O terceiro longa animado da DC em 2018 é diferente de tudo o que você já assistiu com o Batman, o que exige que o filme seja visto sob uma ótica diferente daquela que estamos acostumados. Não só pela animação se passar no Japão feudal, mas também pelo fato de sua direção, roteiro e design de personagens serem feitos por japoneses, o que faz com que muito da cultura e estilo de obras orientais seja transposto para esse longa.
Se quiserem minha opinião completa sobre o filme, acessem o canal Soco Foguete, no YT.
Achei esse um dos melhores filmes da DC dessa última safra. Queria muito que o live action tivesse tido essa pegada. Quem quiser saber minha opinião completa sobre o filme, procure meu canal no Youtube (Soco Foguete).
Achei que #Pyewacket seria mais um terror adolescente, mas o filme me enganou legal e ainda me deu maior soco na cara no final. Quem quiser ver minha opinião de forma mais completa, procure no Youtube pelo meu canal (Soco Foguete).
Um filme bem produzido e que se tornou um marco para os filmes de horror posteriores, mas como adaptação deixa a desejar. Diferente do livro original, aqui os personagens são extremamente maniqueístas, o que enfraquece um pouco o conflito.
Filme excelente, mas não é para qualquer um. O ritmo é lento, principalmente no segundo ato, mas não o considero arrastado. O final é simplesmente chocante.
Considero que existam três categorias de filmes: aqueles desprovidos de valor cultural, que não te acrescentam em nada e, em algumas vezes, até te deixam ligeiramente menos inteligente. De forma contrária, também existem os filmes mais densos e que podem demandar horas, ou até dias, para serem completamente absorvidos. Entre essas duas categorias existe uma intermediária, com filmes relativamente elaborados, mas, ao mesmo tempo, que não possuem grandes pretensões e que, algumas vezes, podem te marcar de alguma maneira. É aqui nesse último grupo que eu encaixo “Hunt for the Wilderpeople”.
Dirigido e roteirizado por Taika Waititi, responsável por “O Que Fazemos nas Sombras” e “Thor – Ragnarok”, o longa narra a história de Ricky Baker (Julian Dennison), um garoto órfão que já passou por diversas famílias, mas que nunca foi aceito em nenhuma, sempre retornando para um orfanato. Em uma última e desesperada tentativa de se encaixar em algum lugar, o garoto e seu novo responsável, Hec (Sam Neill), precisam sobreviver em meio às matas neozelandesas enquanto fogem da polícia e de uma assistente social linha-dura em perseguições que ficam cada vez mais grandiosas dentro de sua simplicidade.
O filme nos presenteia com um humor inteligente e, em dados momentos, pouco convencional, que nos deixa aliviados e restaura a nossa fé em comédias modernas, que são realmente engraçadas e divertidas sem terem que apelar para escatologias e besteiróis.
Além da alta carga humorística, o longa também trata de assuntos mais profundos, como o amolecimento do coração de Ricky e de Hec, sendo que o primeiro é extremamente revoltado devido a tudo que passou, e o segundo é um homem bruto que enfrenta uma perda recente, a criação de uma amizade inusitada e fraternal, a aceitação de ser você mesmo, a superação de limites, a reconexão com a natureza, etc. Não que o filme seja extremamente dramático, mas esses assuntos são tratados de forma pontual que fazem com que a produção não seja vazia, e que te fazem dar um leve sorriso ao se lembrar dela posteriormente.
Dirigido e roteirizado por Taika Waititi, responsável por “O Que Fazemos nas Sombras” e “Thor – Ragnarok”, o longa narra a história de Ricky Baker (Julian Dennison), um garoto órfão que já passou por diversas famílias, mas que nunca foi aceito em nenhuma, sempre retornando para um orfanato. Em uma última e desesperada tentativa de se encaixar em algum lugar, o garoto e seu novo responsável, Hec (Sam Neill), precisam sobreviver em meio às matas neozelandesas enquanto fogem da polícia e de uma assistente social linha-dura em perseguições que ficam cada vez mais grandiosas dentro de sua simplicidade.
O filme nos presenteia com um humor inteligente e, em dados momentos, pouco convencional, que nos deixa aliviados e restaura a nossa fé em comédias modernas, que são realmente engraçadas e divertidas sem terem que apelar para escatologias e besteiróis.
