O gangsterismo de gueto, que foi trama subjacente na segunda temporada, ressurge aqui como assunto principal. Simon retoma o enfoque da primeira temporada com uma abordagem mais crítica, principalmente no que diz respeito ao envolvimento do tráfico com a política e ao fracasso da guerra às drogas, além, é claro, de seguir destacando a tensão inevitável entre a diligência, o bom policiamento, e as práticas carreiristas, a bajulação de poderosos para garantir ascensão hierárquica, a fraude estatística nos registros oficiais. Nota-se tbm uma atuação coordenada, uma dobradinha promíscua, entre promotoria e juiz fora dos autos.
Por esse motivo, é algo mais complexa, oportuna e essencialmente política do que a anterior. E contrasta com a relativa simplicidade e o suspense de apelo fácil daquela outra história. Mas, a bem da verdade, esta temporada só foi deslanchar mesmo a partir do oitavo episódio.
Ainda assim, eu prefiro a segunda temporada (talvez pela amplitude dos temas abordados: máfia, tensões raciais, caldeirão cultural, gangsterismo sindical, corrupção, terrorismo etc.)
Impressões do primeiro ep: Esses talk shows podem ser tudo - polemistas por natureza, sensacionalistas por audiência, exploradores da miséria humana etc. -, menos responsáveis pelo assassinato de Scott. John foi avisado pelos produtores sobre o quadro. Ele tinha a opção de não ir; mas foi mesmo assim. E o fez por espontânea vontade. Scott, estando ciente da derrogativa, deveria ter parado de insistir. As duas famílias são podres. Tentaram tirar proveito da situação e faturar em cima da cobertura midiática. O irmão do morto contratou um Trump alike para urubuzar gente inocente, manter viva a mixórdia do espetáculo e alterar o foco de suas intenções estultas. "Não havia como os produtores desse programa de TV possuírem qualquer dever legalmente reconhecido de proteger Scott contra atividades criminosas cometidas por um terceiro, seja Jonnathan ou qualquer outra pessoa. A court TV (e, por extensão, toda a mídia, acrescento eu) está fazendo isso pelo exato mesmo motivo que o grupo de produtores está sendo acusado de fazer para se beneficiar". Abraçado pelo "caçador de publicidade" pseudo-escrupuloso, o pai de Scott estabelece uma correlação absurda entre talks shows e assassinatos. Mas que desserviço. "Há muitas coisas que são moralmente e esteticamente ruins, mas que ainda são legais, porque seria pior se tentássemos torná-las ilegais. Todos os dias jornalistas buscam fontes sabendo que, de certa forma, vão traí-las pelo interesse público, para levar um material importante ao público. A baixaria na TV incomoda, mas incomodaria ainda mais se você perdesse a Primeira Emenda para se livrar dela".
Sem a culpabilização da vítima e o tratamento imponderado que a mídia dispensou ao talk show em sua cobertura, responsabilizando-o no lugar de Jonhatan, o assassino teria sido condenado a uma pena bem maior.
A segunda parte da temporada não é nada menos que brilhante. O penúltimo episódio é um primor em todos os sentidos: tensão bem arquitetada, cria boas expectativas para o desenlace, entrecorta frenesi com humor sardônico. Esquenta e esfria, sossega e desenquieta. Boa parte da temporada se dedica a desconstruir o personagem bonachão, simpático, embrutecido, tragicômico, venal, perdido e dissoluto que nós já tínhamos apreendido a amar. O mundo de Tony desmorona. O dilema de Dr. Melfi é o nosso dilema. Não há redenção possível para ele. Todos os personagens, cada um a sua maneira, exercem fascínio, têm carisma, levam uma vida desregrada, são movidos pelo ressentimento e competentes em matéria de cinismo e torpeza. E, ainda assim, encantadores.
Ah, os roteiristas... Humor etílico, malícia, sagacidade e inovação são parte incontornável do roteiro. Chase é genial. Tenho certeza de que ele mesmo não conseguiu elaborar um fim definitivo. Ele quis que cada um tivesse o seu. E os nossos finais podem mudar com tempo. Hj eu posso assistir ao último episódio e ter um impressão diferente do que teria se o assistisse novamente daqui a uns anos. Por ser tão brilhante, a série só comportaria um final aberto. Pode ter acontecido tudo, inclusive nada. E, independentemente de qual seja o seu final, existe algo que não escapa a nenhum deles: Tony não se safa por muito tempo.
Alejandro Chacoff escreveu um ensaio brilhante sobre a família Soprano para a Piauí.
Me atrevi a copiar alguns trechos:
"Essa autoconsciência metaficcional dos personagens ainda parece radical, quase vinte anos após a estreia do primeiro episódio (...). Mas a autoconsciência é só um aspecto da ambição formal da série. Ela também desbrava zonas temáticas que até então pareciam ser um monopólio da literatura americana da época: o vazio existencial no capitalismo tardio; a medicação e o abuso de entorpecentes como meio de enfrentar um cotidiano frenético e desprovido de sentido; a diluição da identidade cultural pela adoção e banalização de estereótipos étnicos.
