Gostei muito da abordagem existencialista, o questionamento do que delimita a vida humana que não poderia delimitar uma vida artificial.
A Major Motoko, apesar de se "revestir" de humana, não tem mais muito dessa humanidade além de suas memórias, como ela mesma diz. É interessante perceber que ela também, inclusive, não tem nenhum amigo ou parente pra dividir essas questões que a inquietam, então o que sobra é dividir com seus companheiros de esquadrão. Como se, de repente, numa cena entre ataques, ou enquanto se prepara uma estratégia, a Motoko solta uma observação existencial que tá ali, pairando na cabeça dela. Uma observação quase deslocada no contexto. Mas que outro contexto ela teria?
O cyberpunk traz um cenário distópico e cria intrigas de governo que são até difíceis de acompanhar, tem que estar bem atento aos detalhes. Mas são esses detalhes que tornam esse filme tão completo e original.
Acho legal que esse filme aborda tanta coisa que acontece ao mesmo tempo em Neo Tóquio. Como se o próprio núcleo do Tetsuo desenvolvendo poderes não fosse complicado o suficiente; o Coronel tá lidando com aquela cúpula de líderes em que cada um tem uma opinião; Kaneda e Kei buscam encontrar/proteger de alguma forma esses indivíduos com super poderes. Tudo simultaneamente.
Até no final, o Tetsuo tem que lidar com várias questões, é a convergência de todos os plots, tem o coronel, a boyzinha, e os mais importantes são Kaneda e Akira. Tetsuo quase não dá conta, tudo demanda a atenção dele na mesma hora.
Eu senti muito essa sobrecarga no filme todo. A atmosfera é de caos. E é o estilo do filme, é a Neo Tóquio, é o Tetsuo não tendo condições de lidar com esses poderes que, de repente, ele tem, é o caos. Fica até difícil de acompanhar tudo. Mas Akira não decepciona.
Nossa, é pra isso que se desenvolve tão bem os personagens. Todos eles se sustentam conforme novos personagens entram na trama e é tudo bem entrelaçado, nunca é superficial. O jeito como Don, por exemplo, está num ponto desmotivado da carreira já foi abordado antes, mas não com tantas variáveis... A novidade dos sócios trouxe interações não desgastadas e os próprios personagens se renovaram sem perder sua identidade. Eu adorei como tudo foi retratado. Esse é o melhor que essa série foi até agora, eu quero abraçar os roteiristas.
(Meu comentário é 100% baseado na representação da série. Não li o livro nem conheço nada da vida real dessa moça.)
Acho que a diferença entre investir em si mesmo e ser egoísta é uma linha tênue. Sophia criou seu negócio do nada e sim, ela queria tudo do jeito dela. Mas nesse mundo capitalista em que vivemos, Sophia arranjou uma alternativa criativa de se sustentar que também fosse sua paixão. Eu a vejo como uma mulher com a mente já formada e que não aceitava que dissessem a ela o que fazer. Determinada e sincera. Certo, ela queria todo o crédito do seu sucesso. Ao mesmo tempo em que teria toda a culpa se ocasionalmente fracassasse. Ela queria acreditar nos seus instintos, e enquanto ela pudesse matetializá-los, quem poderia culpá-la por isso? A mulher iria atrás. Quando havia algum conflito com quem ela realmente se importava, ela lidava com isso e queria chegar a uma solução. Achei muito interessante a personalidade dela como foi retratada - forte e com momentos de insegurança.
Parecidíssimo com Um Dia, porém não chegando aos pés do mesmo. Os dois filmes têm a mesma premissa, mas esse aqui termina ficando bem superficial quando tenta tornar tudo engraçadinho e quando não aprofunda a personalidade dos personagens, principalmente do Alex, que tá ali ficando com várias e não parece realmente ter uma intenção maior do que "tentar fazer dar certo" com a Rosie. Ele devia ter estado apaixonado nos tempos de colégio, mas a vida seguiu e, 12 anos depois, o filme não me demonstrou firmeza nos sentimentos dele. Enfim, achei raso (o problema das ~comédias~ românticas) e não tão convincente.
PS: Pretendo fazer um comentário, qualquer dia, sobre a minha visão de Um Dia, então a comparação com Simplesmente Acontece ficaria mais palpável.