Além da alta carga humorística, o longa também trata de assuntos mais profundos, como o amolecimento do coração de Ricky e de Hec, sendo que o primeiro é extremamente revoltado devido a tudo que passou, e o segundo é um homem bruto que enfrenta uma perda recente, a criação de uma amizade inusitada e fraternal, a aceitação de ser você mesmo, a superação de limites, a reconexão com a natureza, etc. Não que o filme seja extremamente dramático, mas esses assuntos são tratados de forma pontual que fazem com que a produção não seja vazia, e que te fazem dar um leve sorriso ao se lembrar dela posteriormente.
“O Último Capítulo” (I Am the Pretty Little Thing That Lives in the House) não é para qualquer um. É um longa de terror atmosférico e poético que foge dos clichês e padrões modernos do gênero.
"Eu sempre disse que uma casa onde ocorreu um assassinato nunca mais pode ser comprada ou vendida pelos vivos. Só pode ser emprestada dos fantasmas que ficam para trás. Que ficam indo e vindo, saindo e voltando de novo. Preocupando-se sobre os pisos em círculos confusos. Cuidando de suas mortes como jardins murchos e irregulares. Ele ficam para procurar relances dos últimos momentos de suas vidas. Mas as memórias de suas próprias mortes são faces no lado errado de janelas molhadas, borradas pela chuva. Impossíveis de se enxergar direito. Não há nada que os prenda aos lugares onde seus corpos caíram. Eles são livres para ir, mas mesmo assim, eles se confinam, mantidos nos lugares por suas buscas. Para aqueles que ficaram, sua prisão é nunca mais poder ver. E sozinhos, é como que apodrecem."
Dirigido por Osgood Perkins, o filme narra a história de Lily Saylor (Ruth Wilson), uma enfermeira de home care contratada para cuidar de uma escritora idosa, Iris Bloom (Paula Prentiss), mas as coisas se mostram mais complicadas do que parecem. Desde o momento em que somos apresentados à protagonista já percebemos que o longa não vai seguir um caminho convencional, já que a personagem nos conta, através de uma narração delicada e lírica, que ela morrerá dentro de um ano. Essa quebra de paradigma faz com que a questão “A protagonista vai morrer?” seja substituída por “Como ela vai morrer?”, o que, mesmo ao entregar o final logo de cara, faz com que o suspense aumente mais. Contraditório e eficiente.
Contando com um elenco bem reduzido, conseguimos ver atuações convincentes, principalmente por parte de Ruth Wilson, que carrega quase o filme inteiro e nos entrega uma protagonista cheia de trejeitos e facilmente “assustável”. Nesse ponto o filme utiliza uma certa metalinguagem pois. Já que parte da sua trama gira em torno de um livro de terror, Lily constantemente fica receosa ao continuar em sua leitura com medo de ficar com medo, assim como muitas pessoas não assistem filmes de terror pelo mesmo motivo. Em alguns momentos as falas da protagonista parecem ser dirigidas para acalmar o próprio público.
Sem se utilizar de artifícios baratos amplamente explorados no gênero, como jump scares, o filme se concentra em criar uma atmosfera perturbadora que mantém a tensão do início ao fim. Ao vermos um filme onde coisas pulam constantemente na tela, nós nos assustamos e depois sentimos um certo alívio, pois sabemos que o próximo susto será só daqui a alguns minutos. Mas quando o filme não joga nada em seu rosto, o sentimento de alívio só vem quando vemos os créditos finais, e isso “O Último Capítulo” executa com primor, fazendo com que um espectador que esteja mergulhado em sua atmosfera fique com os músculos retesados até o seu fim. O filme também é eficiente em criar um clima extremamente claustrofóbico, já que é quase inteiramente filmado dentro de uma casa e as poucas tomadas externas são feitas com enquadramentos fechados, não nos revelando muito além de como a casa se parece pelo lado de fora.
