Quando o final mata toda a série. Nem parece que eu a assisti. Já apaguei da memória. A guinada do penúltimo episódio e o aborto do series finale acabaram por destruir a série, nem a sua proposta ela consegue cumprir no final. E pensávamos que dedo de produtor e roteiro preguiçoso em uma série não poderiam ter um resultado igual, ou até mesmo pior do que Lost, MAS...
Sinto que Fargo tenta ser mais do que é. Não entenda mal, a temporada tem lá seus méritos, como a contextualização do seu período histórico e a construção de suas personagens - menos a de Hanzee, é claro -, mas o desejo do criador e dos roteiristas de elevar a série ao patamar da 1º temporada de True Detective, é o seu maior defeito - entre tantos outros. Eles tentam de tudo para elevar o nível, tanto recitando poemas e passagens bíblicas quanto diálogos mais profundos entre as personagens. Chegam até a apelar citando Camus aleatoriamente e, por fim - vejam só -, acabam interpretando o seu pensamento ERRADO - olá, irmãos Wachomski! - ao afirmar que este defende o suicídio como saída viável ao absurdo. Ridículo. No final, Fargo é apenas um bang bang cômico e pseudo filosófico, mas, devo admitir, muito divertido.
Uma temporada acima da média de fato, mas infelizmente as escolhas do roteiro se transformam facilmente em erros que acabam prejudicando o desenvolvimento da história - chegando até a irritar o telespectador de tão banais. No fim das contas o que salva a temporada são os atores e suas personagens marcantes.
Para mim, o Justiceiro é de longe o “super-herói” mais interessante dentro do caldeirão de personagens cheios de super poderes e habilidades especiais dos quadrinhos. Portanto, quando anunciaram a participação do Justiceiro na segunda temporada de Demolidor, eu fiquei super empolgado! Após assistir à temporada e constatar que o seu auge foi o arco que envolvia a personagem, sabia que a série solo sairia. Enfim veríamos detalhadamente a trajetória de Frank Castle ao voltar da guerra, sua dinâmica com a esposa e os filhos, o trágico assassinato, a construção de sua vingança – e claro, muito sangue! Mas – sempre tem um “mas” para estragar as coisas - não foi isso que aconteceu...
Sim, o sangue está lá, baldes e baldes derramados com vigor. Mas a violência não é capaz de salvar a temporada sozinha, maculada pelo direcionamento que a equipe criativa escolheu. Sinto que esta temporada funcionaria muito melhor como a segunda, já que a primeira deveria trabalhar e resolver questões sobre a família Castle. Espero que não haja essa inversão e que a segunda tente consertar tal erro.
Talvez, além da violência, outros pontos fortes que devem ser ressaltados são: a ilustração do que o transtorno de estresse pós-traumático e os horrores da guerra são capazes de fazer com a mente humana; e a discussão em torno do Justiceiro ser ou não um terrorista, se a justiça pelas próprias mãos é justificável ou não, etc.
Faça agora aqui comigo um trabalho mental. Imagine se a temporada tomasse um rumo diferente e logo nos primeiros episódios mostrasse Frank Castle já como civil tendo de lidar com problemas herdados da guerra, como o transtorno de estresse pós-traumático, os horrores da guerra, ser um estranho para os próprios filhos, se reaproximar da esposa, etc. Tais episódios serviriam, tanto para humanizar a personagem - confrontando-a com o seu lado animalesco, brutal e obscuro -, quanto para apresentar sua família e aproximá-la do público.
Somente convivendo com a família Castle seria possível conhecer cada um de seus membros e entender a dinâmica entre eles. Através deste conhecimento, cada um poderia construir paralelos com suas próprias vivências. Tais paralelos criariam laços que nos fariam importar cada vez mais com as personagens. Com o decorrer do tempo, este sentimento amadureceria e se tornaria querer bem. Deste momento em diante, o caminho não teria mais volta.