Nossa, que história de amor! A sensibilidade da relação e a química do casal não poderiam ser melhores. Há umas falhas no filme por não abordar tão bem a personalidade dos personagens secundários e as outras facetas dos principais (além do romance), mas o filme foca mais no casal mesmo, e as cenas entre os dois são muito boas.
Achei interessante como foi mostrado o colega de quarto dele, que era gay e nunca teve coragem de se assumir. Ele começou a se interessar pelo Barry porque percebia como ele era um pessoa sensível, que se importava com os outros e muito de boas!!! Aí ele faz o quê?! Fica com ciúmes e começa a prejudicar o cara. Pois é. Até atiçar o suficiente outro colega de quartel e levá-lo a um fim trágico. O outro colega (não lembro o nome) não chegou a medir consequências, fez aquilo num impulso irracional. Mas estava feito. E o pior: quando a melhor pessoa de todas era o Barry, quando ele nunca tinha feito nada que prejudicasse ninguém, pelo contrário, quando ele sempre tentou consertar as coisas. Lamentável o ponto a que o ser humano pode chegar.
Mas mesmo assim, um retrato muito válido de um amor real, das intrigas que a vida pode trazer, de como podemos agir sem medir nossas ações.
Decepcionante. Achei bem "novelão" no pior sentido que o termo pode ter. As relações entre os personagens são rasas e, como não conseguem externar devidos sentimentos de amor e de obrigação, é necessário que tudo seja dito diretamente em conversas que deveriam sustentar as emoções do filme. Mas tudo parece estar sendo "empurrado goela abaixo" do espectador para que ele tente captar alguma profundidade - que não existe. Como romance, falta sutileza e o filme não funciona.
Não lembro se o Tom Hanks ganhou um Oscar por essa performance. Mas se não, deveria ter ganhado! Melhor atuação dele que já vi. Filme bem realista sobre como o ser humano é preconceituoso.
Tinha esse dvd quando criança. Reassisti ao filme depois de muitos anos e de não lembrar mais de nada além de uns lampejos - como o Michelangelo na história (mas também não lembrava porque isso seria relevante, hehe).
É interessante como o conto de fadas da Cinderela é trazido ao mundo real, a um lugar real e a uma época real. Melhor ainda é que ela não se deixa ser levada. Ela opina, ela luta, ela não se rende, ela sabe o que quer e vai atrás. Mesmo que o filme traga vários toques bem característicos de contos de fadas (clichês), traz também autêntico retrato de uma princesa com personalidade. Bravo!
Não acredito que ninguém nunca fala sobre esse filme! Descobri por acaso em alguma lista, não foi por recomendação, mas aqui estou eu recomendando-o, porque ele é muito bom! Começa bem levinho, um romance convincente. Personagens principais cativantes. Achei interessante como as personalidades do casal são opostas (o que não quer dizer que eles não tenham bastantes gostos em comum, o que têm!): ele é o extrovertido, imediatista, aventureiro, sempre se deixando guiar pelo coração; ela, a séria, reservada, planejadora, deseja estar no controle e sente dificuldade em deixar transparecer seus verdadeiros sonhos. Mas eles estão indiscutivelmente apaixonados. Ele se aquieta na calmaria dela e ela se liberta na companhia dele. Tudo bem. Até que chega a guerra. Ninguém prevê. Ambos são emigrantes, um americano e uma italiana, mas criam raízes em Sarajevo e não é fácil deixar pra trás. Tem amigos, tem uma história, tem amor à cidade. Porém, a guerra junto com problemas pessoais do casal levam-no a situações cada vez mais trágicas.
É triste perceber como as vidas deles desmoronaram. A impossibilidade de aumentar a família e eles tentam uma alternativa que se mostra cada vez mais problemática. Depois de um trauma e de se ver impelido, pela empatia, a ajudar Aska, Diego deixou pra trás sua esposa, sua vida, sua capacidade de amar. Um ponto de ruptura. Ele se vê totalmente vazio de propósito e não aguenta mais a crueldade e a crueza do real. Gemma, por sua vez, vê seu plano desmoronar quando ele fica incompleto, quando não tem mais seu marido e é tomada pela amargura principalmente, mas também por ciúme, desconfiança, tristeza. É claro que ela tira suas próprias conclusões, o que não a deixa menos infeliz.
