Se você for assistir Acacia com o intuito de distração e cenas assustadoras, é melhor repensar. O terror psicológico de Park Ki-hyeong aposta muito mais no sutil e nas críticas sociais do que no terror enquanto uma diversão (como o cinema slasher americano por exemplo). Apesar de seu lado misterioso (a relação entre o garoto adotado e a árvore) ser baseado em contos e lendas orientais, o que vemos no filme é um trabalho do diretor para trazer o mesmo para uma realidade muito próxima da nossa o tempo todo.
Logo no início do filme, é tratada a questão da adoção como uma visão pejorativa que a sociedade possui a respeito dos casais que decidem adotar. É uma questão delicada e muito cotidiana. A escolha do garoto por conta da sua forma de desenhar mostra como as pessoas tentam julgar pela aparência e, com isso, escolher o “melhor” sempre (Choi Mi escolhe por conta da habilidade artística como forma de apostar que o garoto tenha um QI alto). Por conta dessa análise social que o filme executa, os sustos e cenas “tensas” acabam sendo deixadas de lado, fazendo com que muitos espectadores achem o filme parado e monótono. Claro que a atuação não ajuda muito, valendo apenas ressaltar o ator que faz o garoto adotado, que consegue passar nitidamente a aflição, inocência e ao mesmo tempo revolta por toda situação que lhe rodeia, e a sua amiga que esbanja inocência, simpatia e delicadeza.
A fotografia do filme ganha pontos pelos contrastes, ao exibir planos belos e contemplativos (como as cenas em que o garoto sobe na árvore e observa o pôr-do-sol) e também planos claustrofóbicos (como nos planos de delírio e na sequência final). Há violência no filme e a mesma é muito próxima da realidade da violência familiar vista nos noticiários diariamente (novamente a questão da direção de trazer o filme para a nossa realidade). Sem querer dar spoiler, uma das cenas mais chocantes envolve uma pá e um braço quebrado. Mesmo com a eventual monotonia para os fãs de um gênero mais “eletrizante”, durante o sumiço do garoto o filme consegue colocar uma dúvida nos espectadores que começam a especular possibilidades de acontecimentos e com isso aguardam o desfecho para entenderem a trama (que também possui claros traços de um neorrealismo do diretor, ao mostrar que a realidade não é tão bela como na ficção que costumamos ver nos cinemas).
De uns anos pra cá, a Tailândia tem exportado muitos filmes de terror, se igualando (para alguns, até mesmo superando) países tradicionais como Coréia do Sul e Japão. Os filmes de terror tailandeses possuem um foco maior na questão "espiritual" e nesse filme não é diferente. A trama do filme não é inovadora, ao falar de espírito vingativo de ex-namorada, porém isso não é um obstáculo para te impedir de gostar do filme, pois mesmo com um enredo "clichê", Faen Gao tem uma montagem intensa, misteriosa e um roteiro que te instiga a entender o que está acontecendo, o que aconteceu e o que acontecerá.
A fotografia do filme é muito bem trabalhada (só reclamaria dos "planos tremidos", que não foram muito bem executados), com destaque para as cenas ao ar livre, com belos planos do céu. As aparições fantasmagóricas são bem desenvolvidas, com boas maquiagens e planos pontuais. Em contrapartida, a trilha sonora do filme é muito fraca, o que compromete boas sequências (quem entende de filme de terror sabe que o som é o principal em filmes do gênero).
O interessante da trama é descobrir quem é o fantasma que o persegue, já que Ken possuía inúmeras namoradas e entender como que começou toda essa catástrofe. Tirando isso, considero esse filme como "mediano", pois na própria Tailândia há inúmeros outros filmes com maior originalidade, tensão e qualidade. O diretor Piyapan Choopetch aposta em técnicas e estruturas já utilizadas no terror, como forma de garantir o básico para os cinéfilos que estão a procura de um filme oriental de fantasma.
Logo no início do filme, há uma referência ao livro: Sun-Joo entrevista um artista numa galeria de arte, onde o mesmo fala sobre bissexualidade e a sociedade grega. Ele diz que o “ser” perfeito deveria combinar a beleza das mulheres e a força dos homens. Isso indica que Eun-Suh (no original, seu nome era Sadako) seria hermafrodita (Quem leu o livro percebeu a dica). O nome do filme também é interessante, pois faz uma conexão com a pesquisa científica elaborada por Choi Yeol, o médico legista que acompanha a repórter na sua busca pelo fim do feitiço.