Assim, quando chegasse a hora do assassinato, o sentimento pelas personagens seria tamanho que nós - além de torcermos inutilmente contra inevitável - nos identificaríamos emocionalmente com a personagem principal, chegando até a nos confundirmos com ela. A família, portanto, deveria ser a ponte entre o Justiceiro e o público. É somente vestindo o colete de caveira que é possível se identificar e justificar a tamanha violência aplicada pelo Justiceiro para se vingar da morte das pessoas que ele mais amava e que eram o seu sentido da vida.
Infelizmente, os criadores decidiram por tentar desenvolver a personagem - e falharam miseravelmente - por meio de OUTRO núcleo familiar. Sim, isso mesmo... Como não há desenvolvimento da família Caslte, ou melhor, da que realmente importa, nada faz com que o espectador se importe com tais personagens, afinal, nem chegamos a conhecê-las! Passamos a temporada inteirinha sem saber nada, absolutamente NADA sobre os Castle e, conseqüentemente, sem darmos a mínima para a morte deles.
Este é o problema CENTRAL da temporada! Afinal, foi por causa do assassinato dessas personagens, que deveriam ser centrais, mas que nem aparecem na trama, que Frank Castle se tornou o Justiceiro!
Era crucial nos fazer gostar tanto dessas personagens que, ao presenciar a sua perda, ficaríamos putos e sedentos por vingança, emulando assim os sentimentos da personagem principal. E também era de extrema importância, bombardear os episódios seguintes com flashbacks vívidos e emocionantes, impedindo o público de sair do estado de luto - de novo – emulando o desespero da personagem!
Nem vou entrar em detalhes sobre os erros grotescos do roteiro, como o interrogatório, no segundo episódio, o pega-pega à la John Wick, no quarto episódio, o tiro de sniper, no sétimo episódio, entre outros.
MAS ainda falta falar sobre outro problema bastante grave na adaptação da personagem:
O pano de fundo por trás da obra do Justiceiro fala sobre traumas, dificuldade de lidar com perdas, de não conseguir sair do estado de luto - mas também de não querer sair de jeito nenhum -, de não conseguir ou de não querer seguir em frente e até mesmo de desejar estar morto.
O que nos leva ao final do penúltimo episódio quando o Justiceiro está quase morto e a esposa dele (é a esposa dele mesmo, certo?! XD) diz que ele precisa escolher e que poderia voltar para casa – ou seja, morrer - ele solta a mão dela e - PASMEM - afirma já estar em casa... Sim, eu sei o que passou pela sua cabeça porque passou pela minha também: “AH, VAI SE FODER! Tomara que quem escreveu isso morra com câncer na gengiva!”.
Não, amiguinhos, ele não está em casa! O lar dele não é matar eternamente porcos na imundice de NY - por mais que ele goste muito disso -, ter romancezinho com a carente e problemática Karen Page, brincar de casinha com a mulher e os filhos do Micro (ridículo), ou ir com o que sobrou do seu pelotão em reuniões de veteranos. O histórico da personagem deixa mais do que claro que o lar dele é ao lado da esposa e dos filhos! O que faz do suicídio a única redenção da personagem.
A atuação monstruosa de Noah Schnapp, a metade final do último episódio, e claro, a Eleven - e seus cachinhos fofos! - salvaram essa temporada de um roteiro AMADOR, inconsistente e cheio de buracos. No final, a relação entre as personagens é o que salva a série, assim como em Lost.
Assistir à segunda parte desta temporada foi impossível. O núcleo dos filhos de Ragnar, já no primeiro episódio, se mostra desastroso! E aquele Ivar? Não dá para acreditar que aquele ator fará a personagem principal das próximas temporadas, Ele se arrastando, com olhar de bull's eye, fazendo caras e bocas de Coringa todo traumatizado... Ridículo! Vikings acabou para mim.
Desde a 5º temporada venho falando que GoT virou novelinha mexicana e a galera chiava. Esta temporada provou mais uma vez tal afirmação, pois, fanfic é bom? Bom pra caralho! Mas a qualidade técnica...
