Não entendo esse hype todo em cima do filme. O filme se resume, basicamente, em uma sucessão de cenas que tentam causar sustos baratos, abusando dos recursos de som. Há cenas completamente desnecessárias e fora de lugar, como momentos de drama que simplesmente não fazem sentido, seguidos - ou antecipados - de cenas de terror trash com muito cgi(terrível). Determinadas cenas(a maioria delas) possuem recursos gráficos tão ruins que chega a ser engraçado - quando aparece algum tipo de monstro deformado correndo atrás de alguém.
Sabe aqueles filmes que passam duas horas esfregando uma entidade contorcida e deformada na sua cara? Então... E aqueles filmes em que um monstro absurdo pula de dentro de uma caixa, ao mesmo tempo que o som estoura? É ruim se acontecer uma vez, quando o filme utiliza esse recurso dezenas de vezes fica completamente absurdo. Só resta ser encarado como um terror tresh.
A direção é inteligente, trilha sonora encaixa muito bem, há alguns recursos de montagem legais(como cenas que antecipam acontecimentos futuros), fotografia bonita, algumas atuações bem convincentes - a evolução da Justine fica bem clara na face da atriz, sem parecer forçado. Porem, contudo, no entanto...o roteiro é um pouco (muito) clichê, as alegorias são fracas e já batidas.
Há algumas discussões que são levantadas, mas nunca levadas muito a fundo, já que o foco da história é no desenvolvimento da personagem - e este foco nunca é desviado. Como abuso de drogas, relações familiares problemáticas, violência, efeito manada, hierarquização dentro da faculdade...etc
Resumindo, não espere um filme cheio de grandes discussões filosóficas. Ele vale mais, muito mais, pela forma que constrói um universo absurdo pra causar incômodo, se aproveitando de algumas temáticas clichês do gênero.
Há algo que eu não captei sobre a genialidade dele. A história não é muito original, a resolução não é tãaao imprevisível assim e os jump cuts me irritam e até impedem que se crie algum vínculo com o protagonista, é tudo muito rápido.
a cena da Fiona no banheiro, a cena dela acenando pra ele no mato no que parecia ser uma alucinação, o fato dela estar se tornando rapidamente muito íntima da esposa dele, os agradecimentos dos assassinados, o corte na mão dele, o gato deles assassinado em alguma espécie de sacrifício..são muitos indícios que, no mínimo, algo tem a ver com bruxaria e eles foram selecionados pra algo maior....
subir na grade e saltar de costas, tão suavemente conformado com a morte
Eu quase cheguei a pensar que aquela filmagem do Gene não era no dia do ocorrido, o que será que ele pensava todo aquele tempo? Como o cineasta intuiu o que ia ocorrer aquele dia? É até estranho pensar que ele passou tanto tempo filmando suicídios, sem interferir. Em contrapartida, salvar alguém daqueles segundos de queda não o salvaria de uma vida inteira de dor, talvez só adiasse o fim.
Doloroso ver algumas entrevistas tão pouco empáticas, com comentários maldosos e até sorrisos. Em compensação, há entrevistados tão sábios e esclarecidos, como a senhora amiga do Gene.
Doloroso pensar que alguns poderiam ser evitados - será que o Gene poderia ter encontrado o que procurava? - e que outros talvez nunca pudessem ser evitados. Pessoas pra quem o fardo de viver não pudesse ser aliviado nunca.
Passei boa parte do filme tentando entender se Laure era, de fato um menino trans ou uma menina "masculinizada", o filme acabou e continuei em dúvida. Restou-me procurar o significado do título em um dicionário(fonte: Cambridge Dictionaries Online): tomboy - a girl who acts and dresses like a boy, liking noisy, physical activities..........ou seja, é uma garota, ao que tudo indica e ao contrário do que costumam interpretar.
Bom, a sutileza com que a Céline consegue tratar a situação conflituosa é admirável e a fotografia é igualmente digna. O vínculo de cumplicidade entre as irmãs é muito lindo, a naturalidade com que Jeanne age ao saber do segredo da irmã demonstra muito mais sabedoria que a reação da mãe, ao expor ela daquela forma desagradável. Entendo que não haveria nenhuma solução muito melhor naquele momento, além de contar a verdade, já que o ano letivo iria começar em breve, mas obriga-la a se vestir de uma forma que lhe desagrada e levar ela pessoalmente à casa dos colegas foi cruel demais.
Me senti angustiada o filme inteiro, com a sensação de "humilhação iminente". O segredo não ia se manter pra sempre, e as crianças e os pais saberiam, e nós sabemos o quão preconceituosas e violentas as pessoas podem ser...
