Tendo sido lançado em 1965, Alphaville corresponde ao Zeitgeist artístico daquela época e traz todos os motivos típicos de obras produzidas durante a Guerra Fria, mas o faz com muito estilo, de um jeito que não deixa o enredo parecer repetitivo, mesmo tratando de um assunto que já se explorou à exaustão. Fui atrás de assisti-lo exclusivamente por causa da Anna Karina e não me arrependi, gostei bastante.
Eu tenho um misto de opiniões contraditórias sobre "Below Her Mouth". Eu gostei muito da experiência quando o assisti, mas depois que acabou, cada vez que eu me lembrava dele e parava para pensar e refletir sobre seus detalhes, ele perdia um pouco de seu brilho aos meus olhos. Por um lado, eu fiquei muito animada com o relacionamento das duas protagonistas. Se não fosse pelo detalhe
, seria um girl meets girl super clichê e adorável, perfeito e sem defeitos. A química entre a Dallas e a Jasmine é incrível, as atrizes entregam emoções muito genuínas, realmente parece que você está assistindo duas pessoas se apaixonando em tempo real. Quando elas se beijam tem paixão, quando conversam tem carinho. Apesar de eu não ter gostado de
, não diria que essa parte foi desnecessária, afinal heterossexualidade compulsória existe e muitas pessoas só têm a oportunidade de explorar e descobrir sua sexualidade quando já estão "presas" a um relacionamento heterossexual, então achei esse detalhe até bem relevante para a história. Por outro lado, fora o contato entre as protagonistas e suas histórias de vida, todo o resto me pareceu extremamente artificial. Ficou parecendo que faltou tempo para elaborar o roteiro e os diálogos, como se a diretora tivesse uma ideia muito boa em mente mas lhe faltasse tempo para aprimorá-la. De qualquer forma, eu recomendo que cada um assista ao filme e tire sua própria conclusão. Apesar de todos os defeitos que eu poderia enumerar, de todos os estereótipos e clichês, ele não deixa de ser um filme legal sobre duas mulheres que se apaixonam e se escolhem, e esse tipo de representatividade não dá para ignorar.
Que filme maravilhoso! Eu estou sem palavras para descrever como essa obra me tocou, mas sinto que preciso registrar essas emoções porque não é todo filme que faz isso com a gente. A Nadine conseguiu criar um filme com personagens muito, muito humanas, que se parecem muito mais com pessoas que você conhece da vida real, ou sobre quem você escuta uma fofoca na mesa do café da tarde, do que personagens fictícias de um filme gravado do outro lado do mundo. Eu estou apaixonada por Caramelo e acho que ainda irei revê-lo muitas, muitas vezes antes de enjoar.
Se eu fosse falar sobre Lost Highway eu só teria coisas positivas para falar, mas acho que só poderei ter uma opinião de fato sobre ele depois de tê-lo visto mais algumas vezes.
Gostei muito! É um filme muito bem feito e que pode ser usado para levantar várias discussões interessantes sobre filosofia da mente, consciência, bioética etc.
Tendo lido de várias pessoas na internet que Event Horizon tinha sido o filme mais assustador que já tinham visto em suas vidas, eu achei que este seria um senhor filme de terror no espaço, daqueles que você termina se perguntando o que é que há de errado com a mente que concebe um negócio desses, mas na verdade ele é bem bobinho.
É um típico filme de ficção científica dos anos 90, que não se esforça nem na parte da ciência nem na do terror: os fenômenos aparentemente acontecem por que sim, o Dr. Sam Neil constrói a nave e a partir daí ela magicamente se torna do mal, com a parte do terror sendo completamente terceirizada para o medo que a audiência talvez tenha do mito do inferno cristão, um negócio extremamente besta.
No fim das contas eu acabei gostando porque ficção científica ruim é algo que me diverte, fazer o quê? 3 estrelinhas pelo fator entretenimento.