Um dos pontos fracos é a falta de “sustos” ou cenas inesperadas como conhecemos em outras versões. Em contrapartida, a ligação telefônica após assistir o vídeo se tornou mais terrível: Agora ao invés de uma voz dizer “Seven”, escuta-se um som de uma caixinha de música assustadora. Outro ponto positivo é a fotografia granulada e sufocante nos flashbacks em preto e branco. É bem perceptível também a questão do “sexo” reprimido nas sociedades orientais, pois tanto o jornalista quanto o legista tentam se insinuar para Sun-Joo e a provocam devido a abstinência sexual dela. A sequência final é de tirar o fôlego, talvez pelo fato de ao longo do filme faltar cenas de tensão ou susto. “Fãs de carteirinha” dessa história devem assistir o quanto antes.
Um filme sobre um dvd misterioso que leva pessoas a se suicidarem assim que terminam de assisti-lo. Na hora pensei em “Ringu” e nos inúmeros filmes que tratam dessa temática e achei que o filme não conseguiria impressionar com uma história já “manjada”. Erro meu. O filme trata dessa questão numa forma de mockumentary (falso documentário) realizado por uma equipe de televisão. Apesar de possuir handycam, o filme não mostra as irritantes cenas tremidas e consegue trazer o expectador para o filme, numa imersão que causa até esquecimento do fato do filme ser handycam.
Há poucas cenas de terror, porém são bem pontuais e tensas. A trama é envolvente mas aos poucos você começa a perceber que a “resolução” da problemática não é o principal do filme. Quanto mais o tempo passa, mais você percebe que as dimensões que o DVD toma são imensas e provavelmente sem volta. A fotografia de Yoshio Tazawa se saiu muito bem para um filme Handycam, o som também, sendo pontual e tenso nas horas exatas.
Fukui conseguiu fazer um filme com pouca ação, poucas cenas de terror mas que te faz ficar tenso após o término. Apesar do término não ser conclusivo, é perceptível que foi totalmente intencional, pois a curiosidade e o mistério é a chave para uma tensão e afeição pelo filme. Ainda bem que assisti o filme com meu irmão e na tv da sala (ao invés de um computador). Veja e entenderá!
Um filme que exibe 3 contos diferentes voltados para o cenário escolar japonês, usando como pano de fundo o último dia de férias. Até então, parece algo “atrativo” e propício a um roteiro interessante, já que seriam grandes cenários vazios, silenciosos, onde o menor ruído seria impactante e atrativo ao mesmo tempo. O grande problema de filmes com “mini-filmes” dentro, é a chance maior de dar errado, afinal você tem 3 roteiros diferentes para controlar. O diretor Yamaguchi infelizmente não consegue prender sua atenção por mais de 5 minutos em suas histórias vazias, monótonas e tediosas. Analisando a fotografia, você percebe um amadorismo exagerado, onde a iluminação ambiente é quase sempre fiel a locação e as luzes internas são mal feitas (nada de tentar “recriar” um ambiente perfeitamente fotográfico). A qualidade da imagem é baixa e isso faz com que sua imersão em um possível realismo seja maior (ponto positivo para o filme). Vamos analisar conto a conto:
O primeiro conto inicia o filme com 3 crianças brincando numa escola grande durante as férias. Logo no início há uma cena extremamente sem nexo onde 2 garotos cobram uma bola de um menino, enquanto ele com a bola nas mãos observa o nada e os garotos desistem sem nem ao menos tentar pegar a bola pessoalmente. Nesse conto, o garoto interage com uma garota fantasma (que não possui uma maquiagem diferente, um efeito diferente, só sabemos que é fantasma pois ninguém além dele a vê), sendo um momento tedioso e sem grandes surpresas ou tensões. Além disso há duas professoras “deslocadas” no roteiro. Possui algumas cenas de delírio mental e descontrole na matiz de cor da fotografia. No bom popular, tudo sem pé nem cabeça e sem uma conclusão interessante.
