Os cara já quase na Independência das 13 Colônias retomando a história de perseguir a Claire e chamá-la de bruxa me fez pensar em quantos bons homens e boas mulheres já cometeram esses erros de julgamento por falta de acesso à educação e instrução.
Todo ser humano merece um julgamento justo. Com essa de "tá na cara que a pessoa é culpada", pode haver a condenação de um inocente. Sabemos que a Claire é inocente porque a Lizzie meio que confirma isso dizendo que foi ela quem bateu à porta dos Fraser para contar à Claire sobre sua gravidez, mas e se não estivéssemos num papel de espectadores? Quantos Jamie's e Claire's foram condenados pela opinião pública sem nem terem sido julgados? De repente, todo mundo vira advogado e júri numa conversa inofensiva onde se pergunta: "E aí? O que você achou daquela história lá de fulano?"
O Fergus bêbado é justificado depois por ser decorrente de um trauma de uma violência sofrida à Marsali grávida. Porém que historinha mais chata. A Marsali e o Fergus são atualmente dois dos melhores e mais interessantes personagens de Outlander e mesmo assim insistem em dar umas tramas mal desenvolvidas pra eles. Depois da bebedeira do rapaz ter sido subitamente resolvida, ficaram tão sem saber o que fazer com eles que até os fizeram viajar temporariamente pra longe, com certeza pra eles voltarem de forma emocionante futuramente. Que roteiro preguiçoso. A Marsali e o Fergus iam arregaçar cada um do Comitê de Segurança que queria prender a Claire, certeza.
Já li mais ou menos o que de fato aconteceu com a Malva nos livros e como será na série mas gente, QUE RAIVA. Que história desnecessariamente sombria. A história a transforma num ser detestável, o que não faz sentido nenhum! Pela lógica, ela deveria ser uma pobre menina desesperada e revoltada sobre o conservadorismo religioso da família dela que a oprime de várias formas. Ou ainda, poderia ser uma menina inocente que faz o que os outros mandam porque foi criada assim mas que sente culpa por prejudicar as pessoas. Mas não. Retrataram ela como alguém ardilosa, que não se importa de fazer o que precisar pra se dar bem. Da onde veio isso??? Ela era só uma garota jovem sem ajuda nenhuma. Não faz sentido. Escolheram deixar ela ser irritante e cruel, odiada por todos os fãs.
Em um panorama geral, a série voltou a ficar mais eletrizante. Vamos aguardar as próximas temporadas com o desfecho.
Durante o início da quinta temporada tive MUITA dificuldade pra continuar, tanto que depois de assistir os primeiros episódios, demorei quase uns dois anos pra retomar. Mas puxa vida, depois até que valeu a pena, hein? Vou explicar os motivos:
Gostei que a série mostra essa paixão inflamada entre o Jamie e a Claire dando lugar a um amor não menos apaixonado porém muito mais maduro e companheiro, do tipo que não é só um fervor da juventude, mas algo estável e em constante crescimento.
Concordo que Sophie Skelton interpretando a Brianna no início não brilhou muito, mas será que foi a atuação ou uma falta de cuidado com a personagem no roteiro? Porque depois de eu mesma tanto criticar a personagem, começo a percebê-la como alguém extremamente forte e corajosa. Uma mulher da Ciência como a mãe dela.
O Roger nem se fala. Um personagem também chatinho no início foi se mostrando muito importante, diplomático, sábio e sobretudo, alguém em quem o Jamie agora confia demais! Foi uma construção linda e a melhora dele reencontrando sua voz pra salvar o Jemmy do fogo ou o Ian do suicídio... que cenas especiais e fortes! Fiquei muito emocionada. Destaque para o episódio 5x08 "Famous Last Words".
O Bonnet já foi tarde. Que homem ruim. Típica pessoa que usa de traumas da vida pra justificar atrocidades que comete. É aquela história de "explica, mas não justifica".
Chorei tanto, mas tanto, mas tanto quando a coitada da Claire foi abusada. Isso me fez ficar muito triste e reflexiva sobre como nós, mulheres, precisamos aproveitar qualquer espaço que tivermos pra mudar as coisas pra nós e por nós. Não é clichê, não, é só a verdade. Porque se não ficarmos bem espertas e atentas, o mundo pode ser bem cruel e violento, especialmente se formos indefesas socialmente.
A segunda temporada apresenta falhas e acertos como qualquer outra série, não é demérito, apenas pontos a se resolver na próxima temporada. Análise um pouquinho longa, perdoem! Mas sobre as falhas, primeiro:
Após ser ferido mortalmente no último episódio da primeira temporada, Inês afirmou que agora Eric era um deles. O que se pensa é que ele iria retornar como uma criatura, talvez ocupando o lugar de seu pai falecido ou uma nova entidade, já que se sacrificou para ajudar os outros. Mas não. Ele volta à vida com um poder que não serve para NADA na história. Seu arco se fecha muito abruptamente na possível morte dele, não sendo explicado o verdadeiro motivo dele ser sido trazido de volta além do aparente pedido de sua filha, o que seria muito sem graça narrativamente. Por que ele podia tomar os poderes dos outros? Por que ele precisou morrer pra voltarem aos donos? O interessante é que essa falha só reforça a ideia de que a Natureza tem seus próprios mistérios, que tudo é planejado e acontece por um motivo, até as coisas ruins geralmente são aprendizado pra um objetivo maior.