(...)
Quando a série foi lançada, o comprometimento de Chase com o realismo social deixou claro quão irreais e higienizadas eram as séries dramáticas anteriores, com suas amizades interraciais e personagens que, mesmo mal-empregados, viviam em apartamentos caros em áreas nobres das metrópoles americanas.
(...)
Vinte anos após a sua estreia, a influência de Família Soprano é difícil de captar. Os momentos gratuitos de tédio romanesco, o anseio de retratar a realidade social sem pisar em ovos e o uso pungente da metaficção não parecem ocorrer nas séries seguintes. O ritmo lento, os episódios de autocontenção (muitos deles tratados como “contos”, tenuamente relacionados à trama central), a escassez de ganchos, a densidade dos personagens secundários tampouco parecem ter sido incorporados ao Zeitgeist televisivo. Pelo contrário. São justamente essas características as que parecem menos presentes nas séries atuais, em que o frenesi da produção se alia ao frenesi das tramas
A tentativa de fazer acontecer um romance entre Tony e a terapeuta, além de chatissíma, já se arrasta desde a primeira temporada. Pra quê insistir nisso?
A ideia de mostar um mafioso em sessões de terapia é genial, mas devo reconhecer que, depois de alguns episódios, o plot se esgotou. Nada mais pôde ser extraído dele. E os diálogos, principalmente as falas da Dr. Melfi, são entediantes, estéreis e pobres.
Ps: Christopher é outro que preenche a cota dos insuportáveis que ainda não tiveram o fim merecido.
Pior temporada, digo com propriedade. As outras girls foram secundarizadas, né? Marnie merecia um desenvolvimento melhor. A relação conturbada com a mãe, o ciclo vicioso com os caras, a premência de aprovação masculina, tudo isso parecia mais interessante do que o foco exaustivo e desestimulante em Hannah. Sinto que Marnie involuiu de uma temporada para outra. E o que dizer do crime que fazem com Sosh? Grande potencial desperdiçado. Desprezada e zombeteada por amigos e roteiristas.
Sosh carrega a temporada nas costas. Hannah, como sempre, fazendo as pessoas de gato-sapato. "Todo mundo tem que parar para Hannah quando Hannah precisa de apoio". E a recíproca não é verdadeira. Mesmo com alguns lampejos que ensaiam uma maturidade, Hannah continua "manipuladora, presunçosa, se achando mais do que é". Marnie desistiu de se ajustar e conferir atenção especial aos caras problemáticos com quem se envolve. Ela mudou por ela e para ela, não pelos outros. Ponto positivo. Ela deixou de ser o macaco que pula de galho em galho, numa tentativa desesperada de não olhar para si, talvez por medo do que poderia encontrar. Autodescoberta tardia, embora não menos fascinante. Marnie é uma canção de Chico Buarque.
Ray, você não foi designado síndico das pessoas. Pare de palpitar sobre o que não lhe diz respeito e vomitar regras para a vida alheia.
Ps2: Horrível terem colocado a Hannah saindo por cima numa situação em que Jessa e Adam não fizeram nada de errado. Disclaimer: o nome da série é girls, mas os caras roubam a cena muitas das vezes. Têm mais relevância para história do que elas, o que não deve ter sido intencional, mas foi o que aconteceu. Falha do roteiro? Talvez
Hannah continua uma chata de galocha. Uma criança mimada que acha que todos têm de estar integralmente disponíveis para servi-la quando e onde ela quiser.
A inesgotável ego trip de Lena. Vincent Gallo vs Lena, quem gosta mais de se pavonear com desfaçatez e atrevimento?
Todos os personagens são intratáveis, narcísicos, fleumáticos, abusivos, pedantes, afetados... Ainda assim, extremamente identificáveis.
Mas Hannah extrapola qualquer limite. A mais acaciana das personagens. Chiliquenta, autocentrada, egoísta, invasiva, exbicionista, arrogante, inquisidora, territorialista etc. Ela quer o mundo a seus pés. Ela precisa ser bajulada e paparicada constantemente. É a melodrama's queen. Faltou equilíbrio na construção da personagem.
E a cereja do bolo: vários Kennedys foram agraciados com cargos públicos. A mamocracia da presumida família Real americana não acaba nunca. Os Kennedy têm índole cabotina e padecem da síndrome de autossantificação. Fraude total.
Kennedy jr. II: A
Repórter: Esse cara conseguiria unir o País.
E lá vamos nós outra vez. Mais um sebastianismo político em gestação.
Sei lá, bicho, a forma como a imprensa, o judiciário, a polícia e os eleitores acobertam os Kennedy é diferente...
Que outro político conseguiria apagar da memória coletiva e fazer desaparecer dos escaninhos dos tribunais uma acusação de homicídio culposo e outra de omissão de socorro?