Somos levados a crer que um amor tão intenso e real só vem uma vez na vida. Gojco mesmo, permanece fiel a ele. Mas a vida vem. E a vida segue. Não para por ninguém. Ouvi alguém dizer que todas as emoções merecem ser sentidas, inclusive sofrimento. Pois bem. Sendo quase todo o espectro de emoções humanas sentido dentro do tempo de uma vida, é finalmente libertador.
É libertador quando vem o "segundo nascimento" da Gemma, quando vem A revelação. Chega a compreensão de tudo que antes estivera fora de seu alcance. Que bom que Gojco, no começo do filme, a faz relembrar todas as memórias de 15 anos atrás. O que aconteceu não pode mais ser mudado, mas com certeza houve uma justificativa que agora é sabida, o que torna muitas coisas mais aceitáveis dentro da vida na qual estamos presos. Ela se solta de suas correntes do passado.
Twice Born é um filme que vai do romance mais doce ao drama mais pesado. Talvez tenha até beirado o surreal de tanta desgraça que acontece (pois é), mas é um retrato de guerra e de mudanças radicais na vida. No fim, há esperança. O que seria da humanidade sem esperança?
O título brasileiro me ajudou a perceber - num insight - como esse filme é uma representação em menor escala da ascensão do capitalismo, da mudança da ordem mundial, do conservadorismo e de algumas pinceladas de lutas de minorias que, vez ou outra, dão resultado. Genial.
O personagem do Matthias Schoenaearts não pode ser nazista e não ser ao mesmo tempo. Se ele fosse nazista, podia até ter "pegado" a personagem da Michelle - o mesmo que acontece com outro militar, se mostrando comprometido com uma moça da vila, que ele, naturalmente, mais tarde abandona por causa de sua posição na guerra - mas nunca teria esquecido que ela é inimiga dele, e, pior ainda, nunca a teria ajudado. Se ele não fosse nazista, se ele fosse "bonzinho", nunca suportaria se filiar ao partido, participar ativamente da guerra e fechar os olhos às injustiças que eram cometidas, ele deveria fugir e se juntar à resistência, ou algo assim. É como se ele ficasse em cima do muro numa situação em que é impossível ficar. Por isso, pra mim, o final realmente é um ponto baixo - incoerente - da trama.
Interessante e cativante. Foge do clichê que a sinopse poderia levá-lo quando mostra um ponto de vista diferente em relação a como a universitária e mais nova (Tracy) vê a meio-irmã descolada (Brooke); não é pura admiração, é uma verdadeira avaliação do modo de vida e da personalidade da outra, enquanto nos são mostradas as conclusões da Tracy, às quais a própria Brooke nunca chegará.
"I think I'm sick, and I don't know if my illness has a name. It's just me sitting and staring at the internet or the television for long periods of time, interspersed by trying to not do that and then lying about what I've been doing. And then I'll get so excited about something that the excitement overwhelms me and I can't sleep or do anything and I just am in love with everything but can't figure out how to make myself work in the world."
Fiquei impressionada. Quem vê esse poster acha que é só mais uma comediazinha, o que se soma ao fato de o pessoal nem falar muito da própria série, mas essa temporada foi boa demais! Sempre percebi que séries com muitos personagens terminavam sendo superficiais, e essa é uma bela exceção. O enredo passa aquela ideia dos altos e baixos da vida e a história só melhora e melhora, até que você está preso demais pra parar de assistir (bati meu recorde: 10 episódios num dia, e os outros 2 no dia seguinte, pra finalizar). Tem umas partes bem dramáticas que fizeram o conjunto todo das doidices da família fazerem sentido, mostrando a preocupação dos irmãos uns com os outros, fortalecendo seus laços. Isso tudo sem contar que os personagens são super carismáticos (sim, menos o Frank a Karen, basicamente). Me apaixonei mesmo por eles. Lip, Ian, Fiona, até a Debbie é uma graça. <3
Um tapa na cara! Interessantíssimo. O filme termina sendo totalmente diferente do que se parece e do que se espera, de acordo com as primeiras cenas. O foco vai mudando até que não se reconhece mais o protagonista do início, só a degradação do personagem. Aliás, palmas pro McAvoy também, que atuou brilhantemente.
