Reassisti por conta do podcast Pod-Parker dos Superamiches . Mesmo com todos os defeitos, ainda é um desenho que eu considero muito e antes do lançamento de "The Spectacular Spider-Man" em 2008 podia se dizer que era a melhor animação do Aranha (Até porque pior que o "Ação sem limites" e o desenho da Mtv não tem como). E mesmo hoje ela tem seus méritos pois graças a questões contratuais, o desenho estava inserido em um "Universo Compartilhado da Marvel" com participações dos outros heróis da editora (foi aqui que muita gente conheceu o Blade). Sim, já haviam participações de heróis Marvel nos desenhos anteriores, mas aqui isso ocorre de forma mais épica, inclusive com tentativas de reprodução de histórias das HQs como GUERRAS SECRETAS, SAGA DO UNIFORME NEGRO, O MENINO QUE COLECIONAVA HOMEM-ARANHA etc. Só que aqui de uma forma mais simples e até com mais sentido (veja Homem-Aranha para não ter que ler Homem-Aranha). E é nessa animação que surge o "Aranhaverso" no episódio duplo de encerramento da série com direito a tirada de sarro com A SAGA DOS CLONES. Vale a revisão
Sim, eu sei que as motivações dos personagens são idiotas. Sim, eu sei que algumas situações são repetitivas. Sim, eu sei que os personagens mudam de opinião como quem troca de roupa. Sim, eu sei que a série já devia ter terminado na temporada passada. Mas eu confesso que a série ainda me diverte um pouco. Gosto de como a série consegue ser atraente para novos públicos sem cagar nos fãs antigos como também parece ter sido também ASH VS. EVIL DEAD e como parece que tem sido CHUCKY. O caso é que várias pessoas dizem que ASH VS... acabou quando deveria acabar (embora tem quem diga que merecia mais algumas temporadas). Talvez esse tempo já tenha passado pra COBRA KAI embora o final dessa temporada reserve coisas grandes para a próxima. Será que vão esticar a obra até a Hillary Swank concordar em aparecer? P.S.: Ao menos uma coisa eu gosto muito na série: mostrar ricos sendo escrotos. Esposa do Daniel indo encher o saco da Tory, filho dele praticando bullying, filha dele sendo a mimada de sempre e claro Terry Silver mostrando que o cara pode fazer terapia, comer tofu e fazer amizade com o Kid Vinil que vai continuar sendo escroto
Depois das bombas atômicas chamadas "Ação sem limites" e "The new animated series" finalmente é lançada uma série animada tão boa ou melhor que a série de 1994. Principalmente com relação a abordagem das personagens femininas que tem mais personalidade aqui do que na versão dos anos 90 (e lá elas já eram ativas). Aqui, por exemplo, não há uma relação abusiva tendo um final feliz como no caso do Kraven com a Mariah Crawford no desenho da Fox Kids. Foi interessante colocarem a Gwen Stacy como "forever alone" aqui, pois uma coisa que sempre deu raiva no Peter Parker é como ele reclamava de boca cheia, tendo várias gatinhas em cima dele e ele reclamando que não tem ninguém (e aqui o tonto demora pra se ligar que a Gwen é afim dele). Nota se uma influência da trilogia do Sam Raimi no desenho por exemplo no design do uniforme preto. E aqui nós temos a identidade do Homem-Aranha sendo revelada por um vilão muito antes do FAR FROM HOME (sim, eu sei que já tinha rolado algo assim nas HQs) e de forma bem desenvolvida. Como se não bastasse isso, temos Robert Englund fazendo a voz do Abutre e Danny Trejo fazendo a voz do capanga Ox (bem que ele podia fazer esse papel nos filmes da Sony, né?)
Depois das bombas atômicas chamadas "Ação sem limites" e "The new animated series" finalmente é lançada uma série animada tão boa ou melhor que a série de 1994. Principalmente com relação a abordagem das personagens femininas que tem mais personalidade aqui do que na versão dos anos 90 (e lá elas já eram ativas). Aqui, por exemplo, não há uma relação abusiva tendo um final feliz como no caso do Kraven com a Mariah Crawford no desenho da Fox Kids. Foi interessante colocarem a Gwen Stacy como "forever alone" aqui, pois uma coisa que sempre deu raiva no Peter Parker é como ele reclamava de boca cheia, tendo várias gatinhas em cima dele e ele reclamando que não tem ninguém (e aqui o tonto demora pra se ligar que a Gwen é afim dele). Nota se uma influência da trilogia do Sam Raimi no desenho por exemplo no design do uniforme preto. E aqui nós temos a identidade do Homem-Aranha sendo revelada por um vilão muito antes do FAR FROM HOME (sim, eu sei que já tinha rolado algo assim nas HQs) e de forma bem desenvolvida. Como se não bastasse isso, temos Robert Englund fazendo a voz do Abutre e Danny Trejo fazendo a voz do capanga Ox (bem que ele podia fazer esse papel nos filmes da Sony, né?)
De fato, tem uma prova de atravessar de um prédio a outro sem cair, que lembra uma parecida na série coreana, contudo, o enfoque é diferente.
Na série coreana, os jogo são perversos e não há como ser o grande vencedor sem abrir mão da sua dignidade ou caráter e o custo é altíssimo. Aqui os jogos são perversos também, mas há uma esperança de vencer se você for um exímio jogador e estrategista, como o personagem.
Aqui há os caçoetes narrativos próprios do gênero de esticar um arco por vários e vários capítulos, mas como são só 2 temporadas de 26 ep., passa rápido.