O segundo conto parece um pouco mais interessante. São 3 meninas praticando natação, conversando sobre uma lenda urbana a respeito de um laboratório de ciência da escola. A curiosidade delas é maior e decidem ir lá “comprovar” tal lenda. Nesse conto, há uma certa tensão, porém o diretor Yamaguchi decide fazer um paralelo com sapos que são utilizados no laboratório, realizando planos “giratórios” que causam tontura (principalmente por conta da fotografia de baixa qualidade) como se fosse o movimento do globo ocular do anfíbio. E ainda transforma o assassino da lenda numa metáfora com um sapo.
O terceiro e último conto fala sobre uma maldição ao sentir pena de animal morto. Uma garota começa a agir estranhamente após ver um corvo morto no caminho da escola com umas amigas. Longos minutos de uma aula de dança causam sonolência, até que a garota começa a ver algumas pessoas “sangrarem” pelos ouvidos. Após sairem da escola, a garota decide voltar e essa parte causa uma certa tensão até por conta da escola vazia e silenciosa, porém o nível de ausência de nexo incomoda. Destaque para a fotografia bizarra na cena em que elas saem da escola e o céu é metade branco metade rosa, como se o fotograma tivesse sofrido ação de algum químico excessivo. Conclusão, personagens extremamente rasos, fotografia mal aproveitada, roteiro mal construído e uma demora nas ações, que não possuem nexo. Nem tudo que vem do cinema de terror japonês pode ser considerado de qualidade.
Uma fórmula repetida, poucas cenas que justificam o "terror" no filme, tentativa fracassada de criar uma história supostamente real, e o susto no final do filme (praticamente no Fade Out) parecia brincadeira de criança no youtube. Realmente deixou a desejar!
Um filme média metragem, com uma fotografia aparentemente amadora, iluminação não muito elaborada e maquiagens (e efeitos) bem simples. Eu estava vendo e criticando cada detalhe até que me toquei que isso tudo reforça a esfera do "real" ao filme e de certa forma contribuiu com a formação do medo dentro de nossas cabeças enquanto espectadores. Ótima sacada do diretor e com certeza é um filme de qualidade para os cinéfilos de terror.
Um filme com incontáveis incongruências de roteiro e direção. Personagens que agem totalmente contrários a suas expectativas (isso demonstra roteiro fraco, onde você sente que o personagem está agindo porque o roteirista quis, e não como se fosse algo natural). Biólogo brincando com vida alienígena? Geólogo que não analisa solo e mapa do local? Mulher que corre, luta e faz mais cenas de ação que Bruce Lee após ter feito uma cesária e estar toda costurada? E pra piorar tudo, não é um diretor qualquer, é o Ridley Scott! A crítica deve ser MAIS pesada justamente por ele ser o diretor (se fosse um cara qualquer poderíamos dizer que é erro de iniciante).
Mais um filme que comprova a qualidade do cinema sul-coreano! Um suspense de 2h e 40 min que consegue te manter preso a todo momento. O mistério sobre o vilarejo é bem construído, a questão do pai de Ryu Hae-kuk é bem trabalhada e te leva a inúmeros questionamentos ao longo do filme. A falta de sagacidade do personagem principal incomoda porém é algo que permite o suspense crescer e prender sua respiração (logo, creio que foi algo totalmente intencional). Ótimas atuações, terror psicológico bem construído em meio a essa esfera de "sociedade alternativa". Com alguns poucos furos e incongruências no roteiro, o filme é com certeza uma ótima dica a todos que apreciam filmes de suspense (principalmente para os fãs de cinema coreano).
O filme tenta construir um ambiente fechado onde o medo se instala e de certa forma consegue, porém se atendo aos clichês de filmes do gênero. As criaturas Aswangs lembram uma mistura de vampiros com zumbis (algo interessante para os fãs dessa cultura monstruosa) porém ora são inteligentes ora são débeis. O filme cria também todo um mistério ao redor de como conseguir matar os Aswangs e isso compromete a vida de muitos ao longo do filme, sendo algo tão simples matá-los. Decepcionante do meio para o final, mas provavelmente pode agradar fãs do gênero que não se preocupam com incongruências e questões técnicas no enredo do filme.
