Assisti esse filme quando eu era mais nova, lembro que me deixou bem triste mas como eu não tinha tanto conhecimento sobre a ditadura, não foi algo que me pesou tanto. Já hoje eu assisti de novo e nossa, sinto como se tivesse algo preso na garganta, uma mistura de angustia e raiva, ainda mais pela conjuntura política atual que estamos vivendo. As pessoas se chocam tanto com a crueldade da Alemanha nazista, mas a ditadura do Chile foi uma das mais cruéis e sangrentas da história da América Latina, e logo aqui, do nosso lado. O processo de higienização das cidades era bastante comum em todas as ditaduras militares, as pessoas (principalmente de baixa renda) eram fuziladas, depositadas em manicômios, presas, tudo isso pra deixar o país mais "bonito" em "ordem" e hoje no Brasil ainda somos obrigados a ver pessoas falando que não teve ditadura, e o filme mostra exatamente o porquê: quem mais sentiu na pele foram as pessoas mais pobres e que tinham consciência política. É muito fácil o carinha que vive aqui no sul do Brasil, de classe média alta dizer que não teve ditadura militar, enquanto isso corpos eram desovados em valas. É de fato um filme que machuca muito.
A maioria aqui assistiu esse filme ou no ensino médio, ou na graduação ahaha, comigo não foi diferente, assisti ele na disciplina de Fundamentos do Serviço Social, e nossa ele realmente é fundamental mesmo para entendermos a situação dos operários da Era Indústrial, as Instituições católicas que seguem mais a doutrina do que a religião, o sufrágio universal, as situações de crianças e mulheres naquela época por serem mãos de obra mais baratas (e temos resquícios disso até nos dias atuais). É um filme de história essencial para entender as raízes do capitalismo, da exploração, da mais-valia e a função das Instituições "religiosas" da Era Industrial, explica até mesmo as consequenciais de muitos problemas sociais que temos hoje em dia.
Não é um filme ruim ou mal feito, na verdade o jogo de câmeras dele é bem interessante e a fotografia também. O fato dele ser grotesco acaba sendo o estilo do filme. Algumas situações são engraçadas demais, outras você não consegue nem assistir, confesso que foi uma tortura conseguir terminar mas valeu a pena pela experiência que ele proporcionou.
Não sei como demorei tanto pra assistir esse filme, talvez porque já esperava que ele iria me surpreender ao ponto de me deixar inquieta e reflexiva, sem saber o que pensar ou dizer e apenas estava esperando o momento certo para isso. Assim como uma grande uma pintura, esse filme abre espaços para mais de uma interpretação, a que eu tive foi a seguinte...
Acredito que ele aborda sobre as máscaras que usamos para dizer que estamos felizes com alguma situação, somente por serem consideradas normativas, como a heterossexualidade, a maternidade e a monogamia. Ele fala sobre o sofrimento de ser quem não é, de mentir, fingir, se enganar e enganar os outros, de não seguir um padrão normativo, e se sentir um monstro por ser diferente. Mas também mostra a alegria e ao mesmo tortura, que é encontrar alguém igual a você.
Nem preciso falar que as atuações foram super intensas e que os monólogos são incríveis justamente por ser fácil de se identificar com eles.