Nojo
Os repórteres normalizam e romantizam a pretensão dos Kennedy de se perpetuar no poder. Primeiro seria John, depois Bobby e, por último, Teddy, e então não haveria diferença entre os EUA e uma familiocracia totalitária do mundo oriental.
Não sei se é mais uma invenção narrativa dos hagiógrafos ou se os americanos realmente sentiam esse desejo, essa necessidade doentia de colocar mais um Kennedy no poder. Se for mesmo o caso, os americanos precisam urgentemente de interdição psiquiátrica.
Um Kennedy coça o nariz, e n tarda para que um bando de repórteres comece a especular sobre a presença dele na corrida à Casa Branca. Q doença.
"Quando vamos começar a punir criminosos de colarinho branco?", pergunta Teddy Kennedy em um de seus discursos no Senado. Poxa, eu me fiz a mesmíssima pergunta quando vi Sua Excelência escapar da prisão depois de cometer assassinato.
O clima do documentário é de exortação constante. Por isso mesmo é cansativo, nauseante e farsesco. Retratam Johnson como um picareta traidor, embebido na cobiça de usurpar o poder que legitimamente pertencia aos Kennedy (sim, os comentaristas dizem isso). Inacreditável. Como se não bastasse, dão publicidade a um diálogo fake nunca ocorrido entre Johnson e Jackie.
Nem bem o cadáver de John havia esfriado, lá estava a família Kennedy empenhada em fritar a imagem do vice (ou, na visão deles, apenas um adversário no pleito que se aproximava) e converter a comoção do público em votos e apoio político. Jackie rapidamente arranja uma entrevista para enganar os incautos. A família Kennedy controlou tudo o que foi publicado, de modo que a entrevista não passou de um ofício não-honroso do jornalismo chapa-branca... Só serviu para consagrar a versão que os Kennedy tinham sobre os acontecimentos. Pobre jornalismo republicano em tempos de reinado dos Kennedy
Mais de um entrevistado usou a expressão "recuperar a legitimidade da Casa Branca". "Bobby queria restaurar a legitimidade do poder". Jackie queria recuperar o lugar que pertencia aos Kennedy. Sim, os comentaristas são os doidivanas que tentam, a todo momento, reescrever a história e fazer triunfar a narrativa que mais convém aos Kennedy. Até a culpa pelo desembarque das tropas americanas no Vietnã tentam colocar no colo de Johnson.
O biógrafo da família ter coragem de dizer que Bobby se elegeu por conta própria (quando, na verdade, Bobby só faltou levar o cadáver do irmão para comícios e passeatas)... Sinceramente
Os Kennedy são os piores tipos de populistas. Uma farsa completa.
Episódio 4: Kennedy era um farrista que desonrava a família e indignava seus pares. Deu sorte de ser irmão de alguém que, diferentemente dele, não tinha comportamentos simiescos ou libido descontrolada, nem manifestava, quando em contato com outras mulheres, seu caráter selvático e indecoroso. Para nossa sorte, John era o boneco de ventríloquo de Bobby. O presidente era um mimado que passou a vida sendo tutelado pelo irmão, que, embora caçula, tinha o papel de ensinar ao integrante mais velho do clã a diferença entre o certo e o errado. Kennedy loteavam os cargos públicos com seus familiares. Nem mesmo Trump ousou colocar um parente como Procurador Geral da República.
O documentário da CNN é bom, apesar de enviesado. Os biógrafos entrevistados parecem mais hagiógrafos do que qualquer outra coisa. Eles tentam contornar tudo o que pareça minimamente negativo à imagem que os Kennedys tentaram difundir entre os cidadãos americanos. Um deles teve o desplante de dizer que Kennedy provou seu valor e sua devoção à família quando esteve presente no parto do terceiro filho, pouco importando se à época ele ainda mantivesse casos extraconjugais.
Até as tragédias pessoais podem ser usadas para obtenção de ganhos políticos e apoio popular. A espetacularização da morte fez triunfar uma narrativa favorável aos Kennedy, além de gerar comoção nacional. Os Kennedy foram produto de um marketing pesado e tinham um ambição desmedida e despudorada.
Foi tão premeditado que, 10 dias antes de o assassinato acontecer, ele (usando uma de suas contas falsas) escreveu sobre esse vídeo num blog, perguntando se alguém já tinha conseguido encontrá-lo na deep web, pedindo a descrição do que acontecia nele etc.etc. Para ilustrar o post, ele adicionou uma ft de si mesmo, em frente ao pôster do filme Casablanca, vestindo um casaco de capuz roxo e segurando um picador de gelo em uma das mãos (ou uma chave de fenda pintada para parecer um). O cara já estava atrás do buzz antes mesmo de cometer o assassinato. Ele promoveu o vídeo sem que o vídeo sequer existisse. Ele fingiu que o vídeo já estava em circulação antes de tê-lo filmado. "He was a master of self-promotion".