Será esse um filme sobre adoecimento mental? A protagonista é uma adolescente que vive com um irmão esquisito e uma mãe que nunca aparece em casa, e que começa a exibir comportamentos estranhos após ter contato com um assassinato na região onde mora. À medida que a história avança, o comportamento dela vai ficando mais antissocial e sua atitude para com os outros vai ficando mais hostil, até por fim enfim o trem acabar lá do jeito que acaba. Final inconclusivo. Sugestivo, mas inconclusivo. Para mim esse filme é mais bem aproveitado se encarado não como contação de história, mas como uma exploração da psicologia da protagonista. É preciso prestar atenção em como o filme ilustra os pensamentos das personagens, como ele mostra a maneira como a protagonista é afetada e transformada pelas coisas que vão acontecendo. Como narrativa ele morreria na praia, mas como retrato da psicologia das personagens ele vai longe. Gostei bastante.
Eu não consegui levar esse filme a sério. Como filme de terror ele é uma ótima comédia. No começo ia tudo bem, mas a partir do momento em que a Eleanor chega à Residência Hill, todo o potencial que essa adaptação um dia tenha tido de ser um bom filme foi por água abaixo: tentou pular naqueles livrinhos daquele laguinho interno, errou o pé e afundou na água. Não é que o filme seja de todo ruim, na verdade há sim vários pontos positivos, mas o que foi ruim foi tão ruim que, na minha opinião, acabou pesando mais. Dou duas estrelas por causa da adição de uma história que explica a ligação da Eleanor com a casa e pela adaptação interessante dos personagens, mas fora isso não tem muito mais o que se salvar.
O filme é bastante fiel ao livro, com algumas alterações interessantes no roteiro que previnem que ele seja previsível para quem já conhece a história — inclusive algumas dessas alterações melhoraram certos aspectos do livro que para mim haviam sido negativos. No entanto eu achei o ritmo um pouco apressado demais. Nesse ponto o livro foi bem melhor, por ter trabalhado as relações entre cada personagem e explorado as personalidades de cada um deles (inclusive a personalidade da casa, rs) antes de começar com a ação. Achei o filme bastante raso nesse aspecto, mas fora isso ele foi uma excelente adaptação e um bom filme como um todo. Agora, eu sei que isso não é demérito algum para o filme já que era uma expectativa particular minha, mas
quando eu vi que tinham feito mudanças na história, eu tive esperança de que tivessem consertado o ponto que mais havia me incomodado no livro, que foi o timing da morte da Eleanor. Toda aquela tensão na escada para ela descer e morrer no carro dali 2 páginas/3 minutos foi algo bastante anticlimático para mim.
Se a cena na biblioteca tivesse demorado mais e sido a última do filme, para mim ele teria sido 5 estrelas.
Sinceramente, a expectativa é o que mata a experiência. Talvez se eu não tivesse esperado tanto desse filme, eu não teria me decepcionado tanto assim. Visualmente ele é lindo. As atuações são boas. Ele explora vários temas interessantes — emoções, relacionamentos, frustração com a vida cotidiana, felicidade, expectativas para com o amor. Havia potencial para ser algo muito bom, mas acabou sendo bem meia-boca. O roteiro teria sido mais bem aproveitado como novela mexicana; como filme que deve ser levado a sério ele simplesmente não entrega.
Acho que foi um dos filmes mais bonitinhos que eu já assisti! Ok, do ponto de vista técnico não foi absolutamente nada demais — inclusive achei que a edição deixou muito a desejar —, mas o filme em si é uma gracinha: a amizade dos três jovens cosmonautas, a trilha sonora, a história... gostei demais!
