Não entendi porque as pessoas comentaram que ele é tão diferentão, só achei mais um filme de guerra com muitos efeitos especiais e partes previsíveis, com personagens rasos e pouco explorados em detrimento de cenas visualmente impactantes.
A fotografia é bonita. O amadurecimento, o processo de autoconhecimento e as experimentações são bem construídas, mas gente, precisamos parar com essa cultura de romantização da pedofilia. Quase uma Lolita homoafetiva. Não dá não. Me incomodou demais.
Nossa, fazia 4 anos desde a primeira vez que vi. Reassistindo cheguei a algumas conclusões: esse filme, se fosse uma produção original, seria bom. Sendo adaptação de um livro é uma heresia. Não há quase nenhum traço das antíteses leveza/peso e das discussões mais filosóficas presentes no livro. A abordagem histórica é usada como panfletarismo contra a União Soviética, sem o caráter lírico e mais neutro de Kundera. Tereza é retratada como infantil, boba, e não como no livro, que é simplesmente uma mulher de personalidade pesada (e senti falta da metáfora da mala que ela carrega quando chega a casa de Tomás pela primeira vez). Sabina é retratada como apaixonada pelo Tomás, sendo que pelo livro ela é somente uma mulher desapegada às pessoas, as coisas e aos lugares, que tem uns amantes favoritos (senti falta da passagem que sabina reflete sobre a arte e o realismo soviético; e sobre sua família). Franz mal aparece. As atuações não são nada demais. Algumas cenas mais eróticas, as quais no livro carregam toda a profundidade psicológica dos personagens (como Franz que só faz sexo de olhos fechados) no filme, parece muito mais algo para provocar o espectador. Sempre é bom ter seu próprio julgamento e sentir na pele a experiência, mas não recomendo não.
É um filme com uma estética linda, que conserva uma essência Almodóvar, mas não esperava nada disso. Achei algumas partes apelativas também. Mas valeu a pena.
As análises são muito boas, mas as últimas linhas do script... Meio clichês, sensacionalistas demais. Entretanto continuo achando o Noam Chomsky imprescindível!
Até dói ver o otimismo do Milton e que 15 anos depois estamos nesse cenário atual bizarro. Mas, o filme em si, achei meio raso... Comparando, por exemplo, o desfecho desse documentário, com o desfecho do livro A Era dos Extremos, do historiador Eric Hobsbawm, ambos seguem uma linha de raciocínio muito parecida, mas a deste último me parece mais sóbria, menos apelativa.
Bom, no começo não estava curtindo. Mas esse filme faz uma excelente análise sociológica da sociedade contemporânea. Do consumismo, da falta de empatia, da fluidez das relações afetivas, do domínio do capital, mas principalmente dos valores ocidentais em ruínas, de vidas sem propósitos, e de como organizações fascistas (que o Clube da Luta se tornou, por mais que sob um objetivo pseudo-anarquista) preenchem facilmente tais vazios, e o quanto isso é perigoso. É o tipo de filme que te deixa com dor de cabeça e uma certa confusão mental para o resto do dia!
Com certeza tem muuuuita influência de Amelie Poulain, mas é não deixa de ser bom. Hahahaha sempre essa richa Alemanha e França! Mas, especificamente sobre o filme, ele é muito bom, levando em consideração que é uma comédia romântica...
até o final é parecido, com o suicídio de um personagem
eu gostei. De fato, há um hedonismo, um imediatismo tão grande dos personagens que é difícil de acompanhar... Mostra muito bem a confusão e identidade que fazer teatro causa. (E também o teatro como fuga, o teatro como subversão) nestas duas facetas do teatro, o longa retrata muito bem a questão do trauma individual e coletivo, do Mateo e da ditadura. Acho que só quem já fez teatro e já usou drogas psicotrópicas consegue entender esse filme na totalidade...
O filme tem uma atmosfera lírica e singela cativante, a trilha sonora é ótima e a interferência do narrador onipresente dá um quê especial para o longa. Mas o filme, em si, parece um rascunho, que deixa o espectar com um gostinho de quero mais. Porém recomendo!
