Gente, esse filme é cheio de defeitos, mas amei??????? Injustiçado! Teria dado uma nota um pouco mais baixinha, mas fiquei tão enamorada que dei bônus hehe
Depois de assistir, eu li uma resenha que disse que esse filme veste alguns clichês do gênero como uma camiseta velha e confortável. Ou seja, a previsibilidade da trama não é um empecilho pro divertimento - faz parte da experiência. O filme é todo bem feitinho do começo até o fim e o que surpreende são os ótimos atores que nos entregam personagens menos romantizados, mais cômicos e muito interessantes. É o que uma comédia romântica clássica precisa ser em 2019.
Lupita Nyong'o é uma força da natureza e, nesse filme, podemos testemunhar sua versatilidade assustadora. A princípio, senti que o filme havia pecado em alguns aspectos, como a
agilidade dos doppelgangers da família Tyler em assassiná-la inteira, em contraste com a demora dos doppelgangers da família Wilson, que parecem mais querer jogar um jogo de tortura psicológico. Mas pensando melhor, isso pode ser justificado pela racionalidade maior da antagonista Red, que tem uma missão vingativa de natureza muito pessoal com sua versão duplicada.
O tom do filme, que oscila entre o terror e a comédia, desagradou muitos. Eu costumo gostar destes contrastes, apesar de perceber que, em certos momentos, isso indica que os personagens não estão tão aterrorizados quanto deveriam estar - o que, de vez em quando, destrói a tensão que foi tão bem construída. Mas nada que tenha atrapalhado minha experiência.
Sobre as possíveis alegorias e metáforas, deixo aqui minha principal interpretação:
Manter uma parcela inteira da população vivendo uma sobre-vida, é esperar sentado por uma caótica e violenta retaliação. Aqueles que vivem oprimidos, excluídos e maltratados não são diferentes de nós em nenhum aspecto, com exceção da circunstância em que eles se encontram. E, ao sustentar esse sistema divisório, que concentra e oferece todos os privilégios para um grupo e negligencia por completo um outro grupo, também se cria o risco de uma rebelião que não procura conquistar uma realidade onde tudo é compartilhado justamente, mas sim uma vingança que procura fazer um grupo trocar de lugar com o outro, uma substituição violenta. O filme não busca romantizar ou defender essa revanche, ele pretende alertar o espectador sobre as repercussões de sistemas agressivamente divisivos e injustos. Além de, claro, indicar a paranoia e medo do OUTRO, o supostamente diferente, que parece querer usurpar o seu lugar. Isso pode ser uma metáfora para imigrantes ou qualquer tipo de "outro" na sociedade.
Mesmo tendo entendido o filme desse jeito, também acho ele eficaz em sua camada mais básica de thriller de invasão domiciliar. A esquisitice dos acontecimentos deixa várias pulgas atrás da orelha, porém não senti nada fora do lugar ou por acidente. Jordan Peele pensou em todos os detalhes, até quando se trata de explicações omitidas ou ambíguas. Gostando ou não, foi tudo de propósito.
O desempenho do elenco é ótimo e a sensibilidade do filme é tocante, contudo achei o final anti-climático e o filme, em geral, poderia ter sido mais profundo.
Apesar dos inúmeros defeitos de roteiro e uma confusão de tom, que tenta conciliar a interpretação tragicômica novelesca com linguagem séria, realista e agressiva de filmes de guerra, a premissa do filme prevalece. O filme perde muito por inverossimilhança e elementos que sobram - um enredo mais simples já teria dado conta do recado, já que os personagens têm tudo a perder e são tão cativantes. Cenas mais lúdicas, poéticas e sutis carregam o filme, que volta e meia é arrastado para baixo por confusões que aparecem tarde demais e mudanças escalafobéticas de atmosfera. O coração da trama está na trupe de dança que, carismática e cativante, me interessou até o final. Jared Grimes traz sobriedade muito benéfica para o elenco e Doh Kyungsoo entrega, mais uma vez, um desempenho irrepreensível, claramente bem trabalhado, autêntico e sutil que evita que o filme afunde de vez.