Esse filme é extremamente difícil de digerir e incomoda bastante também, foram muitas as vezes em que dei pausa para respirar, porque algumas cenas simplesmente me deixaram nauseada. Porém, gostei muito da proposta dele. Como muitos aqui em baixo falaram, é um filme filosófico, que lembra até mesmo o mito da caverna. Mas confesso que me lembrei também de uma teoria da psicologia social crítica, baseada na filosofia de Espinosa, que diz que a nossa identidade, nosso modo de agir e a nossa vontade de existir, são definidos pelas relações sociais, basicamente tudo o que somos é resultado das relações sociais. Afinal de contas, o que define as atitudes de um ser humano? Acredito sim que se a situação do filme fosse levado para a realidade o resultado seria o mesmo e por isso considero esse filme super inteligente. Agora trazendo um pouco essa ideia pra realidade, é possível encontrar na nossa história diversos contextos sociais onde o que foi ensinado ser "certo" eticamente falando não era certo e se houveram mudanças foi porque houve questionamentos, fiquei muito feliz ao ver que a filha mais velha passou a questionar e confesso que senti falta de alguns minutos a mais pra saber o que iria acontecer "fora da caverna". Ah, e esse filme por ser silencioso, por se tratar de uma família com segredos perturbadores e também por fazer parte do cinema grego, acabou me lembrando um pouco "miss violence", embora o tema seja outro. Enfim, não sei se viajei muito na minha reflexão hahaha, mas recomendo muito o filme "bad boy bubby"que trás a mesma temática mas com uma história completamente diferente.
Inicialmente eu acreditava que o filme falava sobre a descoberta da sexualidade, não estava errada já que ele fala disso também. Mas acredito que com mais intensidade ele aborda outro tema, que serve pra casais (homo e hetero) que é o enfraquecimento de relacionamentos, embora o amor prevaleça forte. Adele e Emma se amaram intensamente durante o filme inteiro, mas chegou em um momento que o relacionamento não estava mais dando certo, a Adele se sentia sozinha, o que não justifica a traição mas é possível compreende-la. O filme mostra bem a dor que é lidar com um término quando ainda há amor mas que não há mais sintonia ou felicidade entre o casal. Pra quem assiste é extremamente doloroso por ser real e acontecer o tempo todo. A gente sofre juntos com a Adele, esperando que as duas voltem a ficar juntas, porque vivemos na cultura de que onde há amor, há "felizes para sempre". Mas esquecemos que muitas vezes amar também é deixar partir.
Nossa, eu amei demais esse filme! Filme perfeito pra um domingo preguiçoso de verão, mas recomendo assistirem o filme de barriga cheia! Hahaha Quando ele termina, a vontade que dá é de ir pra cozinha e testar uma receita nova :) (mas confesso que também morri de dó da lagosta, eu jamais teria coragem).
A crítica foi muito válida embora o filme se arraste um pouco. É um filme que não é fácil de assistir, acontecem muitas coisas que faz com que a gente fique agoniado sabendo que vai dar merda.
E como sempre a americana teve um final feliz, enquanto a jovem japonesa sofre com a depressão após o suicídio da mãe (algo absurdamente comum no japão, até naturalizado), a mexicana fica sem emprego, sem sua casa, sem tudo o que construiu e a família marroquina perde um filho/irmão/trabalhador que era apenas uma criança que não entendia o peso de ter uma arma nas mãos. Enquanto o mundo inteiro estava acompanhando uma tragédia que aconteceu com uma americana no Marrocos (as pessoas levam tiro o tempo todo, mas era americana branca e rica né), outras tragédias eram apagadas, como as taxas de suicídios e depressão no Japão, a desigualdade social e trabalho infantil no Marrocos (inclusive a falta de médicos e hospitais nas pequenas cidades) a exploração da mão de obra de mexicanos nos EUA (onde a coitada da babá ficava dia e noite com as crianças, e não podia nem acompanhar o casamento do filho). Enfim, dá para analisar diversas situações no filme que incomodam e fazem uma crítica a superioridade que possui o americano em comparação com outras nacionalidades. Fico me perguntando, e se fosse um marroquino que tivesse levado um tiro? Porque mesmo com a mídia em cima, levaram muitas horas pra que uma ambulância aparecesse pra socorrer a americana.