Bom, a narrativa do filme é boa. Mas é óbvio que é uma tentativa -meio que desesperada- de propaganda do Obama. Depois de um fim de 1o mandato complicadíssimo, com diversas tensões diplomáticas e dentro do próprio EUA, o Obama está com uma tendência de atirar para todos os lados. Os conservadores, cada vez mais, estão perdendo a paciência, então ele está tentando assegurar o eleitorado dele (a comunidade negra, os reformistas, os social-democratas, o engajados em direitos humanos). Partindo para o filme em si, achei o ritmo muito acelerado (dava para ter mais uma meia hora), o que faz com que os espectadores tendam a falácias históricas (tipo, tinha muitos movimentos que poderiam ter matado o Kennedy, por diversos motivos: pela crise dos mísseis em Cuba, por decretar a igualdade civil racial, por dissidências internas, enfim... Tudo bem que o foco do filme era a questão racial ao decorrer das políticas estadunidenses, mas o roteirista acabou simplificando tanto que gera incongruências factuais. Tem partes emocinantes, como
Para quem curtiu a proposta da desinstitucionalização dos sujeitos considerados 'grupos de risco' recomendo Alfredo Moffatt e a psicoterapia do oprimido e Franco Basaglia (inclusive citado no filme) e Instituição negada. Muitas vezes acha-se que o único tratamento para pessoas com distúrbios psiquiátricos é a remediação e o isolamento social. A Psicoterapia estadunidense consolida e propaga essa visão (e inclusive transforma muitos comportamentos sociais aceitáveis em patologias, visando uma lógica padronizadora e funcionalizante). Mas é importante ressaltar outras vertentes -que sim, dão para fazer- mais humanizadoras (e humanizadas) como o filme destaca. Recomendo!
Tão psicológico, tão angustiante, tão humano, tão animalizado e tão humanizado... Retrata tão bem a maioria das opressões que se pode viver. De não ser visto e não querer ver, como o Chivo. De estar cego e deixar de ser racional. Mostra tão bem a complexidade das relações humanas e, principalmente -ou igualmente- a relação com os cachorros que tem que ser revisto...
Filme tendencioso, de fato. Mas, para além da tendenciosidade, é um filme ambíguo, como o próprio GV. A trilha sonora é interessante. Mas, uma indagação me ocorreu enquanto assistia: por que, em pleno governo Médici, a diretora fez um filme homenageando o Getúlio? Para exaltar o nacionalismo? Para projetar o autoritarismo vivenciado também na época de produção do filme? Para mostrar como a "ordenação do país" dos militares foi mais eficiente que a de GV? Não consegui concluir qual foi o objetivo dela ao produzir o filme em uma época tão conturbada como a década de '70. (Bom, claro que foi um ano bem simbólico com os 20 anos do suicídio do presidente e 10 do golpe militar, mas ainda assim não me parece que datas comemorativas sejam a finalidade do longa)
Achei meio ingênuo, principalmente a análise do narrador... Mas também, segue a proposta do livro. Até que me surpreendeu! Sobre segunda guerra, dentre os infinitos filmes, recomendo O Pianista...
