Eu sempre brisei em como seria se eu pudesse voltar no tempo e matar no berço os meus maiores ídolos e lançar as músicas deles como se fossem minhas, os roteiristas desse filme roubaram minha ideia e irão pagar por isso!
Uma boa adaptação de Stephen King, uma má sequência de Kubrick. O filme ganharia com uns 40% de diálogo a menos. Tudo é tão explicado quanto em filmes da Marvel. Aliás, os vilões parecem saídos de X-Men.
A parte final do filme se passa no Hotel Overlook, que desta vez mais parece a Casa do Terror do finado Playcenter, repetindo os mesmos sustos do filme do Kubrick (algo já feito naquela porcaria de filme do Spielberg que eu nem me lembro o nome), só que a tentativa de reencenar aquele ambiente e personagens tenebrosos é um fracasso total. Até eu convenceria de Jack mais do que o ator escalado.
O filme realmente é bastante Stephen King, o que significa uma boa história infanto-juvenil para adultos. O final, aliás, salva a obra em uns 30%. Mas o ponto é que o que fazia de O Iluminado uma obra-prima era exatamente o distanciamento dos clichês do escritor, aquilo que ficava nas entrelinhas e o fato de que é um filme de terror totalmente para adultos, parecendo encarar o espectador e dizer: acredito na sua inteligência. Tudo o que Dr. Sono não faz.
Um filme que ficou historicamente datado, pois hoje sabe-se que Danton recebia dinheiro dos ingleses. No entanto o argumento continua válido, apesar do anticomunismo ferrenho do Wajda tornar o filme maniqueísta demais. Direção de arte e atuações impecáveis e um roteiro que mistura romance histórico e thriller político.
Poderia ter sido um ótimo filme, porém apresenta uma visão por vezes desonesta e apelativa de um dos maiores autores do cinema moderno. De fato é conhecido seu comportamento controlador com as mulheres que passaram por sua vida (vide os relatos de Anna Karina) e o encanto do maoismo fez muitos intelectuais e artistas caírem no ridículo com sua militância nos anos 60, então a "desdivinização" do artista funciona muitas vezes, construindo uma excelente comédia. Mas Hazanavicius retrata uma França de 68 totalmente falseada, como se Maio fosse uma loucura apenas existente na cabeça de Godard e de uns duzentos estudantes, em uma das maiores superficialidades políticas do cinema nos últimos tempos (perde com folga da palhaçada laudatória que foi "A Dama de Ferro"). As frustradas tentativas do quarentão Jean-Luc de incluir-se no movimento dos estudantes são retratadas de forma hilária com pinceladas de tons trágicos, mas infelizmente passando da medida do pastelão em alguns desnecessários momentos. Perde-se a chance da crítica bem-humorada em nome da ridicularização covarde do personagem em situações que obviamente foram exageradas, ainda que se espere um pouco disso em comédias satíricas. As brincadeiras com o estilo de direção da primeira fase da carreira do arrogante cineasta caem bem na obra satírica, entretanto mostra o quanto a carreira do diretor deste filme é feita de "chupar" elementos consagrados do cinema do passado (fórmula que lhe rendeu um Oscar pelo endourado "O Artista"), sem a menor pretensão de originalidade; imitando, jamais criando, o que hoje em dia até "youtubers" fazem. É isso o que torna "O Formidável" um triste produto (também no sentido de feito descaradamente com intensões comerciais, pelo diretor francês mais comercial da atualidade, o inverso do que tem feito Godard, goste-se ou não do resultado, nos últimos 50 anos) do recalque de um pretenso artista que não faz jus à tradição de um dos três cinemas nacionais mais importantes de todos os tempos. Melancólico desperdício de um roteiro bem construído, atuações por vezes brilhantes e um saudável sacrilégio com figuras consagradas.
A cena do quarto é uma das melhores do cinema francês. Só perde pro início de "Hiroshima, Mon Amour", ou a sessão do Antoine Doinel com a psicóloga em "Os Incompreendidos".
Nada melhor que filmes com mulheres arretadas ou delinquentes juvenis...
A alma do Richard Burton não deve estar descansando em paz por conta deste filme. Dois dos maiores atores da história do cinema (ele e Max von Sidow) em um dos piores filmes de todos os tempos, quem diria?
Este filme é uma piada do início ao fim; da pseudo-ciência presente desde o início (com uma espécie de mistura de Freud com Uri Geller) às cenas de possessão, que mais lembram a Reagan de "Todo Mundo em Pânico" (custava utilizar ao menos os apavorantes efeitos de voz do primeiro filme?).