Principalmente, faltou intensidade. Em todos os sentidos. Vários furos no enredo graças ao livro ser tão rico em informações. O filme foi muito resumido e ficou, consequentemente, muito superficial.O livro tem diálogos maravilhosos e tocantes (que foram cortados). Ao invés disso, colocaram outras falas que explicitam demais o contexto que deveria ter sido mostrado (e não apenas mencionado, deveria ter sido trabalhado nos personagens), enfatizando o fato de o filme ser uma correria; o foco rapidamente muda. O destaque entre as atuações vai pra Juliette Binoche: com o que lhe foi dado, ela fez o melhor (a questão é que o que lhe foi dado realmente não era suficiente pra explorar o quão profunda e instável era a personalidade de Catherine Earnshaw). Os outros personagens não se sobressaíram nem foram bem desenvolvidos na história, mesmo que tivessem o foco voltado a eles por um tempo. Enfim, foi uma decepção. Eu mesma posso citar várias adaptações de livros bem sucedidas no cinema, mas dessa vez faltou muito pra chegar no "que filme bom!". Fico com o livro.
A ideia do filme era original e interessante, mas tem tantos furos no roteiro que tudo é desperdiçado. As dificuldades da trama, que dariam credibilidade ao filme, muitas são dadas de mãos-beijadas aos personagens principais, porque não havia tempo suficiente pra desenvolver toda a complexidade da história (?). É uma teoria. A questão é que ficou faltando algo que compactasse o todo, ficaram vazios pelo caminho...
Esperei demais do longa e me decepcionei um pouco. Pra mim, com base em detalhes da história (que vêm do livro, mas que são perceptíveis até pra quem não o leu, levando em conta ser uma história sobre jovens com câncer e tudo mais) o drama podia ter sido maior; podia ter sido um filme menos superficial, menos voltado pra adolescentes (infelizmente, essa era a ideia: público-alvo adolescente), e que focasse mais nas dificuldades que os dois passaram estando tão doentes e ainda assim, envolvidos. A história tinha um potencial gigantesco, e parte dele se perdeu. Dentro do contexto apresentado, as atuações foram boas. Umas falas engraçadas aqui e ali pra dar uma quebrada no clima tenso. As declarações de amor e desabafos foram tocantes, só acho que, tendo criado um climão maior ao redor disso, teriam uma impacto também muito maior, e o filme seria melhor...
Esse filme foi tão <3. Emocionante na medida certa. Tendo visto o curta, eu já sabia o que esperar, mas, de qualquer forma, é um ótimo filme; o elenco deu um show. É comovente acompanhar as descobertas e fragilidades do Leo em relação ao que é e ao que será de sua própria vida. As cenas dos dois são muito... simples, mas transmitem uma incrível e cativante sensibilidade... Toda a confusão, a dúvida dos sentimentos que passam pelos corações e cabeças dos dois jovens.
Muito boa. Fiquei sabendo da sinopse há pouco tempo e parecia interessante. Dito e feito. Uma série profunda, reflexiva e que surpreendia a cada novo episódio. Um jeito "tranquilo" de passar a ideia de todo o caos que rodeia a própria cidade, todo o ambiente da história. Posso dizer que uma decepção foi o fato de a primeira temporada ter apenas seis episódios e terminar totalmente dependente da segunda. Mas vale muito à pena. Daniel é cativante a cada vez que você passa a entendê-lo um pouco mais. Não só ele, mas os outros personagens também são bem feitos... Podiam ser reais. *claps*
Em Chamas
3.9 379 Assista AgoraEu tô tendo que lidar aqui com o fato de que o filme constrói uma narrativa toda de indícios, mas nenhum fato comprovado. Aí dá nesse final.
O Fantasma do Futuro
4.1 395 Assista AgoraGostei muito da abordagem existencialista, o questionamento do que delimita a vida humana que não poderia delimitar uma vida artificial.
A Major Motoko, apesar de se "revestir" de humana, não tem mais muito dessa humanidade além de suas memórias, como ela mesma diz. É interessante perceber que ela também, inclusive, não tem nenhum amigo ou parente pra dividir essas questões que a inquietam, então o que sobra é dividir com seus companheiros de esquadrão. Como se, de repente, numa cena entre ataques, ou enquanto se prepara uma estratégia, a Motoko solta uma observação existencial que tá ali, pairando na cabeça dela. Uma observação quase deslocada no contexto. Mas que outro contexto ela teria?