Achei muito curto e senti a necessidade de me certificar da temática do filme(transexualidade ou sexualidade?), alguns minutos à mais pós descoberta da verdade poderiam suprir isso. Pensando bem, acho que aquele meio sorriso para a Lisa, na cena final, diz muito...:3
Não é um filme ruim, mas eu esperava bem mais, tanto pela polêmica envolvida, quanto pela deusa-mor Eva Green. Como já disseram aí, o tema é tratado de forma covarde. Não podia ser mais tímida a forma como o...
'incesto' e o complexo de édipo vão sendo pincelados desde a infância e culmina naquele final de forma um tanto brusca. Me chocou bem mais a loucura de Rebecca, chegando ao absurdo dela se manter virgem até que o clone gerado por ela pudesse engravida-la como o seu "amado" deveria ter feito(wtf???), que o incesto em sí.
A construção dos personagens - com exceção da Rebecca, que é razoavelmente bem construída e conta com um show de subtexto graças a Eva <3 - é extremamente rasa e quase todo o mérito vai para as atuações, como no caso do Tommy. Ele acaba não sendo muito mais que um "ambientalista felizinho que mora da beira da praia e ama o contato com a natureza", um personagem de papelão.
Tommy clone, essa profundidade emocional faz ainda mais falta. Com exceção da sequência final, ele não passa de um clone, uma cópia sem muita personalidade própria, sem muitos conflitos internos(estes só aparecem no final, com a revelação).
Linda fotografia, faz valer à pena cada cena silenciosa em modo contemplativo.No mais, Eva Green diz tudo com o olhar e Matt Smith faz milagre com seu personagem.
- A bola dos meninos pula o muro.Eles tocam a campainha.Ninguém responde, assim eles pulam o muro.Eu tenho que fechar a porta por causa das minhas meninas.
- O problema é que elas são meninas. Se eles fossem meninos,eles sairiam com você. Eles jogariam lá fora.E eles até mesmo pulariam o muro.
Doloroso ler isso. E mais ainda pensar que da pra fazer um paralelo entre o portão que as limita em casa - para tragicamente "protegê-las" - e os diversos portões não literais que limitam tantas outras meninas e mulheres, em tantas outras culturas diferentes - portões esses, mais ou menos danosos, mas igualmente originados da ignorância.
Até agora aquele final me perturba. Por quê??????? Cruel até o último minuto,literalmente. Confesso que não esperava por aquele final, da até pra suspeitar em determinados diálogos, mas depois de tudo aquilo, eu realmente esperava um final mais "felizinho", e raramente gosto de finais felizes, mas nesse caso...
Se bem que depois de tudo que a Iris passou e teve que fazer pra conseguir aquele prêmio, nem com o irmão vivo o final iria ser realmente feliz, mas satisfatório, pelo menos.
Já imaginava que ela mataria o cara, mas ainda assim é extremo ver a personagem tão pueril ser desconstruída assim, e simplesmente não consigo julgar a escolha dela, eu faria o mesmo ou até pior pelo meu irmão, se fosse o caso.Qualquer um que tenha um irmão de quem goste o faria, não duvido.
ps: Por que diabos as pessoas continuavam insistindo nos envelopes? Desde o primeiro já deu pra ter noção que seria bem melhor morrer afogado no barril que passar por aquelas punições...
Se olharmos por uma perspectiva de drama existencialista ele se mostra grandioso, desde que se ignorem os efeitos especiais terríveis e a trilha sonora.
O grande erro do filme certamente foi a tentativa falha de produzir um terror 'fantasmagórico' e de propagandear ele como tal, quando isso é tudo que ele NÃO é e não consegue ser. Me senti iludida, tanto pela sinopse, quanto pelos comentários superestimando o terror do filme.
Seria bem mais incômodo e assustador se fosse assisti-lo pelo que ele realmente é: um drama, e se ele se focasse mais nos questionamentos que tenta passar, que em sustos gerados por fantasmas solitários. Não consigo pensar em uma nota que seja digna dos seus defeitos e qualidades(dentre elas, a sua premissa genial). Afinal, estamos fadados a solidão eterna em vida ou em morte?
O plot twist é muito bom, ainda que surja uma suspeita próxima da verdade, no início do filme, não demora muito pra que o roteiro redirecione nosso foco. Quase tudo se encaixa perfeitamente, tanto antes, quanto depois do twist e o final em aberto, pelo menos pra mim, faz valer à pena todo o resto. Adoro essa sensação de ter que rever um filme, assim que ele acaba, pra ter certeza se o final é optativo, ou tende pra uma das duas(ou mais) interpretações possíveis. Talvez isso tenha incomodado a maior parte das pessoas que viram o filme, mas 2.9 ainda é uma subestimação terrível.
