poço sem fundo. Cabe ao diretor saber aprofundar a trama mais simples, sondar os abismos que se escondem sob as vivências mais comuns. "Hawaii" é primoroso nesse sentido.
Vi dois filmes excelentes sobre vampiros este ano: "Amantes eternos" e "Garota sombria caminha pela noite". Ambos têm fotografia belíssima, trilha sonora deliciosa e personagens cativantes, do tipo que seduzem o espectador logo nas primeiras cenas. São filmes pra quem curte o silêncio e a solidão da madrugada, as ruas desertas, a liberdade que chega depois que o sol se põe.
Gostei mais da fotografia e dos efeitos sonoros que do roteiro em si. Creio que o filme seria bem mais apavorante se a protagonista não tivesse tantos amigos, se ela precisasse sair pela noite em busca de parceiros sexuais e ficasse totalmente sozinha nos momentos de maior ameaça. Filmes de terror costumam me assustar mais quando são poucos os personagens em cena.
Adaptação de um dos maiores clássicos da literatura argentina, "El juguete rabioso", de Roberto Arlt. Assisti só pra poder comparar com o livro e, adivinhem, o livro é muitíssimo melhor.
"Eu te amo porque pra entender o nosso amor ia ser preciso virar o mundo de cabeça pra baixo." Pra mim, a única coisa que se salva no filme é essa frase.
Bruno y Pablo <3 Um filme simples, honesto e romântico. Pra quem reclama que quase todo filme com temática gay termina em tragédia, este aqui foge do estereótipo e mostra uma relação homossexual que se constrói aos poucos e é bem aceita (e até incentivada) pelos amigos e amigas dos protagonistas. O maior conflito é o interno, as dúvidas e o medo que ambos sentem à medida em que se apaixonam um pelo outro meio sem querer. Como saber se um filme sobre amor foi bem sucedido? Simples: se você se pega torcendo pra que os personagens se entendam de uma vez e vivam felizes para sempre é porque o diretor acertou a mão. Justamente o que aconteceu comigo enquanto assistia a "Plan B".
Esperava horror e bizarrices, mas encontrei um drama complexo, incômodo, bem estruturado e muito bem interpretado pelo excelente Jeremy Irons. É um filme pra quem gosta - e não tem medo - de sondar as profundezas da mente humana. Recomendo.
Impossível não sentir empatia por esse protagonista. Adrien Brody (numa atuação magnífica) nos conquista desde a primeira cena e nos arrasta consigo até o fim do filme. O pianista vivido por ele é um homem frágil e forte, um herói de carne e osso, real, verossímil, alguém que podia ser qualquer um de nós.
Foi durante anos o meu filme favorito. Gary Oldman consegue dar vida a um Drácula monstruoso e, ao mesmo tempo, irresistível, tanto que eu sempre torci pra que ele conseguisse matar seus inimigos e fugir com mocinha no final...
A linguagem é a mais importante invenção da raça humana. Nos momentos de caos e barbárie, as palavras são nosso melhor refúgio, nosso antídoto contra a loucura, nossa resistência contra tudo aquilo que pretende nos destruir por dentro e por fora. Tudo isso pra dizer que nesse filme tristíssimo há duas cenas em que os personagens fazem sexo, se beijam, se abraçam e aquecem um ao outro sem que seus corpos se toquem. Eles fazem tudo isso apenas com palavras que ninguém mais pode ouvir. É muito bonito, uma das cenas de erotismo mais originais e marcantes que eu já vi.
Phenomena
3.7 246Por essas e outras é que eu amo os animais.
Prelúdio Para Matar
4.0 255 Assista AgoraNão fossem as pitadas de comédia romântica, seria um filme perfeito.
Final de Semana
3.9 518 Assista AgoraDe todos os filmes com temática LGBT que eu já vi, este aqui foi um dos que mais me fez pensar. E tudo graças aos excelentes diálogos de "Weekend". Russell e Glen conversam sobre sexualidade, identidade, relacionamentos, preconceito, família, e tudo se dá de forma tão natural que a gente até esquece que essas falas foram escritas por alguém. Ao mesmo tempo, as coisas que dizem são profundas e sinceras a tal ponto que chegaram a me emocionar em certas cenas.
Havaí
3.7 198Marco Berger imprime ao filme o ritmo da vida. A lentidão de algumas tomadas equivale às indecisões de todo ser humano, ao intervalo que precisamos para digerir certos fatos que nos marcam fundo, às voltas e mais voltas que damos quando queremos adiar uma decisão ou fugir de um sentimento. Assim como Eugenio e Martín têm tempo de pensar e repensar o próprio desejo, o espectador, enquanto os observa, pode também refletir, emocionar-se e colocar-se na pele dos personagens. É uma aprendizagem, uma experiência transformadora. Berger sempre nos dá a impressão de que consegue extrair muito de quase nada, mas a verdade é que qualquer história envolvendo pessoas contém em si um poço sem fundo. Cabe ao diretor saber aprofundar a trama mais simples, sondar os abismos que se escondem sob as vivências mais comuns. "Hawaii" é primoroso nesse sentido.