Um bolo deliciosamente recheado de grandes referências a clássicos como The Thing, The Fly, The Andromeda Strain, The Conversation, John Carpenter, Lovecraft, Edgar Allan Poe, The Yellow King, Tolkien, Narnia, Dungeons & Dragons, Close Enconteurs Of Third Kind, ET, Jaws, Goonies, Firestarter, Explorers, A Nightmare On Elm Street, Evil Dead, Rear Window, Alien - ufa! - e até mesmo de filmes mais recentes como Minority Report, Pan's Labyrinth e Under The Skin, para citar alguns. Entretanto, o grande homenageado da série é inegavelmente o MESTRE Stephen King. São tantas referências que o coração de fã não aguenta! *.*
É ótimo quando a adaptação consegue superar o livro. O roteiro escrito a seis mãos é redondinho - até o último episódio -, respeita a narrativa original, faz alterações necessárias e compõe ótimas personagens. A construção de Sira é um exemplo disso. Os roteiristas descartam as crepusculices contidas no livro e enfatizam a mulher forte que ela é. A fotografia de Juan Molina, a direção de arte da dupla Luis Vallés e Bina Daigeler e a maravilhosa trilha sonora de César Benito - influenciado por Martin Phipps - formam a tríade perfeita para a belíssima ambientação da série. O elenco também é bastante competente. Destaque para Hannah New que constrói Rosalinda Fox seguindo a risca o material original - é tão bom vê-la alternando os idiomas com naturalidade durante uma conversa. Infelizmente, queria poder parar por aqui, mas, assim como The Honorable Woman, a segunda metade do último episódio - veja só, na reta final - é um desastre! Assisti a série inteira batendo palmas para a preocupação dos diretores e roteiristas com os pequenos detalhes. Mas, como diria o ditado: "quanto maior a subida, maior a queda" ou "quanto mais perto de casa, maior atenção aos ovos". Os erros grotescos abaixo conseguiram estragar a série, mas não o seu resultado final.
- Uma reunião de agentes ingleses dentro de instalações inglesas falada totalmente em espanhol? Por favor, isso não é Hollywood. - Hillgarth guardando na gaveta da sua escrivaninha um filme com informações valiosíssimas que tem o poder desestabilizar o inimigo, mudar completamente o cenário da guerra e o destino da Europa? - E outra, como era impossível ler o seu conteúdo ou fazer cópia sem o equipamento apropriado, ele deveria ter enviado imediatamente o filme para os seus superiores assim que pôs as mãos nele. - Marcus Logan entrando de boa na sala de Hillgarth e pegando o filme na maior moleza? Português é burro mesmo, Da Silva poderia ter feito isso pessoalmente. - Da Silva, um homem de negócios, tendo a vantagem sobre a situação, não soube constranger Marcus, apontando a arma para Sira e não para ele, para que lhe entregasse o filme? - E mesmo Marcus entregando o original e intacto, poderiam recorrer ao serviço de inteligência britânico para recuperá-lo de Da Silva, faria mais sentido. - Ou, ainda, o serviço britânico poderia coordenar outra tentativa de trocar Sira pelo filme e resgatar este depois.
Tudo vai bem até o 9º episódio. O elenco é consistente, o vilão convence - graças a David Tennant e não ao roteiro - e a ambientação está em harmonia com a do Demolidor. Mas o roteiro é bastante falho. Os diálogos mal desenvolvidos e as piadas sem graça incomodam bastante. O clima é pesado demais, é tanta tensão que o humor chega a insultar. Do 10º episódio para o final, o roteiro desanda de vez e a enrolação toma conta. A série deveria ter acabado ali... Ah, mas é necessário agradar o público médio, não é mesmo? Aquele que está acostumado com séries de 25 episódios e uma trama que poderia ser desenvolvida em apenas 10 ou em até menos. E nada melhor que uma reviravolta desnecessária e mais água no feijão para descer ao nível da mediocridade e nivelar por baixo. Jessica Jones é sim uma série acima da média, mas não chega aos pés de Demolidor que nem os seus diálogos expositivos conseguiram estragar.