O arco em que desmascara seu patrão que rouba nos dados poderia ser fácil um filme com Edmilson Filho e Matheus Nachtergaele
De fato, tem uma prova de atravessar de um prédio a outro sem cair, que lembra uma parecida na série coreana, contudo, o enfoque é diferente.
Na série coreana, os jogo são perversos e não há como ser o grande vencedor sem abrir mão da sua dignidade ou caráter e o custo é altíssimo. Aqui os jogos são perversos também, mas há uma esperança de vencer se você for um exímio jogador e estrategista, como o personagem.
Aqui há os caçoetes narrativos próprios do gênero de esticar um arco por vários e vários capítulos, mas como são só 2 temporadas de 26 ep., passa rápido.
O arco em que desmascara seu patrão que rouba nos dados poderia ser fácil um filme com Edmilson Filho e Matheus Nachtergaele
Onde tem um coreano passando perrengue tem um filme ou uma série foda (vide "Parasita"). Ainda continuo impressionado em como os caras conseguem mesclar bem drama com violência brutal (nos EUA e UK, descamba para o pop em muitas das vezes). Não diria que é uma série anticapitalista, mas dá suas cutucadas no sistema e mostra como funciona o mercado de trabalho e o exército de reserva (ou tu se humilha pra um bando de ricos ou passa fome pensando no tanto de gente que aceitaria a humilhação)
Larry David é um gênio. Não consigo achar outro termo para definir um cara que sustenta 10 temporadas apenas explorando seu caráter antissocial e nos fazendo acreditar que L. A. é uma cidade minúscula pois, principalmente nas primeiras temporadas, o esquemão dos episódios era Larry sendo escroto com um desconhecido e coincidentemente, lá na frente, ele acabava reencontrando a pessoa e tomando o troco.
Justiça seja feita, a série foi se sofisticando com o passar das temporadas, muito graças ao trabalho de roteiristas como Larry Charles que também fez "Borat", "Brüno" e "Religulous" e quase sempre botava alguma crítica religiosa no meio (o episódio do "Jesus" latino atacando Larry com uma cruz é hilário).
Mesmo o intervalo entre as temporadas (2000 até 2007; 2009, 2017 e 2020) não fez mal ao programa, até ajudou a amadurecer algumas ideias, mudar algumas coisas (Larry divorciado deixou a série mais dinâmica). Que venha a 11° temporada.
A gente pode falar o que for da Netflix e suas séries meio parecidas e feitas com base no algoritmo, mas quando ela acerta, acerta com gosto. Ainda que o tema "quando você olha para o abismo,o abismo olha de volta" seja meio batido, bem como investigador criminal com problemas de relacionamento, aqui a produção conseguiu praticamente estender um filme de duas horas do David Fincher por quase 20 episódios de 40-50 minutos sem que isso canse o espectador ou que seja preciso encher linguiça demais.
É a melhor "série da HBO" que a Netflix poderia fazer, não te poupando de nada e te fazendo imergir no tema dos assassinatos em série bem quando o tema começou a ser estudado a fundo.
Se eu vir alguém que curtir essa série reclamar do filme sobre a Richtofen, eu vou trancafiar na cela do Ed Kemper.
Aliás, belo trabalho de caracterização de personagem. Todo assassino aqui está bem próximo de sua contra parte real, especialmente o Filho de Sam e o Ed, que rendeu a seu intérprete, Cameron Britton, indicação ao Primetime Emmy e agora fará o papel de Richard Jewell na segunda temporada de "Manhunter" (não confunda).
Hoje em dia zumbi já é uma coisa mais do que batida. Com exceção de "One cut of the dead" e "Train to busan" não se produz mas nada surpreendente sobre o tema.
Acrescente aí câmera tremida, vários cortes, baixa iluminação, e traminhas correndo em paralelo e que depois se entrelaçam. Tá feito o combo da desgraça das obras audiovisuais das primeiras década do século XXI e é isso que compõe essa minissérie do criador de "Black Mirror". Pelo menos na segunda metade da obra, depois que as tramas se unem, a obra fica até interessante.
Só isso e a performance de Andy Nyman como um produtor extremamente cusão, que te faz TORCER para que morra logo, salvam esta série de ser uma merda completa para mim (lembrando aqui que os zumbis correm assim como em "Extermínio"). Talvez na época esses clichês funcionassem, mas para mim já deu faz tempo.
Lado bom: Nossa, como tem gente preocupada com outros na internet
Lado ruim: NOSSA, COMO TEM GENTE PREOCUPADA COM OUTROS NA INTERNET
Ok, aqui as pessoas usam seu talento de "stalker" para algo bom, mas fico pensando o perigo dessa galera usando esse talento para prejudicar alguém. Até agora fico de cara em como essa galera consegue prestar atenção em pequeníssimos detalhes e usa isso a favor da lei
Se não colocarem Jon Favreau para ser o responsável pelos próximos filmes de "Star Wars" ao menos deviam obrigar a Kathleen Kennedy a assistir tudo que é filme de faroeste já feito antes de deixá-la produzir qualquer coisa Essa série e "Cobra Kai" são a prova viva de que toda a criatividade de Hollywood foi drenada para as séries e para o streaming. O que custava fazerem os filmes da nova trilogia com o mesmo respeito à franquia e o mesmo cuidado que tiveram aqui? Pena que Mandalorian e Ep. IX se passam em épocas diferentes pois eu queria muito ver o encontro dos "irmãos" Carl Weathers e Billy Dee Williams. Parabéns a Gina Carano e Ming Na Wen que mandaram bem na série e mereciam oportunidades melhores na tela grande.