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Acacia
3.4 17Se você for assistir Acacia com o intuito de distração e cenas assustadoras, é melhor repensar. O terror psicológico de Park Ki-hyeong aposta muito mais no sutil e nas críticas sociais do que no terror enquanto uma diversão (como o cinema slasher americano por exemplo). Apesar de seu lado misterioso (a relação entre o garoto adotado e a árvore) ser baseado em contos e lendas orientais, o que vemos no filme é um trabalho do diretor para trazer o mesmo para uma realidade muito próxima da nossa o tempo todo.
Logo no início do filme, é tratada a questão da adoção como uma visão pejorativa que a sociedade possui a respeito dos casais que decidem adotar. É uma questão delicada e muito cotidiana. A escolha do garoto por conta da sua forma de desenhar mostra como as pessoas tentam julgar pela aparência e, com isso, escolher o “melhor” sempre (Choi Mi escolhe por conta da habilidade artística como forma de apostar que o garoto tenha um QI alto). Por conta dessa análise social que o filme executa, os sustos e cenas “tensas” acabam sendo deixadas de lado, fazendo com que muitos espectadores achem o filme parado e monótono. Claro que a atuação não ajuda muito, valendo apenas ressaltar o ator que faz o garoto adotado, que consegue passar nitidamente a aflição, inocência e ao mesmo tempo revolta por toda situação que lhe rodeia, e a sua amiga que esbanja inocência, simpatia e delicadeza.
A fotografia do filme ganha pontos pelos contrastes, ao exibir planos belos e contemplativos (como as cenas em que o garoto sobe na árvore e observa o pôr-do-sol) e também planos claustrofóbicos (como nos planos de delírio e na sequência final). Há violência no filme e a mesma é muito próxima da realidade da violência familiar vista nos noticiários diariamente (novamente a questão da direção de trazer o filme para a nossa realidade). Sem querer dar spoiler, uma das cenas mais chocantes envolve uma pá e um braço quebrado. Mesmo com a eventual monotonia para os fãs de um gênero mais “eletrizante”, durante o sumiço do garoto o filme consegue colocar uma dúvida nos espectadores que começam a especular possibilidades de acontecimentos e com isso aguardam o desfecho para entenderem a trama (que também possui claros traços de um neorrealismo do diretor, ao mostrar que a realidade não é tão bela como na ficção que costumamos ver nos cinemas).
Ex
3.1 26De uns anos pra cá, a Tailândia tem exportado muitos filmes de terror, se igualando (para alguns, até mesmo superando) países tradicionais como Coréia do Sul e Japão. Os filmes de terror tailandeses possuem um foco maior na questão "espiritual" e nesse filme não é diferente. A trama do filme não é inovadora, ao falar de espírito vingativo de ex-namorada, porém isso não é um obstáculo para te impedir de gostar do filme, pois mesmo com um enredo "clichê", Faen Gao tem uma montagem intensa, misteriosa e um roteiro que te instiga a entender o que está acontecendo, o que aconteceu e o que acontecerá.
A fotografia do filme é muito bem trabalhada (só reclamaria dos "planos tremidos", que não foram muito bem executados), com destaque para as cenas ao ar livre, com belos planos do céu. As aparições fantasmagóricas são bem desenvolvidas, com boas maquiagens e planos pontuais. Em contrapartida, a trilha sonora do filme é muito fraca, o que compromete boas sequências (quem entende de filme de terror sabe que o som é o principal em filmes do gênero).
O interessante da trama é descobrir quem é o fantasma que o persegue, já que Ken possuía inúmeras namoradas e entender como que começou toda essa catástrofe. Tirando isso, considero esse filme como "mediano", pois na própria Tailândia há inúmeros outros filmes com maior originalidade, tensão e qualidade. O diretor Piyapan Choopetch aposta em técnicas e estruturas já utilizadas no terror, como forma de garantir o básico para os cinéfilos que estão a procura de um filme oriental de fantasma.
The Ring Virus
2.9 15 Assista AgoraLogo no início do filme, há uma referência ao livro: Sun-Joo entrevista um artista numa galeria de arte, onde o mesmo fala sobre bissexualidade e a sociedade grega. Ele diz que o “ser” perfeito deveria combinar a beleza das mulheres e a força dos homens. Isso indica que Eun-Suh (no original, seu nome era Sadako) seria hermafrodita (Quem leu o livro percebeu a dica). O nome do filme também é interessante, pois faz uma conexão com a pesquisa científica elaborada por Choi Yeol, o médico legista que acompanha a repórter na sua busca pelo fim do feitiço.