Esqueça o existencialismo, a simbologia, a temática obscura, as personagens interessantes e complexas, grandes interpretações e uma história com a qual você realmente se importa e substitua por um vilão monocromático e inofensivo (interpretado por Chandler Bing), um roteiro desinteressante, raso e escrito as pressas, anti-heróis que você não dá a mínima e assim teremos um noir recheado de clichês que seria transmitido pela Globo no SuperCine. Nem vou comentar sobre aquele tiroteio no quarto episódio... Enfim, uma ofensa ao neo-noir cinema. Fico imaginando esta mesma história nas mãos de David Fincher, Coen Brothers, Ben Affleck, Quentin Tarantino, só para citar alguns.
Através do depoimento do estranho vazio no retiro espiritual, Don percebe que não é um perdedor - apesar de todos os seus defeitos e de sua crise existencial. No final, durante a última meditação, o Mad Man aceita a si mesmo - repare que ele diz "home" ao invés do mantra, referindo-se a McCain - e tem uma revelação: o novo comercial da Coca-Cola! Final perfeito, sem redenção!
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KQuando o final mata toda a série. Nem parece que eu a assisti. Já apaguei da memória. A guinada do penúltimo episódio e o aborto do series finale acabaram por destruir a série, nem a sua proposta ela consegue cumprir no final. E pensávamos que dedo de produtor e roteiro preguiçoso em uma série não poderiam ter um resultado igual, ou até mesmo pior do que Lost, MAS...
Fargo (3ª Temporada)
4.1 209Duas estrelas, uma pela Ramona Flowers e outra pelo The Planet Wyh
Fargo (2ª Temporada)
4.4 337Sinto que Fargo tenta ser mais do que é. Não entenda mal, a temporada tem lá seus méritos, como a contextualização do seu período histórico e a construção de suas personagens - menos a de Hanzee, é claro -, mas o desejo do criador e dos roteiristas de elevar a série ao patamar da 1º temporada de True Detective, é o seu maior defeito - entre tantos outros. Eles tentam de tudo para elevar o nível, tanto recitando poemas e passagens bíblicas quanto diálogos mais profundos entre as personagens. Chegam até a apelar citando Camus aleatoriamente e, por fim - vejam só -, acabam interpretando o seu pensamento ERRADO - olá, irmãos Wachomski! - ao afirmar que este defende o suicídio como saída viável ao absurdo. Ridículo. No final, Fargo é apenas um bang bang cômico e pseudo filosófico, mas, devo admitir, muito divertido.
Fargo (1ª Temporada)
4.5 511Uma temporada acima da média de fato, mas infelizmente as escolhas do roteiro se transformam facilmente em erros que acabam prejudicando o desenvolvimento da história - chegando até a irritar o telespectador de tão banais. No fim das contas o que salva a temporada são os atores e suas personagens marcantes.
O Justiceiro (1ª Temporada)
4.2 569Para mim, o Justiceiro é de longe o “super-herói” mais interessante dentro do caldeirão de personagens cheios de super poderes e habilidades especiais dos quadrinhos. Portanto, quando anunciaram a participação do Justiceiro na segunda temporada de Demolidor, eu fiquei super empolgado! Após assistir à temporada e constatar que o seu auge foi o arco que envolvia a personagem, sabia que a série solo sairia. Enfim veríamos detalhadamente a trajetória de Frank Castle ao voltar da guerra, sua dinâmica com a esposa e os filhos, o trágico assassinato, a construção de sua vingança – e claro, muito sangue! Mas – sempre tem um “mas” para estragar as coisas - não foi isso que aconteceu...
