Inside Out se destaca por trazer para todos os públicos um assunto que nunca vai deixar de ser relevante: a importância de dar espaço e aceitação para os nossos sentimentos. . Na escola somos ensinados a ler e a escrever por pessoas treinadas, mas aprendemos como devemos nos comportar através do convívio social. Isso pode ser algo negativo, porque abre espaço para internalizarmos falsos conceitos, como a ideia de que menino não pode chorar, que farão graça com você caso você seja sentimental, ou que algum comportamento seu é bobo e você deve se livrar dele.
A falta de um mentor capacitado para auxiliar no desenvolvimento pessoal, junto com a propagação dessas ideias, pode afetar a relação de um indivíduo consigo próprio e causar problemas que vemos frequentemente na nossa sociedade. A habilidade de reconhecer e lidar bem com nossos sentimentos é chamada de inteligência emocional, e desenvolvê-la é tão importante para nós quanto o estudo dos conhecimentos gerais. Afinal, é extremamente triste ver amigos que você sabe que são inteligentes e esforçados indo mal nas provas porque ficaram muito nervosos, ou perder oportunidades na vida profissional por falta de controle emocional e explodir com alguém que você ama por ter engarrafado seu stress por muito tempo.
Enquanto ainda não podemos oferecer esse tipo de preparação nas escolas, esse filme passa uma lição sobre o assunto de forma clara, divertida e simples: que aceitemos nossas próprias emoções. No fim, a tristeza será tão importante para a sua formação quanto a felicidade. É depois de deixarmos nossas lágrimas caírem que nós nos reerguemos para seguirmos com a vida. Ao darmos ouvido para todos os nossos amiguinhos da central de controle, desenvolvemos um autoconhecimento que nos ajudará a conciliar nosso lado emocional com o lógico no futuro sem grandes dificuldades.
Levar essa mensagem para o público infantil através de entretenimento me deixa esperançosa para um futuro onde teremos ainda mais espaço para ensinar as crianças (e os adultos também) a desenvolverem uma conexão saudável com suas emoções.
Uma crítica e um destaque: - Esperei um pouco mais dos cenários dentro da mente da Riley. Afinal, as possibilidades ali eram imensas mas sinto que não foram bem aproveitadas. + A cena em que o painel da central vai ficando cinza me pareceu uma representação gráfica bem precisa de como a depressão atua para algumas pessoas. É como estar no piloto automático, com um vazio no lugar dos sentimentos. Fiquei bem tocada.
Pra quem está pensando em ver: vale sua uma hora e pouco, mas não espere entender tudo de primeira. Se você gosta de filmes que te dão algo para filosofar sobre, esse é uma boa pedida. .
Acabei de assistir Ghost in the Shell pela primeira vez, mas com certeza não é a última. Por enquanto nem tenho coragem de dar uma nota, pois não acho que ela faria jus ao filme depois de ver uma vez só. Pra entender melhor e aí poder apreciar a obra, vou ter que vê-la mais algumas vezes...
Um filme vai muito além de um plot: também temos as cores, os sons e a música, os diálogos, a animação e por aí vai. Ghost in the Shell faz um bom trabalho nesses departamentos além de sua história. A arte é bem detalhada, as cenas de ação (apesar de breves) fluem maravilhosamente, e principalmente: a trilha sonora é fantástica! A música em GiTS, sozinha, já me causou emoções que eu não consigo nomear.
Quanto a história em si, fico um pouco divida. Ela parece um pouco vaga, incompleta, (talvez ler o mangá ajude nessa parte) mas meu lado crítico não ligou tanto por outros motivos. GiTS veio em boa hora pra mim. Andava me perguntando o que é que nos faz humanos e onde é que ciborgues e AIs entram nisso. Cheguei até a tentar discutir sobre coisas relacionadas como o paradoxo do navio de Teseu e a essência humana em jantar de família, e disseram que eu estava "viajando". Agora me sinto bem melhor ao ver que pessoas mais talentosas fizeram a mesma viagem que eu e a expressaram com arte. Que delíciaaaaaa.