O cyberpunk traz um cenário distópico e cria intrigas de governo que são até difíceis de acompanhar, tem que estar bem atento aos detalhes. Mas são esses detalhes que tornam esse filme tão completo e original.
Akira
4.3 868 Assista AgoraAcho legal que esse filme aborda tanta coisa que acontece ao mesmo tempo em Neo Tóquio. Como se o próprio núcleo do Tetsuo desenvolvendo poderes não fosse complicado o suficiente; o Coronel tá lidando com aquela cúpula de líderes em que cada um tem uma opinião; Kaneda e Kei buscam encontrar/proteger de alguma forma esses indivíduos com super poderes. Tudo simultaneamente.
Até no final, o Tetsuo tem que lidar com várias questões, é a convergência de todos os plots, tem o coronel, a boyzinha, e os mais importantes são Kaneda e Akira. Tetsuo quase não dá conta, tudo demanda a atenção dele na mesma hora.
Eu senti muito essa sobrecarga no filme todo. A atmosfera é de caos. E é o estilo do filme, é a Neo Tóquio, é o Tetsuo não tendo condições de lidar com esses poderes que, de repente, ele tem, é o caos. Fica até difícil de acompanhar tudo. Mas Akira não decepciona.
Mad Men (6ª Temporada)
4.5 165 Assista AgoraNossa, é pra isso que se desenvolve tão bem os personagens. Todos eles se sustentam conforme novos personagens entram na trama e é tudo bem entrelaçado, nunca é superficial. O jeito como Don, por exemplo, está num ponto desmotivado da carreira já foi abordado antes, mas não com tantas variáveis... A novidade dos sócios trouxe interações não desgastadas e os próprios personagens se renovaram sem perder sua identidade. Eu adorei como tudo foi retratado. Esse é o melhor que essa série foi até agora, eu quero abraçar os roteiristas.
Girlboss (1ª Temporada)
3.6 333 Assista Agora(Meu comentário é 100% baseado na representação da série. Não li o livro nem conheço nada da vida real dessa moça.)
Acho que a diferença entre investir em si mesmo e ser egoísta é uma linha tênue. Sophia criou seu negócio do nada e sim, ela queria tudo do jeito dela. Mas nesse mundo capitalista em que vivemos, Sophia arranjou uma alternativa criativa de se sustentar que também fosse sua paixão. Eu a vejo como uma mulher com a mente já formada e que não aceitava que dissessem a ela o que fazer. Determinada e sincera. Certo, ela queria todo o crédito do seu sucesso. Ao mesmo tempo em que teria toda a culpa se ocasionalmente fracassasse. Ela queria acreditar nos seus instintos, e enquanto ela pudesse matetializá-los, quem poderia culpá-la por isso? A mulher iria atrás. Quando havia algum conflito com quem ela realmente se importava, ela lidava com isso e queria chegar a uma solução. Achei muito interessante a personalidade dela como foi retratada - forte e com momentos de insegurança.
American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson (1ª Temporada)
4.5 582 Assista AgoraPrimeiro negro a ser inocentado por ser negro.
Simplesmente Acontece
3.8 1,8K Assista AgoraParecidíssimo com Um Dia, porém não chegando aos pés do mesmo. Os dois filmes têm a mesma premissa, mas esse aqui termina ficando bem superficial quando tenta tornar tudo engraçadinho e quando não aprofunda a personalidade dos personagens, principalmente do Alex, que tá ali ficando com várias e não parece realmente ter uma intenção maior do que "tentar fazer dar certo" com a Rosie. Ele devia ter estado apaixonado nos tempos de colégio, mas a vida seguiu e, 12 anos depois, o filme não me demonstrou firmeza nos sentimentos dele. Enfim, achei raso (o problema das ~comédias~ românticas) e não tão convincente.
PS: Pretendo fazer um comentário, qualquer dia, sobre a minha visão de Um Dia, então a comparação com Simplesmente Acontece ficaria mais palpável.
A Garota do Soldado
4.2 94Nossa, que história de amor! A sensibilidade da relação e a química do casal não poderiam ser melhores. Há umas falhas no filme por não abordar tão bem a personalidade dos personagens secundários e as outras facetas dos principais (além do romance), mas o filme foca mais no casal mesmo, e as cenas entre os dois são muito boas.