O ponto negativo que mais me incomodou, além de algumas atuações não muito convincentes, é que há um certo desperdício da locação, podia ter um clima de thriller psicológico mais perturbador do que foi. Poxa, é um hospício velho caindo aos pedaços, podia ter sido bem mais...
o personagem do Phil "liga" pra casa do Hank e diz que ele havia fugido para um cassino. Já que ele não tinha nada a ver com o sumiço, por quê mentir pra despistar? Uma possibilidade é que ele já suspeitasse do Gordon e estivesse tentando ganhar tempo pra descobrir o que havia de errado, mas ainda assim soa esquisto...
Simplesmente não consigo optar entre as possibilidades que encontrei: 1- Simon poderia ser um demônio(literal) - ou o espírito da Wendy - que se apossava do corpo de quem já não estava bem psicologicamente (isso explica o fato de tudo ter se desencadeado no primeiro contato que o Gordon tem com o hospício); 2- Poderia ser somente a manifestação da loucura se apossando da mente dos ''fracos e feridos" (também poderia explicar o desencadeamento da doença ocorrendo exatamente no primeiro contato com aquele ambiente 'específico')
Também fiquei curiosa quanto a 'nóia' com aquela cadeira, na possibilidade 1 ela traria uma certa familiaridade...
Como diabos alguém consegue pensar em algo tão incrível, como um filme trash de ficção científica sobre alienígenas e utiliza-lo como veículo pra tecer críticas extremamente ácidas a sociedade de consumo, exploração cruel dos recursos naturais, luta de classes, elitismo, controle psicológico através das mídias de massa e alienação(entre otras cositas más, como a função social das tropas policiais, na defesa do sistema)?
PS: Apenas amando aquele final KKKKKKKKKKKK <3 PS²: Tão trash quanto genial.
Um maravilhoso manual de como usar situações clichês à favor de uma obra <3. Não é mais um drama sobre uma garota com câncer, é um filme sobre elos interpessoais. Greg passa boa parte do tempo fugindo das interações sociais, das amizades, de qualquer possibilidade de criação de elo, até que conhece Rachel - aquele amor de pessoa que consegue quebrar a barreira que mantém Greg em sua zona de conforto. Levando-o ao amadurecimento afetivo. Aos poucos, eles criam laços mais fortes que nenhum filminho romântico piegas conseguiria contemplar, o longa é um ode a amizade, um laço eterno...
Uma película maravilhosa, melancólica e cheia de metáforas existencialistas. É na jornada de conhecimento de sí mesma, e do mundo, da pueril Nozomi que o Koreeda volta suas lentes para a vida fria, vazia e, muitas vezes, apática das personagens na dinâmica metropolitana, sempre muito ocupados consigo mesmos, e com as próprias frustrações, pra notar ou se importar com qualquer coisa além de seus umbigos. Sempre frustrados, solitários e murados. Afinal, a Nozomi é mesmo a única personagem vazia? Todos estão em busca de algo para serem preenchidos - sendo somente a Nozomi a procurar esse preenchimento no contato humano. "Eu também sou vazio"
Se bobear, esse é o único found footage que vale a pena. Além de ser mega inovador quanto ao formato(se passando quase totalmente na tela do tal chat), as motivações e as filmagens são muito bem justificadas e até os jump scares não incomodam. The Den é uma espécie de
"O Albergue'' virtual mas dessa vez a reflexão nao é sobre ricos insanos pagando altas taxas pra torturar turistas, dessa vez são criminosos virtuais, que vitimizam usuários em suas próprias casas, enquanto filmam tudo para atender a um público composto por pessoas 'comuns' e aparentemente acima de qualquer suspeita (como um pai).
Só conheci através de Unfriended - que é uma tentativa tosca de usar esse formato de captura de tela.
Tem uma premissa interessante, começa bem, tem um bom clima e é bizarro bagarai aquele bando de pirralho olhando malignamente pra qualquer adulto que passava. Me lembrou vários filmes do gênero como "A Cidade dos Amaldiçoados" e "Colheita Maldita". Porém (sempre tem um porém, não posso evitar ser chata :v), há uma sucessão de reações irrealistas demais, não houve suspensão da descrença que suportasse tanta imbecilidade por parte dos protagonistas...
