Eu detesto a primeira temporada, mas gosto da segunda e da terceira. Essa quarta, entretanto, foi bem abaixo das duas anteriores. Há uma fadiga clara nessa série, o modelo "ameaça que vai destruir o universo que conhecemos pode ser só parado por ela mesma, Michael Burnham!"já deu o que tinha que dar. Até porque eles se perderam no formato serializado quando tentam flertar com o procedural: o fio condutor de cada semana nessa temporada quase sempre levava os personagens a estaca zero no final. Nesse sentido, os arcos dos coadjuvantes ficam um tanto impactados. Gosto do design de trama que fizeram para o Booker, mas fica batendo na mesma tecla do "você precisa... superar!" em todo episódio até o fim, o que torna o desenvolvimento muito básico. Torço para que encerrem logo essa série na quinta temporada e foquem em Strange New Worlds.
Sabe aquele joguinho de videogame que você faz umas lutinhas tipo yoda vs. R2-D2, nuns cenários inóspitos, com os personagens gritando umas frases de efeito e umas cutscenes mequetrefes pós-batalha? A narrativa é inconsequente, claro, pois o objetivo é sentar o dedo nos botões mesmo e ver seus personagens favoritos na porrada.
Essa é a minha sensação depois de 5 longas horas dessa minissérie que podia ser bem uma HQ genérica de banca que tava de bom tamanho.
E sabe o jedi que foi o personagem mais interessante das prequelas? Então, apesar ser o personagem-título, se excluído da trama, todos os acontecimentos seguiriam da mesma forma. Tão inútil quanto tentar botar modo campanha em jogo de lutinha.
Sem contar os diálogos escritos em um tópico do Reddit e com a direção preguiçosíssima da Deborah Chow. Tem umas tomadas de câmera tremida que são dignas do fã-filme mais obscuro do YouTube.
E, claro, a gente ainda termina sabendo a HISTÓRIA DE ORIGEM do BRINQUEDINHO DO LUKE!!! Arrepiei
Tom Cruise encontra em Maverick o alter-ego perfeito para sua persona como o rebelde de Hollywood que perfoma o cinema tomador riscos em prol da grandiloquência, este que perdeu espaço na era da pasteurização estética friamente calculada. Ao mesmo tempo em que o personagem é descrito como uma peça de museu cuja utilidade em breve será substituída por drones, somos lembrados, em uma fala proferida por Maverick, quase um meta-comentário sobre o próprio Cruise, de que essa pode ser a verdade um dia, mas não hoje.
Muitos dizem que foram justamente Bruckheimer/Simpson que implodiram o autorismo e findaram o high concept que desembocou na crise criativa atual. 2022 me parece um ano que vem explorando certa nostalgia contraditória, que grita, em face ao atual cinema, um "que saudade DAQUELE blockbuster pipocão!". Lembrei um pouco de "The Umbereable Weight of a Massive Talent", que presta homenagem a outro blockbuster da dupla, "Coin Air", e exala a unicidade de uma estrela que enxerga o cinema de sua maneira peculiar (ali, Nicolas Cage).
Aqui, é imensamente prazeroso testemunhar o tanto que a última superestrela hollywoodiana ainda tem a oferecer, por mais que os chefões torçam o nariz e tentem a todo custo impedir suas loucuras (como tem sido reportado nos bastidores do próximo Missão Impossível). O futuro vai chegar um dia e não haverá ninguém para substituir Tom Cruise, mas ao menos até lá ainda podemos vê-lo entregando o surpreendente, caracterítica rara no cinemão dessa última década.
O cinema do Raimi, mesmo em suas piores incursões, é muito mais sobre como ele enxerga uma mise-en-scène diferenciada com um material base genérico do que exatamente um brilhantismo na totalidade. É quase um compositor cujo floreio é mais importante do que o conjunto dos movimentos.