Esse filme é ótimo para fazer uma análise sociológica da sociedade estadunidense regida pelo neoliberalismo (mas que refletem em outros lugares pela burguesia internacional). Seja pela noia com a segurança, presente no imaginário coletivo desde a colonização, uma vez que a propulsão da colonização foi a perseguição religiosa na Inglaterra e intensificado com o 11 de setembro; seja pelos movimentos pseudo-revolucionários nos EUA, e o fim "terceira via"... O enredo em si é fraquinho... Tive que assistir duas vezes para captar uns detalhes, mas o filme é bom exatamente para ver uma amostragem da realidade que de fato está acontecendo lá: as denúncias de espionagem do governo pelo Snowden e pelo Wikileaks, os movimentos do Occupy Wall Street, e alguns grupos de tendência anarquista ou "eco-defensores", mas dificilmente algum de fato revolucionário. É um filme meio ingênuo, mas didático. Pelo menos dá aquele choque, aquele primeiro contato com a quebra da confortável ideologia. (Credo, esse comentário ficou muito pedante! Hahaha mas sei lá, acho importante ressaltar)
Esse filme me surpreendeu... Primeiramente, pela metalinguagem, pela sincronicidade realidade/ ficção e até que ponto que a fantasia influencia a realidade. Pelo paralelismo da narrativa: a história não é só sobre um triângulo amoroso, não é só sobre amizade. É sobre marketing, mechandising. Sobre a Sociedade do Espetáculo, como diria Guy Debord. Segundo, é um filme singelo. Com uma fotografia leve e espontânea. Não é nenhuma megaprodução, não é um filme brilhante. Mas não era a proposta, nem acho que teria sido melhor se fosse. Acho que o público tá meio desacostumado com essa linguagem descompromissada, despretensiosa, singela mesmo! O que nos leva a outro ponto positivo do filme: não é o típico filme que retrata dramas intensos, que causam mal estar, ou são violentos, ou vulgares. Fico feliz que os investimentos para as produções cinematográficas brasileiras estão sendo diversificadas, estão focando também em produções como essa e Hoje Eu Quero Voltar Sozinho e Era Uma Vez, Verônica.
Sublime! Não curto muito filmes cíclicos, mas a direção é impecável... A trilha sonora demais, a versão em francês do "Bang bang" é muito melhor do que em inglês. Mas o que mais me chamou atenção no filme é uma certa estranheza conhecida que me causou. Não sei se pelo enredo universal, pelos personagens caricatos, pela fotografia agradável. Estava relutante em definir se eu gostei ou não, mas não tem como, me cativou. (Acho que do mesmo modo que o Nicolas, que cativa meio a contragosto, meio vicioso cativou os personagens) E, tem uma frase de uma música do Renato Russo que cai bem: "Pecado é provocar desejo e depois renunciar". PS: Engraçado, como, de fato, o Nicolas parece o Louis Garrel
O filme é genial e imperdível para o reconhecimento do poder político que a mídia tem no Brasil... Porém antes de considerarem a BBC uma boa samaritana por denunciar a sujeira da Rede Globo, é interessante saber que o que impulsionou a produção deste doc é o fato da Globo ter impedido a entrada do canal inglês no mercado midiático brasileiro... O que nos faz questionar não só a influência da Globo aqui no Brasil, como a disputa de interesses entre as grandes corporações e as consequências disso (e como o capital move a sociedade). Recomendo!
Me surpreendeu! A fotografia é linda, a trilha sonora excelente: da música clássica, aos sambinhas antigos, frevo, a Karina Buhr... Além de eu me identificar com a temática... Sublime o retrato do empondeiramento de Verônica.
Incrível como os franceses são frescos hahahaha muuuito bom! Pena que eu me perdia na beleza da sonoridade da língua... Mas como eu já li o livro, fica fácil... É o tipo de filme que você tem que assistir com um papel e uma caneta do lado... Clássico da sociologia contemporânea! Recomendo (:
Pra mim há dois tipos de arte: a prepotente, rebuscada, hermética e a singela, que de forma não menos brilhante que o do 1o tipo, retrata a leveza e o belo. Esse filme é um bom exemplo disso. Em nenhum momento você pensa 'nossa, que fodástico', mas a fotografia é boa, o roteiro, além de evidenciar tabus é cativante, de uma singelidade instigadora... Como se não bastasse Janta, Cícero e Belle & Sebastian na trilha! É muito bom ver o cinema nacional mainstream focando não só em sexo e favela e violência. Indico pra quem quiser uns momentos de leveza e daquela inocência de colegial (:
1917
4.2 1,8K Assista AgoraNão entendi porque as pessoas comentaram que ele é tão diferentão, só achei mais um filme de guerra com muitos efeitos especiais e partes previsíveis, com personagens rasos e pouco explorados em detrimento de cenas visualmente impactantes.
Curiosa
2.8 77 Assista AgoraFilme se diz "prafrentex" mas é carregado de pensamento colonial e objetificação/mitologização da mulher negra.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraA fotografia é bonita. O amadurecimento, o processo de autoconhecimento e as experimentações são bem construídas, mas gente, precisamos parar com essa cultura de romantização da pedofilia. Quase uma Lolita homoafetiva. Não dá não. Me incomodou demais.