Documentários sobre serial killers estão longe de serem originais, mas aqui o uso das gravações de conversas em fitas k7 faz toda a diferença pois influenciou também a edição da série, a montagem e mesmo as vinhetas emulando uma fita k7 sendo tocada, sequências com gravadores em ação intercaladas com fotos e vídeos da época e entevistas com os sobreviventes da época em que Ted Bundy atuava.
Se você entrar na Netflix agora vai ver no mínimo umas 3 séries diferentes sobre homens charmosos, porém extremamente perigosos ("Ted Bundy Tapes", "You", "Dirty John"...). Miguel Falabella nessa minissérie não fica devendo a nenhum deles. Se não fossem os maneirismos de novela e algumas conveniências do roteiro talvez tivesse mais aceitação pelo público acostumado a Netflix (mesmo as séries atuais da Globo procuram agora ter mais cara de série gringa do que de novela). Destaque também para o personagem de Ricardo Petraglia fazendo o papel de liberal moralista. O tom caricato do personagem se encaixa na proposta da série principalmente quando chega perto do final e a identidade do assassino vai ficando evidente. A série até arrisca nos seus últimos capítulos uma crítica ao machismo em algumas cenas de tribunal protagonizadas por Milton Gonçalves e Marieta Severo. Não bastassem os atores se destacarem, cabe lembrar que o argumento original é do Dias Gomes, que dispensa maiores apresentações e direção geral do Roberto Farias, o mesmo responsável pelos filmes do Roberto Carlos". O próprio Roberto faz graça consigo mesma em uma das falas da série
A única justificativa para a Globo ter feito essa minissérie foi a de encher o saco tanto do Collor quanto do Edir Macedo. Não dá pra acreditar que a mesma dupla que nos presenteou com o excelente " As Noivas de Copacabana" (Dias Gomes e Roberto Farias) tenha feito uma porra forçada dessa.
A recompensa de ver essa obra é a de ver Adriana Esteves em manifestações anti-Collor com a bandeira do PT (tanto a personagem dela na série quanto o partido na vida real foram iludidos por líderes evangélicos) e Virgínia Nowick seduzindo o já idoso Stênio Garcia (que não percebeu que era uma cilada) e merecendo o título de "Miss Cupim"
Nessa série aqui Fábio Assunção presencia um assassinato em um local cheio de gente e faz questão de aparecer à vista de todos atrás da vítima com uma arma em punho o que prova que nenhuma pessoa precisa usar droga pra fazer merda. E ainda por cima um dos diretores dessa tralha é Mário Márcio Bandarra, o mesmo de "Inspetor Faustão e o Mallandro".
Com uma história mais furada que o carro do Sonny Corleone, o chamariz para as pessoas assistirem a série na época era a promessa de cenas de nudez dos atores e atrizes do elenco, mas hoje em dia em tempo de internet não tem sido mais tão eficaz.
Os pontos altos acabam sendo Antônio Fagundes tentando eletrocutar Malu Mader na banheira com um fio desencapado e no desfecho de seu personagem pendurado em um helicóptero (série ruim eu dou spoiler mesmo)
O melhor dessa série é o fato de que nela há várias nuances. Quanto mais você vai se indignando com o deputado Wallace Souza, mais lhe é apresentado o quanto ele era querido pela população e o quanto o seu indiciamento estava ligado a um conflito político (o que não quer dizer que fosse inocente).
A conclusão da série me remete ao caos que se instaurou na Colômbia após a morte de Pablo Escobar, quando a morte da liderança iniciou uma disputa sangrenta pelo posto de líder supremo do crime organizado. Não sei se espectador do primeiro mundo está acostumado com esse tipo de situação (se bem que lá também há bandidos idolatrados, vide "Gotti").
E o Gil da Esfirra merecia um capítulo só pra ele.
Em que pese qualquer viés anti-URSS (que não deixa de ter sua razão, pois até o mais empedernido dos comunista há de reconhecer a falência do Estado Soviético à época, ao contrário da China que permanece comunista até hoje), a série é excelente em retratar o desastre nuclear com a crueza que só a HBO é capaz de trazer e também com uma reconstituição de época fantástica, inclusive na fotografia meio dark da série dando um aspecto de obra oitentista.
Assim como em muitas obras atuais seja de ficção ("13 Reasons Why", "Ted Bundy Tapes") seja de não ficção ("Dossiê Márcio Seixas") aqui também a base da obra são audios gravados por um personagem, só que aqui eles não fazem parte diretamente da narrativa, só serviram como base e inspiração para obra.
Tomara um dia nós consigamos fazer algo de qualidade sobre o caso "Césio 137" (sim, eu sei que tem o filme com Nélson Xavier e o especial do Linha Direta, mas eu me refiro a uma produção mais caprichada).
Tudo que eu li de quem se empolgou bastante com "Democracia em vertigem" de que chorou, de que se emocionou e tal, acho que se aplica melhor a essa minissérie aqui. O fato de se passar no primeiro mundo para mim só piora as coisas: se em um país desenvolvido e com instituições ditas mais sólidas que as nossas um grupo de negros é injustiçado e brutalizado dessa forma imagina aqui (e infelizmente conhecemos casos tão cruéis ou piores de injustiça por aqui).