Não leia se não quiser spoilers. "Gravidade" não te dá um único minuto de descanso. A partir do momento em que as coisas começam a acontecer, elas não param mais. O filme é cercado por uma atmosfera de perigo iminente do começo ao fim, e de fato, a personagem da Sandra Bullock — Dra. Ryan Stone — fica em perigo desde o momento em que o primeiro destroço atinge o satélite em que ela e sua equipe estavam trabalhando. Sendo muito sincera, antes do final do filme, em momento algum eu consegui ter certeza de que ela iria sobreviver — e, para mim, esse foi o aspecto mais legal da história: não importa se ela sobrevive ou não. Assim como ela mesma diz ao desacoplar da estação chinesa a nave que iria levá-la de volta à Terra: "quer eu aterrisse ou quer eu morra queimada na atmosfera, a viagem será incrível do mesmo jeito". No final, eu acho que esse é o sentido do filme: por trás da ficção científica (ou talvez paralela a esta), o que se tem aqui é uma verdadeira lição existencial para a vida. A viagem da Dra. Stone de volta para a Terra é também uma metáfora sobre o nascimento: quando ela alcança o interior da E.E.I e fica flutuando ali dentro em posição fetal, tem-se a concepção; a luta que ela trava para sair dali, chegar à estação chinesa e finalmente aterrissar é o processo de gestação; a hora em que a nave é inundada e ela precisa escapar de lá nadando é a própria hora em que o bebê é dado à luz – literalmente, ela emerge debaixo de um céu ensolarado; quando enfim chega na praia e seu corpo precisa se reacostumar com o próprio peso sob a gravidade da Terra, ela é como um bebê ainda sem tônus muscular. No fim das contas, além de ser um ótimo trabalho de ficção científica, visualmente lindo e com sequências de ação excelentes, "Gravidade" é também uma bela de uma aulinha sobre otimismo existencial. E eu adorei.
Alphaville
3.9 177 Assista AgoraTendo sido lançado em 1965, Alphaville corresponde ao Zeitgeist artístico daquela época e traz todos os motivos típicos de obras produzidas durante a Guerra Fria, mas o faz com muito estilo, de um jeito que não deixa o enredo parecer repetitivo, mesmo tratando de um assunto que já se explorou à exaustão. Fui atrás de assisti-lo exclusivamente por causa da Anna Karina e não me arrependi, gostei bastante.
Garota Sombria Caminha Pela Noite
3.7 343 Assista AgoraUm girl meets boy sombrio, lindíssimo e com trilha sonora impecável.
Below Her Mouth
2.9 162Eu tenho um misto de opiniões contraditórias sobre "Below Her Mouth". Eu gostei muito da experiência quando o assisti, mas depois que acabou, cada vez que eu me lembrava dele e parava para pensar e refletir sobre seus detalhes, ele perdia um pouco de seu brilho aos meus olhos.
Por um lado, eu fiquei muito animada com o relacionamento das duas protagonistas. Se não fosse pelo detalhe
da traição
a Jasmine ter traído o noivo
Por outro lado, fora o contato entre as protagonistas e suas histórias de vida, todo o resto me pareceu extremamente artificial. Ficou parecendo que faltou tempo para elaborar o roteiro e os diálogos, como se a diretora tivesse uma ideia muito boa em mente mas lhe faltasse tempo para aprimorá-la.
De qualquer forma, eu recomendo que cada um assista ao filme e tire sua própria conclusão. Apesar de todos os defeitos que eu poderia enumerar, de todos os estereótipos e clichês, ele não deixa de ser um filme legal sobre duas mulheres que se apaixonam e se escolhem, e esse tipo de representatividade não dá para ignorar.
Caramelo
3.9 157 Assista AgoraQue filme maravilhoso! Eu estou sem palavras para descrever como essa obra me tocou, mas sinto que preciso registrar essas emoções porque não é todo filme que faz isso com a gente. A Nadine conseguiu criar um filme com personagens muito, muito humanas, que se parecem muito mais com pessoas que você conhece da vida real, ou sobre quem você escuta uma fofoca na mesa do café da tarde, do que personagens fictícias de um filme gravado do outro lado do mundo. Eu estou apaixonada por Caramelo e acho que ainda irei revê-lo muitas, muitas vezes antes de enjoar.
[REC]
3.6 1,7K Assista AgoraAcho que esse foi um dos melhores found footage que eu já vi!
Psicopata Americano
3.7 1,9K Assista AgoraEsquizofrenia ou cumplicidade? Mistérios, mistérios, mistérios.