Deu para sentir claramente o sofrimento dos personagens, tanto que foi uma tortura assistir o filme. Várias vezes eu dei pausa e pensei "aaah eu não acredito que fulano vai fazer isso" haha
As fotográfias desse filme são muito bonitas, ele não é feito para dar sustos/medo mas a trilha sonora dele traz um terror psicológico que te deixa angustiado/agoniado do começo ao fim. Ele trabalha muito bem a curiosidade das crianças sobre o que é errado/proibido, o fanatismo religioso da época, os contos são muito bem representados também (algumas cenas me lembraram as histórias que a minha avó contava, como ela é de cidade pequena esses contos ainda são muito comuns). O filme também é cheio de simbolismos/metáforas me fez lembrar vagamente "O anticristo" do Lars Von Trier. Mas com certeza o que torna valer a pena cada segundo é a cena final. A triz Anya Taylor-Joy foi incrível e intensa, se eu fosse diretora de filmes jamais desgrudaria dela hahaha A palavra "Liberdade" representa a cena final do filme.
A personagem Thomasin foi incrível, no começo do filme ela aparece reprimindo a sua sexualidade, e no final após matar a sua mãe, ela simplesmente senta e cochila exausta, transmitindo uma sensação de tristeza mas ao mesmo tempo que alívio. E no final quando ela se entrega para a Bruxaria ela transmite alegria por finalmente sentir a liberdade.
Não são todos que possuem estômago para lidar com certas cenas. E de todos os filmes que assisti até hoje, nunca havia visto uma personagem com olhos tão tristes, esse olhar que a atriz transmitiu durante o filme, foi de desespero, tristeza, e socorro, entrando completamente na personagem. Esse filme brinca com os sentimentos de quem assiste, pois do primeiro minuto até o final, faz com que tenhamos uma esperança de que tudo dê certo, de que Oribela vá se livrar das mãos de Francisco e ser feliz, e quem sabe amar! Porem na realidade das mulheres naquela época, não existia final feliz, elas eram obrigadas a se conformar com o destino que foi imposto. "A parte mais fácil é se casar, é só fazer o que o marido manda". Afinal, a mulher era apenas um objeto.
O único problema que encontrei no filme, foi a situações das índias, deu a entender que elas aceitavam aquilo que estava acontecendo, que eram até felizes (de acordo com as cenas em que elas sorriam o tempo todo) (?), mas elas também eram vítimas, elas também sofriam e elas eram estupradas TODOS os dias!!!!! Alguns filmes e MUITAS novelas romantizam os negros e índios na época da colonização, tem novelas que tem coragem de mostrar a escrava se apaixonando por seu senhor, ou tentando seduzi-lo. Isso era um absurdo, porque a grande maioria eram estupradas, a nossa miscigenação, é resultado de muitos abusos e estupros. Acho que faltou esclarecer isso no filme, por mais que o ponto principal seja a história de Oribela. Alguém que leu o livro sabe se a Madre Maria era mãe da Oribela? Pois o relacionamento das duas eram muito próximos e o filme em si explica que a madre havia engravidado, e naquela época por mais que tivesse mãe, sem o pai a criança era orfã (já que mulher nem gente era)
Enfim, tem muitas coisas para serem faladas sobre esse filme, mas não quero estender muito o comentário haha
Tem dias que você tá com preguiça e não quer assistir nada muito complexo, só quer matar o tempo pro dia acabar logo, esse filme é perfeito pra esses momentos... É um mata tempo
1- Lily Collins já sofreu de transtorno alimentar e precisou emagrecer horrores para o filme (você concordam comigo que isso é um gatilho?) 2 - Após ficar com o corpo de anoréxica, ela foi convidada e inclusive FEZ ensaios pra capa de uma revista fitness, que fala de "saúde", dietas e exercícios. 3 - Poucos falaram sobre isso em redes sociais, mas todos os dias surgem inúmeros textões de pessoas "preocupadas" com a saúde de quem é obeso ou sobrepeso.