No entanto o que mais me encantou nessa obra foi o momento em que ela se permitiu fugir da realidade, mais precisamente no último capítulo com os delírios do personagem Korey, cujo contraste com a sua realidade brutal na cadeia só reforçam o nosso incômodo assistindo a série (se você não se recuperou de ter assistido "Chernobyl" espere um pouco antes de ver esse aqui).
Tem gente que pode ter achado a citação a Donald Trump um tanto gratuita, mas vendo as atitudes do mesmo nos dias de hoje percebe-se que a crítica foi acertada.
Os produtores parecem ter se arrependido de ter dado um fim no personagem Berlin, pois não só o mesmo aparece várias vezes através de flashbacks como também colocaram um personagem tão arrogante e misógino quanto (Palermo).
Parecem também ter se arrependido de terem colocado tanta cena de nudez nas temporadas anteriores, pois quase não tem nesta última, que foi direto para a Netflix, sem ter passado antes na TV espanhola. Parece besteira, mas essa liberdade maior era um diferencial de uma produção espanhola para uma produção americana (a menos que seja uma produção americana da HBO). O sangue e a violência continuam, mas isso é menos ameaçador para o público da Netflix ao que parece.
De resto, todos os elementos que deram fama a série estão lá: a tensão, os flashbacks, o desenvolvimento dos personagens, seus dramas pessoais e um certo clima antissistema (até onde é possível na Netflix).
Recentemente o criador falou que a série nunca vai sair da Espanha, porque é um jeito de enaltecer a cultura de lá (deve ser a cultura de ter bancos fáceis de assaltar)
Quem está acostumado com os filmes vai estranhar as mudanças feitas nos personagens (embora o segundo filme já adiantasse como seria o ritmo e o estilo da série de TV).
Essas mudanças alteraram de certa forma a dinâmica da série: Francisgleydisson não é mais um pai de família e por isso pode se aventurar mais. O opositor do prefeito deixou de ser o Bolachinha e passou a ser o dono da bodega (mas a produção compensou dando ao baixinho um papel ótimo).
Infelizmente o núcleo da garota ninfomaníaca com amigo gay sumiu nessa versão, mas foram surgindo outros personagens interessantes como a filha do dono da bodega, fora as participações especiais como de Ney Latorraca de Vlad e Ingrid Guimarães novamente fazendo par com Heloísa Perrissé, emulando em cada episódio um tipo de filme (fora as referências às novelas da Globo). Que venha a segunda temporada.
Não há momento melhor para adaptar essa essa HQ para o meio audiovisual do que os dias atuais, não só pela onipresença de super-heróis no cinema e na TV como também por conta da onipotência das corporações no nosso mundo globalizado, pois mais do que os super seres aqui as mega empresas com seus mêtodos de intimidação e manipulação são os grande vilões da história. O movimento #MeToo se faz presente aqui, não só na sub-trama do assédio sexual sofrido pela Starlight como na censura disfarçada às cenas de nudez feminina, o que é estranho para um programa de classificação +18. Mesmo as cenas de violência, que são pesadas comparadas as de outras séries de super-heróis, parecem ser mais leves que as da HQ, até onde apurei. Pode ser que as pessoas ainda não estejam preparadas para algo mais cru. Pode ser que elas queiram ser salvas pelos heróis. E desta vez não estou citando a obra de Garth Ennis, mas sim "Os Incríveis 2", que a seu modo também fazia uma crítica à necessidade de super seres. Que venha a segunda temporada.
O Cinema Snob diz que o pior para um filme/série ruim é citar uma obra melhor, pois lembra o espectador de que ele poderia estar vendo algo melhor. Os produtores de Cobra Kai parecem muito seguros da qualidade de sua obra, pois citam Game Of Thrones e Dr. Who sem medo nenhum(a julgar pelas críticas que a última temporada de GOT recebeu, não deve nada a essa aqui) Assistindo bem depois de passado o hype, a gente percebe melhor as conveniências do roteiros e as forcações de barra, mas como avaliar negativamente uma temporada cujo "season finale"parece uma versão do último ato de "Desejo de Matar 3" só que usando punhos em vez de armas? Como dizer não ao fan service de trazer de volta os colegas de Cobra Kai de Johnny, incluindo seu mestre? Como dizer não ao remix naipe "Avengers theme" de "Cruel Summer"? Sem contar que nesta temporada continua o conflito de gerações da temporada passada e se acirram as diferenças dentro de um mesmo grupo. Destaque pra dicotomia ex-nerd que ficou cusão (Hawk) x Nerd molenga e tagarela que vai aprendendo a lutar (Dimitri). Destaque também pra Tory, personagem que veio tomar da Robin de "Stranger Things" o posto de personagem feminina mais cool da temporada (e era capaz de limpar o chão com ela). Só resta esperar pra ver quem voltará para a próxima temporada
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Homem-Aranha: A Série Animada (5ª Temporada)
4.2 11 Assista AgoraReassisti por conta do podcast Pod-Parker dos Superamiches . Mesmo com todos os defeitos, ainda é um desenho que eu considero muito e antes do lançamento de "The Spectacular Spider-Man" em 2008 podia se dizer que era a melhor animação do Aranha (Até porque pior que o "Ação sem limites" e o desenho da Mtv não tem como).
E mesmo hoje ela tem seus méritos pois graças a questões contratuais, o desenho estava inserido em um "Universo Compartilhado da Marvel" com participações dos outros heróis da editora (foi aqui que muita gente conheceu o Blade).