A Mula Sem Cabeça tem pouco tempo de tela e não lhe é dada a devida importância, não fazendo jus à ótima atriz que a interpretou nem à própria lenda do folclore brasileiro. Outra coisa: no Rio de Janeiro, durante a primeira temporada, é visto que várias criaturas se conheciam e interagiam no bar da Cuca com uma noção de coletivo e de autopreservação, com excessão do Curupira, tomado pela dor e amargura. Já no cenário do Pará, as entidades desconhecem sua importância e função de proteção ao equilíbrio do mundo.
Cuca impecável como sempre. Sempre senti que Gabriela tinha uma grande importância, ela era uma grande aliada à proteção dos povos originários! E que maravilhosa a jornada de Débora redescobrindo suas raízes! Uma personagem complexa e bem escrita, que carrega luz e trevas dentro de si, como dizem durante seu episódio. Essencial conhecer a ti mesmo e saber do seu papel para com a Natureza. Como eles dizem, a Humanidade e a Natureza não são coisas diferentes. Espero que haja uma terceira temporada!
É muito divertido consumir conteúdo estrangeiro e muito disso se deve ao fato de que nós, brasileiros, somos um povo formado por vários outros. O que é genial é que "Cidade Invisível" une toda essa pluralidade como sendo tijolos da construção de um só grupo, são lendas e sub histórias que fazem parte de uma maior, da identidade da gente. Que projeto lindo!
Rainha Charlotte vem para nos dar um novo respiro do que de fato se trata Bridgerton: uma visão corajosa do mundo. E faz bem. Precisamos de coragem, otimismo e sobretudo, de amor. Só o amor pode fazer coisas grandiosas, mesmo sendo tão delicado, tendo de ser construído no dia a dia. Amor é a escolha diária dos que não têm medo.
Destaque também para a atuação desse elenco extraordinário, que conseguiu transmitir muita consistência dos personagens, fazendo ser possível identificar trejeitos, falas, olhares através do tempo.
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Outlander (6ª Temporada)
3.8 34 Assista AgoraTemporada tensa demais, assisti aflita. Vamos aos motivos:
Os cara já quase na Independência das 13 Colônias retomando a história de perseguir a Claire e chamá-la de bruxa me fez pensar em quantos bons homens e boas mulheres já cometeram esses erros de julgamento por falta de acesso à educação e instrução.
Todo ser humano merece um julgamento justo. Com essa de "tá na cara que a pessoa é culpada", pode haver a condenação de um inocente. Sabemos que a Claire é inocente porque a Lizzie meio que confirma isso dizendo que foi ela quem bateu à porta dos Fraser para contar à Claire sobre sua gravidez, mas e se não estivéssemos num papel de espectadores? Quantos Jamie's e Claire's foram condenados pela opinião pública sem nem terem sido julgados? De repente, todo mundo vira advogado e júri numa conversa inofensiva onde se pergunta: "E aí? O que você achou daquela história lá de fulano?"
O Fergus bêbado é justificado depois por ser decorrente de um trauma de uma violência sofrida à Marsali grávida. Porém que historinha mais chata. A Marsali e o Fergus são atualmente dois dos melhores e mais interessantes personagens de Outlander e mesmo assim insistem em dar umas tramas mal desenvolvidas pra eles. Depois da bebedeira do rapaz ter sido subitamente resolvida, ficaram tão sem saber o que fazer com eles que até os fizeram viajar temporariamente pra longe, com certeza pra eles voltarem de forma emocionante futuramente. Que roteiro preguiçoso. A Marsali e o Fergus iam arregaçar cada um do Comitê de Segurança que queria prender a Claire, certeza.
Já li mais ou menos o que de fato aconteceu com a Malva nos livros e como será na série mas gente, QUE RAIVA. Que história desnecessariamente sombria. A história a transforma num ser detestável, o que não faz sentido nenhum! Pela lógica, ela deveria ser uma pobre menina desesperada e revoltada sobre o conservadorismo religioso da família dela que a oprime de várias formas. Ou ainda, poderia ser uma menina inocente que faz o que os outros mandam porque foi criada assim mas que sente culpa por prejudicar as pessoas. Mas não. Retrataram ela como alguém ardilosa, que não se importa de fazer o que precisar pra se dar bem. Da onde veio isso??? Ela era só uma garota jovem sem ajuda nenhuma. Não faz sentido. Escolheram deixar ela ser irritante e cruel, odiada por todos os fãs.
Em um panorama geral, a série voltou a ficar mais eletrizante. Vamos aguardar as próximas temporadas com o desfecho.