E a versão sensual dela no final do filme? Pazuzu virou o demônio do sexo? Mais um momento de comédia, pelo menos o filme ficou menos chato...
Momentos de susto eu só tive quando me contaram que o Scorsese é um DEFENSOR deste filme, inclusive julgando-o MELHOR que o primeiro! Não, não é o Tarantino e seus gostos duvidosos, é o Scorsese mesmo.
A única coisa que se salva, além da beleza da Linda Blair, é a trilha maravilhosa do Ennio Morricone, um dos maiores compositores da história do cinema. Poderia ser quase tão aterrorizante quanto a do primeiro, se tivesse sido bem usada. Isso os temas de terror. Já a faixa épica e emocionante - ainda que seja maravilhosa - está totalmente fora de lugar, cabendo mais em um dos faroestes que o compositor tão brilhantemente musicou ao longo da vida, como "Era Uma Vez no Oeste", do Sergio Leone. Para nossa sorte, foi finalmente bem aproveitada pelo Tarantino, em "Os Oito Odiados". Enfim, jamais vi uma disparidade tão grande entre filme e trilha.
Esse filme é uma das maiores comédias involuntárias (creio eu...) da história recente do cinema. Indico a qualquer um, pois chega a ser fascinante. A impressão que dá é que o Shyamalan está tirando com a nossa cara. Meu cão atua melhor que o casal de protagonistas. Até hoje, quando quero me divertir, procuro no youtube cenas do Mark Wahlberg nesse filme, como a da conversa com a planta ou a do "What?! No!" "Mark Wahlberg needs a second" virou um clássico.
Parabéns à Zooey Deschanel, cuja presença ilumina por duas vezes o top 10 de piores filmes da minha vida.
Uma aula de cinema: "Como destruir um filme nos 20 minutos finais" ou "Como um estúdio pode destruir uma obra autoral na pós-produção". Por razões comerciais, é claro. Jogaram no lixo uma direção interessante do William Peter Blatty.
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Yesterday: A Trilha do Sucesso
3.4 1,0KEu sempre brisei em como seria se eu pudesse voltar no tempo e matar no berço os meus maiores ídolos e lançar as músicas deles como se fossem minhas, os roteiristas desse filme roubaram minha ideia e irão pagar por isso!
Doutor Sono
3.7 1,0K Assista AgoraUma boa adaptação de Stephen King, uma má sequência de Kubrick.
O filme ganharia com uns 40% de diálogo a menos. Tudo é tão explicado quanto em filmes da Marvel. Aliás, os vilões parecem saídos de X-Men.
A parte final do filme se passa no Hotel Overlook, que desta vez mais parece a Casa do Terror do finado Playcenter, repetindo os mesmos sustos do filme do Kubrick (algo já feito naquela porcaria de filme do Spielberg que eu nem me lembro o nome), só que a tentativa de reencenar aquele ambiente e personagens tenebrosos é um fracasso total. Até eu convenceria de Jack mais do que o ator escalado.
O filme realmente é bastante Stephen King, o que significa uma boa história infanto-juvenil para adultos. O final, aliás, salva a obra em uns 30%.
Mas o ponto é que o que fazia de O Iluminado uma obra-prima era exatamente o distanciamento dos clichês do escritor, aquilo que ficava nas entrelinhas e o fato de que é um filme de terror totalmente para adultos, parecendo encarar o espectador e dizer: acredito na sua inteligência. Tudo o que Dr. Sono não faz.
Danton: O Processo da Revolução
3.8 73Um filme que ficou historicamente datado, pois hoje sabe-se que Danton recebia dinheiro dos ingleses. No entanto o argumento continua válido, apesar do anticomunismo ferrenho do Wajda tornar o filme maniqueísta demais. Direção de arte e atuações impecáveis e um roteiro que mistura romance histórico e thriller político.
Mas Robespierre guilhotinou foi pouco...