A Insustentável Leveza do Ser
3.8 338 Assista AgoraNossa, fazia 4 anos desde a primeira vez que vi. Reassistindo cheguei a algumas conclusões: esse filme, se fosse uma produção original, seria bom. Sendo adaptação de um livro é uma heresia. Não há quase nenhum traço das antíteses leveza/peso e das discussões mais filosóficas presentes no livro. A abordagem histórica é usada como panfletarismo contra a União Soviética, sem o caráter lírico e mais neutro de Kundera. Tereza é retratada como infantil, boba, e não como no livro, que é simplesmente uma mulher de personalidade pesada (e senti falta da metáfora da mala que ela carrega quando chega a casa de Tomás pela primeira vez). Sabina é retratada como apaixonada pelo Tomás, sendo que pelo livro ela é somente uma mulher desapegada às pessoas, as coisas e aos lugares, que tem uns amantes favoritos (senti falta da passagem que sabina reflete sobre a arte e o realismo soviético; e sobre sua família). Franz mal aparece. As atuações não são nada demais. Algumas cenas mais eróticas, as quais no livro carregam toda a profundidade psicológica dos personagens (como Franz que só faz sexo de olhos fechados) no filme, parece muito mais algo para provocar o espectador. Sempre é bom ter seu próprio julgamento e sentir na pele a experiência, mas não recomendo não.
Julieta
3.8 529 Assista AgoraÉ um filme com uma estética linda, que conserva uma essência Almodóvar, mas não esperava nada disso. Achei algumas partes apelativas também. Mas valeu a pena.
Requiem for the American Dream
4.4 64As análises são muito boas, mas as últimas linhas do script... Meio clichês, sensacionalistas demais. Entretanto continuo achando o Noam Chomsky imprescindível!
Encontro com Milton Santos: O Mundo Global Visto do Lado …
4.4 91 Assista AgoraAté dói ver o otimismo do Milton e que 15 anos depois estamos nesse cenário atual bizarro. Mas, o filme em si, achei meio raso... Comparando, por exemplo, o desfecho desse documentário, com o desfecho do livro A Era dos Extremos, do historiador Eric Hobsbawm, ambos seguem uma linha de raciocínio muito parecida, mas a deste último me parece mais sóbria, menos apelativa.
Clube da Luta
4.5 4,9K Assista AgoraBom, no começo não estava curtindo. Mas esse filme faz uma excelente análise sociológica da sociedade contemporânea. Do consumismo, da falta de empatia, da fluidez das relações afetivas, do domínio do capital, mas principalmente dos valores ocidentais em ruínas, de vidas sem propósitos, e de como organizações fascistas (que o Clube da Luta se tornou, por mais que sob um objetivo pseudo-anarquista) preenchem facilmente tais vazios, e o quanto isso é perigoso. É o tipo de filme que te deixa com dor de cabeça e uma certa confusão mental para o resto do dia!
À Procura da Infelicidade
3.5 10Com certeza tem muuuuita influência de Amelie Poulain, mas é não deixa de ser bom. Hahahaha sempre essa richa Alemanha e França! Mas, especificamente sobre o filme, ele é muito bom, levando em consideração que é uma comédia romântica...
Drama
3.0 243O filme é uma versão mais hardcore de A Sociedade dos Poetas Mortos...
até o final é parecido, com o suicídio de um personagem
Os desobedientes
3.2 2 Assista AgoraO filme tem uma atmosfera lírica e singela cativante, a trilha sonora é ótima e a interferência do narrador onipresente dá um quê especial para o longa. Mas o filme, em si, parece um rascunho, que deixa o espectar com um gostinho de quero mais. Porém recomendo!
O Mordomo da Casa Branca
4.0 595 Assista AgoraBom, a narrativa do filme é boa. Mas é óbvio que é uma tentativa -meio que desesperada- de propaganda do Obama. Depois de um fim de 1o mandato complicadíssimo, com diversas tensões diplomáticas e dentro do próprio EUA, o Obama está com uma tendência de atirar para todos os lados. Os conservadores, cada vez mais, estão perdendo a paciência, então ele está tentando assegurar o eleitorado dele (a comunidade negra, os reformistas, os social-democratas, o engajados em direitos humanos).