Lamento informar, mas não é um filme de superação. É um filme que mostra o cotidiano de uma anoréxica, a dificuldade da família em lidar com isso e achar que tudo depende apenas de esforço, com isso acaba piorando ainda mais situação. Mostrou também a dificuldade que alguém com transtorno alimentar tem em aceitar que algo bom aconteça, como um relacionamento ou até mesmo um encontro (na maioria das vezes a pessoa não se sente merecedora de algo bom). E a parte mais importante de todas, mostra que o tratamento pra um transtorno só dá certo quando parte de uma decisão exclusiva de quem tem o transtorno, durante o filme todo a personagem parecia se sentir forçada aos tratamentos e a internação, ela tentava mudar pelos outros e nunca por si mesma, e quando finalmente decide mudar por si mesma, o primeiro passo é dado. Enfim, gostei do filme e diferente da maioria das pessoas, eu não esperava uma história de superação, pois o transtorno alimentar é vivido de crises, você passa um ano curada e tem recaídas no outro, transtorno alimentar é uma superação diária.
E gente, por favor, onde vocês estão vendo romantização nesse filme?? Romantização era os 3 dias sem comer da Cassie da série Skins, esse filme mostrou foi a realidade nua e crua, doa a quem doer
Com toda certeza do mundo a Sarah tem borderline!! É interessante ver como é difícil a convivência com pessoas assim, nem mesmo a própria personagem consegue conviver consigo mesma em algumas partes do filme. E mostra como é sofrida a vida de uma pessoa que não consegue controlar os impulsos e as emoções. Mas fora isso eu achei que o filme se arrastou um pouco
Angustiante, um verdadeiro soco no estômago e uma forte crítica. Doeria menos se a história não fosse tão real, se o que a Alejandra passou não se repetisse inúmeras vezes com meninas/mulheres.
Uma crítica pesada em cima da sociedade que ama condenar mulheres que são vítimas de abuso. E no filme fica tão visível o sofrimento da Alejandra enquanto a vida do guri segue normalmente. Da pra dizer que esse filme representa a desigualdade de gênero e o abuso/ violência que a mulher sofre.
E por ser um filme de época, a sonoplastia do começo, quando as duas começam a ficar juntas, me fez ter uma perspectiva do "proibido", do "errado", fora os desejos sexuais que pra época eram considerados "absurdos" ao contrário dos dias atuais.
Em outras palavras: Um verdadeiro choque entre o amor e o desejo.
Achei um filme íncrivel, histórias diferentes, pessoas diferentes, países diferentes, classes diferentes, mas que de alguma forma se cruzam. Porem são tantas tragédias, que esse filme me deixou com uma forte angustia no final. Mas não deixa de ser totalmente incrivel.
São tantas coisas para serem ditas sobre esse filme, que nada acaba saindo...Tanta beleza, tanta dor, tanta angustia, tanto amor. Acho que dá pra resumi-lo em uma palavra: Intensidade.
Muitas pessoas ficam tanto tempo presas no passado, que esquecem essas paixões lindas que estão basicamente pulando e pedindo por atenção em suas frentes.
Embora o meu amor seja insano, a minha razão alivia a dor intensa do meu coração, dizendo-lhe para ser paciente e nunca perder a esperança. (Uma ertomaníaca internada há mais de 50 anos)
Machuca
4.3 281Assisti esse filme quando eu era mais nova, lembro que me deixou bem triste mas como eu não tinha tanto conhecimento sobre a ditadura, não foi algo que me pesou tanto.
Já hoje eu assisti de novo e nossa, sinto como se tivesse algo preso na garganta, uma mistura de angustia e raiva, ainda mais pela conjuntura política atual que estamos vivendo.
As pessoas se chocam tanto com a crueldade da Alemanha nazista, mas a ditadura do Chile foi uma das mais cruéis e sangrentas da história da América Latina, e logo aqui, do nosso lado. O processo de higienização das cidades era bastante comum em todas as ditaduras militares, as pessoas (principalmente de baixa renda) eram fuziladas, depositadas em manicômios, presas, tudo isso pra deixar o país mais "bonito" em "ordem" e hoje no Brasil ainda somos obrigados a ver pessoas falando que não teve ditadura, e o filme mostra exatamente o porquê: quem mais sentiu na pele foram as pessoas mais pobres e que tinham consciência política.