Não vale a pena analisar muito um filme que eu ainda não desvendei por completo (por exemplo, ainda não entendi a aparição de um anjo na cena entre a Motoko e o Puppet Master). Mas tem uma coisinha, um pouco boba mas que pegou minha atenção, que eu gostaria de comentar...
Sobre o cachorrinho basset que apareceu em algumas cenas. Chega a ser cômico que o cachorro pareceu demonstrar mais naturalidade que os humanos à sua volta. A Motoko se sente deslocada por ser tão pouco orgânica, mas na cena em que ela observa a cidade, o cachorro (que é o único ser que permaneceu natural) parece ainda mais deslocado ali que ela. E de alguma forma, mais humano que o resto das pessoas.
Em suma, o filme me agradou esteticamente e também por tocar em assuntos dos quais eu já pensava antes e me fazer retornar a eles. Porém, a obra não é perfeita e algumas faltas podem pesar para outros espectadores mais do que para mim.
É aquele filme em que a primeira vez que assistimos é única, e nas próximas sempre vemos com outros olhos. Depois do final, todo acontecimento em que você se lembrar terá ganhado uma perspectiva diferente, uma nova luz.
Não pude deixar de notar o quão bem trabalhada a sonoplastia foi no filme. Eu nem sempre presto atenção em trilhas sonoras, mas essa seria difícil de ignorar. Se eu não estivesse no meu momento de altas reflexões, provavelmente teria dançando com o "batidão das cordas" durante os créditos.
Mesmo quando uma cena ou outra me chamaram atenção por não parecerem encaixar com todo o resto, eu continuei apoiando o Teddy com seu caso e ignorei minhas suspeitas, afinal, se eu não fosse acreditar nele naquele momento, quem mais o faria? Resultado: me senti traída khjsdfkf
A última frase terminou as coisas de uma forma bem filosófica. Sinto como se a história toda fosse carregada por aquelas palavras, no final das contas.
No geral, não caí de amores por Shutter Island, mas foi sem dúvidas uma boa experiência.
Amadeus foi uma experiência agradável tanto em aspectos técnicos quanto no espectro emocional, mas gostaria de deixar isso de lado um pouco para falar da mensagem que o filme me passou.
Sou de uma família de músicos e cresci ouvindo e amando música clássica, com um xodó especial por Mozart. Recentemente fui me aprofundar mais em suas obras e me deparei com um pessoal discutindo sobre a suposta “rivalidade” entre ele e Salieri (sendo ela uma impressão deixada pelo filme, já que historicamente as coisas não foram assim tão tensas). Depois de finalmente assistir o filme, fiquei surpresa que tantas pessoas estivessem comparando os dois compositores, porque o que eu entendi que a obra quis passar foi, justamente, o quão tóxico é deixar-se comparar com os outros. Para essas pessoas, talvez fosse bom assistir esse filme mais uma vez e tentar pegar a mensagem que eu peguei. Todo esse conflito foi fruto de comparações, afinal. Devemos nos deixar passar pela famosa catarse e aprender com os erros dos personagens.
Aos artistas, inventores e competidores de qualquer nível e qualquer coisa: não comparem suas obras, talentos ou personalidades com as dos outros! É como injetar veneno dentro do seu próprio sistema, não irá lhe fazer nenhum bem. Usem esse Salieri que vimos em Amadeus como um exemplo disso. Salieri foi um grande compositor e tutor, merecedor de respeito pelas suas criações, das quais não vejo nada de medíocre. Vimos o personagem desmerecer tudo que fez por olhar tanto para alguém que julgou melhor que si mesmo. Vimo-lo esquecer de seu próprio valor.
A arte, assim como tudo na vida, deve ser apreciada como algo insubstituível e de valor único, pois é em si única. Muitas vezes depreciamos algo que fizemos porque “alguém já fez melhor”. Esses são bons momentos para assistir Amadeus novamente e querermos para nós mesmos uma vida e um fim menos amargo.
(PS: Aos que gostam de música clássica, recomendo muito que ouçam o Requiem de Mozart, uma sinfonia que me deixa sem palavras com a sua grandeza.)
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Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraInside Out se destaca por trazer para todos os públicos um assunto que nunca vai deixar de ser relevante: a importância de dar espaço e aceitação para os nossos sentimentos.