Achei interessante como foi mostrado o colega de quarto dele, que era gay e nunca teve coragem de se assumir. Ele começou a se interessar pelo Barry porque percebia como ele era um pessoa sensível, que se importava com os outros e muito de boas!!! Aí ele faz o quê?! Fica com ciúmes e começa a prejudicar o cara. Pois é. Até atiçar o suficiente outro colega de quartel e levá-lo a um fim trágico. O outro colega (não lembro o nome) não chegou a medir consequências, fez aquilo num impulso irracional. Mas estava feito. E o pior: quando a melhor pessoa de todas era o Barry, quando ele nunca tinha feito nada que prejudicasse ninguém, pelo contrário, quando ele sempre tentou consertar as coisas. Lamentável o ponto a que o ser humano pode chegar.
Mas mesmo assim, um retrato muito válido de um amor real, das intrigas que a vida pode trazer, de como podemos agir sem medir nossas ações.
Como Água para Chocolate
3.6 218Decepcionante. Achei bem "novelão" no pior sentido que o termo pode ter. As relações entre os personagens são rasas e, como não conseguem externar devidos sentimentos de amor e de obrigação, é necessário que tudo seja dito diretamente em conversas que deveriam sustentar as emoções do filme. Mas tudo parece estar sendo "empurrado goela abaixo" do espectador para que ele tente captar alguma profundidade - que não existe. Como romance, falta sutileza e o filme não funciona.
Filadélfia
4.2 909 Assista AgoraNão lembro se o Tom Hanks ganhou um Oscar por essa performance. Mas se não, deveria ter ganhado! Melhor atuação dele que já vi. Filme bem realista sobre como o ser humano é preconceituoso.
Para Sempre Cinderela
3.5 781 Assista AgoraTinha esse dvd quando criança. Reassisti ao filme depois de muitos anos e de não lembrar mais de nada além de uns lampejos - como o Michelangelo na história (mas também não lembrava porque isso seria relevante, hehe).
É interessante como o conto de fadas da Cinderela é trazido ao mundo real, a um lugar real e a uma época real. Melhor ainda é que ela não se deixa ser levada. Ela opina, ela luta, ela não se rende, ela sabe o que quer e vai atrás. Mesmo que o filme traga vários toques bem característicos de contos de fadas (clichês), traz também autêntico retrato de uma princesa com personalidade. Bravo!
Prova de Redenção
4.2 363Não acredito que ninguém nunca fala sobre esse filme! Descobri por acaso em alguma lista, não foi por recomendação, mas aqui estou eu recomendando-o, porque ele é muito bom! Começa bem levinho, um romance convincente. Personagens principais cativantes. Achei interessante como as personalidades do casal são opostas (o que não quer dizer que eles não tenham bastantes gostos em comum, o que têm!): ele é o extrovertido, imediatista, aventureiro, sempre se deixando guiar pelo coração; ela, a séria, reservada, planejadora, deseja estar no controle e sente dificuldade em deixar transparecer seus verdadeiros sonhos. Mas eles estão indiscutivelmente apaixonados. Ele se aquieta na calmaria dela e ela se liberta na companhia dele. Tudo bem. Até que chega a guerra. Ninguém prevê. Ambos são emigrantes, um americano e uma italiana, mas criam raízes em Sarajevo e não é fácil deixar pra trás. Tem amigos, tem uma história, tem amor à cidade. Porém, a guerra junto com problemas pessoais do casal levam-no a situações cada vez mais trágicas.
É triste perceber como as vidas deles desmoronaram. A impossibilidade de aumentar a família e eles tentam uma alternativa que se mostra cada vez mais problemática.
Depois de um trauma e de se ver impelido, pela empatia, a ajudar Aska, Diego deixou pra trás sua esposa, sua vida, sua capacidade de amar. Um ponto de ruptura. Ele se vê totalmente vazio de propósito e não aguenta mais a crueldade e a crueza do real.
Gemma, por sua vez, vê seu plano desmoronar quando ele fica incompleto, quando não tem mais seu marido e é tomada pela amargura principalmente, mas também por ciúme, desconfiança, tristeza. É claro que ela tira suas próprias conclusões, o que não a deixa menos infeliz.