Partindo para o filme em si, achei o ritmo muito acelerado (dava para ter mais uma meia hora), o que faz com que os espectadores tendam a falácias históricas (tipo, tinha muitos movimentos que poderiam ter matado o Kennedy, por diversos motivos: pela crise dos mísseis em Cuba, por decretar a igualdade civil racial, por dissidências internas, enfim... Tudo bem que o foco do filme era a questão racial ao decorrer das políticas estadunidenses, mas o roteirista acabou simplificando tanto que gera incongruências factuais.
Tem partes emocinantes, como
quando Cecil vai participar do protesto na frente da Embaixada Sulafricana, junto ao filho.
Mas, no geral, achei meio fraquinho.
Dá Para Fazer
4.4 70Para quem curtiu a proposta da desinstitucionalização dos sujeitos considerados 'grupos de risco' recomendo Alfredo Moffatt e a psicoterapia do oprimido e Franco Basaglia (inclusive citado no filme) e Instituição negada. Muitas vezes acha-se que o único tratamento para pessoas com distúrbios psiquiátricos é a remediação e o isolamento social. A Psicoterapia estadunidense consolida e propaga essa visão (e inclusive transforma muitos comportamentos sociais aceitáveis em patologias, visando uma lógica padronizadora e funcionalizante). Mas é importante ressaltar outras vertentes -que sim, dão para fazer- mais humanizadoras (e humanizadas) como o filme destaca. Recomendo!
Amores Brutos
4.2 818 Assista AgoraTão psicológico, tão angustiante, tão humano, tão animalizado e tão humanizado... Retrata tão bem a maioria das opressões que se pode viver. De não ser visto e não querer ver, como o Chivo. De estar cego e deixar de ser racional. Mostra tão bem a complexidade das relações humanas e, principalmente -ou igualmente- a relação com os cachorros que tem que ser revisto...
Getúlio Vargas
3.1 10Filme tendencioso, de fato. Mas, para além da tendenciosidade, é um filme ambíguo, como o próprio GV. A trilha sonora é interessante. Mas, uma indagação me ocorreu enquanto assistia: por que, em pleno governo Médici, a diretora fez um filme homenageando o Getúlio? Para exaltar o nacionalismo? Para projetar o autoritarismo vivenciado também na época de produção do filme? Para mostrar como a "ordenação do país" dos militares foi mais eficiente que a de GV? Não consegui concluir qual foi o objetivo dela ao produzir o filme em uma época tão conturbada como a década de '70. (Bom, claro que foi um ano bem simbólico com os 20 anos do suicídio do presidente e 10 do golpe militar, mas ainda assim não me parece que datas comemorativas sejam a finalidade do longa)
A Menina que Roubava Livros
4.0 3,4K Assista AgoraAchei meio ingênuo, principalmente a análise do narrador... Mas também, segue a proposta do livro. Até que me surpreendeu! Sobre segunda guerra, dentre os infinitos filmes, recomendo O Pianista...
O Sistema
3.7 363Esse filme é ótimo para fazer uma análise sociológica da sociedade estadunidense regida pelo neoliberalismo (mas que refletem em outros lugares pela burguesia internacional). Seja pela noia com a segurança, presente no imaginário coletivo desde a colonização, uma vez que a propulsão da colonização foi a perseguição religiosa na Inglaterra e intensificado com o 11 de setembro; seja pelos movimentos pseudo-revolucionários nos EUA, e o fim "terceira via"... O enredo em si é fraquinho... Tive que assistir duas vezes para captar uns detalhes, mas o filme é bom exatamente para ver uma amostragem da realidade que de fato está acontecendo lá: as denúncias de espionagem do governo pelo Snowden e pelo Wikileaks, os movimentos do Occupy Wall Street, e alguns grupos de tendência anarquista ou "eco-defensores", mas dificilmente algum de fato revolucionário. É um filme meio ingênuo, mas didático. Pelo menos dá aquele choque, aquele primeiro contato com a quebra da confortável ideologia. (Credo, esse comentário ficou muito pedante! Hahaha mas sei lá, acho importante ressaltar)
Os 3
3.4 561Esse filme me surpreendeu... Primeiramente, pela metalinguagem, pela sincronicidade realidade/ ficção e até que ponto que a fantasia influencia a realidade. Pelo paralelismo da narrativa: a história não é só sobre um triângulo amoroso, não é só sobre amizade. É sobre marketing, mechandising. Sobre a Sociedade do Espetáculo, como diria Guy Debord.
