João Paulo Gabriel Gonçalves

Importante destacar que o filme se passa na perspectiva do personagem principal, Ray, justificando possíveis erros, levando em conta que, ele vê coisas que de fato não estão acontecendo, tudo para não suportar a dor de ter perdido Joanne e Peri. Os delírios justificam cenas como a da balconista do posto e do hospital, o cachecol, a "´propina" paga por um suposto órgão, etc.

É triste e angustiante, ao final do filme, perceber que Ray, sofria de transtornos e toda aquela busca, que justificaria o mata-leão, os tiros, explosões e encarceramento dos policias e psiquiatra, foi em vão, e que de fato, era tudo da cabeça dele. Não há nenhuma recompensa ao telespectador que sofre a angústia do personagem principal, sem saber de fato se havia um crime de sequestro ou se não passava de delírio de Ray, tendo ao final do filme, quando entre em seu carro para a fuga, um pequeno alívio, que vem em seguida de uma triste realidade.