Estrada Perdida
4.1 469 Assista AgoraSe eu fosse falar sobre Lost Highway eu só teria coisas positivas para falar, mas acho que só poderei ter uma opinião de fato sobre ele depois de tê-lo visto mais algumas vezes.
A Câmera de Claire
3.4 73 Assista Agora"The only way to change things is to look at everything again, very slowly."
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 524 Assista AgoraSimplesmente sensacional! E o final me pegou de surpresa!
Lunar
3.8 686 Assista AgoraGostei muito! É um filme muito bem feito e que pode ser usado para levantar várias discussões interessantes sobre filosofia da mente, consciência, bioética etc.
O Enigma do Horizonte
3.2 310 Assista AgoraTendo lido de várias pessoas na internet que Event Horizon tinha sido o filme mais assustador que já tinham visto em suas vidas, eu achei que este seria um senhor filme de terror no espaço, daqueles que você termina se perguntando o que é que há de errado com a mente que concebe um negócio desses, mas na verdade ele é bem bobinho.
É um típico filme de ficção científica dos anos 90, que não se esforça nem na parte da ciência nem na do terror: os fenômenos aparentemente acontecem por que sim, o Dr. Sam Neil constrói a nave e a partir daí ela magicamente se torna do mal, com a parte do terror sendo completamente terceirizada para o medo que a audiência talvez tenha do mito do inferno cristão, um negócio extremamente besta.
No fim das contas eu acabei gostando porque ficção científica ruim é algo que me diverte, fazer o quê? 3 estrelinhas pelo fator entretenimento.
O Segredo do Abismo
3.7 252Come for the aliens, stay for the politics.
Mate-me Por Favor
3.0 232 Assista AgoraSerá esse um filme sobre adoecimento mental?
A protagonista é uma adolescente que vive com um irmão esquisito e uma mãe que nunca aparece em casa, e que começa a exibir comportamentos estranhos após ter contato com um assassinato na região onde mora. À medida que a história avança, o comportamento dela vai ficando mais antissocial e sua atitude para com os outros vai ficando mais hostil, até por fim enfim o trem acabar lá do jeito que acaba. Final inconclusivo. Sugestivo, mas inconclusivo.
Para mim esse filme é mais bem aproveitado se encarado não como contação de história, mas como uma exploração da psicologia da protagonista. É preciso prestar atenção em como o filme ilustra os pensamentos das personagens, como ele mostra a maneira como a protagonista é afetada e transformada pelas coisas que vão acontecendo. Como narrativa ele morreria na praia, mas como retrato da psicologia das personagens ele vai longe. Gostei bastante.
A Casa Amaldiçoada
2.7 321 Assista AgoraEu não consegui levar esse filme a sério. Como filme de terror ele é uma ótima comédia.
No começo ia tudo bem, mas a partir do momento em que a Eleanor chega à Residência Hill, todo o potencial que essa adaptação um dia tenha tido de ser um bom filme foi por água abaixo: tentou pular naqueles livrinhos daquele laguinho interno, errou o pé e afundou na água. Não é que o filme seja de todo ruim, na verdade há sim vários pontos positivos, mas o que foi ruim foi tão ruim que, na minha opinião, acabou pesando mais.
Dou duas estrelas por causa da adição de uma história que explica a ligação da Eleanor com a casa e pela adaptação interessante dos personagens, mas fora isso não tem muito mais o que se salvar.
O Apanhador de Sonhos
2.5 682 Assista AgoraFica aí uma lição pessoal para me importar menos com o que diz a crítica.
7/10.
Desafio do Além
3.7 138 Assista AgoraO filme é bastante fiel ao livro, com algumas alterações interessantes no roteiro que previnem que ele seja previsível para quem já conhece a história — inclusive algumas dessas alterações melhoraram certos aspectos do livro que para mim haviam sido negativos. No entanto eu achei o ritmo um pouco apressado demais. Nesse ponto o livro foi bem melhor, por ter trabalhado as relações entre cada personagem e explorado as personalidades de cada um deles (inclusive a personalidade da casa, rs) antes de começar com a ação. Achei o filme bastante raso nesse aspecto, mas fora isso ele foi uma excelente adaptação e um bom filme como um todo.