Sim, já haviam participações de heróis Marvel nos desenhos anteriores, mas aqui isso ocorre de forma mais épica, inclusive com tentativas de reprodução de histórias das HQs como GUERRAS SECRETAS, SAGA DO UNIFORME NEGRO, O MENINO QUE COLECIONAVA HOMEM-ARANHA etc. Só que aqui de uma forma mais simples e até com mais sentido (veja Homem-Aranha para não ter que ler Homem-Aranha).
E é nessa animação que surge o "Aranhaverso" no episódio duplo de encerramento da série com direito a tirada de sarro com A SAGA DOS CLONES. Vale a revisão
Cobra Kai (4ª Temporada)
4.0 225 Assista AgoraSim, eu sei que as motivações dos personagens são idiotas. Sim, eu sei que algumas situações são repetitivas. Sim, eu sei que os personagens mudam de opinião como quem troca de roupa. Sim, eu sei que a série já devia ter terminado na temporada passada.
Mas eu confesso que a série ainda me diverte um pouco. Gosto de como a série consegue ser atraente para novos públicos sem cagar nos fãs antigos como também parece ter sido também ASH VS. EVIL DEAD e como parece que tem sido CHUCKY.
O caso é que várias pessoas dizem que ASH VS... acabou quando deveria acabar (embora tem quem diga que merecia mais algumas temporadas).
Talvez esse tempo já tenha passado pra COBRA KAI embora o final dessa temporada reserve coisas grandes para a próxima.
Será que vão esticar a obra até a Hillary Swank concordar em aparecer?
P.S.: Ao menos uma coisa eu gosto muito na série: mostrar ricos sendo escrotos.
Esposa do Daniel indo encher o saco da Tory, filho dele praticando bullying, filha dele sendo a mimada de sempre e claro Terry Silver mostrando que o cara pode fazer terapia, comer tofu e fazer amizade com o Kid Vinil que vai continuar sendo escroto
O Espetacular Homem-Aranha (2ª Temporada)
4.1 13Depois das bombas atômicas chamadas "Ação sem limites" e "The new animated series" finalmente é lançada uma série animada tão boa ou melhor que a série de 1994.
Principalmente com relação a abordagem das personagens femininas que tem mais personalidade aqui do que na versão dos anos 90 (e lá elas já eram ativas). Aqui, por exemplo, não há uma relação abusiva tendo um final feliz como no caso do Kraven com a Mariah Crawford no desenho da Fox Kids.
Foi interessante colocarem a Gwen Stacy como "forever alone" aqui, pois uma coisa que sempre deu raiva no Peter Parker é como ele reclamava de boca cheia, tendo várias gatinhas em cima dele e ele reclamando que não tem ninguém (e aqui o tonto demora pra se ligar que a Gwen é afim dele).
Nota se uma influência da trilogia do Sam Raimi no desenho por exemplo no design do uniforme preto. E aqui nós temos a identidade do Homem-Aranha sendo revelada por um vilão muito antes do FAR FROM HOME (sim, eu sei que já tinha rolado algo assim nas HQs) e de forma bem desenvolvida.
Como se não bastasse isso, temos Robert Englund fazendo a voz do Abutre e Danny Trejo fazendo a voz do capanga Ox (bem que ele podia fazer esse papel nos filmes da Sony, né?)
O Espetacular Homem-Aranha (1ª Temporada)
4.0 30 Assista AgoraDepois das bombas atômicas chamadas "Ação sem limites" e "The new animated series" finalmente é lançada uma série animada tão boa ou melhor que a série de 1994.
Principalmente com relação a abordagem das personagens femininas que tem mais personalidade aqui do que na versão dos anos 90 (e lá elas já eram ativas). Aqui, por exemplo, não há uma relação abusiva tendo um final feliz como no caso do Kraven com a Mariah Crawford no desenho da Fox Kids.
Foi interessante colocarem a Gwen Stacy como "forever alone" aqui, pois uma coisa que sempre deu raiva no Peter Parker é como ele reclamava de boca cheia, tendo várias gatinhas em cima dele e ele reclamando que não tem ninguém (e aqui o tonto demora pra se ligar que a Gwen é afim dele).
Nota se uma influência da trilogia do Sam Raimi no desenho por exemplo no design do uniforme preto. E aqui nós temos a identidade do Homem-Aranha sendo revelada por um vilão muito antes do FAR FROM HOME (sim, eu sei que já tinha rolado algo assim nas HQs) e de forma bem desenvolvida.
Como se não bastasse isso, temos Robert Englund fazendo a voz do Abutre e Danny Trejo fazendo a voz do capanga Ox (bem que ele podia fazer esse papel nos filmes da Sony, né?)
Kaiji (2ª Temporada)
4.2 2Assisti de tanto vocês compararem com "Round 6".
De fato, tem uma prova de atravessar de um prédio a outro sem cair, que lembra uma parecida na série coreana, contudo, o enfoque é diferente.
Na série coreana, os jogo são perversos e não há como ser o grande vencedor sem abrir mão da sua dignidade ou caráter e o custo é altíssimo. Aqui os jogos são perversos também, mas há uma esperança de vencer se você for um exímio jogador e estrategista, como o personagem.
Aqui há os caçoetes narrativos próprios do gênero de esticar um arco por vários e vários capítulos, mas como são só 2 temporadas de 26 ep., passa rápido.
O arco em que desmascara seu patrão que rouba nos dados poderia ser fácil um filme com Edmilson Filho e Matheus Nachtergaele
Kaiji (1ª Temporada)
4.5 18 Assista AgoraAssisti de tanto vocês compararem com "Round 6".