Really? Alguém vai a uma ilha isolada, percebe que está completamente vazia, com exceção das crianças capirotescas brincando com cadáveres e matando velhinhos com bengalas, e ainda continua lá fingindo pra esposa que "tá tudo bem, meu bem" ao invés de dar o pé enquanto a gurizada do mal tem outras iscas pra matarem? Nem vou citar aquele show de lerdeza na hr da fuga no barco.
A loucura crescente do personagem em meio as sarjetas Russas, o cinismo de Rakolnikov e a pureza aliada ao desespero no olhar de Sonia. Mesmo com todas as alterações feitas na história, eu nao poderia imaginar uma "adaptação" cinematográfica que capitasse melhor a áurea de Crime e Castigo. Atuações mais que dignas e uma bela (e estranha) fotografia.
Acabo de assistir a versão estendida, que, por sinal, passa voando, e acho até que mais 3 hrs de filme não fariam mal :v . Porém ainda não sei como me sinto em relação ao filme.
Como um todo, não é fidedigno ao livro - o que me decepcionou muito,mesmo - porém conseguiu capturar a essência de alguns personagens que eu adoro (Gandalf, Legolas, Gimli, a Senhora Galadriel) e ao mesmo tempo destruir outros maravilhosos (Aragorn com seu frete seco com Arwen e suas crises pra assumir que é o Herdeiro do trono, Sam perdeu toda a fofura, Elrond, Tom Bombadil e Fruta d'ouro que nem ao menos apareceram). Alguns momentos foram épicos, apesar de curtos, como as cenas em Moria, os ataques de orcs, as cenas em Lothlórien, enquanto outros momentos que, pelo menos para mim, eram maravilhosos acabaram sendo suprimidos, corridos ou completamente ignorados (como a Floresta Velha, a fuga de Frodo, a escalada de Caradhras, a despedida do pônei Bill e muitos outros...)
A julgar o filme como um roteiro independente, seria incrível, mas não é independente, e senti que não fez jus ao Deus Tolkien, mas talvez esperar que alguma produção baseada em SdA esteja a altura do Tolkien seja exigir muito. Resumindo, ainda me mantenho neutra em relação ao filme.
" [risadinha sádica] - Isso é...inacreditável. É...horrível. Não posso acreditar que exista alguma razão para tamanha crueldade. Deve ser algum obscuro rito sexual..." - Fala proferida pelo personagem que tinha acabado de participar de um...
A hipocrisia do "homem branco" é uma coisa linda, esse agente civilizador e moralizador, que entra numa comunidade indígena pra matar, estuprar e destruir - o fardo do homem branco.
O filme me pegou do meio pro final - quando começam a rodar as gravações dos documentaristas escrotos justificando a 'selvageria' da tribo - até esse ponto o filme estava com ares de preconceito contra as comunidades indígenas (e realmente tem certo preconceito) , mostrando-os como animais selvagens, canibais (ao invés de antropofágicos), extremamente violentos de forma gratuita e que não pareciam possuir nem mesmo uma linguagem falada (posso ter me desligado, mas vi os índios se comunicando por grunhidos animalescos o filme todo). Apesar disso, o filme expurga seus demônios ao justificar boa parte das atitudes selvagens e levanta uma ácida crítica ao branco civilizador.
Se for assistido partindo do pressuposto que é um DRAMA, não é um terror e NÃO possui qualquer elemento sobrenatural, é um bom filme. É interessante a forma como o suspense é conduzido de modo a confundir-nos quanto a
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraNão entendo esse hype todo em cima do filme. O filme se resume, basicamente, em uma sucessão de cenas que tentam causar sustos baratos, abusando dos recursos de som. Há cenas completamente desnecessárias e fora de lugar, como momentos de drama que simplesmente não fazem sentido, seguidos - ou antecipados - de cenas de terror trash com muito cgi(terrível). Determinadas cenas(a maioria delas) possuem recursos gráficos tão ruins que chega a ser engraçado - quando aparece algum tipo de monstro deformado correndo atrás de alguém.
Sabe aqueles filmes que passam duas horas esfregando uma entidade contorcida e deformada na sua cara? Então...
E aqueles filmes em que um monstro absurdo pula de dentro de uma caixa, ao mesmo tempo que o som estoura? É ruim se acontecer uma vez, quando o filme utiliza esse recurso dezenas de vezes fica completamente absurdo. Só resta ser encarado como um terror tresh.
Resumindo: Trilha sonora ruim, dramas ruins, atuações razoáveis, efeitos especiais ruins, montagem ruim, suspense: 0
Grave
3.4 1,1KA direção é inteligente, trilha sonora encaixa muito bem, há alguns recursos de montagem legais(como cenas que antecipam acontecimentos futuros), fotografia bonita, algumas atuações bem convincentes - a evolução da Justine fica bem clara na face da atriz, sem parecer forçado. Porem, contudo, no entanto...o roteiro é um pouco (muito) clichê, as alegorias são fracas e já batidas.