Outlander (5ª Temporada)
4.0 128Durante o início da quinta temporada tive MUITA dificuldade pra continuar, tanto que depois de assistir os primeiros episódios, demorei quase uns dois anos pra retomar. Mas puxa vida, depois até que valeu a pena, hein? Vou explicar os motivos:
Gostei que a série mostra essa paixão inflamada entre o Jamie e a Claire dando lugar a um amor não menos apaixonado porém muito mais maduro e companheiro, do tipo que não é só um fervor da juventude, mas algo estável e em constante crescimento.
Concordo que Sophie Skelton interpretando a Brianna no início não brilhou muito, mas será que foi a atuação ou uma falta de cuidado com a personagem no roteiro? Porque depois de eu mesma tanto criticar a personagem, começo a percebê-la como alguém extremamente forte e corajosa. Uma mulher da Ciência como a mãe dela.
O Roger nem se fala. Um personagem também chatinho no início foi se mostrando muito importante, diplomático, sábio e sobretudo, alguém em quem o Jamie agora confia demais! Foi uma construção linda e a melhora dele reencontrando sua voz pra salvar o Jemmy do fogo ou o Ian do suicídio... que cenas especiais e fortes! Fiquei muito emocionada. Destaque para o episódio 5x08 "Famous Last Words".
O Bonnet já foi tarde. Que homem ruim. Típica pessoa que usa de traumas da vida pra justificar atrocidades que comete. É aquela história de "explica, mas não justifica".
Chorei tanto, mas tanto, mas tanto quando a coitada da Claire foi abusada. Isso me fez ficar muito triste e reflexiva sobre como nós, mulheres, precisamos aproveitar qualquer espaço que tivermos pra mudar as coisas pra nós e por nós. Não é clichê, não, é só a verdade. Porque se não ficarmos bem espertas e atentas, o mundo pode ser bem cruel e violento, especialmente se formos indefesas socialmente.
Cidade Invisível (2ª Temporada)
3.4 183 Assista AgoraA segunda temporada apresenta falhas e acertos como qualquer outra série, não é demérito, apenas pontos a se resolver na próxima temporada. Análise um pouquinho longa, perdoem! Mas sobre as falhas, primeiro:
Após ser ferido mortalmente no último episódio da primeira temporada, Inês afirmou que agora Eric era um deles. O que se pensa é que ele iria retornar como uma criatura, talvez ocupando o lugar de seu pai falecido ou uma nova entidade, já que se sacrificou para ajudar os outros. Mas não. Ele volta à vida com um poder que não serve para NADA na história. Seu arco se fecha muito abruptamente na possível morte dele, não sendo explicado o verdadeiro motivo dele ser sido trazido de volta além do aparente pedido de sua filha, o que seria muito sem graça narrativamente. Por que ele podia tomar os poderes dos outros? Por que ele precisou morrer pra voltarem aos donos? O interessante é que essa falha só reforça a ideia de que a Natureza tem seus próprios mistérios, que tudo é planejado e acontece por um motivo, até as coisas ruins geralmente são aprendizado pra um objetivo maior.
A Mula Sem Cabeça tem pouco tempo de tela e não lhe é dada a devida importância, não fazendo jus à ótima atriz que a interpretou nem à própria lenda do folclore brasileiro. Outra coisa: no Rio de Janeiro, durante a primeira temporada, é visto que várias criaturas se conheciam e interagiam no bar da Cuca com uma noção de coletivo e de autopreservação, com excessão do Curupira, tomado pela dor e amargura. Já no cenário do Pará, as entidades desconhecem sua importância e função de proteção ao equilíbrio do mundo.
Sobre os acertos:
Cuca impecável como sempre. Sempre senti que Gabriela tinha uma grande importância, ela era uma grande aliada à proteção dos povos originários! E que maravilhosa a jornada de Débora redescobrindo suas raízes! Uma personagem complexa e bem escrita, que carrega luz e trevas dentro de si, como dizem durante seu episódio. Essencial conhecer a ti mesmo e saber do seu papel para com a Natureza. Como eles dizem, a Humanidade e a Natureza não são coisas diferentes. Espero que haja uma terceira temporada!
Cidade Invisível (1ª Temporada)
4.0 751É muito divertido consumir conteúdo estrangeiro e muito disso se deve ao fato de que nós, brasileiros, somos um povo formado por vários outros. O que é genial é que "Cidade Invisível" une toda essa pluralidade como sendo tijolos da construção de um só grupo, são lendas e sub histórias que fazem parte de uma maior, da identidade da gente. Que projeto lindo!
Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton
4.2 111 Assista AgoraRainha Charlotte vem para nos dar um novo respiro do que de fato se trata Bridgerton: uma visão corajosa do mundo. E faz bem. Precisamos de coragem, otimismo e sobretudo, de amor. Só o amor pode fazer coisas grandiosas, mesmo sendo tão delicado, tendo de ser construído no dia a dia. Amor é a escolha diária dos que não têm medo.
Destaque também para a atuação desse elenco extraordinário, que conseguiu transmitir muita consistência dos personagens, fazendo ser possível identificar trejeitos, falas, olhares através do tempo.