Sim, o sangue está lá, baldes e baldes derramados com vigor. Mas a violência não é capaz de salvar a temporada sozinha, maculada pelo direcionamento que a equipe criativa escolheu. Sinto que esta temporada funcionaria muito melhor como a segunda, já que a primeira deveria trabalhar e resolver questões sobre a família Castle. Espero que não haja essa inversão e que a segunda tente consertar tal erro.
Talvez, além da violência, outros pontos fortes que devem ser ressaltados são: a ilustração do que o transtorno de estresse pós-traumático e os horrores da guerra são capazes de fazer com a mente humana; e a discussão em torno do Justiceiro ser ou não um terrorista, se a justiça pelas próprias mãos é justificável ou não, etc.
Faça agora aqui comigo um trabalho mental. Imagine se a temporada tomasse um rumo diferente e logo nos primeiros episódios mostrasse Frank Castle já como civil tendo de lidar com problemas herdados da guerra, como o transtorno de estresse pós-traumático, os horrores da guerra, ser um estranho para os próprios filhos, se reaproximar da esposa, etc. Tais episódios serviriam, tanto para humanizar a personagem - confrontando-a com o seu lado animalesco, brutal e obscuro -, quanto para apresentar sua família e aproximá-la do público.
Somente convivendo com a família Castle seria possível conhecer cada um de seus membros e entender a dinâmica entre eles. Através deste conhecimento, cada um poderia construir paralelos com suas próprias vivências. Tais paralelos criariam laços que nos fariam importar cada vez mais com as personagens. Com o decorrer do tempo, este sentimento amadureceria e se tornaria querer bem. Deste momento em diante, o caminho não teria mais volta.
Assim, quando chegasse a hora do assassinato, o sentimento pelas personagens seria tamanho que nós - além de torcermos inutilmente contra inevitável - nos identificaríamos emocionalmente com a personagem principal, chegando até a nos confundirmos com ela. A família, portanto, deveria ser a ponte entre o Justiceiro e o público. É somente vestindo o colete de caveira que é possível se identificar e justificar a tamanha violência aplicada pelo Justiceiro para se vingar da morte das pessoas que ele mais amava e que eram o seu sentido da vida.
Infelizmente, os criadores decidiram por tentar desenvolver a personagem - e falharam miseravelmente - por meio de OUTRO núcleo familiar. Sim, isso mesmo... Como não há desenvolvimento da família Caslte, ou melhor, da que realmente importa, nada faz com que o espectador se importe com tais personagens, afinal, nem chegamos a conhecê-las! Passamos a temporada inteirinha sem saber nada, absolutamente NADA sobre os Castle e, conseqüentemente, sem darmos a mínima para a morte deles.
Este é o problema CENTRAL da temporada! Afinal, foi por causa do assassinato dessas personagens, que deveriam ser centrais, mas que nem aparecem na trama, que Frank Castle se tornou o Justiceiro!
Era crucial nos fazer gostar tanto dessas personagens que, ao presenciar a sua perda, ficaríamos putos e sedentos por vingança, emulando assim os sentimentos da personagem principal. E também era de extrema importância, bombardear os episódios seguintes com flashbacks vívidos e emocionantes, impedindo o público de sair do estado de luto - de novo – emulando o desespero da personagem!
Nem vou entrar em detalhes sobre os erros grotescos do roteiro, como o interrogatório, no segundo episódio, o pega-pega à la John Wick, no quarto episódio, o tiro de sniper, no sétimo episódio, entre outros.
MAS ainda falta falar sobre outro problema bastante grave na adaptação da personagem:
O pano de fundo por trás da obra do Justiceiro fala sobre traumas, dificuldade de lidar com perdas, de não conseguir sair do estado de luto - mas também de não querer sair de jeito nenhum -, de não conseguir ou de não querer seguir em frente e até mesmo de desejar estar morto.
O que nos leva ao final do penúltimo episódio quando o Justiceiro está quase morto e a esposa dele (é a esposa dele mesmo, certo?! XD) diz que ele precisa escolher e que poderia voltar para casa – ou seja, morrer - ele solta a mão dela e - PASMEM - afirma já estar em casa... Sim, eu sei o que passou pela sua cabeça porque passou pela minha também: “AH, VAI SE FODER! Tomara que quem escreveu isso morra com câncer na gengiva!”.