Há algumas discussões que são levantadas, mas nunca levadas muito a fundo,
já que o foco da história é no desenvolvimento da personagem - e este foco nunca é desviado. Como abuso de drogas, relações familiares problemáticas, violência, efeito manada, hierarquização dentro da faculdade...etc
Resumindo, não espere um filme cheio de grandes discussões filosóficas. Ele vale mais, muito mais, pela forma que constrói um universo absurdo pra causar incômodo, se aproveitando de algumas temáticas clichês do gênero.
Sobre o gore:
Não achei tão gore quanto dizem ser, há algumas cenas de tendões expostos,
dissecação, canibalismo, mas nada tão nojento
A Paixão de Joana d'Arc
4.5 229 Assista AgoraO olhar da Maria Falconetti diz tanta coisa junto a esses closes indiscretos, que a ausência de áudio acaba sendo altamente positiva.
Kill List
3.3 199Há algo que eu não captei sobre a genialidade dele. A história não é muito original, a resolução não é tãaao imprevisível assim e os jump cuts me irritam e até impedem que se crie algum vínculo com o protagonista, é tudo muito rápido.
a cena da Fiona no banheiro, a cena dela acenando pra ele no mato no que parecia ser uma alucinação, o fato dela estar se tornando rapidamente muito íntima da esposa dele, os agradecimentos dos assassinados, o corte na mão dele, o gato deles assassinado em alguma espécie de sacrifício..são muitos indícios que, no mínimo, algo tem a ver com bruxaria e eles foram selecionados pra algo maior....
A maior dúvida é se a Shel...
sabia ou não sabia do ritual
A Ponte
4.0 301 Assista Agora"He was not of this world"
É tão doloroso e estranho ver o homem sereno que sorri no celular, perambula pela ponte pensativo por tanto tempo...
subir na grade e saltar de costas, tão suavemente conformado com a morte
Eu quase cheguei a pensar que aquela filmagem do Gene não era no dia do ocorrido, o que será que ele pensava todo aquele tempo?
Como o cineasta intuiu o que ia ocorrer aquele dia? É até estranho pensar que ele passou tanto tempo filmando suicídios, sem interferir. Em contrapartida, salvar alguém daqueles segundos de queda não o salvaria de uma vida inteira de dor, talvez só adiasse o fim.
Doloroso ver algumas entrevistas tão pouco empáticas, com comentários maldosos e até sorrisos. Em compensação, há entrevistados tão sábios e esclarecidos, como a senhora amiga do Gene.
Doloroso pensar que alguns poderiam ser evitados - será que o Gene poderia ter encontrado o que procurava? - e que outros talvez nunca pudessem ser evitados. Pessoas pra quem o fardo de viver não pudesse ser aliviado nunca.
Tomboy
4.2 1,6K Assista AgoraPassei boa parte do filme tentando entender se Laure era, de fato um menino trans ou uma menina "masculinizada", o filme acabou e continuei em dúvida. Restou-me procurar o significado do título em um dicionário(fonte: Cambridge Dictionaries Online): tomboy - a girl who acts and dresses like a boy, liking noisy, physical activities..........ou seja, é uma garota, ao que tudo indica e ao contrário do que costumam interpretar.
Bom, a sutileza com que a Céline consegue tratar a situação conflituosa é admirável e a fotografia é igualmente digna.
O vínculo de cumplicidade entre as irmãs é muito lindo, a naturalidade com que Jeanne age ao saber do segredo da irmã demonstra muito mais sabedoria que a reação da mãe, ao expor ela daquela forma desagradável. Entendo que não haveria nenhuma solução muito melhor naquele momento, além de contar a verdade, já que o ano letivo iria começar em breve, mas obriga-la a se vestir de uma forma que lhe desagrada e levar ela pessoalmente à casa dos colegas foi cruel demais.
Me senti angustiada o filme inteiro, com a sensação de "humilhação iminente". O segredo não ia se manter pra sempre, e as crianças e os pais saberiam, e nós sabemos o quão preconceituosas e violentas as pessoas podem ser...
Achei muito curto e senti a necessidade de me certificar da temática do filme(transexualidade ou sexualidade?), alguns minutos à mais pós descoberta da verdade poderiam suprir isso. Pensando bem, acho que aquele meio sorriso para a Lisa, na cena final, diz muito...:3
Ventre
3.7 271Não é um filme ruim, mas eu esperava bem mais, tanto pela polêmica envolvida, quanto pela deusa-mor Eva Green. Como já disseram aí, o tema é tratado de forma covarde. Não podia ser mais tímida a forma como o...