Me divertiu tanto nessa madrugada e, por mais piegas que possa parecer para alguns, essa mensagem é tão importante e dada de forma tão sincera que os vários defeitos do filme não atrapalharam minha experiência.
Drama com comentário social enroupado de suspense moderno - boa premissa, boas ideias e bem executado o suficiente para entreter o espectador. Entretanto, poderia ter sido mais sagaz, mais misterioso e mais preocupado com o desenvolvimento psicológico dos personagens.
Filme extremamente perturbador, desconfortável de assistir, com um enredo que indica a presença de segredos terríveis que nunca são comentados com clareza - porém são tão latentes que conseguem ser percebidos, através de olhares, diálogos cheios de códigos e comportamentos bizarros. O tema é tão sensível, que o direção e o roteiro optaram por apostar na sutileza e na tensão. O espectador acompanha a trama através da perspectiva de Ryder, que está estranhando tudo aquilo como nós.
toda aquele embate entre estado azul vs. estado vermelho/liberais vs. conservadores/cosmopolitas vs. interioranos imbui uma discussão bem indigesta no filme: o garoto, gay e californiano, é tratado como um pervertido secular e mundano, por conta de suas vestes "espalhafatosas", sua canção com letra agressiva (e com uma pitada de homoeroticismo) e sua sensibilidade, enquanto descobre, aos poucos, que o patriarca da tal família tradicional americana, homem supostamente direito, é, muito provavelmente, um abusador de marca maior (muito assustador, diga-se de passagem). O filme também indica que Ryder pode ser filho biológico do próprio tio, já que sua mãe também fora, possivelmente, uma vítima de abuso sexual nas mãos do irmão. Na minha visão, a menina Molly provavelmente apenas menstruou no começo do filme e seu monstruoso pai não permitiu que Cindy, sua irmã, a examinasse e encontrasse algum indício de seus crimes. Durante a cena do rio, uma das mais grotescas, descobrimos que a pobre Molly tem um "namorado", que é a mais "bonita entre as irmãs" (provavelmente palavras usadas pelo próprio pai) e, ao que tudo indica, tenta replicar suas experiências inadequadas e terríveis com seu primo, que pouco entende a situação no momento e sente-se, como os espectadores, muito incomodado com aquela interação.
Li em algumas resenhas que a questão gay não foi exatamente abordada, mas sinto que ela permeia o filme todo da maneira mais amena possível: o filme coloca em cheque a noção preconceituosa e equivocada de que a presença de uma pessoa gay seja um sinal da deterioração da família tradicional, vista como imaculada, intocada e pacífica (onde todos sorriem e fingem que nada está acontecendo). Sendo que o coitado do menino está, na verdade, rodeado por uma família tradicional extremamente doentia, falsa e infeliz.
Nicolas Prattes está muito bem no papel e a direção do filme é bonita e cuidadosa. O roteiro, entretanto, é repleto de diálogos bobinhos e pretensiosos - mais um caso de diretor que não é roteirista, mas quer ser. Parte do elenco coadjuvante é competente e outra parte é bem fraquinha. Em geral: não achei ruim, nem muito difícil de compreender como foi advertido. É um passo na direção certa para o suspense brasileiro. Tiraria elementos, colocaria outras coisas e, em geral, limparia muito os diálogos. Também achei a dublagem bem capenga (deu pra perceber que algumas cenas estavam dubladas e parecia mais a voz de Deus vindo do além do que o ator falando mesmo). Porém o filme ganha pelo enredo instigante, o protagonista carismático e uma estética bem atraente.
