Eu não tenho certeza se entendi esse filme. Vou assistir novamente, para tirar dúvida, mas a primeira impressão é de que o roteiro foi extremamente preguiçoso. A personagem protagonista passa praticamente pelo mesmo processo do primeiro filme, tem as mesmas descobertas e mesma evolução. O filme tentou ampliar a franquia, contudo, só conseguiu passar a impressão de que queria ser maior diminuindo os filmes anteriores, e não sendo maior do que eles pelos próprios méritos. É claro que apenas o primeiro filme é genial, mas este quarto filme da franquia talvez esteja até abaixo do nível do segundo e do terceiro. Desnecessário, não agrega nada, e é praticamente uma paródia do universo Matrix. Se não tivesse recebido a herança a popularidade dos filmes anteriores talvez seria um verdadeiro fracasso em todos os aspectos. Não tem fôlego, criatividade e nem os efeitos especiais são interessantes e inovadores como no primeiro filme lá do final da década de 90. O único que salva no filme é o terapeuta, pois seu texto é até interessante e por isso as cenas que ele participa são mais palatáveis. O resto é uma grande bobagem. Pena!
Um filme bom, comparado à maioria que o cinema entrega na atualidade, mas não está entre os 5 melhores deste diretor. Achei a montagem de repartir a história na visão das três personagens desnecessária, pois a perspectiva de cada um não acrescenta absolutamente nada à história. Não tem nuances nas cenas, e ficou apenas a sensação de déjà vu na repetição das cenas por três vezes. Parece mais a mesma cena apresentada por três ângulos de câmeras diferentes, e não três perspectivas de personagens completamente distintos, sobre um acontecimento em que estão envolvidos, com relatos capazes de dar ao espectador uma visão panorâmica da história que conhecendo apenas uma perspectiva não seria possível. Esse recurso serviu apenas para deixar o filme mais longo do que o necessário, pois as três partes são basicamente a expressão da visão do diretor. Não achei as personagens interessantes, inteligentes ou divertidas, mas o conjunto da obra é interessante. Contudo, no final das contas, é apenas mais um projeto cinematográfico para alimentar o fetiche da etnia branca em relação à suas fantasias sobre a elite do período medieval europeu. E também para fazer esse movimento esquizofrênico, sadomasoquista e hipócrita de produzir filmes criticando costumes que deram origem ao poder da elite dominante no passado e que patrocina até hoje os privilégios dessa casta conservada no topo da cadeia alimentar social. Principalmente em Hollywood, símbolo do machismo, racismo e pedofilia do império capitalista na estrutura das produções do cinema comercial. O intrigante é ver que na prática as cenas do julgamento do estupro ambientadas há quase 1000 anos atrás é reproduzido praticamente igual à humilhação das vítimas dessa violência no julgamento de estupro no século XXI. Mariana Ferrer que o diga.
Quem gosta da podreira trash dos anos oitenta vai adorar esse filme. Mas tem que partir do princípio que é um filme de comédia, e não de terror. KKKKKKKKKKKKKKKK
Achei bem boa. As críticas sobre esta franquia provavelmente vem de pessoas que não gostam, ou não entendem, o gênero do terror. Esse filme dá um fôlego à franquia, e, assim como "Marcados Pelo Mal", sai um pouco do roteiro que explora a vida entediante dos burgueses que venderam a alma para o demônio em troca da independência financeira. Essas vilas isoladas e atrasadas no tempo são o ambiente perfeito para o terror. O defeito deste filme é o mesmo de todos os outros da franquia: roteiro tímido, mas este também é a principal qualidade de filme por serem despretensiosos.
Isso sim que é uma princesa de verdade, e não aquele ideal de subjetividade feminina frágil, assustada e passiva que a Disney vende para as meninas e acaba criando gerações inteiras de vítimas.
Não entendi o porquê desse filme ter feito tanto sucesso. Talvez porque seja fraco, previsível e genérico suficiente para agradar a massa popular. O conflito familiar, e os hologramas de dragões, são absolutamente irrelevantes. A cena no "buzão" foi a mais empolgante do filme inteiro, e os dez anéis nem estavam em jogo. O intrigante é tentar entender por que o título do filme é "os dez anéis" se na verdade são dez pulseiras? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Acredito que o filme se trata de uma alegoria que explora a questão dos conflitos étnicos/raciais. Ada seria o ponto nevrálgico deste conflito, tendo que lidar com o amor pelos "pais" e com o horror que eles causavam em outros da sua espécie. O filme é cheio de simbolismo, e merece uma análise profunda antes de qualquer interpretação superficial. Acredito que algum dia ele ficará mais claro para todos.
Por conhecer um dos meus diretores favoritos através de seus trabalhos mais recentes, eu não tive muita afinidade com esse filme da primeira vez. Mas hoje, entendendo a proposta do Tarantino a partir de uma visão panorâmica da sua carreira, entendo o valor agregado que esse filme possui. Acho que a experiência de um diretor branco, com tanta projeção, em colocar personagens negros para protagonizar seus filmes nunca foi tão bem executada como neste trabalho. Ele se saiu melhor, até, do que em Django Livre. A personagem não é estereotipada, hipersexualizada ou vitimizada. Uma mulher, negra, chegando a meia-idade, é construida a partir da inteligência, para conseguir driblar os bandidos e os mocinhos, e alcançar seus objetivos. O roteiro é perfeitamente executado pela direção genial do Tarantino, e sem os excessos que podem soar meio artificial por quem não conhece o trabalho dele. É um filme puro, com a essência concentrada do Tarantino em relação às narrativas policiais. E a Pam Grier é absolutamente fabulosa em todos os aspectos. Diferente do James Fox em Django, que foi eclipsado pelos outros personagens, como o do Leo DiCaprio e o próprio Samuel L Jackson, que deram uma show de interpretação, ela é a grande protagonista da primeira à última cena, e faz mais sentido seu nome ser o título do filme. Esse filme só não tem a intensidade dos filmes mais recentes do Tarantino, mas, como o tempo, isso não faz tanta falta. É o filme mais básico do diretor, e isso tem sua elegância. A sutileza pode ser colossal.