A fotografia do filme é uma delícia à parte. Utilizando muitas cenas estáticas, e simétricas, que fazem com que a própria movimentação dos atores ajude a compor a estética da cena, por exemplo, algumas cenas começam desfocadas e só ficam nítidas quando o ator chega próximo da câmera, não sendo feito um ajuste para isso, mas deixando que o foco fixo e a movimentação criem juntos uma bela cena. Como a câmera é, em boa parte do filme, colocada em posições estáticas, quando percebemos sua movimentação a sensação de urgência se eleva vertiginosamente, criando mais um mecanismo de suspense. Outra coisa interessante é que a montagem do filme, principalmente nas transições de cena, faz com que ele pareça um livro, onde podemos ver claramente a transição de onde acaba-se um capítulo e começa-se o próximo.
O longa também utiliza elementos simples para criar terror, sem exageros de computação gráfica que vemos constantemente, e na hora de retratar a presença que existe na casa, utiliza de elementos góticos que aumentam ainda mais o nível de estranheza. A trilha sonora, ora melódica ora cacofônica, é muito bem empregada e otimiza a atmosfera das cenas, sendo perfeita nos momentos que se faz presente e também causando incomodo em sua ausência, quando tudo fica completamente silencioso.
“O Último Capítulo” é um terror semi-gótico simplista, que na mesma proporção em que é perturbador também é poético. Como disse no início, não é um filme para qualquer um devido ao passo que a história usa para se desenrolar, mas é uma ótima pedida para quem gosta de mergulhar dentro de atmosferas diferentes. Não é um filme para ser assistido de forma comum, mas uma obra para se deixar levar.
A Enviada do Mal
3.0 284 Assista AgoraAdorei esse filme, mas demorei a entender o que se passava!
Batman Ninja
2.8 250 Assista AgoraO terceiro longa animado da DC em 2018 é diferente de tudo o que você já assistiu com o Batman, o que exige que o filme seja visto sob uma ótica diferente daquela que estamos acostumados. Não só pela animação se passar no Japão feudal, mas também pelo fato de sua direção, roteiro e design de personagens serem feitos por japoneses, o que faz com que muito da cultura e estilo de obras orientais seja transposto para esse longa.
Se quiserem minha opinião completa sobre o filme, acessem o canal Soco Foguete, no YT.
Selvagem
2.4 92 Assista AgoraEu quis curtir esse filme. Começa bem, mas o final...
Esquadrão Suicida: Acerto de Contas
3.6 117 Assista AgoraAchei esse um dos melhores filmes da DC dessa última safra. Queria muito que o live action tivesse tido essa pegada. Quem quiser saber minha opinião completa sobre o filme, procure meu canal no Youtube (Soco Foguete).
Pyewacket: Entidade Maligna
2.9 95 Assista AgoraAchei que #Pyewacket seria mais um terror adolescente, mas o filme me enganou legal e ainda me deu maior soco na cara no final. Quem quiser ver minha opinião de forma mais completa, procure no Youtube pelo meu canal (Soco Foguete).
A Torre Negra
2.6 839 Assista AgoraQue raiva desse filme
Mártires
3.9 1,6KO que eu acabei de ver? Parece que fui atropelado por um caminhão!
Death Note
1.8 1,5K Assista AgoraEu quis gostar desse filme, mas foi impossível apreciá-lo. Uma pena.
A Maldição de Frankenstein
3.7 37Um filme bem produzido e que se tornou um marco para os filmes de horror posteriores, mas como adaptação deixa a desejar. Diferente do livro original, aqui os personagens são extremamente maniqueístas, o que enfraquece um pouco o conflito.
Rastro de Maldade
3.7 408 Assista AgoraFilme excelente, mas não é para qualquer um. O ritmo é lento, principalmente no segundo ato, mas não o considero arrastado. O final é simplesmente chocante.
O Buraco Negro
2.8 39 Assista AgoraArgumento bom, execução fraca.
Terror que Mata
3.3 14Um filme com mais de 60 anos que tem um ritmo melhor do que muitos longas atuais.
Certo Agora, Errado Antes
3.8 49 Assista AgoraAssisti hoje em um festival de filmes independentes, só consigo descrever de uma forma: poesia em forma de filme.
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraMelhor filme da franquia desde X2.