Muito, muito bom. A direção de Paul Dano é extremamente empática e expõe a perspectiva do filho de forma muito precisa: ele sofre, sente raiva, dó e ressentimento pelos pais, porém não para de amá-los e tentar entendê-los. Paul Dano, através de sua direção (e seu bom roteiro, escrito em parceria com a Zoe) demonstra empatia e afeto pelos personagens, que estão tão frágeis e expostos.
A tivesse escolhido ficar na vida de Alexander ou continuar trocando e ainda namorar Rhiannon, para mim, o personagem ficaria muito antagonizado. Eu não conseguiria torcer por um casal em que uma das partes não pensa nas circunstâncias dificílimas deste romance. Já achei um tanto suspeita a proximidade rápida demais dos dois, mas em geral, A sempre conseguiu provar, eventualmente, que tinha bússola moral e que seu amor era altruísta. Quando pensava que A ia terminar com Justin no lugar de Rhiannon, A me surpreendeu e fez a coisa certa, por exemplo, ao deixar esta escolha para a própria Rhiannon. Seria inconsistente com a virtude do personagem insistir naquele relacionamento.
E isso não atrapalhou a mensagem sobre o amor que transcende a forma física.
De resto, achei que algumas interpretações poderiam ser melhores e o roteiro é um bocado superficial. É um filme fofo, legal para passar o tempo. Contudo, com a premissa que tem, poderia ter sido uma obra muito mais cativante, profunda e instigante.
O filme valoriza o silêncio dos personagens, que estão desesperados por uma catarse. Margaret abandonara seu filho quando ainda bebê. O garoto, já um jovem adulto, desaparece. O ex-marido de Margaret e pai do menino não consegue controlar seus impulsos emotivos e rodeia a vida solitária de Margaret como um encosto. Enquanto isso, a mulher decide cuidar de um jovem sem-teto que, longe da mãe e da família, também procura um acalento materno, apesar de frequentemente rejeitar a estabilidade de um lar e cair na delinquência. A relação dos dois é recheada de desejos oprimidos - sejam eles fraternais ou carnais. Os atores são muito competentes, o enredo é angustiante e a direção evita o melodrama que poderia, neste filme, ter enfraquecido os personagens. Entretanto, algumas tomadas lentas demais cansam e o filme às vezes exagera ao reiterar demais o tema da maternidade em certas cenas desnecessárias. Adicionalmente, um sub-enredo minúsculo e mal desenvolvido é concluído de maneira agressiva, contudo ambíguo demais. Aliás, precisa consertar essa sinopse: não há real incesto em momento algum do filme.
Achei que ia amar, mas fiquei decepcionada. Ainda estou animada para assistir os outros filmes do Yorgos Lanthimos, porém neste, em especial, ele forçou a mão em estilo e deixou pouca substância. Senti que o filme estava mais preocupado em retratar apatia supostamente chocante do que entregar um enredo cativante. Particularmente, não gosto de não dar a mínima para os personagens. Em dado momento, parei de me importar com eles. Se eles iam sofrer ou triunfar? Não me importava. E sentia que não importava para o diretor também. Sei que muitos discordam e o filme tem seus méritos. Só que a premissa me pareceu mais interessante do que a execução.
Extra! Extra!
3.5 34 Assista AgoraGente, esse filme é cheio de defeitos, mas amei??????? Injustiçado! Teria dado uma nota um pouco mais baixinha, mas fiquei tão enamorada que dei bônus hehe
Brinquedo Assassino
2.7 612 Assista AgoraDivertido.
Convidado Vitalício
3.4 58 Assista AgoraDepois de assistir, eu li uma resenha que disse que esse filme veste alguns clichês do gênero como uma camiseta velha e confortável. Ou seja, a previsibilidade da trama não é um empecilho pro divertimento - faz parte da experiência. O filme é todo bem feitinho do começo até o fim e o que surpreende são os ótimos atores que nos entregam personagens menos romantizados, mais cômicos e muito interessantes. É o que uma comédia romântica clássica precisa ser em 2019.