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Na escola somos ensinados a ler e a escrever por pessoas treinadas, mas aprendemos como devemos nos comportar através do convívio social. Isso pode ser algo negativo, porque abre espaço para internalizarmos falsos conceitos, como a ideia de que menino não pode chorar, que farão graça com você caso você seja sentimental, ou que algum comportamento seu é bobo e você deve se livrar dele.
A falta de um mentor capacitado para auxiliar no desenvolvimento pessoal, junto com a propagação dessas ideias, pode afetar a relação de um indivíduo consigo próprio e causar problemas que vemos frequentemente na nossa sociedade.
A habilidade de reconhecer e lidar bem com nossos sentimentos é chamada de inteligência emocional, e desenvolvê-la é tão importante para nós quanto o estudo dos conhecimentos gerais. Afinal, é extremamente triste ver amigos que você sabe que são inteligentes e esforçados indo mal nas provas porque ficaram muito nervosos, ou perder oportunidades na vida profissional por falta de controle emocional e explodir com alguém que você ama por ter engarrafado seu stress por muito tempo.
Enquanto ainda não podemos oferecer esse tipo de preparação nas escolas, esse filme passa uma lição sobre o assunto de forma clara, divertida e simples: que aceitemos nossas próprias emoções.
No fim, a tristeza será tão importante para a sua formação quanto a felicidade. É depois de deixarmos nossas lágrimas caírem que nós nos reerguemos para seguirmos com a vida. Ao darmos ouvido para todos os nossos amiguinhos da central de controle, desenvolvemos um autoconhecimento que nos ajudará a conciliar nosso lado emocional com o lógico no futuro sem grandes dificuldades.
Levar essa mensagem para o público infantil através de entretenimento me deixa esperançosa para um futuro onde teremos ainda mais espaço para ensinar as crianças (e os adultos também) a desenvolverem uma conexão saudável com suas emoções.
Uma crítica e um destaque:
- Esperei um pouco mais dos cenários dentro da mente da Riley. Afinal, as possibilidades ali eram imensas mas sinto que não foram bem aproveitadas.
+ A cena em que o painel da central vai ficando cinza me pareceu uma representação gráfica bem precisa de como a depressão atua para algumas pessoas. É como estar no piloto automático, com um vazio no lugar dos sentimentos. Fiquei bem tocada.
Embrace your emotions!
O Fantasma do Futuro
4.1 395 Assista AgoraPra quem está pensando em ver: vale sua uma hora e pouco, mas não espere entender tudo de primeira. Se você gosta de filmes que te dão algo para filosofar sobre, esse é uma boa pedida.
.
Acabei de assistir Ghost in the Shell pela primeira vez, mas com certeza não é a última. Por enquanto nem tenho coragem de dar uma nota, pois não acho que ela faria jus ao filme depois de ver uma vez só. Pra entender melhor e aí poder apreciar a obra, vou ter que vê-la mais algumas vezes...
Um filme vai muito além de um plot: também temos as cores, os sons e a música, os diálogos, a animação e por aí vai. Ghost in the Shell faz um bom trabalho nesses departamentos além de sua história. A arte é bem detalhada, as cenas de ação (apesar de breves) fluem maravilhosamente, e principalmente: a trilha sonora é fantástica! A música em GiTS, sozinha, já me causou emoções que eu não consigo nomear.
Quanto a história em si, fico um pouco divida. Ela parece um pouco vaga, incompleta, (talvez ler o mangá ajude nessa parte) mas meu lado crítico não ligou tanto por outros motivos.
GiTS veio em boa hora pra mim. Andava me perguntando o que é que nos faz humanos e onde é que ciborgues e AIs entram nisso. Cheguei até a tentar discutir sobre coisas relacionadas como o paradoxo do navio de Teseu e a essência humana em jantar de família, e disseram que eu estava "viajando". Agora me sinto bem melhor ao ver que pessoas mais talentosas fizeram a mesma viagem que eu e a expressaram com arte. Que delíciaaaaaa.
Não vale a pena analisar muito um filme que eu ainda não desvendei por completo (por exemplo, ainda não entendi a aparição de um anjo na cena entre a Motoko e o Puppet Master). Mas tem uma coisinha, um pouco boba mas que pegou minha atenção, que eu gostaria de comentar...