Não, amiguinhos, ele não está em casa! O lar dele não é matar eternamente porcos na imundice de NY - por mais que ele goste muito disso -, ter romancezinho com a carente e problemática Karen Page, brincar de casinha com a mulher e os filhos do Micro (ridículo), ou ir com o que sobrou do seu pelotão em reuniões de veteranos. O histórico da personagem deixa mais do que claro que o lar dele é ao lado da esposa e dos filhos! O que faz do suicídio a única redenção da personagem.
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KA atuação monstruosa de Noah Schnapp, a metade final do último episódio, e claro, a Eleven - e seus cachinhos fofos! - salvaram essa temporada de um roteiro AMADOR, inconsistente e cheio de buracos. No final, a relação entre as personagens é o que salva a série, assim como em Lost.
Vikings (4ª Temporada)
4.4 529 Assista AgoraAssistir à segunda parte desta temporada foi impossível. O núcleo dos filhos de Ragnar, já no primeiro episódio, se mostra desastroso! E aquele Ivar? Não dá para acreditar que aquele ator fará a personagem principal das próximas temporadas, Ele se arrastando, com olhar de bull's eye, fazendo caras e bocas de Coringa todo traumatizado... Ridículo! Vikings acabou para mim.
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraDesde a 5º temporada venho falando que GoT virou novelinha mexicana e a galera chiava. Esta temporada provou mais uma vez tal afirmação, pois, fanfic é bom? Bom pra caralho! Mas a qualidade técnica...
Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraUm bolo deliciosamente recheado de grandes referências a clássicos como The Thing, The Fly, The Andromeda Strain, The Conversation, John Carpenter, Lovecraft, Edgar Allan Poe, The Yellow King, Tolkien, Narnia, Dungeons & Dragons, Close Enconteurs Of Third Kind, ET, Jaws, Goonies, Firestarter, Explorers, A Nightmare On Elm Street, Evil Dead, Rear Window, Alien - ufa! - e até mesmo de filmes mais recentes como Minority Report, Pan's Labyrinth e Under The Skin, para citar alguns. Entretanto, o grande homenageado da série é inegavelmente o MESTRE Stephen King. São tantas referências que o coração de fã não aguenta! *.*
Better Call Saul (2ª Temporada)
4.3 358 Assista AgoraVince Gilligan elevou o nível e está cada vez mais próximo do patamar de Mad Men
O Tempo Entre Costuras
4.3 55 Assista AgoraÉ ótimo quando a adaptação consegue superar o livro. O roteiro escrito a seis mãos é redondinho - até o último episódio -, respeita a narrativa original, faz alterações necessárias e compõe ótimas personagens. A construção de Sira é um exemplo disso. Os roteiristas descartam as crepusculices contidas no livro e enfatizam a mulher forte que ela é. A fotografia de Juan Molina, a direção de arte da dupla Luis Vallés e Bina Daigeler e a maravilhosa trilha sonora de César Benito - influenciado por Martin Phipps - formam a tríade perfeita para a belíssima ambientação da série. O elenco também é bastante competente. Destaque para Hannah New que constrói Rosalinda Fox seguindo a risca o material original - é tão bom vê-la alternando os idiomas com naturalidade durante uma conversa. Infelizmente, queria poder parar por aqui, mas, assim como The Honorable Woman, a segunda metade do último episódio - veja só, na reta final - é um desastre! Assisti a série inteira batendo palmas para a preocupação dos diretores e roteiristas com os pequenos detalhes. Mas, como diria o ditado: "quanto maior a subida, maior a queda" ou "quanto mais perto de casa, maior atenção aos ovos". Os erros grotescos abaixo conseguiram estragar a série, mas não o seu resultado final.