Would You Rather
3.0 452Would You Rather: um desses filmes que vc deixa passar no ano de lançamento, acaba esquecendo, só vai assistir anos depois e se surpreende
Fuga Para a Liberdade
4.0 232Considero que existam três categorias de filmes: aqueles desprovidos de valor cultural, que não te acrescentam em nada e, em algumas vezes, até te deixam ligeiramente menos inteligente. De forma contrária, também existem os filmes mais densos e que podem demandar horas, ou até dias, para serem completamente absorvidos. Entre essas duas categorias existe uma intermediária, com filmes relativamente elaborados, mas, ao mesmo tempo, que não possuem grandes pretensões e que, algumas vezes, podem te marcar de alguma maneira. É aqui nesse último grupo que eu encaixo “Hunt for the Wilderpeople”.
Dirigido e roteirizado por Taika Waititi, responsável por “O Que Fazemos nas Sombras” e “Thor – Ragnarok”, o longa narra a história de Ricky Baker (Julian Dennison), um garoto órfão que já passou por diversas famílias, mas que nunca foi aceito em nenhuma, sempre retornando para um orfanato. Em uma última e desesperada tentativa de se encaixar em algum lugar, o garoto e seu novo responsável, Hec (Sam Neill), precisam sobreviver em meio às matas neozelandesas enquanto fogem da polícia e de uma assistente social linha-dura em perseguições que ficam cada vez mais grandiosas dentro de sua simplicidade.
O filme nos presenteia com um humor inteligente e, em dados momentos, pouco convencional, que nos deixa aliviados e restaura a nossa fé em comédias modernas, que são realmente engraçadas e divertidas sem terem que apelar para escatologias e besteiróis.
Além da alta carga humorística, o longa também trata de assuntos mais profundos, como o amolecimento do coração de Ricky e de Hec, sendo que o primeiro é extremamente revoltado devido a tudo que passou, e o segundo é um homem bruto que enfrenta uma perda recente, a criação de uma amizade inusitada e fraternal, a aceitação de ser você mesmo, a superação de limites, a reconexão com a natureza, etc. Não que o filme seja extremamente dramático, mas esses assuntos são tratados de forma pontual que fazem com que a produção não seja vazia, e que te fazem dar um leve sorriso ao se lembrar dela posteriormente.
Dirigido e roteirizado por Taika Waititi, responsável por “O Que Fazemos nas Sombras” e “Thor – Ragnarok”, o longa narra a história de Ricky Baker (Julian Dennison), um garoto órfão que já passou por diversas famílias, mas que nunca foi aceito em nenhuma, sempre retornando para um orfanato. Em uma última e desesperada tentativa de se encaixar em algum lugar, o garoto e seu novo responsável, Hec (Sam Neill), precisam sobreviver em meio às matas neozelandesas enquanto fogem da polícia e de uma assistente social linha-dura em perseguições que ficam cada vez mais grandiosas dentro de sua simplicidade.
O filme nos presenteia com um humor inteligente e, em dados momentos, pouco convencional, que nos deixa aliviados e restaura a nossa fé em comédias modernas, que são realmente engraçadas e divertidas sem terem que apelar para escatologias e besteiróis.
Além da alta carga humorística, o longa também trata de assuntos mais profundos, como o amolecimento do coração de Ricky e de Hec, sendo que o primeiro é extremamente revoltado devido a tudo que passou, e o segundo é um homem bruto que enfrenta uma perda recente, a criação de uma amizade inusitada e fraternal, a aceitação de ser você mesmo, a superação de limites, a reconexão com a natureza, etc. Não que o filme seja extremamente dramático, mas esses assuntos são tratados de forma pontual que fazem com que a produção não seja vazia, e que te fazem dar um leve sorriso ao se lembrar dela posteriormente.
NerdGeekFeelings
O Último Capítulo
2.0 339 Assista Agora“O Último Capítulo” (I Am the Pretty Little Thing That Lives in the House) não é para qualquer um. É um longa de terror atmosférico e poético que foge dos clichês e padrões modernos do gênero.
"Eu sempre disse que uma casa onde ocorreu um assassinato nunca mais pode ser comprada ou vendida pelos vivos. Só pode ser emprestada dos fantasmas que ficam para trás. Que ficam indo e vindo, saindo e voltando de novo. Preocupando-se sobre os pisos em círculos confusos. Cuidando de suas mortes como jardins murchos e irregulares. Ele ficam para procurar relances dos últimos momentos de suas vidas. Mas as memórias de suas próprias mortes são faces no lado errado de janelas molhadas, borradas pela chuva. Impossíveis de se enxergar direito. Não há nada que os prenda aos lugares onde seus corpos caíram. Eles são livres para ir, mas mesmo assim, eles se confinam, mantidos nos lugares por suas buscas. Para aqueles que ficaram, sua prisão é nunca mais poder ver. E sozinhos, é como que apodrecem."