É muito fácil o carinha que vive aqui no sul do Brasil, de classe média alta dizer que não teve ditadura militar, enquanto isso corpos eram desovados em valas.
É de fato um filme que machuca muito.
Daens - Um Grito de Justiça
4.0 44A maioria aqui assistiu esse filme ou no ensino médio, ou na graduação ahaha, comigo não foi diferente, assisti ele na disciplina de Fundamentos do Serviço Social, e nossa ele realmente é fundamental mesmo para entendermos a situação dos operários da Era Indústrial, as Instituições católicas que seguem mais a doutrina do que a religião, o sufrágio universal, as situações de crianças e mulheres naquela época por serem mãos de obra mais baratas (e temos resquícios disso até nos dias atuais). É um filme de história essencial para entender as raízes do capitalismo, da exploração, da mais-valia e a função das Instituições "religiosas" da Era Industrial, explica até mesmo as consequenciais de muitos problemas sociais que temos hoje em dia.
Taxidermia: Histórias Grotescas
3.4 345 Assista AgoraNão é um filme ruim ou mal feito, na verdade o jogo de câmeras dele é bem interessante e a fotografia também.
O fato dele ser grotesco acaba sendo o estilo do filme.
Algumas situações são engraçadas demais, outras você não consegue nem assistir, confesso que foi uma tortura conseguir terminar mas valeu a pena pela experiência que ele proporcionou.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraNão sei como demorei tanto pra assistir esse filme, talvez porque já esperava que ele iria me surpreender ao ponto de me deixar inquieta e reflexiva, sem saber o que pensar ou dizer e apenas estava esperando o momento certo para isso.
Assim como uma grande uma pintura, esse filme abre espaços para mais de uma interpretação, a que eu tive foi a seguinte...
Acredito que ele aborda sobre as máscaras que usamos para dizer que estamos felizes com alguma situação, somente por serem consideradas normativas, como a heterossexualidade, a maternidade e a monogamia. Ele fala sobre o sofrimento de ser quem não é, de mentir, fingir, se enganar e enganar os outros, de não seguir um padrão normativo, e se sentir um monstro por ser diferente. Mas também mostra a alegria e ao mesmo tortura, que é encontrar alguém igual a você.
Nem preciso falar que as atuações foram super intensas e que os monólogos são incríveis justamente por ser fácil de se identificar com eles.
Dente Canino
3.8 1,2K Assista AgoraEsse filme é extremamente difícil de digerir e incomoda bastante também, foram muitas as vezes em que dei pausa para respirar, porque algumas cenas simplesmente me deixaram nauseada.
Porém, gostei muito da proposta dele. Como muitos aqui em baixo falaram, é um filme filosófico, que lembra até mesmo o mito da caverna. Mas confesso que me lembrei também de uma teoria da psicologia social crítica, baseada na filosofia de Espinosa, que diz que a nossa identidade, nosso modo de agir e a nossa vontade de existir, são definidos pelas relações sociais, basicamente tudo o que somos é resultado das relações sociais.
Afinal de contas, o que define as atitudes de um ser humano? Acredito sim que se a situação do filme fosse levado para a realidade o resultado seria o mesmo e por isso considero esse filme super inteligente.
Agora trazendo um pouco essa ideia pra realidade, é possível encontrar na nossa história diversos contextos sociais onde o que foi ensinado ser "certo" eticamente falando não era certo e se houveram mudanças foi porque houve questionamentos, fiquei muito feliz ao ver que a filha mais velha passou a questionar e confesso que senti falta de alguns minutos a mais pra saber o que iria acontecer "fora da caverna".
Ah, e esse filme por ser silencioso, por se tratar de uma família com segredos perturbadores e também por fazer parte do cinema grego, acabou me lembrando um pouco "miss violence", embora o tema seja outro.
Enfim, não sei se viajei muito na minha reflexão hahaha, mas recomendo muito o filme "bad boy bubby"que trás a mesma temática mas com uma história completamente diferente.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraAssisti esse filme novamente depois de alguns anos, e tive uma visão completamente diferente da primeira.