Segundo, é um filme singelo. Com uma fotografia leve e espontânea. Não é nenhuma megaprodução, não é um filme brilhante. Mas não era a proposta, nem acho que teria sido melhor se fosse. Acho que o público tá meio desacostumado com essa linguagem descompromissada, despretensiosa, singela mesmo! O que nos leva a outro ponto positivo do filme: não é o típico filme que retrata dramas intensos, que causam mal estar, ou são violentos, ou vulgares. Fico feliz que os investimentos para as produções cinematográficas brasileiras estão sendo diversificadas, estão focando também em produções como essa e Hoje Eu Quero Voltar Sozinho e Era Uma Vez, Verônica.
Amores Imaginários
3.8 1,5KSublime! Não curto muito filmes cíclicos, mas a direção é impecável... A trilha sonora demais, a versão em francês do "Bang bang" é muito melhor do que em inglês. Mas o que mais me chamou atenção no filme é uma certa estranheza conhecida que me causou. Não sei se pelo enredo universal, pelos personagens caricatos, pela fotografia agradável. Estava relutante em definir se eu gostei ou não, mas não tem como, me cativou. (Acho que do mesmo modo que o Nicolas, que cativa meio a contragosto, meio vicioso cativou os personagens) E, tem uma frase de uma música do Renato Russo que cai bem: "Pecado é provocar desejo e depois renunciar". PS: Engraçado, como, de fato, o Nicolas parece o Louis Garrel
Muito Além do Cidadão Kane
4.1 344 Assista AgoraO filme é genial e imperdível para o reconhecimento do poder político que a mídia tem no Brasil... Porém antes de considerarem a BBC uma boa samaritana por denunciar a sujeira da Rede Globo, é interessante saber que o que impulsionou a produção deste doc é o fato da Globo ter impedido a entrada do canal inglês no mercado midiático brasileiro... O que nos faz questionar não só a influência da Globo aqui no Brasil, como a disputa de interesses entre as grandes corporações e as consequências disso (e como o capital move a sociedade). Recomendo!
Era Uma Vez Eu, Verônica
3.5 198Me surpreendeu! A fotografia é linda, a trilha sonora excelente: da música clássica, aos sambinhas antigos, frevo, a Karina Buhr... Além de eu me identificar com a temática... Sublime o retrato do empondeiramento de Verônica.
A Sociedade do Espetáculo
3.9 38Incrível como os franceses são frescos hahahaha muuuito bom! Pena que eu me perdia na beleza da sonoridade da língua... Mas como eu já li o livro, fica fácil... É o tipo de filme que você tem que assistir com um papel e uma caneta do lado... Clássico da sociologia contemporânea! Recomendo (:
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraPra mim há dois tipos de arte: a prepotente, rebuscada, hermética e a singela, que de forma não menos brilhante que o do 1o tipo, retrata a leveza e o belo. Esse filme é um bom exemplo disso. Em nenhum momento você pensa 'nossa, que fodástico', mas a fotografia é boa, o roteiro, além de evidenciar tabus é cativante, de uma singelidade instigadora... Como se não bastasse Janta, Cícero e Belle & Sebastian na trilha! É muito bom ver o cinema nacional mainstream focando não só em sexo e favela e violência. Indico pra quem quiser uns momentos de leveza e daquela inocência de colegial (:
Eles Voltam
3.2 76Curti a trilha sonora! O filme tem uns recortes bons, mas eu aproveitaria melhor
o impacto que a passagem dela no MST teve na percepção dela de mundo...