'incesto' e o complexo de édipo vão sendo pincelados desde a infância e culmina naquele final de forma um tanto brusca. Me chocou bem mais a loucura de Rebecca, chegando ao absurdo dela se manter virgem até que o clone gerado por ela pudesse engravida-la como o seu "amado" deveria ter feito(wtf???), que o incesto em sí.
A construção dos personagens - com exceção da Rebecca, que é razoavelmente bem construída e conta com um show de subtexto graças a Eva <3 - é extremamente rasa e quase todo o mérito vai para as atuações, como no caso do Tommy. Ele acaba não sendo muito mais que um "ambientalista felizinho que mora da beira da praia e ama o contato com a natureza", um personagem de papelão.
E quanto ao...
Tommy clone, essa profundidade emocional faz ainda mais falta. Com exceção da sequência final, ele não passa de um clone, uma cópia sem muita personalidade própria, sem muitos conflitos internos(estes só aparecem no final, com a revelação).
Linda fotografia, faz valer à pena cada cena silenciosa em modo contemplativo.No mais, Eva Green diz tudo com o olhar e Matt Smith faz milagre com seu personagem.
A Maçã
3.9 101- A bola dos meninos pula o muro.Eles tocam a campainha.Ninguém responde,
assim eles pulam o muro.Eu tenho que fechar a porta por causa das minhas meninas.
- O problema é que elas são meninas. Se eles fossem meninos,eles sairiam com você.
Eles jogariam lá fora.E eles até mesmo pulariam o muro.
Doloroso ler isso. E mais ainda pensar que da pra fazer um paralelo entre o portão que as limita em casa - para tragicamente "protegê-las" - e os diversos portões não literais que limitam tantas outras meninas e mulheres, em tantas outras culturas diferentes - portões esses, mais ou menos danosos, mas igualmente originados da ignorância.
Would You Rather
3.0 452Até agora aquele final me perturba. Por quê???????
Cruel até o último minuto,literalmente. Confesso que não esperava por aquele final, da até pra suspeitar em determinados diálogos, mas depois de tudo aquilo, eu realmente esperava um final mais "felizinho", e raramente gosto de finais felizes, mas nesse caso...
Se bem que depois de tudo que a Iris passou e teve que fazer pra conseguir aquele prêmio, nem com o irmão vivo o final iria ser realmente feliz, mas satisfatório, pelo menos.
Já imaginava que ela mataria o cara, mas ainda assim é extremo ver a personagem tão pueril ser desconstruída assim, e simplesmente não consigo julgar a escolha dela, eu faria o mesmo ou até pior pelo meu irmão, se fosse o caso.Qualquer um que tenha um irmão de quem goste o faria, não duvido.
ps: Por que diabos as pessoas continuavam insistindo nos envelopes? Desde o primeiro já deu pra ter noção que seria bem melhor morrer afogado no barril que passar por aquelas punições...
Kairo
3.4 165Se olharmos por uma perspectiva de drama existencialista ele se mostra grandioso, desde que se ignorem os efeitos especiais terríveis e a trilha sonora.
O grande erro do filme certamente foi a tentativa falha de produzir um terror 'fantasmagórico' e de propagandear ele como tal, quando isso é tudo que ele NÃO é e não consegue ser. Me senti iludida, tanto pela sinopse, quanto pelos comentários superestimando o terror do filme.
Seria bem mais incômodo e assustador se fosse assisti-lo pelo que ele realmente é: um drama, e se ele se focasse mais nos questionamentos que tenta passar, que em sustos gerados por fantasmas solitários.
Não consigo pensar em uma nota que seja digna dos seus defeitos e qualidades(dentre elas, a sua premissa genial). Afinal, estamos fadados a solidão eterna em vida ou em morte?
A Nona Sessão
2.9 146 Assista AgoraO plot twist é muito bom, ainda que surja uma suspeita próxima da verdade, no início do filme, não demora muito pra que o roteiro redirecione nosso foco. Quase tudo se encaixa perfeitamente, tanto antes, quanto depois do twist e o final em aberto, pelo menos pra mim, faz valer à pena todo o resto. Adoro essa sensação de ter que rever um filme, assim que ele acaba, pra ter certeza se o final é optativo, ou tende pra uma das duas(ou mais) interpretações possíveis. Talvez isso tenha incomodado a maior parte das pessoas que viram o filme, mas 2.9 ainda é uma subestimação terrível.