Ps: eu vi o print desse post no grupo do facebook que é mencionado no doc. John Green o publicou
Contém spoilers: Não há razão para os nerds se sentirem culpados. 1 semana depois de publicar o vídeo do vacuum kitten na internet, Luka já havia procurado um advogado para forjar seu álibi (o fictício Manny surgiria para explicar por que Luka cometeu atos de violência). De forma alguma ele fora estimulado pela relação de gato e rato que desenvolveu com o grupo. Ele já tinha tudo planejado: desde a recriação das cenas dos filmes até o uso da trilha sonora. Ps: Luka era tão obcecado pela história de Karla Homolka que decidiu bancar a vítima assim como ela havia feito no passado. A estratégia só funcionou para ela.
Ps2: Bizarro o blueprint que ele fez de instinto selvagem.
Se tivesse conseguido trabalho como ator, talvez o Luka assassino não existisse. Nos palcos, nas telonas ou no streaming, ele poderia dar vida às múltiplas e complexas personalidades que carregava dentro de si, além de receber a visibilidade que tanto almejava. Viver a vida de outras pessoas, imergir na história do personagem, se ausentar de sua vida pessoal, obter sucesso e alcançar o estrelato... Como disse De Niro, "atuar permite viver a vida de outras pessoas sem ter que pagar o preço”. A sociedade tampouco pagaria o preço se ele só tivesse interpretado um sádico na ficção.
A netflix sabe produz documentários criminais como ninguém. Pena que as produções ficcionais não tenham a mesma qualidade.
A série foi num crescendo: primeiro e segundo episódios medianos, terceiro e quarto bons, quinto, sexto e oitavo muito bons (o sétimo é razoável). Mas a season finale é fraca demais. Spoiler alert: Selaram o destino da Lady Trieu de forma insultante. Os racistas viraram uma caricatura de si mesmos. Manhattan conseguir teletransportar os "três mosqueteiros" foi um baita clichê e uma conveniência de roteiro. Veidt sendo preso?! Wtf? A Blake sabia o que ele estava fazendo, e não quis impedir. O homem mais inteligente da Terra, aliás, foi reduzido a um mané. Por que as lulas alienígenas dissolveram a pele da Lady Trieu, destruíram o relógio de 42 bilhões de dólares, mas não tiveram a mesma potência para estragar uma simples maleta que Angela usou como guarda-chuva? Looking Glass não teve utilidade depois do quinto episódio. "Estou pensando no que fazer". Sério?
Pergunta: Angela sabia quais eram os planos de Lady Trieu? Ela chega na convenção Ciclope revelando boa parte das intenções de Trieu, mas depois se mostra surpresa com o desenrolar dos acontecimentos, como se não fizesse a mínima ideia do que iria ocorrer.
Sim, Lucas era um mentiroso patológico à procura de reconhecimento, mas os policiais, os Rangers, a "farsa-tarefa" montada para arquivar casos ainda sem solução, não ficam por cima. Lucas foi induzido a confessar crimes que não cometera. E se beneficiou dos privilégios que advieram dessas confissões. Mas ele não tinha a obrigação de zelar pelo cumprimento da lei nem assegurar a efetivação da justiça; os demais envolvidos, sim. "Lucas foi produto de uma manipulação que prejudicou nossa polícia aqui em little rock e nossa sociedade", disse o promotor do caso que foi anulado a partir de um testemunho falso de Lucas. A confissão de Lucas libertou o filho do policial que tinha sido condenado por homicídio! Só isso! Fiquei positivamente surpresa em ver Bush arriscar seu capital político para fazer a coisa certa.
"Odeio esse homem [Lucas], mas odeio ainda mais as pessoas que o criaram [os Rangers, o FBI et caterva]". Perfeitamente
Perda de tempo. Cláudia Croitor resenhou superbem a segunda temporada para o g1. Caso alguém queira ler, basta googlar "'big little lies': a segunda temporada realmente não serviu para nada"
The Wire (3ª Temporada)
4.7 78O gangsterismo de gueto, que foi trama subjacente na segunda temporada, ressurge aqui como assunto principal. Simon retoma o enfoque da primeira temporada com uma abordagem mais crítica, principalmente no que diz respeito ao envolvimento do tráfico com a política e ao fracasso da guerra às drogas, além, é claro, de seguir destacando a tensão inevitável entre a diligência, o bom policiamento, e as práticas carreiristas, a bajulação de poderosos para garantir ascensão hierárquica, a fraude estatística nos registros oficiais.
Nota-se tbm uma atuação coordenada, uma dobradinha promíscua, entre promotoria e juiz fora dos autos.
Por esse motivo, é algo mais complexa, oportuna e essencialmente política do que a anterior. E contrasta com a relativa simplicidade e o suspense de apelo fácil daquela outra história.
Mas, a bem da verdade, esta temporada só foi deslanchar mesmo a partir do oitavo episódio.