Um dos pontos fracos é a falta de “sustos” ou cenas inesperadas como conhecemos em outras versões. Em contrapartida, a ligação telefônica após assistir o vídeo se tornou mais terrível: Agora ao invés de uma voz dizer “Seven”, escuta-se um som de uma caixinha de música assustadora. Outro ponto positivo é a fotografia granulada e sufocante nos flashbacks em preto e branco. É bem perceptível também a questão do “sexo” reprimido nas sociedades orientais, pois tanto o jornalista quanto o legista tentam se insinuar para Sun-Joo e a provocam devido a abstinência sexual dela. A sequência final é de tirar o fôlego, talvez pelo fato de ao longo do filme faltar cenas de tensão ou susto. “Fãs de carteirinha” dessa história devem assistir o quanto antes.
Den-Sen
2.6 5Um filme sobre um dvd misterioso que leva pessoas a se suicidarem assim que terminam de assisti-lo. Na hora pensei em “Ringu” e nos inúmeros filmes que tratam dessa temática e achei que o filme não conseguiria impressionar com uma história já “manjada”. Erro meu. O filme trata dessa questão numa forma de mockumentary (falso documentário) realizado por uma equipe de televisão. Apesar de possuir handycam, o filme não mostra as irritantes cenas tremidas e consegue trazer o expectador para o filme, numa imersão que causa até esquecimento do fato do filme ser handycam.
Há poucas cenas de terror, porém são bem pontuais e tensas. A trama é envolvente mas aos poucos você começa a perceber que a “resolução” da problemática não é o principal do filme. Quanto mais o tempo passa, mais você percebe que as dimensões que o DVD toma são imensas e provavelmente sem volta. A fotografia de Yoshio Tazawa se saiu muito bem para um filme Handycam, o som também, sendo pontual e tenso nas horas exatas.
Fukui conseguiu fazer um filme com pouca ação, poucas cenas de terror mas que te faz ficar tenso após o término. Apesar do término não ser conclusivo, é perceptível que foi totalmente intencional, pois a curiosidade e o mistério é a chave para uma tensão e afeição pelo filme. Ainda bem que assisti o filme com meu irmão e na tv da sala (ao invés de um computador). Veja e entenderá!
A Frightful School Horror
2.1 1Um filme que exibe 3 contos diferentes voltados para o cenário escolar japonês, usando como pano de fundo o último dia de férias. Até então, parece algo “atrativo” e propício a um roteiro interessante, já que seriam grandes cenários vazios, silenciosos, onde o menor ruído seria impactante e atrativo ao mesmo tempo. O grande problema de filmes com “mini-filmes” dentro, é a chance maior de dar errado, afinal você tem 3 roteiros diferentes para controlar. O diretor Yamaguchi infelizmente não consegue prender sua atenção por mais de 5 minutos em suas histórias vazias, monótonas e tediosas. Analisando a fotografia, você percebe um amadorismo exagerado, onde a iluminação ambiente é quase sempre fiel a locação e as luzes internas são mal feitas (nada de tentar “recriar” um ambiente perfeitamente fotográfico). A qualidade da imagem é baixa e isso faz com que sua imersão em um possível realismo seja maior (ponto positivo para o filme). Vamos analisar conto a conto:
O primeiro conto inicia o filme com 3 crianças brincando numa escola grande durante as férias. Logo no início há uma cena extremamente sem nexo onde 2 garotos cobram uma bola de um menino, enquanto ele com a bola nas mãos observa o nada e os garotos desistem sem nem ao menos tentar pegar a bola pessoalmente. Nesse conto, o garoto interage com uma garota fantasma (que não possui uma maquiagem diferente, um efeito diferente, só sabemos que é fantasma pois ninguém além dele a vê), sendo um momento tedioso e sem grandes surpresas ou tensões. Além disso há duas professoras “deslocadas” no roteiro. Possui algumas cenas de delírio mental e descontrole na matiz de cor da fotografia. No bom popular, tudo sem pé nem cabeça e sem uma conclusão interessante.