O ponto negativo que mais me incomodou, além de algumas atuações não muito convincentes, é que há um certo desperdício da locação, podia ter um clima de thriller psicológico mais perturbador do que foi. Poxa, é um hospício velho caindo aos pedaços, podia ter sido bem mais...
Fiquei em dúvida sobre o momento em que:
o personagem do Phil "liga" pra casa do Hank e diz que ele havia fugido para um cassino. Já que ele não tinha nada a ver com o sumiço, por quê mentir pra despistar? Uma possibilidade é que ele já suspeitasse do Gordon e estivesse tentando ganhar tempo pra descobrir o que havia de errado, mas ainda assim soa esquisto...
Sobre o final:
Simplesmente não consigo optar entre as possibilidades que encontrei:
1- Simon poderia ser um demônio(literal) - ou o espírito da Wendy - que se apossava do corpo de quem já não estava bem psicologicamente (isso explica o fato de tudo ter se desencadeado no primeiro contato que o Gordon tem com o hospício);
2- Poderia ser somente a manifestação da loucura se apossando da mente dos ''fracos e feridos" (também poderia explicar o desencadeamento da doença ocorrendo exatamente no primeiro contato com aquele ambiente 'específico')
Também fiquei curiosa quanto a 'nóia' com aquela cadeira, na possibilidade 1 ela traria uma certa familiaridade...
Eles Vivem
3.7 730 Assista AgoraComo diabos alguém consegue pensar em algo tão incrível, como um filme trash de ficção científica sobre alienígenas e utiliza-lo como veículo pra tecer críticas extremamente ácidas a sociedade de consumo, exploração cruel dos recursos naturais, luta de classes, elitismo, controle psicológico através das mídias de massa e alienação(entre otras cositas más, como a função social das tropas policiais, na defesa do sistema)?
PS: Apenas amando aquele final KKKKKKKKKKKK <3
PS²: Tão trash quanto genial.
Cry-Baby
3.6 518 Assista AgoraRi demais. Sátira maravilhosa, atuações zoadas demais, bizarríssimo <3. E o que é o Depp de topetinho com esse jeito de bad boy? Só amor <3
Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer
4.0 888 Assista AgoraUm maravilhoso manual de como usar situações clichês à favor de uma obra <3. Não é mais um drama sobre uma garota com câncer, é um filme sobre elos interpessoais. Greg passa boa parte do tempo fugindo das interações sociais, das amizades, de qualquer possibilidade de criação de elo, até que conhece Rachel - aquele amor de pessoa que consegue quebrar a barreira que mantém Greg em sua zona de conforto. Levando-o ao amadurecimento afetivo. Aos poucos, eles criam laços mais fortes que nenhum filminho romântico piegas conseguiria contemplar, o longa é um ode a amizade, um laço eterno...
....até a pós a morte.
"continuamos descobrindo coisas sobre as pessoas mesmo depois que elas morrem"
Arrasada com esse final. Cruel, muito cruel.
Boneca Inflável
3.9 192Uma película maravilhosa, melancólica e cheia de metáforas existencialistas. É na jornada de conhecimento de sí mesma, e do mundo, da pueril Nozomi que o Koreeda volta suas lentes para a vida fria, vazia e, muitas vezes, apática das personagens na dinâmica metropolitana, sempre muito ocupados consigo mesmos, e com as próprias frustrações, pra notar ou se importar com qualquer coisa além de seus umbigos. Sempre frustrados, solitários e murados. Afinal, a Nozomi é mesmo a única personagem vazia? Todos estão em busca de algo para serem preenchidos - sendo somente a Nozomi a procurar esse preenchimento no contato humano.
"Eu também sou vazio"
Só senti um pouco de incômodo com...
Aquela cena pedante, da morte do Junichi, poha, haviam milhares de formas de conduzir ao final sem precisar daquela assassinato forçado.
Clausura
3.4 317Se bobear, esse é o único found footage que vale a pena. Além de ser mega inovador quanto ao formato(se passando quase totalmente na tela do tal chat), as motivações e as filmagens são muito bem justificadas e até os jump scares não incomodam. The Den é uma espécie de
"O Albergue'' virtual mas dessa vez a reflexão nao é sobre ricos insanos pagando altas taxas pra torturar turistas, dessa vez são criminosos virtuais, que vitimizam usuários em suas próprias casas, enquanto filmam tudo para atender a um público composto por pessoas 'comuns' e aparentemente acima de qualquer suspeita (como um pai).
Só conheci através de Unfriended - que é uma tentativa tosca de usar esse formato de captura de tela.
Jean Charles
3.0 427 Assista AgoraChega a ser trash de tão bizarro.