Ainda assim, eu prefiro a segunda temporada (talvez pela amplitude dos temas abordados: máfia, tensões raciais, caldeirão cultural, gangsterismo sindical, corrupção, terrorismo etc.)
Condenados pela Mídia (1ª Temporada)
3.7 18Impressões do primeiro ep: Esses talk shows podem ser tudo - polemistas por natureza, sensacionalistas por audiência, exploradores da miséria humana etc. -, menos responsáveis pelo assassinato de Scott.
John foi avisado pelos produtores sobre o quadro. Ele tinha a opção de não ir; mas foi mesmo assim. E o fez por espontânea vontade. Scott, estando ciente da derrogativa, deveria ter parado de insistir. As duas famílias são podres. Tentaram tirar proveito da situação e faturar em cima da cobertura midiática. O irmão do morto contratou um Trump alike para urubuzar gente inocente, manter viva a mixórdia do espetáculo e alterar o foco de suas intenções estultas. "Não havia como os produtores desse programa de TV possuírem qualquer dever legalmente reconhecido de proteger Scott contra atividades criminosas cometidas por um terceiro, seja Jonnathan ou qualquer outra pessoa. A court TV (e, por extensão, toda a mídia, acrescento eu) está fazendo isso pelo exato mesmo motivo que o grupo de produtores está sendo acusado de fazer para se beneficiar". Abraçado pelo "caçador de publicidade" pseudo-escrupuloso, o pai de Scott estabelece uma correlação absurda entre talks shows e assassinatos. Mas que desserviço. "Há muitas coisas que são moralmente e esteticamente ruins, mas que ainda são legais, porque seria pior se tentássemos torná-las ilegais. Todos os dias jornalistas buscam fontes sabendo que, de certa forma, vão traí-las pelo interesse público, para levar um material importante ao público. A baixaria na TV incomoda, mas incomodaria ainda mais se você perdesse a Primeira Emenda para se livrar dela".
Sem a culpabilização da vítima e o tratamento imponderado que a mídia dispensou ao talk show em sua cobertura, responsabilizando-o no lugar de Jonhatan, o assassino teria sido condenado a uma pena bem maior.
Família Soprano (6ª Temporada)
4.7 308 Assista AgoraA segunda parte da temporada não é nada menos que brilhante. O penúltimo episódio é um primor em todos os sentidos: tensão bem arquitetada, cria boas expectativas para o desenlace, entrecorta frenesi com humor sardônico. Esquenta e esfria, sossega e desenquieta.
Boa parte da temporada se dedica a desconstruir o personagem bonachão, simpático, embrutecido, tragicômico, venal, perdido e dissoluto que nós já tínhamos apreendido a amar. O mundo de Tony desmorona. O dilema de Dr. Melfi é o nosso dilema. Não há redenção possível para ele. Todos os personagens, cada um a sua maneira, exercem fascínio, têm carisma, levam uma vida desregrada, são movidos pelo ressentimento e competentes em matéria de cinismo e torpeza. E, ainda assim, encantadores.
Ah, os roteiristas... Humor etílico, malícia, sagacidade e inovação são parte incontornável do roteiro.
Chase é genial. Tenho certeza de que ele mesmo não conseguiu elaborar um fim definitivo. Ele quis que cada um tivesse o seu. E os nossos finais podem mudar com tempo. Hj eu posso assistir ao último episódio e ter um impressão diferente do que teria se o assistisse novamente daqui a uns anos. Por ser tão brilhante, a série só comportaria um final aberto. Pode ter acontecido tudo, inclusive nada. E, independentemente de qual seja o seu final, existe algo que não escapa a nenhum deles: Tony não se safa por muito tempo.
Família Soprano (1ª Temporada)
4.5 259 Assista AgoraAlejandro Chacoff escreveu um ensaio brilhante sobre a família Soprano para a Piauí.
Me atrevi a copiar alguns trechos:
"Essa autoconsciência metaficcional dos personagens ainda parece radical, quase vinte anos após a estreia do primeiro episódio (...). Mas a autoconsciência é só um aspecto da ambição formal da série. Ela também desbrava zonas temáticas que até então pareciam ser um monopólio da literatura americana da época: o vazio existencial no capitalismo tardio; a medicação e o abuso de entorpecentes como meio de enfrentar um cotidiano frenético e desprovido de sentido; a diluição da identidade cultural pela adoção e banalização de estereótipos étnicos.
(...)
Quando a série foi lançada, o comprometimento de Chase com o realismo social deixou claro quão irreais e higienizadas eram as séries dramáticas anteriores, com suas amizades interraciais e personagens que, mesmo mal-empregados, viviam em apartamentos caros em áreas nobres das metrópoles americanas.
(...)