Somos levados a crer que um amor tão intenso e real só vem uma vez na vida. Gojco mesmo, permanece fiel a ele. Mas a vida vem. E a vida segue. Não para por ninguém. Ouvi alguém dizer que todas as emoções merecem ser sentidas, inclusive sofrimento. Pois bem. Sendo quase todo o espectro de emoções humanas sentido dentro do tempo de uma vida, é finalmente libertador.
É libertador quando vem o "segundo nascimento" da Gemma, quando vem A revelação. Chega a compreensão de tudo que antes estivera fora de seu alcance. Que bom que Gojco, no começo do filme, a faz relembrar todas as memórias de 15 anos atrás. O que aconteceu não pode mais ser mudado, mas com certeza houve uma justificativa que agora é sabida, o que torna muitas coisas mais aceitáveis dentro da vida na qual estamos presos. Ela se solta de suas correntes do passado.
Twice Born é um filme que vai do romance mais doce ao drama mais pesado. Talvez tenha até beirado o surreal de tanta desgraça que acontece (pois é), mas é um retrato de guerra e de mudanças radicais na vida. No fim, há esperança. O que seria da humanidade sem esperança?
Assim Caminha a Humanidade
4.2 229 Assista AgoraO título brasileiro me ajudou a perceber - num insight - como esse filme é uma representação em menor escala da ascensão do capitalismo, da mudança da ordem mundial, do conservadorismo e de algumas pinceladas de lutas de minorias que, vez ou outra, dão resultado. Genial.
Em Transe
3.6 738Brilho eterno de uma mente sem lembranças com um roubo envolvido.
Suite Francesa
3.6 259 Assista AgoraEsse filme tem uma incoerência externa ("não bate com o mundo real") que me incomoda bastante e que prova que os personagens não são bem construídos:
O personagem do Matthias Schoenaearts não pode ser nazista e não ser ao mesmo tempo. Se ele fosse nazista, podia até ter "pegado" a personagem da Michelle - o mesmo que acontece com outro militar, se mostrando comprometido com uma moça da vila, que ele, naturalmente, mais tarde abandona por causa de sua posição na guerra - mas nunca teria esquecido que ela é inimiga dele, e, pior ainda, nunca a teria ajudado. Se ele não fosse nazista, se ele fosse "bonzinho", nunca suportaria se filiar ao partido, participar ativamente da guerra e fechar os olhos às injustiças que eram cometidas, ele deveria fugir e se juntar à resistência, ou algo assim. É como se ele ficasse em cima do muro numa situação em que é impossível ficar. Por isso, pra mim, o final realmente é um ponto baixo - incoerente - da trama.
Mistress America
3.5 210Interessante e cativante. Foge do clichê que a sinopse poderia levá-lo quando mostra um ponto de vista diferente em relação a como a universitária e mais nova (Tracy) vê a meio-irmã descolada (Brooke); não é pura admiração, é uma verdadeira avaliação do modo de vida e da personalidade da outra, enquanto nos são mostradas as conclusões da Tracy, às quais a própria Brooke nunca chegará.
"I think I'm sick, and I don't know if my illness has a name. It's just me sitting and staring at the internet or the television for long periods of time, interspersed by trying to not do that and then lying about what I've been doing. And then I'll get so excited about something that the excitement overwhelms me and I can't sleep or do anything and I just am in love with everything but can't figure out how to make myself work in the world."
Shameless (US) (1ª Temporada)
4.6 236 Assista AgoraFiquei impressionada. Quem vê esse poster acha que é só mais uma comediazinha, o que se soma ao fato de o pessoal nem falar muito da própria série, mas essa temporada foi boa demais! Sempre percebi que séries com muitos personagens terminavam sendo superficiais, e essa é uma bela exceção. O enredo passa aquela ideia dos altos e baixos da vida e a história só melhora e melhora, até que você está preso demais pra parar de assistir (bati meu recorde: 10 episódios num dia, e os outros 2 no dia seguinte, pra finalizar). Tem umas partes bem dramáticas que fizeram o conjunto todo das doidices da família fazerem sentido, mostrando a preocupação dos irmãos uns com os outros, fortalecendo seus laços. Isso tudo sem contar que os personagens são super carismáticos (sim, menos o Frank a Karen, basicamente). Me apaixonei mesmo por eles. Lip, Ian, Fiona, até a Debbie é uma graça. <3
Filth: O Nome da Ambição
3.7 487 Assista AgoraUm tapa na cara! Interessantíssimo. O filme termina sendo totalmente diferente do que se parece e do que se espera, de acordo com as primeiras cenas. O foco vai mudando até que não se reconhece mais o protagonista do início, só a degradação do personagem. Aliás, palmas pro McAvoy também, que atuou brilhantemente.