Os Meninos
3.9 104Tem uma premissa interessante, começa bem, tem um bom clima e é bizarro bagarai aquele bando de pirralho olhando malignamente pra qualquer adulto que passava. Me lembrou vários filmes do gênero como "A Cidade dos Amaldiçoados" e "Colheita Maldita". Porém (sempre tem um porém, não posso evitar ser chata :v), há uma sucessão de reações irrealistas demais, não houve suspensão da descrença que suportasse tanta imbecilidade por parte dos protagonistas...
Really? Alguém vai a uma ilha isolada, percebe que está completamente vazia, com exceção das crianças capirotescas brincando com cadáveres e matando velhinhos com bengalas, e ainda continua lá fingindo pra esposa que "tá tudo bem, meu bem" ao invés de dar o pé enquanto a gurizada do mal tem outras iscas pra matarem?
Nem vou citar aquele show de lerdeza na hr da fuga no barco.
Páginas Ocultas
4.0 3A loucura crescente do personagem em meio as sarjetas Russas, o cinismo de Rakolnikov e a pureza aliada ao desespero no olhar de Sonia. Mesmo com todas as alterações feitas na história, eu nao poderia imaginar uma "adaptação" cinematográfica que capitasse melhor a áurea de Crime e Castigo.
Atuações mais que dignas e uma bela (e estranha) fotografia.
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel
4.4 1,9K Assista AgoraAcabo de assistir a versão estendida, que, por sinal, passa voando, e acho até que mais 3 hrs de filme não fariam mal :v . Porém ainda não sei como me sinto em relação ao filme.
Como um todo, não é fidedigno ao livro - o que me decepcionou muito,mesmo - porém conseguiu capturar a essência de alguns personagens que eu adoro (Gandalf, Legolas, Gimli, a Senhora Galadriel) e ao mesmo tempo destruir outros maravilhosos (Aragorn com seu frete seco com Arwen e suas crises pra assumir que é o Herdeiro do trono, Sam perdeu toda a fofura, Elrond, Tom Bombadil e Fruta d'ouro que nem ao menos apareceram). Alguns momentos foram épicos, apesar de curtos, como as cenas em Moria, os ataques de orcs, as cenas em Lothlórien, enquanto outros momentos que, pelo menos para mim, eram maravilhosos acabaram sendo suprimidos, corridos ou completamente ignorados (como a Floresta Velha, a fuga de Frodo, a escalada de Caradhras, a despedida do pônei Bill e muitos outros...)
A julgar o filme como um roteiro independente, seria incrível, mas não é independente, e senti que não fez jus ao Deus Tolkien, mas talvez esperar que alguma produção baseada em SdA esteja a altura do Tolkien seja exigir muito. Resumindo, ainda me mantenho neutra em relação ao filme.
Dias e Noites
2.7 28Só valeu a intenção do roteiro, de resto nem Odin salva...
Holocausto Canibal
3.1 833" [risadinha sádica] - Isso é...inacreditável. É...horrível. Não posso acreditar que exista alguma razão para tamanha crueldade. Deve ser algum obscuro rito sexual..."
- Fala proferida pelo personagem que tinha acabado de participar de um...
estupro coletivo
A hipocrisia do "homem branco" é uma coisa linda, esse agente civilizador e moralizador, que entra numa comunidade indígena pra matar, estuprar e destruir - o fardo do homem branco.
O filme me pegou do meio pro final - quando começam a rodar as gravações dos documentaristas escrotos justificando a 'selvageria' da tribo - até esse ponto o filme estava com ares de preconceito contra as comunidades indígenas (e realmente tem certo preconceito) , mostrando-os como animais selvagens, canibais (ao invés de antropofágicos), extremamente violentos de forma gratuita e que não pareciam possuir nem mesmo uma linguagem falada (posso ter me desligado, mas vi os índios se comunicando por grunhidos animalescos o filme todo). Apesar disso, o filme expurga seus demônios ao justificar boa parte das atitudes selvagens e levanta uma ácida crítica ao branco civilizador.
"Me pergunto quem são os verdadeiros canibais."
Filha das Sombras
2.3 266 Assista AgoraSe for assistido partindo do pressuposto que é um DRAMA, não é um terror e NÃO possui qualquer elemento sobrenatural, é um bom filme. É interessante a forma como o suspense é conduzido de modo a confundir-nos quanto a
depressão pós parto da Laura, mas se o filme for assistido com a expectativa de demônios, bruxarias ou possessões,
Boneca Assassina
2.5 204 Assista AgoraSó eu que achei sem graça? Não serviu nem pra Trash.