Para mim, sinceramente, é ótimo. Espero que volte a fazer mais filmes.
ps: aquela cena das notas musicais com o Danny Elfman pirando em Bach é maravilhosa
Pessoal aí parece que viu outra coisa. Não é um filmaço mas dá pra ver. Tudo tem que ter contexto, bem nível piloto das séries de quadrinhos dos anos 1970.
Apesar de ficar receoso quanto ao rumo que leva ao final, uma vez que pode divergir drasticamente do material base, gosto muito como conseguiram adaptar algo praticamente inadaptável. A forma como David S. Goyer e companhia conseguiram juntar vários conceitos de outras obras do Asimov e dar coesão é um feito extremamente louvável. Que venha a segunda temporada!
Essa história merecia um filme com produção melhor. Nicolas Cage tem momentos bem legais, como aquela cena dele com o capitão japonês, por exemplo... mas aí nem acertar o FOCO da câmera parece ser competência o suficiente para o pessoal da direção de fotografia. Maluco lá dando tudo e si e me metem um close do cara com o foco na orelha. Uma pena.
Vale pelas imagens da CAPELA SISTINA do futebol que é a seleção de 1970.
Mas porra, os caras me botam DELFIM NETTO fazendo mea-culpa pelas torturas da ditadura militar e aí não dá. Fora o FHC, que tá aí pelo completo rolê aleatório tb (inclusive o lettering com o nome dele aparece DUAS vezes).
Enquanto Wise/Robbins prezavam por certa artificialidade na encenação filme original, desde a paleta de cores que muda todo o cenário magicamente para vermelho, a dança como diálogo e até a escolha do casting não-latino por questões da época, aqui Spielberg preza por um certo realismo cinematográfico, mesmo que a concessão dos números musicais seja irrealista por definição. Porto-riquenhos escalados por atores de fato latinos falarão mais espanhol do que inglês e toda luz acendida para pontuar dramaticidade terá um motivo diegético (é tudo um palco, mas não é). O texto Tony Kushner, ainda que pareça confinado a seguir a estrutura de uma obra classicamente engessada, consegue dar conta dessa atualização ao desenvolver os personagens em situações-chave que o roteiro de Ernest Lehman não se preocupava à época. O inchaço de cenas, entretanto, pode comprometer até certa fluidez ali pelo meio do segundo ato, mas acredito que a falta delas retiraria a completa razão dessa obra existir. Acaba que essa cadência comprometida se compensa na decupagem característica do diretor, conhecida exatamente pela fluidez, e nos quadros extremamente elaborados por ele e o Janusz Kaminski, este certamente fazendo um de seus melhores trabalhos em uma carreira brilhante. Filmão pra ver na maior tela possível.
Não é um filme bom, mas o desempenho do Nicolas Cage é louvável. Três estrelas pelo esforço BARROCO do maluco em deixar esse roteirinho clichê e mequetrefe assistível
For All Mankind (4ª Temporada)
3.9 12Edward Baldwin vai se tornar o homem mais velho do da humanidade em alguma temporada.
Star Trek: Picard (3ª Temporada)
3.9 16 Assista AgoraAssim como TNG, Star Trek Picard só fica boa mesmo na terceira temporada! Até nisso foram fiéis rsrs
Guardiões da Galáxia: Vol. 3
4.2 804 Assista AgoraE pensar que a Disney quase mandou esse filme pro ralo e meteu um diretor genérico por causa de tuíte do maluco de 10 anos atrás...
Star Trek: Discovery (4ª Temporada)
3.8 21 Assista AgoraEu detesto a primeira temporada, mas gosto da segunda e da terceira. Essa quarta, entretanto, foi bem abaixo das duas anteriores. Há uma fadiga clara nessa série, o modelo "ameaça que vai destruir o universo que conhecemos pode ser só parado por ela mesma, Michael Burnham!"já deu o que tinha que dar. Até porque eles se perderam no formato serializado quando tentam flertar com o procedural: o fio condutor de cada semana nessa temporada quase sempre levava os personagens a estaca zero no final. Nesse sentido, os arcos dos coadjuvantes ficam um tanto impactados. Gosto do design de trama que fizeram para o Booker, mas fica batendo na mesma tecla do "você precisa... superar!" em todo episódio até o fim, o que torna o desenvolvimento muito básico. Torço para que encerrem logo essa série na quinta temporada e foquem em Strange New Worlds.
