em termos biográficos, o filme cumpre seu papel apresentando a figura do Marighella de uma forma bem lúcida. porém, não aprofunda nenhum debate sobre comunismo, revolução e, tampouco, sobre a ditadura.
o filme colabora na construção de imagens superficiais sobre esses temas, estabelecendo uma relação rasa com cada um deles. e digo mais: ele é quase alegórico tratando dessas questões. exemplo: a tortura é centrada unicamente no personagem do Bruno Gagliasso; a tortura não estava nas mãos de poucos. era todo um sistema que corroborava para que ela pudesse ser realizada. o filme não expõe como a engrenagem operava, nesse ponto, acho o filme um desserviço, visto que somos o país da América Latina que não processou, não culpou e não elaborou nada depois da ditadura. e, se pensarmos nos dias atuais, esse precipício é ainda maior: não só tem gente que duvida que torturas foram realizadas nessa época, como também pessoas que defendem a ideia de que não houve uma ditadura. é preciso aprofundar debates, sempre.
não sei se o filme faz o "trabalho de casa" que realmente deveria fazer.
Dizer se gostou ou não do filme não é suficiente e não se aplica nesse caso, porque experiências não devem ser medidas ou comparadas. E nem devemos tentar enchê-las de sentido. O filme é uma provocação. Que funciona. PRA CARALHO. Cerca de dez pessoas saíram da sala de cinema onde eu estava (detalhe: deveria ter umas trinta pessoas, aproximadamente, ou seja, um terço das pessoas desistiu do filme). Godard atinge um certo grau de provocação em que você percebe que todo mundo, ou, pelo menos, um terço de uma sala de cinema, é dependente de uma linguagem coerente e que seja facilmente digerida, toda redondinha e cheia de sentidos. Aceitar algo complexo é difícil. Quem vai pro cinema pra pensar e se deixar ser afetado por um monte de imagens desconexas sem querer julgar a porra toda? Cinema é lazer, entretenimento. É linguagem. Quando não é tão simples assim, não agrada. Exercitar o cérebro dói, né?
Achei uma experiência incrível. Quando num filme um cachorro vai ser mais interessante do que um casal? O ser irracional, que não fala, que não tem questões existencialistas, é o que mais se comunica, ao meu ver. Isso é um inversão SURREAL de valores. E isso é genial. Desafia o cinema e a sua finalidade.
A proposta de deixar o filme mais adulto em termos de atmosfera, construções de cenas e personagens, mas o uso infantiloide de uma narração de "Era uma vez..". Desnecessário.
Apesar de não ter sido muito fiel ao livro, não pude deixar de ficar um tanto emocionada e nostálgica. Lembrei de coisas que eu imaginei quando li o romance há um tempinho atrás, no colégio, meio que obrigada pela professora de Literatura. O irônico é que, depois de "O Mundo de Sofia", fiquei fascinada pelo Jostein Gaarder e li quase todos os seus livros. Quanto ao filme, acho que a Filosofia perdeu um pouco do enfoque. Nossa, eu aprendi tanto no livro! Mas reconheço a dificuldade de condensar uma obra como esta. Enfim. Meu deu saudades dos livros do Gaarder, num geral.
O diretor conseguiu passar perfeitamente a sensação de estranheza e de não pertencimento àquele manicômio que Camille sentia. Incrível como ele transporta o espectador para a clausura daquele lugar. E em como não há fuga nenhuma, nem para Claudel, nem para os próprios espectadores. E quanto a atuação da Binoche: sem palavras.
Marighella
3.9 1,1K Assista Agoraem termos biográficos, o filme cumpre seu papel apresentando a figura do Marighella de uma forma bem lúcida.
porém, não aprofunda nenhum debate sobre comunismo, revolução e, tampouco, sobre a ditadura.
o filme colabora na construção de imagens superficiais sobre esses temas, estabelecendo uma relação rasa com cada um deles. e digo mais: ele é quase alegórico tratando dessas questões. exemplo: a tortura é centrada unicamente no personagem do Bruno Gagliasso; a tortura não estava nas mãos de poucos. era todo um sistema que corroborava para que ela pudesse ser realizada. o filme não expõe como a engrenagem operava, nesse ponto, acho o filme um desserviço, visto que somos o país da América Latina que não processou, não culpou e não elaborou nada depois da ditadura. e, se pensarmos nos dias atuais, esse precipício é ainda maior: não só tem gente que duvida que torturas foram realizadas nessa época, como também pessoas que defendem a ideia de que não houve uma ditadura. é preciso aprofundar debates, sempre.
não sei se o filme faz o "trabalho de casa" que realmente deveria fazer.