O segundo conto parece um pouco mais interessante. São 3 meninas praticando natação, conversando sobre uma lenda urbana a respeito de um laboratório de ciência da escola. A curiosidade delas é maior e decidem ir lá “comprovar” tal lenda. Nesse conto, há uma certa tensão, porém o diretor Yamaguchi decide fazer um paralelo com sapos que são utilizados no laboratório, realizando planos “giratórios” que causam tontura (principalmente por conta da fotografia de baixa qualidade) como se fosse o movimento do globo ocular do anfíbio. E ainda transforma o assassino da lenda numa metáfora com um sapo.
O terceiro e último conto fala sobre uma maldição ao sentir pena de animal morto. Uma garota começa a agir estranhamente após ver um corvo morto no caminho da escola com umas amigas. Longos minutos de uma aula de dança causam sonolência, até que a garota começa a ver algumas pessoas “sangrarem” pelos ouvidos. Após sairem da escola, a garota decide voltar e essa parte causa uma certa tensão até por conta da escola vazia e silenciosa, porém o nível de ausência de nexo incomoda. Destaque para a fotografia bizarra na cena em que elas saem da escola e o céu é metade branco metade rosa, como se o fotograma tivesse sofrido ação de algum químico excessivo. Conclusão, personagens extremamente rasos, fotografia mal aproveitada, roteiro mal construído e uma demora nas ações, que não possuem nexo. Nem tudo que vem do cinema de terror japonês pode ser considerado de qualidade.
Casa Abandonada
2.3 20Uma fórmula repetida, poucas cenas que justificam o "terror" no filme, tentativa fracassada de criar uma história supostamente real, e o susto no final do filme (praticamente no Fade Out) parecia brincadeira de criança no youtube. Realmente deixou a desejar!
The Grudge: Old Lady In White
3.1 21Um filme média metragem, com uma fotografia aparentemente amadora, iluminação não muito elaborada e maquiagens (e efeitos) bem simples. Eu estava vendo e criticando cada detalhe até que me toquei que isso tudo reforça a esfera do "real" ao filme e de certa forma contribuiu com a formação do medo dentro de nossas cabeças enquanto espectadores. Ótima sacada do diretor e com certeza é um filme de qualidade para os cinéfilos de terror.
Prometheus
3.1 3,4K Assista AgoraUm filme com incontáveis incongruências de roteiro e direção. Personagens que agem totalmente contrários a suas expectativas (isso demonstra roteiro fraco, onde você sente que o personagem está agindo porque o roteirista quis, e não como se fosse algo natural). Biólogo brincando com vida alienígena? Geólogo que não analisa solo e mapa do local? Mulher que corre, luta e faz mais cenas de ação que Bruce Lee após ter feito uma cesária e estar toda costurada? E pra piorar tudo, não é um diretor qualquer, é o Ridley Scott! A crítica deve ser MAIS pesada justamente por ele ser o diretor (se fosse um cara qualquer poderíamos dizer que é erro de iniciante).
Moss
3.8 4Mais um filme que comprova a qualidade do cinema sul-coreano! Um suspense de 2h e 40 min que consegue te manter preso a todo momento. O mistério sobre o vilarejo é bem construído, a questão do pai de Ryu Hae-kuk é bem trabalhada e te leva a inúmeros questionamentos ao longo do filme. A falta de sagacidade do personagem principal incomoda porém é algo que permite o suspense crescer e prender sua respiração (logo, creio que foi algo totalmente intencional). Ótimas atuações, terror psicológico bem construído em meio a essa esfera de "sociedade alternativa". Com alguns poucos furos e incongruências no roteiro, o filme é com certeza uma ótima dica a todos que apreciam filmes de suspense (principalmente para os fãs de cinema coreano).
Patient X
3.0 1O filme tenta construir um ambiente fechado onde o medo se instala e de certa forma consegue, porém se atendo aos clichês de filmes do gênero. As criaturas Aswangs lembram uma mistura de vampiros com zumbis (algo interessante para os fãs dessa cultura monstruosa) porém ora são inteligentes ora são débeis. O filme cria também todo um mistério ao redor de como conseguir matar os Aswangs e isso compromete a vida de muitos ao longo do filme, sendo algo tão simples matá-los. Decepcionante do meio para o final, mas provavelmente pode agradar fãs do gênero que não se preocupam com incongruências e questões técnicas no enredo do filme.