Sobre o cachorrinho basset que apareceu em algumas cenas.
Chega a ser cômico que o cachorro pareceu demonstrar mais naturalidade que os humanos à sua volta.
A Motoko se sente deslocada por ser tão pouco orgânica, mas na cena em que ela observa a cidade, o cachorro (que é o único ser que permaneceu natural) parece ainda mais deslocado ali que ela. E de alguma forma, mais humano que o resto das pessoas.
Em suma, o filme me agradou esteticamente e também por tocar em assuntos dos quais eu já pensava antes e me fazer retornar a eles. Porém, a obra não é perfeita e algumas faltas podem pesar para outros espectadores mais do que para mim.
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraVale a pena ver esse filme pelo menos uma vez!
É aquele filme em que a primeira vez que assistimos é única, e nas próximas sempre vemos com outros olhos.
Depois do final, todo acontecimento em que você se lembrar terá ganhado uma perspectiva diferente, uma nova luz.
Não pude deixar de notar o quão bem trabalhada a sonoplastia foi no filme. Eu nem sempre presto atenção em trilhas sonoras, mas essa seria difícil de ignorar.
Se eu não estivesse no meu momento de altas reflexões, provavelmente teria dançando com o "batidão das cordas" durante os créditos.
Mesmo quando uma cena ou outra me chamaram atenção por não parecerem encaixar com todo o resto, eu continuei apoiando o Teddy com seu caso e ignorei minhas suspeitas, afinal, se eu não fosse acreditar nele naquele momento, quem mais o faria?
Resultado: me senti traída khjsdfkf
A última frase terminou as coisas de uma forma bem filosófica. Sinto como se a história toda fosse carregada por aquelas palavras, no final das contas.
No geral, não caí de amores por Shutter Island, mas foi sem dúvidas uma boa experiência.
O Estranho Mundo de Jack
4.1 1,3K Assista AgoraTodo ano continuando com a tradição: assistindo uma vez no mês do Halloween, e outra no mês do Natal. ♥
Amadeus
4.4 1,1KAmadeus foi uma experiência agradável tanto em aspectos técnicos quanto no espectro emocional, mas gostaria de deixar isso de lado um pouco para falar da mensagem que o filme me passou.
Sou de uma família de músicos e cresci ouvindo e amando música clássica, com um xodó especial por Mozart. Recentemente fui me aprofundar mais em suas obras e me deparei com um pessoal discutindo sobre a suposta “rivalidade” entre ele e Salieri (sendo ela uma impressão deixada pelo filme, já que historicamente as coisas não foram assim tão tensas).
Depois de finalmente assistir o filme, fiquei surpresa que tantas pessoas estivessem comparando os dois compositores, porque o que eu entendi que a obra quis passar foi, justamente, o quão tóxico é deixar-se comparar com os outros.
Para essas pessoas, talvez fosse bom assistir esse filme mais uma vez e tentar pegar a mensagem que eu peguei. Todo esse conflito foi fruto de comparações, afinal. Devemos nos deixar passar pela famosa catarse e aprender com os erros dos personagens.
Aos artistas, inventores e competidores de qualquer nível e qualquer coisa: não comparem suas obras, talentos ou personalidades com as dos outros! É como injetar veneno dentro do seu próprio sistema, não irá lhe fazer nenhum bem.
Usem esse Salieri que vimos em Amadeus como um exemplo disso. Salieri foi um grande compositor e tutor, merecedor de respeito pelas suas criações, das quais não vejo nada de medíocre. Vimos o personagem desmerecer tudo que fez por olhar tanto para alguém que julgou melhor que si mesmo. Vimo-lo esquecer de seu próprio valor.
A arte, assim como tudo na vida, deve ser apreciada como algo insubstituível e de valor único, pois é em si única. Muitas vezes depreciamos algo que fizemos porque “alguém já fez melhor”. Esses são bons momentos para assistir Amadeus novamente e querermos para nós mesmos uma vida e um fim menos amargo.
(PS: Aos que gostam de música clássica, recomendo muito que ouçam o Requiem de Mozart, uma sinfonia que me deixa sem palavras com a sua grandeza.)