O Morro dos Ventos Uivantes
3.7 361 Assista AgoraPrincipalmente, faltou intensidade. Em todos os sentidos. Vários furos no enredo graças ao livro ser tão rico em informações. O filme foi muito resumido e ficou, consequentemente, muito superficial.O livro tem diálogos maravilhosos e tocantes (que foram cortados). Ao invés disso, colocaram outras falas que explicitam demais o contexto que deveria ter sido mostrado (e não apenas mencionado, deveria ter sido trabalhado nos personagens), enfatizando o fato de o filme ser uma correria; o foco rapidamente muda.
O destaque entre as atuações vai pra Juliette Binoche: com o que lhe foi dado, ela fez o melhor (a questão é que o que lhe foi dado realmente não era suficiente pra explorar o quão profunda e instável era a personalidade de Catherine Earnshaw). Os outros personagens não se sobressaíram nem foram bem desenvolvidos na história, mesmo que tivessem o foco voltado a eles por um tempo.
Enfim, foi uma decepção. Eu mesma posso citar várias adaptações de livros bem sucedidas no cinema, mas dessa vez faltou muito pra chegar no "que filme bom!". Fico com o livro.
Mundos Opostos
3.4 611 Assista AgoraA ideia do filme era original e interessante, mas tem tantos furos no roteiro que tudo é desperdiçado. As dificuldades da trama, que dariam credibilidade ao filme, muitas são dadas de mãos-beijadas aos personagens principais, porque não havia tempo suficiente pra desenvolver toda a complexidade da história (?). É uma teoria. A questão é que ficou faltando algo que compactasse o todo, ficaram vazios pelo caminho...
A Culpa é das Estrelas
3.7 4,0K Assista AgoraEsperei demais do longa e me decepcionei um pouco. Pra mim, com base em detalhes da história (que vêm do livro, mas que são perceptíveis até pra quem não o leu, levando em conta ser uma história sobre jovens com câncer e tudo mais) o drama podia ter sido maior; podia ter sido um filme menos superficial, menos voltado pra adolescentes (infelizmente, essa era a ideia: público-alvo adolescente), e que focasse mais nas dificuldades que os dois passaram estando tão doentes e ainda assim, envolvidos. A história tinha um potencial gigantesco, e parte dele se perdeu. Dentro do contexto apresentado, as atuações foram boas. Umas falas engraçadas aqui e ali pra dar uma quebrada no clima tenso. As declarações de amor e desabafos foram tocantes, só acho que, tendo criado um climão maior ao redor disso, teriam uma impacto também muito maior, e o filme seria melhor...
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraEsse filme foi tão <3. Emocionante na medida certa. Tendo visto o curta, eu já sabia o que esperar, mas, de qualquer forma, é um ótimo filme; o elenco deu um show. É comovente acompanhar as descobertas e fragilidades do Leo em relação ao que é e ao que será de sua própria vida. As cenas dos dois são muito... simples, mas transmitem uma incrível e cativante sensibilidade... Toda a confusão, a dúvida dos sentimentos que passam pelos corações e cabeças dos dois jovens.
Rectify (1ª Temporada)
4.3 83Muito boa. Fiquei sabendo da sinopse há pouco tempo e parecia interessante. Dito e feito. Uma série profunda, reflexiva e que surpreendia a cada novo episódio. Um jeito "tranquilo" de passar a ideia de todo o caos que rodeia a própria cidade, todo o ambiente da história. Posso dizer que uma decepção foi o fato de a primeira temporada ter apenas seis episódios e terminar totalmente dependente da segunda. Mas vale muito à pena. Daniel é cativante a cada vez que você passa a entendê-lo um pouco mais. Não só ele, mas os outros personagens também são bem feitos... Podiam ser reais. *claps*
Partners (1ª Temporada)
4.0 92Quando eu estava gostando da série... Cancelada </3