Renata

Parece propaganda estadunidense, um filme sobre uma das maiores catástrofes da guerra sem mostrar nadinha so sofrimento dos civis japonês, nem em flashback, nem em “alucinações” do criador da bomba. Parece que a barbarie se justifica por ter sido contra o lado inimigo, e vira a história se um “grande feito” e não de uma grande catástrofe, até tem um debate moral sobre isso, mas é bem raso, é só um filme sobre homens engravatados fazendo de tudo por glorias.

Não tem nada de interessante, o que teria de interessante que é a cidade e as pessoas são tratadas de forma super xenofóbica como cenário desimportante ou chacota. A questão da barreira de linguagem é abordada muito em segundo plano. O romance não é envolvente ou empolgante… Não gostei.

A história é boa, mas o filme é cansativo, é mais um filme feito para Hollywood, é aqueles filmes que eles assistem eles mesmos e a própria historia e ficam felizes.

Pra mim foi maçante acompanhar personagens que tem 300 apelidos e ter que saber de todos, toda hora eles estavam falando de alguém e chamavam de um jeito diferente, ai você fica perdido a não ser que conheça os personagens previamente.

É um filme cansativamente longo para uma historia simples, não parece um filme do Fincher que te envolve nas histórias que conta, parece que decidiram fazer um filme pra homenagear um grande nome que eles admiram e que não estavam nem ai pra cadência da história.

Minha recomendação é ler sobre a história antes, ler sobre quem os personagens são, gravar os nomes, pensar em possíveis apelidos, tentar entender bem antes, porque o filme foi feito para eles de Hollywood aproveitarem, e você vai se sentir perdido e vai achar chato, e a culpa não é nossa, a culpa é do egocentrismo deles.