Inicialmente eu acreditava que o filme falava sobre a descoberta da sexualidade, não estava errada já que ele fala disso também. Mas acredito que com mais intensidade ele aborda outro tema, que serve pra casais (homo e hetero) que é o enfraquecimento de relacionamentos, embora o amor prevaleça forte.
Adele e Emma se amaram intensamente durante o filme inteiro, mas chegou em um momento que o relacionamento não estava mais dando certo, a Adele se sentia sozinha, o que não justifica a traição mas é possível compreende-la. O filme mostra bem a dor que é lidar com um término quando ainda há amor mas que não há mais sintonia ou felicidade entre o casal.
Pra quem assiste é extremamente doloroso por ser real e acontecer o tempo todo. A gente sofre juntos com a Adele, esperando que as duas voltem a ficar juntas, porque vivemos na cultura de que onde há amor, há "felizes para sempre". Mas esquecemos que muitas vezes amar também é deixar partir.
Julie & Julia
3.6 1,1K Assista AgoraNossa, eu amei demais esse filme!
Filme perfeito pra um domingo preguiçoso de verão, mas recomendo assistirem o filme de barriga cheia! Hahaha
Quando ele termina, a vontade que dá é de ir pra cozinha e testar uma receita nova :)
(mas confesso que também morri de dó da lagosta, eu jamais teria coragem).
Me identifiquei muito com a Julia, porque quando estou cozinhando e algo dá errado, fico extremamente irritada e entro em crises hahahaha
Babel
3.9 996 Assista AgoraA crítica foi muito válida embora o filme se arraste um pouco.
É um filme que não é fácil de assistir, acontecem muitas coisas que faz com que a gente fique agoniado sabendo que vai dar merda.
E como sempre a americana teve um final feliz, enquanto a jovem japonesa sofre com a depressão após o suicídio da mãe (algo absurdamente comum no japão, até naturalizado), a mexicana fica sem emprego, sem sua casa, sem tudo o que construiu e a família marroquina perde um filho/irmão/trabalhador que era apenas uma criança que não entendia o peso de ter uma arma nas mãos.
Enquanto o mundo inteiro estava acompanhando uma tragédia que aconteceu com uma americana no Marrocos (as pessoas levam tiro o tempo todo, mas era americana branca e rica né), outras tragédias eram apagadas, como as taxas de suicídios e depressão no Japão, a desigualdade social e trabalho infantil no Marrocos (inclusive a falta de médicos e hospitais nas pequenas cidades) a exploração da mão de obra de mexicanos nos EUA (onde a coitada da babá ficava dia e noite com as crianças, e não podia nem acompanhar o casamento do filho). Enfim, dá para analisar diversas situações no filme que incomodam e fazem uma crítica a superioridade que possui o americano em comparação com outras nacionalidades.
Fico me perguntando, e se fosse um marroquino que tivesse levado um tiro? Porque mesmo com a mídia em cima, levaram muitas horas pra que uma ambulância aparecesse pra socorrer a americana.
Deu para sentir claramente o sofrimento dos personagens, tanto que foi uma tortura assistir o filme. Várias vezes eu dei pausa e pensei "aaah eu não acredito que fulano vai fazer isso" haha
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraAs fotográfias desse filme são muito bonitas, ele não é feito para dar sustos/medo mas a trilha sonora dele traz um terror psicológico que te deixa angustiado/agoniado do começo ao fim.
Ele trabalha muito bem a curiosidade das crianças sobre o que é errado/proibido, o fanatismo religioso da época, os contos são muito bem representados também (algumas cenas me lembraram as histórias que a minha avó contava, como ela é de cidade pequena esses contos ainda são muito comuns). O filme também é cheio de simbolismos/metáforas me fez lembrar vagamente "O anticristo" do Lars Von Trier.
Mas com certeza o que torna valer a pena cada segundo é a cena final.