Ambulância: Um Dia de Crime
2.9 200 Assista Agoraoscar de melhor operador de drone
Star Trek: Strange New Worlds (1ª Temporada)
4.1 24 Assista AgoraSENSACIONAL!!
Obi-Wan Kenobi
3.4 312 Assista AgoraSabe aquele joguinho de videogame que você faz umas lutinhas tipo yoda vs. R2-D2, nuns cenários inóspitos, com os personagens gritando umas frases de efeito e umas cutscenes mequetrefes pós-batalha? A narrativa é inconsequente, claro, pois o objetivo é sentar o dedo nos botões mesmo e ver seus personagens favoritos na porrada.
Essa é a minha sensação depois de 5 longas horas dessa minissérie que podia ser bem uma HQ genérica de banca que tava de bom tamanho.
E sabe o jedi que foi o personagem mais interessante das prequelas? Então, apesar ser o personagem-título, se excluído da trama, todos os acontecimentos seguiriam da mesma forma. Tão inútil quanto tentar botar modo campanha em jogo de lutinha.
Sem contar os diálogos escritos em um tópico do Reddit e com a direção preguiçosíssima da Deborah Chow. Tem umas tomadas de câmera tremida que são dignas do fã-filme mais obscuro do YouTube.
E, claro, a gente ainda termina sabendo a HISTÓRIA DE ORIGEM do BRINQUEDINHO DO LUKE!!! Arrepiei
Top Gun: Maverick
4.1 1,1K Assista AgoraTom Cruise encontra em Maverick o alter-ego perfeito para sua persona como o rebelde de Hollywood que perfoma o cinema tomador riscos em prol da grandiloquência, este que perdeu espaço na era da pasteurização estética friamente calculada. Ao mesmo tempo em que o personagem é descrito como uma peça de museu cuja utilidade em breve será substituída por drones, somos lembrados, em uma fala proferida por Maverick, quase um meta-comentário sobre o próprio Cruise, de que essa pode ser a verdade um dia, mas não hoje.
Muitos dizem que foram justamente Bruckheimer/Simpson que implodiram o autorismo e findaram o high concept que desembocou na crise criativa atual. 2022 me parece um ano que vem explorando certa nostalgia contraditória, que grita, em face ao atual cinema, um "que saudade DAQUELE blockbuster pipocão!". Lembrei um pouco de "The Umbereable Weight of a Massive Talent", que presta homenagem a outro blockbuster da dupla, "Coin Air", e exala a unicidade de uma estrela que enxerga o cinema de sua maneira peculiar (ali, Nicolas Cage).
Aqui, é imensamente prazeroso testemunhar o tanto que a última superestrela hollywoodiana ainda tem a oferecer, por mais que os chefões torçam o nariz e tentem a todo custo impedir suas loucuras (como tem sido reportado nos bastidores do próximo Missão Impossível). O futuro vai chegar um dia e não haverá ninguém para substituir Tom Cruise, mas ao menos até lá ainda podemos vê-lo entregando o surpreendente, caracterítica rara no cinemão dessa última década.
O Peso do Talento
3.4 255 Assista AgoraSensacional. Filme para mostrar para as próximas gerações o quão incrível é Nicolas Cage e sua obra.
Star Trek: Picard (2ª Temporada)
3.5 13 Assista AgoraQuem achou que era o Julian Bashir e não o Gaius Baltar deixa o like aí
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraO cinema do Raimi, mesmo em suas piores incursões, é muito mais sobre como ele enxerga uma mise-en-scène diferenciada com um material base genérico do que exatamente um brilhantismo na totalidade. É quase um compositor cujo floreio é mais importante do que o conjunto dos movimentos.
