Cerimônia sem graça, apresentadores se expondo ao ridículo, uma vergonha alheia absoluta. Cortaram um monte de premiação do ao vivo e mesmo assim a cerimônia foi gigante, inchada, maçante e inimiga do riso.
A meia estrela é por alguns emocionantes discursos e o segmento de homenagem a 007 e poderoso chefão. Mas até isso conseguiu ser estragado e apagado pelo climão do tapa do Will Smith no Chris Rock.
Enquanto alguns vencedores tiveram o microfone cortado, deixaram um cara que agrediu outro ficar 5 minutos falando besteiras egocêntricas sem parar, no que seja, talvez, o pior discurso das 94 edições da premiação, o que mostra um pouco do quão desesperados estão por audiência.
Tem sim uma coisa ou outra que não concordo com os vencedores, mas é normal, o problema é a pobreza das indicações mesmo, que vem se agravando desde que a direção da premiação decidiu ser mais ''pop''.
Chato, maçante, e três discursos e homenagens maravilhosos e emocionantes que serão esquecidos por segmentos musicais medíocres, apresentadores com piadas ruins, a previsibilidade dos vencedores, um filme da noite esquecível e lógico, pelo tapa.
A premiação foi legal, na minha opinião tiveram poucas escolhas erradas, desde os indicados aos vencedores, mas discutível, conhecendo as escolhas históricas da academia. Mas a cerimônia...
A montagem em comemoração dos 90 anos, terminando com a cena final de Casablanca foi linda, e só.
A ideia de permear a premiação com as músicas indicadas é legal, e parecia interessante. Teve muita desafinação, e apenas a penúltima delas salvou. As performances iam de medianas pra chatas.
O Jimmy Kimmel foi bem, com uma ou outra piada legal, mas muito no estilo ''piada de tiozão''. Muita coisa, perdoem-me falar assim, eu evito, mas não encontrei um termo melhor: Modinha. E não por detestar modinhas, não. Simplesmente perde a graça, não tem surpresa no humor, é o básico e o genérico. É o humor de correntes de facebook, uma das coisas mais saturadas no momento. Pode até ser o que o público gosta de ver, mas me trouxe aquele terrível sentido de vergonha alheia em alguns momentos.
Os apresentadores foram bons, mas nada surpreendente além do Mark Hammil fritado, o cara tá doido.
Quanto aos discursos políticos não vi nada demais. Nada que já não tenha ouvido outras vezes. Soa tão falso pra mim quanto os discursos de Miss pra salvar o planeta. É importante, mas o que vale é porque é sobre isso que estão falando. Inclusão, diversidade são características do cinema americano recente, e isso é facilmente percebido pra quem o acompanha.
Eram os problemas climáticos e representatividade negra. Neste foi a igualdade feminina. Minha aposta é que nos próximos será inclusão transgênero. Vai ser o assunto do momento e o Oscar sempre traz esses assuntos nos agradecimentos dos ganhadores, e isso tem sua importância, é inquestionável.
Ainda assim, nada de novo. Nada que leve o espectador a uma experiência verdadeira de celebração do cinema como arte.
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Oscar 2022 (94ª Cerimônia)
2.8 16Cerimônia sem graça, apresentadores se expondo ao ridículo, uma vergonha alheia absoluta. Cortaram um monte de premiação do ao vivo e mesmo assim a cerimônia foi gigante, inchada, maçante e inimiga do riso.
A meia estrela é por alguns emocionantes discursos e o segmento de homenagem a 007 e poderoso chefão. Mas até isso conseguiu ser estragado e apagado pelo climão do tapa do Will Smith no Chris Rock.
Enquanto alguns vencedores tiveram o microfone cortado, deixaram um cara que agrediu outro ficar 5 minutos falando besteiras egocêntricas sem parar, no que seja, talvez, o pior discurso das 94 edições da premiação, o que mostra um pouco do quão desesperados estão por audiência.
Tem sim uma coisa ou outra que não concordo com os vencedores, mas é normal, o problema é a pobreza das indicações mesmo, que vem se agravando desde que a direção da premiação decidiu ser mais ''pop''.
Chato, maçante, e três discursos e homenagens maravilhosos e emocionantes que serão esquecidos por segmentos musicais medíocres, apresentadores com piadas ruins, a previsibilidade dos vencedores, um filme da noite esquecível e lógico, pelo tapa.
Oscar 2018 (90ª Cerimônia)
3.3 8A premiação foi legal, na minha opinião tiveram poucas escolhas erradas, desde os indicados aos vencedores, mas discutível, conhecendo as escolhas históricas da academia. Mas a cerimônia...
A montagem em comemoração dos 90 anos, terminando com a cena final de Casablanca foi linda, e só.
A ideia de permear a premiação com as músicas indicadas é legal, e parecia interessante. Teve muita desafinação, e apenas a penúltima delas salvou. As performances iam de medianas pra chatas.
O Jimmy Kimmel foi bem, com uma ou outra piada legal, mas muito no estilo ''piada de tiozão''. Muita coisa, perdoem-me falar assim, eu evito, mas não encontrei um termo melhor: Modinha. E não por detestar modinhas, não. Simplesmente perde a graça, não tem surpresa no humor, é o básico e o genérico. É o humor de correntes de facebook, uma das coisas mais saturadas no momento. Pode até ser o que o público gosta de ver, mas me trouxe aquele terrível sentido de vergonha alheia em alguns momentos.
Os apresentadores foram bons, mas nada surpreendente além do Mark Hammil fritado, o cara tá doido.
Quanto aos discursos políticos não vi nada demais. Nada que já não tenha ouvido outras vezes. Soa tão falso pra mim quanto os discursos de Miss pra salvar o planeta. É importante, mas o que vale é porque é sobre isso que estão falando. Inclusão, diversidade são características do cinema americano recente, e isso é facilmente percebido pra quem o acompanha.
Eram os problemas climáticos e representatividade negra. Neste foi a igualdade feminina. Minha aposta é que nos próximos será inclusão transgênero. Vai ser o assunto do momento e o Oscar sempre traz esses assuntos nos agradecimentos dos ganhadores, e isso tem sua importância, é inquestionável.
Ainda assim, nada de novo. Nada que leve o espectador a uma experiência verdadeira de celebração do cinema como arte.