A triz Anya Taylor-Joy foi incrível e intensa, se eu fosse diretora de filmes jamais desgrudaria dela hahaha
A palavra "Liberdade" representa a cena final do filme.
A personagem Thomasin foi incrível, no começo do filme ela aparece reprimindo a sua sexualidade, e no final após matar a sua mãe, ela simplesmente senta e cochila exausta, transmitindo uma sensação de tristeza mas ao mesmo tempo que alívio. E no final quando ela se entrega para a Bruxaria ela transmite alegria por finalmente sentir a liberdade.
Desmundo
3.5 115Não são todos que possuem estômago para lidar com certas cenas.
E de todos os filmes que assisti até hoje, nunca havia visto uma personagem com olhos tão tristes, esse olhar que a atriz transmitiu durante o filme, foi de desespero, tristeza, e socorro, entrando completamente na personagem.
Esse filme brinca com os sentimentos de quem assiste, pois do primeiro minuto até o final, faz com que tenhamos uma esperança de que tudo dê certo, de que Oribela vá se livrar das mãos de Francisco e ser feliz, e quem sabe amar! Porem na realidade das mulheres naquela época, não existia final feliz, elas eram obrigadas a se conformar com o destino que foi imposto. "A parte mais fácil é se casar, é só fazer o que o marido manda". Afinal, a mulher era apenas um objeto.
O único problema que encontrei no filme, foi a situações das índias, deu a entender que elas aceitavam aquilo que estava acontecendo, que eram até felizes (de acordo com as cenas em que elas sorriam o tempo todo) (?), mas elas também eram vítimas, elas também sofriam e elas eram estupradas TODOS os dias!!!!!
Alguns filmes e MUITAS novelas romantizam os negros e índios na época da colonização, tem novelas que tem coragem de mostrar a escrava se apaixonando por seu senhor, ou tentando seduzi-lo. Isso era um absurdo, porque a grande maioria eram estupradas, a nossa miscigenação, é resultado de muitos abusos e estupros.
Acho que faltou esclarecer isso no filme, por mais que o ponto principal seja a história de Oribela.
Alguém que leu o livro sabe se a Madre Maria era mãe da Oribela? Pois o relacionamento das duas eram muito próximos e o filme em si explica que a madre havia engravidado, e naquela época por mais que tivesse mãe, sem o pai a criança era orfã (já que mulher nem gente era)
Enfim, tem muitas coisas para serem faladas sobre esse filme, mas não quero estender muito o comentário haha
Adultos Inexperientes
2.7 34Tem dias que você tá com preguiça e não quer assistir nada muito complexo, só quer matar o tempo pro dia acabar logo, esse filme é perfeito pra esses momentos... É um mata tempo
O Mínimo Para Viver
3.5 622 Assista AgoraCuriosidades sobre o filme x vida real
1- Lily Collins já sofreu de transtorno alimentar e precisou emagrecer horrores para o filme (você concordam comigo que isso é um gatilho?)
2 - Após ficar com o corpo de anoréxica, ela foi convidada e inclusive FEZ ensaios pra capa de uma revista fitness, que fala de "saúde", dietas e exercícios.
3 - Poucos falaram sobre isso em redes sociais, mas todos os dias surgem inúmeros textões de pessoas "preocupadas" com a saúde de quem é obeso ou sobrepeso.
Reflitam
O Mínimo Para Viver
3.5 622 Assista AgoraNão é um filme de superação!
Lamento informar, mas não é um filme de superação.
É um filme que mostra o cotidiano de uma anoréxica, a dificuldade da família em lidar com isso e achar que tudo depende apenas de esforço, com isso acaba piorando ainda mais situação. Mostrou também a dificuldade que alguém com transtorno alimentar tem em aceitar que algo bom aconteça, como um relacionamento ou até mesmo um encontro (na maioria das vezes a pessoa não se sente merecedora de algo bom).