Sing: Quem Canta Seus Males Espanta
3.8 569Af muito lindinho
O Criado
4.1 55A atuação de Dick Bogarde é uma AULA.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraLupita Nyong'o é uma força da natureza e, nesse filme, podemos testemunhar sua versatilidade assustadora. A princípio, senti que o filme havia pecado em alguns aspectos, como a
agilidade dos doppelgangers da família Tyler em assassiná-la inteira, em contraste com a demora dos doppelgangers da família Wilson, que parecem mais querer jogar um jogo de tortura psicológico. Mas pensando melhor, isso pode ser justificado pela racionalidade maior da antagonista Red, que tem uma missão vingativa de natureza muito pessoal com sua versão duplicada.
O tom do filme, que oscila entre o terror e a comédia, desagradou muitos. Eu costumo gostar destes contrastes, apesar de perceber que, em certos momentos, isso indica que os personagens não estão tão aterrorizados quanto deveriam estar - o que, de vez em quando, destrói a tensão que foi tão bem construída. Mas nada que tenha atrapalhado minha experiência.
Sobre as possíveis alegorias e metáforas, deixo aqui minha principal interpretação:
Manter uma parcela inteira da população vivendo uma sobre-vida, é esperar sentado por uma caótica e violenta retaliação. Aqueles que vivem oprimidos, excluídos e maltratados não são diferentes de nós em nenhum aspecto, com exceção da circunstância em que eles se encontram. E, ao sustentar esse sistema divisório, que concentra e oferece todos os privilégios para um grupo e negligencia por completo um outro grupo, também se cria o risco de uma rebelião que não procura conquistar uma realidade onde tudo é compartilhado justamente, mas sim uma vingança que procura fazer um grupo trocar de lugar com o outro, uma substituição violenta. O filme não busca romantizar ou defender essa revanche, ele pretende alertar o espectador sobre as repercussões de sistemas agressivamente divisivos e injustos. Além de, claro, indicar a paranoia e medo do OUTRO, o supostamente diferente, que parece querer usurpar o seu lugar. Isso pode ser uma metáfora para imigrantes ou qualquer tipo de "outro" na sociedade.
Mesmo tendo entendido o filme desse jeito, também acho ele eficaz em sua camada mais básica de thriller de invasão domiciliar. A esquisitice dos acontecimentos deixa várias pulgas atrás da orelha, porém não senti nada fora do lugar ou por acidente. Jordan Peele pensou em todos os detalhes, até quando se trata de explicações omitidas ou ambíguas. Gostando ou não, foi tudo de propósito.
A Inventora: À Procura de Sangue no Vale do Silício
3.8 37 Assista AgoraPassada!
Boy Erased: Uma Verdade Anulada
3.6 402 Assista AgoraO desempenho do elenco é ótimo e a sensibilidade do filme é tocante, contudo achei o final anti-climático e o filme, em geral, poderia ter sido mais profundo.
Swing Kids
4.2 30 Assista AgoraApesar dos inúmeros defeitos de roteiro e uma confusão de tom, que tenta conciliar a interpretação tragicômica novelesca com linguagem séria, realista e agressiva de filmes de guerra, a premissa do filme prevalece. O filme perde muito por inverossimilhança e elementos que sobram - um enredo mais simples já teria dado conta do recado, já que os personagens têm tudo a perder e são tão cativantes. Cenas mais lúdicas, poéticas e sutis carregam o filme, que volta e meia é arrastado para baixo por confusões que aparecem tarde demais e mudanças escalafobéticas de atmosfera. O coração da trama está na trupe de dança que, carismática e cativante, me interessou até o final. Jared Grimes traz sobriedade muito benéfica para o elenco e Doh Kyungsoo entrega, mais uma vez, um desempenho irrepreensível, claramente bem trabalhado, autêntico e sutil que evita que o filme afunde de vez.
Homem-Aranha: No Aranhaverso
4.4 1,5K Assista AgoraQue. Filme.