Vinte anos após a sua estreia, a influência de Família Soprano é difícil de captar. Os momentos gratuitos de tédio romanesco, o anseio de retratar a realidade social sem pisar em ovos e o uso pungente da metaficção não parecem ocorrer nas séries seguintes. O ritmo lento, os episódios de autocontenção (muitos deles tratados como “contos”, tenuamente relacionados à trama central), a escassez de ganchos, a densidade dos personagens secundários tampouco parecem ter sido incorporados ao Zeitgeist televisivo. Pelo contrário. São justamente essas características as que parecem menos presentes nas séries atuais, em que o frenesi da produção se alia ao frenesi das tramas
Família Soprano (5ª Temporada)
4.7 124A tentativa de fazer acontecer um romance entre Tony e a terapeuta, além de chatissíma, já se arrasta desde a primeira temporada. Pra quê insistir nisso?
A ideia de mostar um mafioso em sessões de terapia é genial, mas devo reconhecer que, depois de alguns episódios, o plot se esgotou. Nada mais pôde ser extraído dele. E os diálogos, principalmente as falas da Dr. Melfi, são entediantes, estéreis e pobres.
Ps: Christopher é outro que preenche a cota dos insuportáveis que ainda não tiveram o fim merecido.
Eu Terei Sumido na Escuridão
4.1 28Ansiosa!!
Girls (6ª Temporada)
4.1 151Pior temporada, digo com propriedade. As outras girls foram secundarizadas, né? Marnie merecia um desenvolvimento melhor. A relação conturbada com a mãe, o ciclo vicioso com os caras, a premência de aprovação masculina, tudo isso parecia mais interessante do que o foco exaustivo e desestimulante em Hannah. Sinto que Marnie involuiu de uma temporada para outra. E o que dizer do crime que fazem com Sosh? Grande potencial desperdiçado. Desprezada e zombeteada por amigos e roteiristas.
Girls (6ª Temporada)
4.1 151A perfeita descrição do jovem: "Eu não me importo com nada, mas opino sobre tudo, até sobre o que não sei".
Girls (5ª Temporada)
4.3 144 Assista AgoraSosh carrega a temporada nas costas. Hannah, como sempre, fazendo as pessoas de gato-sapato. "Todo mundo tem que parar para Hannah quando Hannah precisa de apoio". E a recíproca não é verdadeira. Mesmo com alguns lampejos que ensaiam uma maturidade, Hannah continua "manipuladora, presunçosa, se achando mais do que é". Marnie desistiu de se ajustar e conferir atenção especial aos caras problemáticos com quem se envolve. Ela mudou por ela e para ela, não pelos outros. Ponto positivo. Ela deixou de ser o macaco que pula de galho em galho, numa tentativa desesperada de não olhar para si, talvez por medo do que poderia encontrar. Autodescoberta tardia, embora não menos fascinante. Marnie é uma canção de Chico Buarque.
Ray, você não foi designado síndico das pessoas. Pare de palpitar sobre o que não lhe diz respeito e vomitar regras para a vida alheia.
Ps2: Horrível terem colocado a Hannah saindo por cima numa situação em que Jessa e Adam não fizeram nada de errado.
Disclaimer: o nome da série é girls, mas os caras roubam a cena muitas das vezes. Têm mais relevância para história do que elas, o que não deve ter sido intencional, mas foi o que aconteceu. Falha do roteiro? Talvez
Girls (4ª Temporada)
4.1 180Hannah continua uma chata de galocha. Uma criança mimada que acha que todos têm de estar integralmente disponíveis para servi-la quando e onde ela quiser.
Girls (2ª Temporada)
4.0 295A inesgotável ego trip de Lena. Vincent Gallo vs Lena, quem gosta mais de se pavonear com desfaçatez e atrevimento?
Todos os personagens são intratáveis, narcísicos, fleumáticos, abusivos, pedantes, afetados... Ainda assim, extremamente identificáveis.
Mas Hannah extrapola qualquer limite. A mais acaciana das personagens. Chiliquenta, autocentrada, egoísta, invasiva, exbicionista, arrogante, inquisidora, territorialista etc. Ela quer o mundo a seus pés. Ela precisa ser bajulada e paparicada constantemente. É a melodrama's queen. Faltou equilíbrio na construção da personagem.
Dinastias Americanas: Os Kennedys
3.6 5E a cereja do bolo: vários Kennedys foram agraciados com cargos públicos. A mamocracia da presumida família Real americana não acaba nunca.
Os Kennedy têm índole cabotina e padecem da síndrome de autossantificação. Fraude total.
Kennedy jr. II: A
Repórter: Esse cara conseguiria unir o País.
E lá vamos nós outra vez. Mais um sebastianismo político em gestação.
Dinastias Americanas: Os Kennedys
3.6 5Isso não é uma família, é uma máfia.
Sei lá, bicho, a forma como a imprensa, o judiciário, a polícia e os eleitores acobertam os Kennedy é diferente...
Que outro político conseguiria apagar da memória coletiva e fazer desaparecer dos escaninhos dos tribunais uma acusação de homicídio culposo e outra de omissão de socorro?