De fato, tem uma prova de atravessar de um prédio a outro sem cair, que lembra uma parecida na série coreana, contudo, o enfoque é diferente.
Na série coreana, os jogo são perversos e não há como ser o grande vencedor sem abrir mão da sua dignidade ou caráter e o custo é altíssimo. Aqui os jogos são perversos também, mas há uma esperança de vencer se você for um exímio jogador e estrategista, como o personagem.
Aqui há os caçoetes narrativos próprios do gênero de esticar um arco por vários e vários capítulos, mas como são só 2 temporadas de 26 ep., passa rápido.
O arco em que desmascara seu patrão que rouba nos dados poderia ser fácil um filme com Edmilson Filho e Matheus Nachtergaele
Round 6 (1ª Temporada)
4.0 1,2K Assista AgoraOnde tem um coreano passando perrengue tem um filme ou uma série foda (vide "Parasita"). Ainda continuo impressionado em como os caras conseguem mesclar bem drama com violência brutal (nos EUA e UK, descamba para o pop em muitas das vezes).
Não diria que é uma série anticapitalista, mas dá suas cutucadas no sistema e mostra como funciona o mercado de trabalho e o exército de reserva (ou tu se humilha pra um bando de ricos ou passa fome pensando no tanto de gente que aceitaria a humilhação)
Segura a Onda (10ª Temporada)
4.3 13 Assista AgoraLarry David é um gênio. Não consigo achar outro termo para definir um cara que sustenta 10 temporadas apenas explorando seu caráter antissocial e nos fazendo acreditar que L. A. é uma cidade minúscula pois, principalmente nas primeiras temporadas, o esquemão dos episódios era Larry sendo escroto com um desconhecido e coincidentemente, lá na frente, ele acabava reencontrando a pessoa e tomando o troco.
Justiça seja feita, a série foi se sofisticando com o passar das temporadas, muito graças ao trabalho de roteiristas como Larry Charles que também fez "Borat", "Brüno" e "Religulous" e quase sempre botava alguma crítica religiosa no meio (o episódio do "Jesus" latino atacando Larry com uma cruz é hilário).
Mesmo o intervalo entre as temporadas (2000 até 2007; 2009, 2017 e 2020) não fez mal ao programa, até ajudou a amadurecer algumas ideias, mudar algumas coisas (Larry divorciado deixou a série mais dinâmica). Que venha a 11° temporada.
Mindhunter (1ª Temporada)
4.4 804 Assista AgoraA gente pode falar o que for da Netflix e suas séries meio parecidas e feitas com base no algoritmo, mas quando ela acerta, acerta com gosto. Ainda que o tema "quando você olha para o abismo,o abismo olha de volta" seja meio batido, bem como investigador criminal com problemas de relacionamento, aqui a produção conseguiu praticamente estender um filme de duas horas do David Fincher por quase 20 episódios de 40-50 minutos sem que isso canse o espectador ou que seja preciso encher linguiça demais.
É a melhor "série da HBO" que a Netflix poderia fazer, não te poupando de nada e te fazendo imergir no tema dos assassinatos em série bem quando o tema começou a ser estudado a fundo.
Se eu vir alguém que curtir essa série reclamar do filme sobre a Richtofen, eu vou trancafiar na cela do Ed Kemper.
Aliás, belo trabalho de caracterização de personagem. Todo assassino aqui está bem próximo de sua contra parte real, especialmente o Filho de Sam e o Ed, que rendeu a seu intérprete, Cameron Britton, indicação ao Primetime Emmy e agora fará o papel de Richard Jewell na segunda temporada de "Manhunter" (não confunda).
Dead Set
3.8 178Hoje em dia zumbi já é uma coisa mais do que batida. Com exceção de "One cut of the dead" e "Train to busan" não se produz mas nada surpreendente sobre o tema.
Acrescente aí câmera tremida, vários cortes, baixa iluminação, e traminhas correndo em paralelo e que depois se entrelaçam. Tá feito o combo da desgraça das obras audiovisuais das primeiras década do século XXI e é isso que compõe essa minissérie do criador de "Black Mirror". Pelo menos na segunda metade da obra, depois que as tramas se unem, a obra fica até interessante.
Só isso e a performance de Andy Nyman como um produtor extremamente cusão, que te faz TORCER para que morra logo, salvam esta série de ser uma merda completa para mim (lembrando aqui que os zumbis correm assim como em "Extermínio"). Talvez na época esses clichês funcionassem, mas para mim já deu faz tempo.
Don't F**k With Cats: Uma Caçada Online
4.2 326 Assista AgoraLado bom: Nossa, como tem gente preocupada com outros na internet
Lado ruim: NOSSA, COMO TEM GENTE PREOCUPADA COM OUTROS NA INTERNET
Ok, aqui as pessoas usam seu talento de "stalker" para algo bom, mas fico pensando o perigo dessa galera usando esse talento para prejudicar alguém. Até agora fico de cara em como essa galera consegue prestar atenção em pequeníssimos detalhes e usa isso a favor da lei
O Mandaloriano: Star Wars (1ª Temporada)
4.4 532 Assista AgoraSe não colocarem Jon Favreau para ser o responsável pelos próximos filmes de "Star Wars" ao menos deviam obrigar a Kathleen Kennedy a assistir tudo que é filme de faroeste já feito antes de deixá-la produzir qualquer coisa
Essa série e "Cobra Kai" são a prova viva de que toda a criatividade de Hollywood foi drenada para as séries e para o streaming. O que custava fazerem os filmes da nova trilogia com o mesmo respeito à franquia e o mesmo cuidado que tiveram aqui? Pena que Mandalorian e Ep. IX se passam em épocas diferentes pois eu queria muito ver o encontro dos "irmãos" Carl Weathers e Billy Dee Williams.