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraFilme tão potente em sua mensagem que teve gente que veio fazer conta no Filmow só pra falar mal do filme e dizer que branco sofre racismo
Sexy Por Acidente
3.2 311 Assista AgoraMe divertiu tanto nessa madrugada e, por mais piegas que possa parecer para alguns, essa mensagem é tão importante e dada de forma tão sincera que os vários defeitos do filme não atrapalharam minha experiência.
O Bom Vizinho
3.3 154 Assista AgoraDrama com comentário social enroupado de suspense moderno - boa premissa, boas ideias e bem executado o suficiente para entreter o espectador. Entretanto, poderia ter sido mais sagaz, mais misterioso e mais preocupado com o desenvolvimento psicológico dos personagens.
Take Me to the River
3.3 46 Assista AgoraFilme extremamente perturbador, desconfortável de assistir, com um enredo que indica a presença de segredos terríveis que nunca são comentados com clareza - porém são tão latentes que conseguem ser percebidos, através de olhares, diálogos cheios de códigos e comportamentos bizarros. O tema é tão sensível, que o direção e o roteiro optaram por apostar na sutileza e na tensão. O espectador acompanha a trama através da perspectiva de Ryder, que está estranhando tudo aquilo como nós.
No final das contas,
toda aquele embate entre estado azul vs. estado vermelho/liberais vs. conservadores/cosmopolitas vs. interioranos imbui uma discussão bem indigesta no filme: o garoto, gay e californiano, é tratado como um pervertido secular e mundano, por conta de suas vestes "espalhafatosas", sua canção com letra agressiva (e com uma pitada de homoeroticismo) e sua sensibilidade, enquanto descobre, aos poucos, que o patriarca da tal família tradicional americana, homem supostamente direito, é, muito provavelmente, um abusador de marca maior (muito assustador, diga-se de passagem). O filme também indica que Ryder pode ser filho biológico do próprio tio, já que sua mãe também fora, possivelmente, uma vítima de abuso sexual nas mãos do irmão. Na minha visão, a menina Molly provavelmente apenas menstruou no começo do filme e seu monstruoso pai não permitiu que Cindy, sua irmã, a examinasse e encontrasse algum indício de seus crimes. Durante a cena do rio, uma das mais grotescas, descobrimos que a pobre Molly tem um "namorado", que é a mais "bonita entre as irmãs" (provavelmente palavras usadas pelo próprio pai) e, ao que tudo indica, tenta replicar suas experiências inadequadas e terríveis com seu primo, que pouco entende a situação no momento e sente-se, como os espectadores, muito incomodado com aquela interação.
Li em algumas resenhas que a questão gay não foi exatamente abordada, mas sinto que ela permeia o filme todo da maneira mais amena possível: o filme coloca em cheque a noção preconceituosa e equivocada de que a presença de uma pessoa gay seja um sinal da deterioração da família tradicional, vista como imaculada, intocada e pacífica (onde todos sorriem e fingem que nada está acontecendo). Sendo que o coitado do menino está, na verdade, rodeado por uma família tradicional extremamente doentia, falsa e infeliz.
O Segredo de Davi
3.0 163 Assista AgoraNicolas Prattes está muito bem no papel e a direção do filme é bonita e cuidadosa. O roteiro, entretanto, é repleto de diálogos bobinhos e pretensiosos - mais um caso de diretor que não é roteirista, mas quer ser. Parte do elenco coadjuvante é competente e outra parte é bem fraquinha. Em geral: não achei ruim, nem muito difícil de compreender como foi advertido. É um passo na direção certa para o suspense brasileiro. Tiraria elementos, colocaria outras coisas e, em geral, limparia muito os diálogos. Também achei a dublagem bem capenga (deu pra perceber que algumas cenas estavam dubladas e parecia mais a voz de Deus vindo do além do que o ator falando mesmo). Porém o filme ganha pelo enredo instigante, o protagonista carismático e uma estética bem atraente.