Para mim, sinceramente, é ótimo. Espero que volte a fazer mais filmes.
ps: aquela cena das notas musicais com o Danny Elfman pirando em Bach é maravilhosa
PATRICK STEWART MORRENDO COMO XAVIER PELA TERCEIRA VEZ!!
Doutor Estranho
2.3 20Pessoal aí parece que viu outra coisa. Não é um filmaço mas dá pra ver. Tudo tem que ter contexto, bem nível piloto das séries de quadrinhos dos anos 1970.
Missa da Meia-Noite
3.9 730O SANGUE DE NOSFERATU TEM PODER!!
Licorice Pizza
3.5 597PTA vs René Sampaio, quem melhor filma a obra de Renato Russo?
Fundação (1ª Temporada)
3.8 122 Assista AgoraApesar de ficar receoso quanto ao rumo que leva ao final, uma vez que pode divergir drasticamente do material base, gosto muito como conseguiram adaptar algo praticamente inadaptável. A forma como David S. Goyer e companhia conseguiram juntar vários conceitos de outras obras do Asimov e dar coesão é um feito extremamente louvável. Que venha a segunda temporada!
Homens de Coragem
3.0 66 Assista AgoraEssa história merecia um filme com produção melhor. Nicolas Cage tem momentos bem legais, como aquela cena dele com o capitão japonês, por exemplo... mas aí nem acertar o FOCO da câmera parece ser competência o suficiente para o pessoal da direção de fotografia. Maluco lá dando tudo e si e me metem um close do cara com o foco na orelha. Uma pena.
Pelé
3.6 77Vale pelas imagens da CAPELA SISTINA do futebol que é a seleção de 1970.
Mas porra, os caras me botam DELFIM NETTO fazendo mea-culpa pelas torturas da ditadura militar e aí não dá. Fora o FHC, que tá aí pelo completo rolê aleatório tb (inclusive o lettering com o nome dele aparece DUAS vezes).
Amor, Sublime Amor
3.4 355 Assista AgoraEnquanto Wise/Robbins prezavam por certa artificialidade na encenação filme original, desde a paleta de cores que muda todo o cenário magicamente para vermelho, a dança como diálogo e até a escolha do casting não-latino por questões da época, aqui Spielberg preza por um certo realismo cinematográfico, mesmo que a concessão dos números musicais seja irrealista por definição. Porto-riquenhos escalados por atores de fato latinos falarão mais espanhol do que inglês e toda luz acendida para pontuar dramaticidade terá um motivo diegético (é tudo um palco, mas não é). O texto Tony Kushner, ainda que pareça confinado a seguir a estrutura de uma obra classicamente engessada, consegue dar conta dessa atualização ao desenvolver os personagens em situações-chave que o roteiro de Ernest Lehman não se preocupava à época. O inchaço de cenas, entretanto, pode comprometer até certa fluidez ali pelo meio do segundo ato, mas acredito que a falta delas retiraria a completa razão dessa obra existir. Acaba que essa cadência comprometida se compensa na decupagem característica do diretor, conhecida exatamente pela fluidez, e nos quadros extremamente elaborados por ele e o Janusz Kaminski, este certamente fazendo um de seus melhores trabalhos em uma carreira brilhante. Filmão pra ver na maior tela possível.
Matrix
4.3 2,5K Assista Agorafilmaço
Ajuste de Contas
2.3 56Não é um filme bom, mas o desempenho do Nicolas Cage é louvável. Três estrelas pelo esforço BARROCO do maluco em deixar esse roteirinho clichê e mequetrefe assistível
Butch Cassidy
4.2 283 Assista Agoraduas horas para este filme é muito pouco...
A Crônica Francesa
3.5 287 Assista Agorasou muito vendido pelo Wes Anderson, gostei demais, foi mal
Mestres do Universo
2.5 274Lundgreen tem o carisma de uma porta, mas todo o resto é muito bom. Bill Conti, Anne V. Coates... Moebius!! Joia mal-apreciada, este daqui
Eternos
3.4 1,1K Assista Agoramelhor que Nomadland