Parabéns a Gina Carano e Ming Na Wen que mandaram bem na série e mereciam oportunidades melhores na tela grande.
Conversando Com um Serial Killer: Ted Bundy
4.2 221Documentários sobre serial killers estão longe de serem originais, mas aqui o uso das gravações de conversas em fitas k7 faz toda a diferença pois influenciou também a edição da série, a montagem e mesmo as vinhetas emulando uma fita k7 sendo tocada, sequências com gravadores em ação intercaladas com fotos e vídeos da época e entevistas com os sobreviventes da época em que Ted Bundy atuava.
As Noivas de Copacabana
3.6 61Se você entrar na Netflix agora vai ver no mínimo umas 3 séries diferentes sobre homens charmosos, porém extremamente perigosos ("Ted Bundy Tapes", "You", "Dirty John"...). Miguel Falabella nessa minissérie não fica devendo a nenhum deles. Se não fossem os maneirismos de novela e algumas conveniências do roteiro talvez tivesse mais aceitação pelo público acostumado a Netflix (mesmo as séries atuais da Globo procuram agora ter mais cara de série gringa do que de novela).
Destaque também para o personagem de Ricardo Petraglia fazendo o papel de liberal moralista. O tom caricato do personagem se encaixa na proposta da série principalmente quando chega perto do final e a identidade do assassino vai ficando evidente.
A série até arrisca nos seus últimos capítulos uma crítica ao machismo em algumas cenas de tribunal protagonizadas por Milton Gonçalves e Marieta Severo.
Não bastassem os atores se destacarem, cabe lembrar que o argumento original é do Dias Gomes, que dispensa maiores apresentações e direção geral do Roberto Farias, o mesmo responsável pelos filmes do Roberto Carlos". O próprio Roberto faz graça consigo mesma em uma das falas da série
Decadência
3.3 7A única justificativa para a Globo ter feito essa minissérie foi a de encher o saco tanto do Collor quanto do Edir Macedo. Não dá pra acreditar que a mesma dupla que nos presenteou com o excelente " As Noivas de Copacabana" (Dias Gomes e Roberto Farias) tenha feito uma porra forçada dessa.
A recompensa de ver essa obra é a de ver Adriana Esteves em manifestações anti-Collor com a bandeira do PT (tanto a personagem dela na série quanto o partido na vida real foram iludidos por líderes evangélicos) e Virgínia Nowick seduzindo o já idoso Stênio Garcia (que não percebeu que era uma cilada) e merecendo o título de "Miss Cupim"
Labirinto
3.8 16Nessa série aqui Fábio Assunção presencia um assassinato em um local cheio de gente e faz questão de aparecer à vista de todos atrás da vítima com uma arma em punho o que prova que nenhuma pessoa precisa usar droga pra fazer merda. E ainda por cima um dos diretores dessa tralha é Mário Márcio Bandarra, o mesmo de "Inspetor Faustão e o Mallandro".
Com uma história mais furada que o carro do Sonny Corleone, o chamariz para as pessoas assistirem a série na época era a promessa de cenas de nudez dos atores e atrizes do elenco, mas hoje em dia em tempo de internet não tem sido mais tão eficaz.
Os pontos altos acabam sendo Antônio Fagundes tentando eletrocutar Malu Mader na banheira com um fio desencapado e no desfecho de seu personagem pendurado em um helicóptero (série ruim eu dou spoiler mesmo)
Bandidos na TV
4.2 260 Assista AgoraO melhor dessa série é o fato de que nela há várias nuances. Quanto mais você vai se indignando com o deputado Wallace Souza, mais lhe é apresentado o quanto ele era querido pela população e o quanto o seu indiciamento estava ligado a um conflito político (o que não quer dizer que fosse inocente).
A conclusão da série me remete ao caos que se instaurou na Colômbia após a morte de Pablo Escobar, quando a morte da liderança iniciou uma disputa sangrenta pelo posto de líder supremo do crime organizado. Não sei se espectador do primeiro mundo está acostumado com esse tipo de situação (se bem que lá também há bandidos idolatrados, vide "Gotti").
E o Gil da Esfirra merecia um capítulo só pra ele.
Chernobyl
4.7 1,4K Assista AgoraEm que pese qualquer viés anti-URSS (que não deixa de ter sua razão, pois até o mais empedernido dos comunista há de reconhecer a falência do Estado Soviético à época, ao contrário da China que permanece comunista até hoje), a série é excelente em retratar o desastre nuclear com a crueza que só a HBO é capaz de trazer e também com uma reconstituição de época fantástica, inclusive na fotografia meio dark da série dando um aspecto de obra oitentista.
Assim como em muitas obras atuais seja de ficção ("13 Reasons Why", "Ted Bundy Tapes") seja de não ficção ("Dossiê Márcio Seixas") aqui também a base da obra são audios gravados por um personagem, só que aqui eles não fazem parte diretamente da narrativa, só serviram como base e inspiração para obra.
Tomara um dia nós consigamos fazer algo de qualidade sobre o caso "Césio 137" (sim, eu sei que tem o filme com Nélson Xavier e o especial do Linha Direta, mas eu me refiro a uma produção mais caprichada).