Paraíso Perdido
3.8 266um ponto pelas músicas, meio ponto pelas roupas
de resto? atuações sofríveis e roteiro enroladíssimo
que desperdício de ideias boas
Vida Selvagem
3.4 156 Assista AgoraMuito, muito bom. A direção de Paul Dano é extremamente empática e expõe a perspectiva do filho de forma muito precisa: ele sofre, sente raiva, dó e ressentimento pelos pais, porém não para de amá-los e tentar entendê-los. Paul Dano, através de sua direção (e seu bom roteiro, escrito em parceria com a Zoe) demonstra empatia e afeto pelos personagens, que estão tão frágeis e expostos.
Trishna
3.3 16Retrato explícito e horrível do abuso de poder.
A Barraca do Beijo
2.9 928 Assista AgoraEu amo clichê adolescente, porém que filmezinho preguiçoso, hein?
Alex Strangelove - O Amor Pode Ser Confuso
3.2 365 Assista AgoraNão merecemos a Claire.
Todo Dia
3.4 426 Assista AgoraAo contrário de muitos, achei o final bom. Se
A tivesse escolhido ficar na vida de Alexander ou continuar trocando e ainda namorar Rhiannon, para mim, o personagem ficaria muito antagonizado. Eu não conseguiria torcer por um casal em que uma das partes não pensa nas circunstâncias dificílimas deste romance. Já achei um tanto suspeita a proximidade rápida demais dos dois, mas em geral, A sempre conseguiu provar, eventualmente, que tinha bússola moral e que seu amor era altruísta. Quando pensava que A ia terminar com Justin no lugar de Rhiannon, A me surpreendeu e fez a coisa certa, por exemplo, ao deixar esta escolha para a própria Rhiannon. Seria inconsistente com a virtude do personagem insistir naquele relacionamento.
De resto, achei que algumas interpretações poderiam ser melhores e o roteiro é um bocado superficial. É um filme fofo, legal para passar o tempo. Contudo, com a premissa que tem, poderia ter sido uma obra muito mais cativante, profunda e instigante.
Mammal
3.1 6O filme valoriza o silêncio dos personagens, que estão desesperados por uma catarse. Margaret abandonara seu filho quando ainda bebê. O garoto, já um jovem adulto, desaparece. O ex-marido de Margaret e pai do menino não consegue controlar seus impulsos emotivos e rodeia a vida solitária de Margaret como um encosto. Enquanto isso, a mulher decide cuidar de um jovem sem-teto que, longe da mãe e da família, também procura um acalento materno, apesar de frequentemente rejeitar a estabilidade de um lar e cair na delinquência. A relação dos dois é recheada de desejos oprimidos - sejam eles fraternais ou carnais. Os atores são muito competentes, o enredo é angustiante e a direção evita o melodrama que poderia, neste filme, ter enfraquecido os personagens. Entretanto, algumas tomadas lentas demais cansam e o filme às vezes exagera ao reiterar demais o tema da maternidade em certas cenas desnecessárias. Adicionalmente, um sub-enredo minúsculo e mal desenvolvido é concluído de maneira agressiva, contudo ambíguo demais. Aliás, precisa consertar essa sinopse: não há real incesto em momento algum do filme.
Dente Canino
3.8 1,2KAchei que ia amar, mas fiquei decepcionada. Ainda estou animada para assistir os outros filmes do Yorgos Lanthimos, porém neste, em especial, ele forçou a mão em estilo e deixou pouca substância. Senti que o filme estava mais preocupado em retratar apatia supostamente chocante do que entregar um enredo cativante. Particularmente, não gosto de não dar a mínima para os personagens. Em dado momento, parei de me importar com eles. Se eles iam sofrer ou triunfar? Não me importava. E sentia que não importava para o diretor também. Sei que muitos discordam e o filme tem seus méritos. Só que a premissa me pareceu mais interessante do que a execução.
A Forma da Água
3.9 2,7KTo chorando