Nojo
Os repórteres normalizam e romantizam a pretensão dos Kennedy de se perpetuar no poder. Primeiro seria John, depois Bobby e, por último, Teddy, e então não haveria diferença entre os EUA e uma familiocracia totalitária do mundo oriental.
Não sei se é mais uma invenção narrativa dos hagiógrafos ou se os americanos realmente sentiam esse desejo, essa necessidade doentia de colocar mais um Kennedy no poder. Se for mesmo o caso, os americanos precisam urgentemente de interdição psiquiátrica.
Um Kennedy coça o nariz, e n tarda para que um bando de repórteres comece a especular sobre a presença dele na corrida à Casa Branca. Q doença.
"Quando vamos começar a punir criminosos de colarinho branco?", pergunta Teddy Kennedy em um de seus discursos no Senado. Poxa, eu me fiz a mesmíssima pergunta quando vi Sua Excelência escapar da prisão depois de cometer assassinato.
Dinastias Americanas: Os Kennedys
3.6 5Episódio 5:
Populismo rasteiro
O clima do documentário é de exortação constante. Por isso mesmo é cansativo, nauseante e farsesco.
Retratam Johnson como um picareta traidor, embebido na cobiça de usurpar o poder que legitimamente pertencia aos Kennedy (sim, os comentaristas dizem isso). Inacreditável. Como se não bastasse, dão publicidade a um diálogo fake nunca ocorrido entre Johnson e Jackie.
Nem bem o cadáver de John havia esfriado, lá estava a família Kennedy empenhada em fritar a imagem do vice (ou, na visão deles, apenas um adversário no pleito que se aproximava) e converter a comoção do público em votos e apoio político. Jackie rapidamente arranja uma entrevista para enganar os incautos. A família Kennedy controlou tudo o que foi publicado, de modo que a entrevista não passou de um ofício não-honroso do jornalismo chapa-branca... Só serviu para consagrar a versão que os Kennedy tinham sobre os acontecimentos. Pobre jornalismo republicano em tempos de reinado dos Kennedy
Mais de um entrevistado usou a expressão "recuperar a legitimidade da Casa Branca". "Bobby queria restaurar a legitimidade do poder". Jackie queria recuperar o lugar que pertencia aos Kennedy. Sim, os comentaristas são os doidivanas que tentam, a todo momento, reescrever a história e fazer triunfar a narrativa que mais convém aos Kennedy. Até a culpa pelo desembarque das tropas americanas no Vietnã tentam colocar no colo de Johnson.
O biógrafo da família ter coragem de dizer que Bobby se elegeu por conta própria (quando, na verdade, Bobby só faltou levar o cadáver do irmão para comícios e passeatas)... Sinceramente
Os Kennedy são os piores tipos de populistas. Uma farsa completa.
Dinastias Americanas: Os Kennedys
3.6 5Episódio 4: Kennedy era um farrista que desonrava a família e indignava seus pares. Deu sorte de ser irmão de alguém que, diferentemente dele, não tinha comportamentos simiescos ou libido descontrolada, nem manifestava, quando em contato com outras mulheres, seu caráter selvático e indecoroso. Para nossa sorte, John era o boneco de ventríloquo de Bobby. O presidente era um mimado que passou a vida sendo tutelado pelo irmão, que, embora caçula, tinha o papel de ensinar ao integrante mais velho do clã a diferença entre o certo e o errado. Kennedy loteavam os cargos públicos com seus familiares. Nem mesmo Trump ousou colocar um parente como Procurador Geral da República.
O documentário da CNN é bom, apesar de enviesado. Os biógrafos entrevistados parecem mais hagiógrafos do que qualquer outra coisa. Eles tentam contornar tudo o que pareça minimamente negativo à imagem que os Kennedys tentaram difundir entre os cidadãos americanos. Um deles teve o desplante de dizer que Kennedy provou seu valor e sua devoção à família quando esteve presente no parto do terceiro filho, pouco importando se à época ele ainda mantivesse casos extraconjugais.
Até as tragédias pessoais podem ser usadas para obtenção de ganhos políticos e apoio popular. A espetacularização da morte fez triunfar uma narrativa favorável aos Kennedy, além de gerar comoção nacional. Os Kennedy foram produto de um marketing pesado e tinham um ambição desmedida e despudorada.
Ps: ainda sobre a morte do terceiro filho
Don't F**k With Cats: Uma Caçada Online
4.2 326 Assista AgoraFoi tão premeditado que, 10 dias antes de o assassinato acontecer, ele (usando uma de suas contas falsas) escreveu sobre esse vídeo num blog, perguntando se alguém já tinha conseguido encontrá-lo na deep web, pedindo a descrição do que acontecia nele etc.etc. Para ilustrar o post, ele adicionou uma ft de si mesmo, em frente ao pôster do filme Casablanca, vestindo um casaco de capuz roxo e segurando um picador de gelo em uma das mãos (ou uma chave de fenda pintada para parecer um). O cara já estava atrás do buzz antes mesmo de cometer o assassinato. Ele promoveu o vídeo sem que o vídeo sequer existisse. Ele fingiu que o vídeo já estava em circulação antes de tê-lo filmado. "He was a master of self-promotion".