Agora, eu sei que isso não é demérito algum para o filme já que era uma expectativa particular minha, mas
quando eu vi que tinham feito mudanças na história, eu tive esperança de que tivessem consertado o ponto que mais havia me incomodado no livro, que foi o timing da morte da Eleanor. Toda aquela tensão na escada para ela descer e morrer no carro dali 2 páginas/3 minutos foi algo bastante anticlimático para mim.
O Fantasma do Paraíso
3.8 104Esquisitíssimo de um jeito sensacional, acho que esse foi o melhor musical que já assisti.
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraFantástico! Excedeu minhas expectativas.
Veludo Azul
3.9 776 Assista Agoratwin peaks on steroids
Simplesmente Alice
3.5 95Típico filme pra estudante de psicologia. Muito bom observar o crescimento da personagem pelo decorrer da história.
O lyubvi
2.0 1Sinceramente, a expectativa é o que mata a experiência. Talvez se eu não tivesse esperado tanto desse filme, eu não teria me decepcionado tanto assim.
Visualmente ele é lindo. As atuações são boas. Ele explora vários temas interessantes — emoções, relacionamentos, frustração com a vida cotidiana, felicidade, expectativas para com o amor. Havia potencial para ser algo muito bom, mas acabou sendo bem meia-boca. O roteiro teria sido mais bem aproveitado como novela mexicana; como filme que deve ser levado a sério ele simplesmente não entrega.
Grandes Esperanças
3.8 263É um filme tipo sessão da tarde, só que com a Gwyneth Paltrow pelada aqui e ali.
A Great Space Voyage
2.5 1Acho que foi um dos filmes mais bonitinhos que eu já assisti! Ok, do ponto de vista técnico não foi absolutamente nada demais — inclusive achei que a edição deixou muito a desejar —, mas o filme em si é uma gracinha: a amizade dos três jovens cosmonautas, a trilha sonora, a história... gostei demais!
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraNão leia se não quiser spoilers.
"Gravidade" não te dá um único minuto de descanso. A partir do momento em que as coisas começam a acontecer, elas não param mais. O filme é cercado por uma atmosfera de perigo iminente do começo ao fim, e de fato, a personagem da Sandra Bullock — Dra. Ryan Stone — fica em perigo desde o momento em que o primeiro destroço atinge o satélite em que ela e sua equipe estavam trabalhando.
Sendo muito sincera, antes do final do filme, em momento algum eu consegui ter certeza de que ela iria sobreviver — e, para mim, esse foi o aspecto mais legal da história: não importa se ela sobrevive ou não. Assim como ela mesma diz ao desacoplar da estação chinesa a nave que iria levá-la de volta à Terra: "quer eu aterrisse ou quer eu morra queimada na atmosfera, a viagem será incrível do mesmo jeito". No final, eu acho que esse é o sentido do filme: por trás da ficção científica (ou talvez paralela a esta), o que se tem aqui é uma verdadeira lição existencial para a vida.
A viagem da Dra. Stone de volta para a Terra é também uma metáfora sobre o nascimento: quando ela alcança o interior da E.E.I e fica flutuando ali dentro em posição fetal, tem-se a concepção; a luta que ela trava para sair dali, chegar à estação chinesa e finalmente aterrissar é o processo de gestação; a hora em que a nave é inundada e ela precisa escapar de lá nadando é a própria hora em que o bebê é dado à luz – literalmente, ela emerge debaixo de um céu ensolarado; quando enfim chega na praia e seu corpo precisa se reacostumar com o próprio peso sob a gravidade da Terra, ela é como um bebê ainda sem tônus muscular. No fim das contas, além de ser um ótimo trabalho de ficção científica, visualmente lindo e com sequências de ação excelentes, "Gravidade" é também uma bela de uma aulinha sobre otimismo existencial.
E eu adorei.