Garota Sombria Caminha Pela Noite
3.7 343 Assista AgoraVi dois filmes excelentes sobre vampiros este ano: "Amantes eternos" e "Garota sombria caminha pela noite". Ambos têm fotografia belíssima, trilha sonora deliciosa e personagens cativantes, do tipo que seduzem o espectador logo nas primeiras cenas. São filmes pra quem curte o silêncio e a solidão da madrugada, as ruas desertas, a liberdade que chega depois que o sol se põe.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraGostei mais da fotografia e dos efeitos sonoros que do roteiro em si. Creio que o filme seria bem mais apavorante se a protagonista não tivesse tantos amigos, se ela precisasse sair pela noite em busca de parceiros sexuais e ficasse totalmente sozinha nos momentos de maior ameaça. Filmes de terror costumam me assustar mais quando são poucos os personagens em cena.
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraDa mesma forma que em "Gêmeos - mórbida semelhança", eu esperava um filme de horror e encontrei um drama de arrepiar.
Terror na Ópera
3.6 112 Assista AgoraSe você (como eu) é fã de corvos, este é o seu filme.
O Pássaro das Plumas de Cristal
3.8 102Alguém sabe me dizer se os filmes mais recentes do Argento são tão bons quanto os dos anos 70?
Sétimo
3.0 187Darín carrega o filme nas costas.
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista Agora"Los ojos... hablan. Hablan al pedo los ojos, mejor que se callen, a veces mejor no mirar."
El Juguete Rabioso
2.3 1Adaptação de um dos maiores clássicos da literatura argentina, "El juguete rabioso", de Roberto Arlt. Assisti só pra poder comparar com o livro e, adivinhem, o livro é muitíssimo melhor.
Do Começo ao Fim
3.0 1,3K"Eu te amo porque pra entender o nosso amor ia ser preciso virar o mundo de cabeça pra baixo." Pra mim, a única coisa que se salva no filme é essa frase.
Plano B
3.5 135Bruno y Pablo <3
Um filme simples, honesto e romântico. Pra quem reclama que quase todo filme com temática gay termina em tragédia, este aqui foge do estereótipo e mostra uma relação homossexual que se constrói aos poucos e é bem aceita (e até incentivada) pelos amigos e amigas dos protagonistas. O maior conflito é o interno, as dúvidas e o medo que ambos sentem à medida em que se apaixonam um pelo outro meio sem querer. Como saber se um filme sobre amor foi bem sucedido? Simples: se você se pega torcendo pra que os personagens se entendam de uma vez e vivam felizes para sempre é porque o diretor acertou a mão. Justamente o que aconteceu comigo enquanto assistia a "Plan B".
Gêmeos: Mórbida Semelhança
3.7 193Esperava horror e bizarrices, mas encontrei um drama complexo, incômodo, bem estruturado e muito bem interpretado pelo excelente Jeremy Irons. É um filme pra quem gosta - e não tem medo - de sondar as profundezas da mente humana. Recomendo.
O Beijo da Mulher-Aranha
3.9 256 Assista AgoraO livro (escrito pelo argentino Manuel Puig) é um dos meus favoritos da vida.
Contra a Parede
4.1 156Não sei explicar por que eu gosto tanto desse filme. Deve ser porque ele sempre me deixa assim, sem palavras...
O Nevoeiro
3.5 2,6K Assista AgoraMoral da história: os piores monstros sempre são os humanos.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraÉ daqueles filmes que você nunca se cansa de rever.
Os Amantes de Pont Neuf
4.2 129 Assista AgoraSó os franceses sabem criar essas inesquecíveis histórias de amor louco.
O Pianista
4.4 1,8K Assista AgoraImpossível não sentir empatia por esse protagonista. Adrien Brody (numa atuação magnífica) nos conquista desde a primeira cena e nos arrasta consigo até o fim do filme. O pianista vivido por ele é um homem frágil e forte, um herói de carne e osso, real, verossímil, alguém que podia ser qualquer um de nós.
Drácula de Bram Stoker
4.0 1,4K Assista AgoraFoi durante anos o meu filme favorito. Gary Oldman consegue dar vida a um Drácula monstruoso e, ao mesmo tempo, irresistível, tanto que eu sempre torci pra que ele conseguisse matar seus inimigos e fugir com mocinha no final...
1408
3.3 1,4K Assista AgoraO conto "1408" encontra-se no livro "Tudo é eventual", do mestre Stephen King. Achei o filme interessante, mas o desfecho do conto é melhor.
Bent
3.8 206A linguagem é a mais importante invenção da raça humana. Nos momentos de caos e barbárie, as palavras são nosso melhor refúgio, nosso antídoto contra a loucura, nossa resistência contra tudo aquilo que pretende nos destruir por dentro e por fora. Tudo isso pra dizer que nesse filme tristíssimo há duas cenas em que os personagens fazem sexo, se beijam, se abraçam e aquecem um ao outro sem que seus corpos se toquem. Eles fazem tudo isso apenas com palavras que ninguém mais pode ouvir. É muito bonito, uma das cenas de erotismo mais originais e marcantes que eu já vi.