Arranha-Céu: Coragem Sem Limite
3.1 459 Assista Agorameu pai adorou.
O Céu da Meia-Noite
2.7 510péssimo.
se eu pudesse dar um outro nome para esse filme seria:
[/spoiler]
Delírios de um pai ausente
[spoiler]
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista Agoraa ideia/execução é maravilhosa.
mas o roteiro não é lá grande coisa, né, mores?
Adeus à Linguagem
3.5 118 Assista AgoraDizer se gostou ou não do filme não é suficiente e não se aplica nesse caso, porque experiências não devem ser medidas ou comparadas. E nem devemos tentar enchê-las de sentido. O filme é uma provocação. Que funciona. PRA CARALHO. Cerca de dez pessoas saíram da sala de cinema onde eu estava (detalhe: deveria ter umas trinta pessoas, aproximadamente, ou seja, um terço das pessoas desistiu do filme). Godard atinge um certo grau de provocação em que você percebe que todo mundo, ou, pelo menos, um terço de uma sala de cinema, é dependente de uma linguagem coerente e que seja facilmente digerida, toda redondinha e cheia de sentidos. Aceitar algo complexo é difícil. Quem vai pro cinema pra pensar e se deixar ser afetado por um monte de imagens desconexas sem querer julgar a porra toda? Cinema é lazer, entretenimento. É linguagem. Quando não é tão simples assim, não agrada. Exercitar o cérebro dói, né?
Achei uma experiência incrível. Quando num filme um cachorro vai ser mais interessante do que um casal? O ser irracional, que não fala, que não tem questões existencialistas, é o que mais se comunica, ao meu ver. Isso é um inversão SURREAL de valores. E isso é genial. Desafia o cinema e a sua finalidade.
Cut
3.8 12Metalinguagem estranguladora! Chocada.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraA proposta de deixar o filme mais adulto em termos de atmosfera, construções de cenas e personagens, mas o uso infantiloide de uma narração de "Era uma vez..". Desnecessário.
Oldboy: Dias de Vingança
2.8 828 Assista AgoraProduções norte-americanas, MAIS UMA VEZ, insistindo num remake desprezível.
A Espuma dos Dias
3.7 479 Assista AgoraInspirado no universo dos Teletubbies.
A Caixa
2.5 2,0KNão confiar em pessoas que foram acertadas por raios e não apertar botões em troca de dinheiro. Ok, vou lembrar disso.
O Mundo de Sofia
3.5 211Apesar de não ter sido muito fiel ao livro, não pude deixar de ficar um tanto emocionada e nostálgica. Lembrei de coisas que eu imaginei quando li o romance
há um tempinho atrás, no colégio, meio que obrigada pela professora de Literatura. O irônico é que, depois de "O Mundo de Sofia", fiquei fascinada pelo Jostein Gaarder e li quase todos os seus livros. Quanto ao filme, acho que a Filosofia perdeu um pouco do enfoque. Nossa, eu aprendi tanto no livro! Mas reconheço a dificuldade de condensar uma obra como esta. Enfim. Meu deu saudades dos livros do Gaarder, num geral.
Zelig
4.2 355GENIAL. Sem mais.
Elas
3.2 162Existem atrizes. E existe Juliette.
Millennium III: A Rainha do Castelo de Ar
4.1 474EU QUERO SER A LISBETH.
Mama
3.0 2,8K Assista AgoraRi muito.
P.s: Acho a Mama tem problema de frizz capilar.
Camille Claudel, 1915
3.7 144O diretor conseguiu passar perfeitamente a sensação de estranheza e de não pertencimento àquele manicômio que Camille sentia. Incrível como ele transporta o espectador para a clausura daquele lugar. E em como não há fuga nenhuma, nem para Claudel, nem para os próprios espectadores. E quanto a atuação da Binoche: sem palavras.
Paraísos Artificiais
3.2 1,8K Assista Agora"Malhação" na rave.
Cujo
3.3 439 Assista Agora"That's him! That's him! That's Cujo! That's Cujo!" Rachel Green.
Quanto Mais Quente Melhor
4.3 853 Assista AgoraPromovendo o casamento gay em 1959! Que bonito. :)
Horas de Medo
2.9 217Tô chocada. Cacete. Que merda de filme.
Acompanhados
3.0 68 Assista AgoraSou uma pessoa que assiste todo tipo de filme até o final, mas não CONSEGUI prestar em nada depois da Mila + Zoey.
Se Eu Fosse Você 2
3.0 907Nem a minha vó gostou!
É realmente uma pena que o filme seja considerado "obra-prima" da comédia brasileira.
Triste, muito triste...