Ps: eu vi o print desse post no grupo do facebook que é mencionado no doc. John Green o publicou
Don't F**k With Cats: Uma Caçada Online
4.2 326 Assista AgoraContém spoilers:
Não há razão para os nerds se sentirem culpados. 1 semana depois de publicar o vídeo do vacuum kitten na internet, Luka já havia procurado um advogado para forjar seu álibi (o fictício Manny surgiria para explicar por que Luka cometeu atos de violência). De forma alguma ele fora estimulado pela relação de gato e rato que desenvolveu com o grupo. Ele já tinha tudo planejado: desde a recriação das cenas dos filmes até o uso da trilha sonora.
Ps: Luka era tão obcecado pela história de Karla Homolka que decidiu bancar a vítima assim como ela havia feito no passado. A estratégia só funcionou para ela.
Ps2: Bizarro o blueprint que ele fez de instinto selvagem.
Se tivesse conseguido trabalho como ator, talvez o Luka assassino não existisse. Nos palcos, nas telonas ou no streaming, ele poderia dar vida às múltiplas e complexas personalidades que carregava dentro de si, além de receber a visibilidade que tanto almejava. Viver a vida de outras pessoas, imergir na história do personagem, se ausentar de sua vida pessoal, obter sucesso e alcançar o estrelato... Como disse De Niro, "atuar permite viver a vida de outras pessoas sem ter que pagar o preço”. A sociedade tampouco pagaria o preço se ele só tivesse interpretado um sádico na ficção.
A netflix sabe produz documentários criminais como ninguém. Pena que as produções ficcionais não tenham a mesma qualidade.
American Horror Story: 1984 (9ª Temporada)
3.7 392 Assista AgoraBizarro como destruíram tudo no episódio final.
Disneyficação completada com sucesso.
Watchmen
4.4 562 Assista AgoraA série foi num crescendo: primeiro e segundo episódios medianos, terceiro e quarto bons, quinto, sexto e oitavo muito bons (o sétimo é razoável). Mas a season finale é fraca demais.
Spoiler alert:
Selaram o destino da Lady Trieu de forma insultante. Os racistas viraram uma caricatura de si mesmos. Manhattan conseguir teletransportar os "três mosqueteiros" foi um baita clichê e uma conveniência de roteiro.
Veidt sendo preso?! Wtf? A Blake sabia o que ele estava fazendo, e não quis impedir. O homem mais inteligente da Terra, aliás, foi reduzido a um mané.
Por que as lulas alienígenas dissolveram a pele da Lady Trieu, destruíram o relógio de 42 bilhões de dólares, mas não tiveram a mesma potência para estragar uma simples maleta que Angela usou como guarda-chuva?
Looking Glass não teve utilidade depois do quinto episódio. "Estou pensando no que fazer". Sério?
Pergunta: Angela sabia quais eram os planos de Lady Trieu? Ela chega na convenção Ciclope revelando boa parte das intenções de Trieu, mas depois se mostra surpresa com o desenrolar dos acontecimentos, como se não fizesse a mínima ideia do que iria ocorrer.
Por que Reeves traiu a Lady Trieu?
O Assassino Confesso
3.9 48 Assista Agora"Esta é uma história sobre a natureza humana. Sobre como vimos no Henry apenas o que queríamos ver. E talvez tenhamos perdido a verdade de vista"
O Assassino Confesso
3.9 48 Assista AgoraUau. Que minissérie incrível. Assistam!
Sim, Lucas era um mentiroso patológico à procura de reconhecimento, mas os policiais, os Rangers, a "farsa-tarefa" montada para arquivar casos ainda sem solução, não ficam por cima. Lucas foi induzido a confessar crimes que não cometera. E se beneficiou dos privilégios que advieram dessas confissões. Mas ele não tinha a obrigação de zelar pelo cumprimento da lei nem assegurar a efetivação da justiça; os demais envolvidos, sim.
"Lucas foi produto de uma manipulação que prejudicou nossa polícia aqui em little rock e nossa sociedade", disse o promotor do caso que foi anulado a partir de um testemunho falso de Lucas. A confissão de Lucas libertou o filho do policial que tinha sido condenado por homicídio! Só isso!
Fiquei positivamente surpresa em ver Bush arriscar seu capital político para fazer a coisa certa.
"Odeio esse homem [Lucas], mas odeio ainda mais as pessoas que o criaram [os Rangers, o FBI et caterva]". Perfeitamente
Big Little Lies (2ª Temporada)
4.2 480Perda de tempo. Cláudia Croitor resenhou superbem a segunda temporada para o g1. Caso alguém queira ler, basta googlar "'big little lies': a segunda temporada realmente não serviu para nada"
Years and Years
4.5 270UAU
Big Little Lies (2ª Temporada)
4.2 480começou bem