O Formidável
3.7 66 Assista AgoraPoderia ter sido um ótimo filme, porém apresenta uma visão por vezes desonesta e apelativa de um dos maiores autores do cinema moderno. De fato é conhecido seu comportamento controlador com as mulheres que passaram por sua vida (vide os relatos de Anna Karina) e o encanto do maoismo fez muitos intelectuais e artistas caírem no ridículo com sua militância nos anos 60, então a "desdivinização" do artista funciona muitas vezes, construindo uma excelente comédia. Mas Hazanavicius retrata uma França de 68 totalmente falseada, como se Maio fosse uma loucura apenas existente na cabeça de Godard e de uns duzentos estudantes, em uma das maiores superficialidades políticas do cinema nos últimos tempos (perde com folga da palhaçada laudatória que foi "A Dama de Ferro"). As frustradas tentativas do quarentão Jean-Luc de incluir-se no movimento dos estudantes são retratadas de forma hilária com pinceladas de tons trágicos, mas infelizmente passando da medida do pastelão em alguns desnecessários momentos. Perde-se a chance da crítica bem-humorada em nome da ridicularização covarde do personagem em situações que obviamente foram exageradas, ainda que se espere um pouco disso em comédias satíricas. As brincadeiras com o estilo de direção da primeira fase da carreira do arrogante cineasta caem bem na obra satírica, entretanto mostra o quanto a carreira do diretor deste filme é feita de "chupar" elementos consagrados do cinema do passado (fórmula que lhe rendeu um Oscar pelo endourado "O Artista"), sem a menor pretensão de originalidade; imitando, jamais criando, o que hoje em dia até "youtubers" fazem. É isso o que torna "O Formidável" um triste produto (também no sentido de feito descaradamente com intensões comerciais, pelo diretor francês mais comercial da atualidade, o inverso do que tem feito Godard, goste-se ou não do resultado, nos últimos 50 anos) do recalque de um pretenso artista que não faz jus à tradição de um dos três cinemas nacionais mais importantes de todos os tempos. Melancólico desperdício de um roteiro bem construído, atuações por vezes brilhantes e um saudável sacrilégio com figuras consagradas.
Acossado
4.1 510 Assista AgoraA cena do quarto é uma das melhores do cinema francês. Só perde pro início de "Hiroshima, Mon Amour", ou a sessão do Antoine Doinel com a psicóloga em "Os Incompreendidos".
Nada melhor que filmes com mulheres arretadas ou delinquentes juvenis...
Virgínia
2.3 256 Assista AgoraQuando terminará a fase "Britney careca" do Coppola?
O Exorcista II: O Herege
2.1 307 Assista AgoraA alma do Richard Burton não deve estar descansando em paz por conta deste filme. Dois dos maiores atores da história do cinema (ele e Max von Sidow) em um dos piores filmes de todos os tempos, quem diria?
Este filme é uma piada do início ao fim; da pseudo-ciência presente desde o início (com uma espécie de mistura de Freud com Uri Geller) às cenas de possessão, que mais lembram a Reagan de "Todo Mundo em Pânico" (custava utilizar ao menos os apavorantes efeitos de voz do primeiro filme?).
E a versão sensual dela no final do filme? Pazuzu virou o demônio do sexo? Mais um momento de comédia, pelo menos o filme ficou menos chato...
Momentos de susto eu só tive quando me contaram que o Scorsese é um DEFENSOR deste filme, inclusive julgando-o MELHOR que o primeiro! Não, não é o Tarantino e seus gostos duvidosos, é o Scorsese mesmo.
A única coisa que se salva, além da beleza da Linda Blair, é a trilha maravilhosa do Ennio Morricone, um dos maiores compositores da história do cinema. Poderia ser quase tão aterrorizante quanto a do primeiro, se tivesse sido bem usada. Isso os temas de terror. Já a faixa épica e emocionante - ainda que seja maravilhosa - está totalmente fora de lugar, cabendo mais em um dos faroestes que o compositor tão brilhantemente musicou ao longo da vida, como "Era Uma Vez no Oeste", do Sergio Leone. Para nossa sorte, foi finalmente bem aproveitada pelo Tarantino, em "Os Oito Odiados". Enfim, jamais vi uma disparidade tão grande entre filme e trilha.
A estrela é por ela.
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraMúsica e mundo interior como Inspiração surrealista.
Fim dos Tempos
2.5 1,4K Assista AgoraEsse filme é uma das maiores comédias involuntárias (creio eu...) da história recente do cinema. Indico a qualquer um, pois chega a ser fascinante. A impressão que dá é que o Shyamalan está tirando com a nossa cara. Meu cão atua melhor que o casal de protagonistas. Até hoje, quando quero me divertir, procuro no youtube cenas do Mark Wahlberg nesse filme, como a da conversa com a planta ou a do "What?! No!" "Mark Wahlberg needs a second" virou um clássico.
Parabéns à Zooey Deschanel, cuja presença ilumina por duas vezes o top 10 de piores filmes da minha vida.
Enfim... ri por meses.
O Exorcista III
2.6 196 Assista AgoraUma aula de cinema: "Como destruir um filme nos 20 minutos finais" ou "Como um estúdio pode destruir uma obra autoral na pós-produção". Por razões comerciais, é claro.
Jogaram no lixo uma direção interessante do William Peter Blatty.