E a parte mais importante de todas, mostra que o tratamento pra um transtorno só dá certo quando parte de uma decisão exclusiva de quem tem o transtorno, durante o filme todo a personagem parecia se sentir forçada aos tratamentos e a internação, ela tentava mudar pelos outros e nunca por si mesma, e quando finalmente decide mudar por si mesma, o primeiro passo é dado.
Enfim, gostei do filme e diferente da maioria das pessoas, eu não esperava uma história de superação, pois o transtorno alimentar é vivido de crises, você passa um ano curada e tem recaídas no outro, transtorno alimentar é uma superação diária.
E gente, por favor, onde vocês estão vendo romantização nesse filme?? Romantização era os 3 dias sem comer da Cassie da série Skins, esse filme mostrou foi a realidade nua e crua, doa a quem doer
Ame-me!
2.8 58Com toda certeza do mundo a Sarah tem borderline!!
É interessante ver como é difícil a convivência com pessoas assim, nem mesmo a própria personagem consegue conviver consigo mesma em algumas partes do filme.
E mostra como é sofrida a vida de uma pessoa que não consegue controlar os impulsos e as emoções.
Mas fora isso eu achei que o filme se arrastou um pouco
Depois de Lúcia
3.8 1,1KAngustiante, um verdadeiro soco no estômago e uma forte crítica.
Doeria menos se a história não fosse tão real, se o que a Alejandra passou não se repetisse inúmeras vezes com meninas/mulheres.
Uma crítica pesada em cima da sociedade que ama condenar mulheres que são vítimas de abuso.
E no filme fica tão visível o sofrimento da Alejandra enquanto a vida do guri segue normalmente.
Da pra dizer que esse filme representa a desigualdade de gênero e o abuso/ violência que a mulher sofre.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraChocante!
Retrata a completa decadência do ser humano.
Acho que impulsividade seria a palavra certa pra esse filme.
Um Coração Simples
3.7 4Pra quem tem problemas em lidar com a perda, esse filme é uma tortura de tão triste.
De todos que eu conheço, esse é o que expressa melhor a solidão.
O Duque de Burgundy
3.3 80O surrealismo no decorrer do filme expressa de forma enigmática a angustia que Cynthia sentia referente ao desgaste que estava passando
E por ser um filme de época, a sonoplastia do começo, quando as duas começam a ficar juntas, me fez ter uma perspectiva do "proibido", do "errado", fora os desejos sexuais que pra época eram considerados "absurdos" ao contrário dos dias atuais.
Em outras palavras: Um verdadeiro choque entre o amor e o desejo.
Veronika Decide Morrer
3.2 789Só quem sente entende.
Babel
3.9 996 Assista AgoraAchei um filme íncrivel, histórias diferentes, pessoas diferentes, países diferentes, classes diferentes, mas que de alguma forma se cruzam. Porem são tantas tragédias, que esse filme me deixou com uma forte angustia no final.
Mas não deixa de ser totalmente incrivel.
A Garota e a Morte
3.7 14Lindo e poético!
"A vida é um grande Adeus."
Eu amo tudo
que tem um quente
sentimento encantado
como a primavera
e o amor.
Sonhos e fantasias.
Tudo o que chamamos de poesia.
Sentidos do Amor
4.1 1,2KSão tantas coisas para serem ditas sobre esse filme, que nada acaba saindo...Tanta beleza, tanta dor, tanta angustia, tanto amor.
Acho que dá pra resumi-lo em uma palavra: Intensidade.
Amores Expressos
4.2 355 Assista AgoraMuitas pessoas ficam tanto tempo presas no passado, que esquecem essas paixões lindas que estão basicamente pulando e pedindo por atenção em suas frentes.
Bem Me Quer, Mal Me Quer
4.0 522Lindo, íncrivel!
Embora o meu amor seja insano, a minha razão alivia a dor intensa do meu coração, dizendo-lhe para ser paciente e nunca perder a esperança.
(Uma ertomaníaca internada há mais de 50 anos)