Olhos que Condenam
4.7 680 Assista AgoraTudo que eu li de quem se empolgou bastante com "Democracia em vertigem" de que chorou, de que se emocionou e tal, acho que se aplica melhor a essa minissérie aqui. O fato de se passar no primeiro mundo para mim só piora as coisas: se em um país desenvolvido e com instituições ditas mais sólidas que as nossas um grupo de negros é injustiçado e brutalizado dessa forma imagina aqui (e infelizmente conhecemos casos tão cruéis ou piores de injustiça por aqui).
No entanto o que mais me encantou nessa obra foi o momento em que ela se permitiu fugir da realidade, mais precisamente no último capítulo com os delírios do personagem Korey, cujo contraste com a sua realidade brutal na cadeia só reforçam o nosso incômodo assistindo a série (se você não se recuperou de ter assistido "Chernobyl" espere um pouco antes de ver esse aqui).
Tem gente que pode ter achado a citação a Donald Trump um tanto gratuita, mas vendo as atitudes do mesmo nos dias de hoje percebe-se que a crítica foi acertada.
La Casa de Papel (Parte 3)
4.0 637Os produtores parecem ter se arrependido de ter dado um fim no personagem Berlin, pois não só o mesmo aparece várias vezes através de flashbacks como também colocaram um personagem tão arrogante e misógino quanto (Palermo).
Parecem também ter se arrependido de terem colocado tanta cena de nudez nas temporadas anteriores, pois quase não tem nesta última, que foi direto para a Netflix, sem ter passado antes na TV espanhola. Parece besteira, mas essa liberdade maior era um diferencial de uma produção espanhola para uma produção americana (a menos que seja uma produção americana da HBO). O sangue e a violência continuam, mas isso é menos ameaçador para o público da Netflix ao que parece.
De resto, todos os elementos que deram fama a série estão lá: a tensão, os flashbacks, o desenvolvimento dos personagens, seus dramas pessoais e um certo clima antissistema (até onde é possível na Netflix).
Recentemente o criador falou que a série nunca vai sair da Espanha, porque é um jeito de enaltecer a cultura de lá (deve ser a cultura de ter bancos fáceis de assaltar)
Cine Holliúdy (1ª Temporada)
3.8 22Quem está acostumado com os filmes vai estranhar as mudanças feitas nos personagens (embora o segundo filme já adiantasse como seria o ritmo e o estilo da série de TV).
Essas mudanças alteraram de certa forma a dinâmica da série: Francisgleydisson não é mais um pai de família e por isso pode se aventurar mais. O opositor do prefeito deixou de ser o Bolachinha e passou a ser o dono da bodega (mas a produção compensou dando ao baixinho um papel ótimo).
Infelizmente o núcleo da garota ninfomaníaca com amigo gay sumiu nessa versão, mas foram surgindo outros personagens interessantes como a filha do dono da bodega, fora as participações especiais como de Ney Latorraca de Vlad e Ingrid Guimarães novamente fazendo par com Heloísa Perrissé, emulando em cada episódio um tipo de filme (fora as referências às novelas da Globo). Que venha a segunda temporada.
The Boys (1ª Temporada)
4.3 820 Assista AgoraNão há momento melhor para adaptar essa essa HQ para o meio audiovisual do que os dias atuais, não só pela onipresença de super-heróis no cinema e na TV como também por conta da onipotência das corporações no nosso mundo globalizado, pois mais do que os super seres aqui as mega empresas com seus mêtodos de intimidação e manipulação são os grande vilões da história.
O movimento #MeToo se faz presente aqui, não só na sub-trama do assédio sexual sofrido pela Starlight como na censura disfarçada às cenas de nudez feminina, o que é estranho para um programa de classificação +18. Mesmo as cenas de violência, que são pesadas comparadas as de outras séries de super-heróis, parecem ser mais leves que as da HQ, até onde apurei.
Pode ser que as pessoas ainda não estejam preparadas para algo mais cru. Pode ser que elas queiram ser salvas pelos heróis. E desta vez não estou citando a obra de Garth Ennis, mas sim "Os Incríveis 2", que a seu modo também fazia uma crítica à necessidade de super seres. Que venha a segunda temporada.
Cobra Kai (2ª Temporada)
4.2 303 Assista AgoraO Cinema Snob diz que o pior para um filme/série ruim é citar uma obra melhor, pois lembra o espectador de que ele poderia estar vendo algo melhor. Os produtores de Cobra Kai parecem muito seguros da qualidade de sua obra, pois citam Game Of Thrones e Dr. Who sem medo nenhum(a julgar pelas críticas que a última temporada de GOT recebeu, não deve nada a essa aqui)
Assistindo bem depois de passado o hype, a gente percebe melhor as conveniências do roteiros e as forcações de barra, mas como avaliar negativamente uma temporada cujo "season finale"parece uma versão do último ato de "Desejo de Matar 3" só que usando punhos em vez de armas? Como dizer não ao fan service de trazer de volta os colegas de Cobra Kai de Johnny, incluindo seu mestre? Como dizer não ao remix naipe "Avengers theme" de "Cruel Summer"?
Sem contar que nesta temporada continua o conflito de gerações da temporada passada e se acirram as diferenças dentro de um mesmo grupo. Destaque pra dicotomia ex-nerd que ficou cusão (Hawk) x Nerd molenga e tagarela que vai aprendendo a lutar (Dimitri).
Destaque também pra Tory, personagem que veio tomar da Robin de "Stranger Things" o posto de personagem feminina mais cool da temporada (e era capaz de limpar o chão com ela). Só resta esperar pra ver quem voltará para a próxima temporada