- Uma reunião de agentes ingleses dentro de instalações inglesas falada totalmente em espanhol? Por favor, isso não é Hollywood.
- Hillgarth guardando na gaveta da sua escrivaninha um filme com informações valiosíssimas que tem o poder desestabilizar o inimigo, mudar completamente o cenário da guerra e o destino da Europa?
- E outra, como era impossível ler o seu conteúdo ou fazer cópia sem o equipamento apropriado, ele deveria ter enviado imediatamente o filme para os seus superiores assim que pôs as mãos nele.
- Marcus Logan entrando de boa na sala de Hillgarth e pegando o filme na maior moleza? Português é burro mesmo, Da Silva poderia ter feito isso pessoalmente.
- Da Silva, um homem de negócios, tendo a vantagem sobre a situação, não soube constranger Marcus, apontando a arma para Sira e não para ele, para que lhe entregasse o filme?
- E mesmo Marcus entregando o original e intacto, poderiam recorrer ao serviço de inteligência britânico para recuperá-lo de Da Silva, faria mais sentido.
- Ou, ainda, o serviço britânico poderia coordenar outra tentativa de trocar Sira pelo filme e resgatar este depois.
Jessica Jones (1ª Temporada)
4.1 1,1K Assista AgoraTudo vai bem até o 9º episódio. O elenco é consistente, o vilão convence - graças a David Tennant e não ao roteiro - e a ambientação está em harmonia com a do Demolidor. Mas o roteiro é bastante falho. Os diálogos mal desenvolvidos e as piadas sem graça incomodam bastante. O clima é pesado demais, é tanta tensão que o humor chega a insultar. Do 10º episódio para o final, o roteiro desanda de vez e a enrolação toma conta. A série deveria ter acabado ali... Ah, mas é necessário agradar o público médio, não é mesmo? Aquele que está acostumado com séries de 25 episódios e uma trama que poderia ser desenvolvida em apenas 10 ou em até menos. E nada melhor que uma reviravolta desnecessária e mais água no feijão para descer ao nível da mediocridade e nivelar por baixo. Jessica Jones é sim uma série acima da média, mas não chega aos pés de Demolidor que nem os seus diálogos expositivos conseguiram estragar.
House of Cards (2ª Temporada)
4.6 497Cansado de roteiros que ofendem a minha inteligência
True Detective (2ª Temporada)
3.6 773Esqueça o existencialismo, a simbologia, a temática obscura, as personagens interessantes e complexas, grandes interpretações e uma história com a qual você realmente se importa e substitua por um vilão monocromático e inofensivo (interpretado por Chandler Bing), um roteiro desinteressante, raso e escrito as pressas, anti-heróis que você não dá a mínima e assim teremos um noir recheado de clichês que seria transmitido pela Globo no SuperCine. Nem vou comentar sobre aquele tiroteio no quarto episódio... Enfim, uma ofensa ao neo-noir cinema. Fico imaginando esta mesma história nas mãos de David Fincher, Coen Brothers, Ben Affleck, Quentin Tarantino, só para citar alguns.
Lost (6ª Temporada)
3.9 998 Assista AgoraA ilha é a representação da Torre em outro mundo - os fortes entenderão.
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista AgoraE eu achava impossível uma série me emocionar tanto ou ainda mais que Lost...
Mad Men (7ª Temporada)
4.6 387 Assista Agora"There is more in life than work"
Através do depoimento do estranho vazio no retiro espiritual, Don percebe que não é um perdedor - apesar de todos os seus defeitos e de sua crise existencial. No final, durante a última meditação, o Mad Man aceita a si mesmo - repare que ele diz "home" ao invés do mantra, referindo-se a McCain - e tem uma revelação: o novo comercial da Coca-Cola! Final perfeito, sem redenção!
The Honourable Woman (1ª Temporada)
4.3 30 Assista AgoraFui até o penúltimo episódio babando - com exceção de alguns diálogos expositivos. Mas sempre tem aquela reviravolta mirabolante e desnecessária, né?