Dirigido por Osgood Perkins, o filme narra a história de Lily Saylor (Ruth Wilson), uma enfermeira de home care contratada para cuidar de uma escritora idosa, Iris Bloom (Paula Prentiss), mas as coisas se mostram mais complicadas do que parecem. Desde o momento em que somos apresentados à protagonista já percebemos que o longa não vai seguir um caminho convencional, já que a personagem nos conta, através de uma narração delicada e lírica, que ela morrerá dentro de um ano. Essa quebra de paradigma faz com que a questão “A protagonista vai morrer?” seja substituída por “Como ela vai morrer?”, o que, mesmo ao entregar o final logo de cara, faz com que o suspense aumente mais. Contraditório e eficiente.
Contando com um elenco bem reduzido, conseguimos ver atuações convincentes, principalmente por parte de Ruth Wilson, que carrega quase o filme inteiro e nos entrega uma protagonista cheia de trejeitos e facilmente “assustável”. Nesse ponto o filme utiliza uma certa metalinguagem pois. Já que parte da sua trama gira em torno de um livro de terror, Lily constantemente fica receosa ao continuar em sua leitura com medo de ficar com medo, assim como muitas pessoas não assistem filmes de terror pelo mesmo motivo. Em alguns momentos as falas da protagonista parecem ser dirigidas para acalmar o próprio público.
Sem se utilizar de artifícios baratos amplamente explorados no gênero, como jump scares, o filme se concentra em criar uma atmosfera perturbadora que mantém a tensão do início ao fim. Ao vermos um filme onde coisas pulam constantemente na tela, nós nos assustamos e depois sentimos um certo alívio, pois sabemos que o próximo susto será só daqui a alguns minutos. Mas quando o filme não joga nada em seu rosto, o sentimento de alívio só vem quando vemos os créditos finais, e isso “O Último Capítulo” executa com primor, fazendo com que um espectador que esteja mergulhado em sua atmosfera fique com os músculos retesados até o seu fim. O filme também é eficiente em criar um clima extremamente claustrofóbico, já que é quase inteiramente filmado dentro de uma casa e as poucas tomadas externas são feitas com enquadramentos fechados, não nos revelando muito além de como a casa se parece pelo lado de fora.
A fotografia do filme é uma delícia à parte. Utilizando muitas cenas estáticas, e simétricas, que fazem com que a própria movimentação dos atores ajude a compor a estética da cena, por exemplo, algumas cenas começam desfocadas e só ficam nítidas quando o ator chega próximo da câmera, não sendo feito um ajuste para isso, mas deixando que o foco fixo e a movimentação criem juntos uma bela cena. Como a câmera é, em boa parte do filme, colocada em posições estáticas, quando percebemos sua movimentação a sensação de urgência se eleva vertiginosamente, criando mais um mecanismo de suspense. Outra coisa interessante é que a montagem do filme, principalmente nas transições de cena, faz com que ele pareça um livro, onde podemos ver claramente a transição de onde acaba-se um capítulo e começa-se o próximo.
O longa também utiliza elementos simples para criar terror, sem exageros de computação gráfica que vemos constantemente, e na hora de retratar a presença que existe na casa, utiliza de elementos góticos que aumentam ainda mais o nível de estranheza. A trilha sonora, ora melódica ora cacofônica, é muito bem empregada e otimiza a atmosfera das cenas, sendo perfeita nos momentos que se faz presente e também causando incomodo em sua ausência, quando tudo fica completamente silencioso.
“O Último Capítulo” é um terror semi-gótico simplista, que na mesma proporção em que é perturbador também é poético. Como disse no início, não é um filme para qualquer um devido ao passo que a história usa para se desenrolar, mas é uma ótima pedida para quem gosta de mergulhar dentro de atmosferas diferentes. Não é um filme para ser assistido de forma comum, mas uma obra para se deixar levar.