O pai do John Wick detonando! Acho que esse roteiro é o novo queridinho dos homens de meia idade de Hollywood. Só não entendo porque nos outros filmes do gênero não têm essas cenas de sexo explícito muito loucas. KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Que bonitinho! Por que os estúdios não divulgam filmes como este e fazem tanta publicidade para as produções que pensam que o público jovem sofre de algum tipo de estupidez crônica aguda degenerativa? Adoro tudo que é despretensioso e ignora a própria beleza. P.S. Infelizmente, o ator que fez o gordinho no filme morreu. Lamentável! Mas espero que esse filme ainda seja muito visto por ai, e que algum dia seja um clássico adolescente como os bons e velhos da sessão da tarde. Ele está eternizado nessa obra.
Simplesmente sensacional, e absolutamente espetacular! A ascensão cultural da Coreia do Sul no mundo é um alívio contra a apatia e cafonice do padrão eurocêntrico que ainda domina a expressão artística no hemisfério ocidental.
É estranho para uma pessoa como eu sentir na pele como praticar preconceito é uma grande merd@! Meu único preconceito é contra filmes que eu acredito que serão vazios e superficiais antes mesmo de assisti-los. Assassins Creed foi um desses que eu demorei a assistir por achar que seria apenas mais uma história de vídeo games para adolescentes desmiolados. Mas me enganei. É um ótimo filme de ação, com roteiro, produção, elenco, direção e até com críticas sociais. Prometo que nunca mais vou deixar de assistir a um filme por pré-julgamento, e só vou formar uma opinião sobre ele depois de assisti-lo. KKKKKKKKKKKK
Como esse filme passou de "mais um besteirol americano" para "os mais procurados da América"? Não acredito que esta história é baseada em fatos reais. Queria muito não ter assistido esse filme hoje. Que bad trip!
Despretensioso e sensacional! O mais difícil é fazer o básico bem feito, e esse filme consegue atingir esse propósito com eficiência. De qualquer modo, a pior coisa de ser ateu é saber que pessoas como o vilão desse filme não têm um lugar especial reservado no inferno, pois nem sempre elas pagam por seus crimes em vida. Uma dica é tomar muito cuidado com aqueles que parecem perfeitos, pois se se esforçam tanto para não expor seus defeitos, então é porque têm algo de muito grave para esconder.
É a primeira vez que eu vejo uma desconstrução feita para que o produto coubesse na mediocridade do mundo. Este filme é um desrespeito à cultura punk. Se não fosse a trilha sonora incrível, e a reputação das personagens fantástica, não valeria nem o tempo de escrever uma crítica contra ele em uma página da internet. Superficial, raso e ingênuo ao extremo. Não tem nada a ver com sexo, drogas e rock`n`roll. Mas não é um documentário, e sim um caça-níquel com o objetivo de explorar comercialmente a contracultura de outra geração. O capitalismo tem o incrível poder de usar o tempo para transformar tudo em mercadoria para ser embalada, estocada e vendida para quem pagar melhor. É tudo uma questão de esvaziar completamente a essência. Até mesmo de símbolos contra este sistema econômico, como Che Guevara e Punk Rock.
É intrigante assistir um filme sabendo que é baseado em fatos reais, mas mesmo assim não acreditar que as instituições do Estado podem atingir um nível tão alto de injustiça e corruptibilidade. Fico imaginando os filme baseados em fatos reais que serão produzidos no futuro narrando o cenário político brasileiro contemporâneo.
Uma versão contemporânea de Senhor das Moscas. O gênero das histórias muda, mas sempre refletem sobre a questão da mediocridade na natureza humana. Alimentada pela inspiração de agentes do caos, que utiliza medo e superstição para semear o lado selvagem da nossa raça, e contando com um ambiente com níveis de pressão e temperatura adequados para a eficiência da estratégia de alienação, eles manipulam as paixões das pessoas mais fracas da sociedade em função dos seus interesses egoístas. A obra é perfeita para assistirmos na véspera de 7 de set. de 2021, pois ilustra bem o cenário político brasileiro contemporâneo. Achei interessante o filme propor o equilíbrio entre os extremos de ordem e caos, e dar esperança de que o bem vai vencer no final. O fato é que o intelecto tem prazer em perceber a justiça acontecendo no seu entendimento das coisas, e o problema é que muitas pessoas têm um conceito equivocado de justiça. Justiça não é a "lei da selva", pois os valores morais não se aplicam ao movimento da natureza. Justiça implica a consciência de princípios éticos, e isso é uma exclusividade de seres dotados de razão. Ou seja, a justiça está nas ações humanas que superam as limitações morais da "lei da selva", pois quem tem uma boa formação ética não suspende o juízo para se orientar por instinto como os animas que não possuem razão. Ter consciência política aumenta a possibilidade do indivíduo não compor o exército de selvagens liderados pelos agentes do caos que estão condenados a nunca superar os limites básicos dos nossos ancestrais primitivos.
Formidável! É sempre bom ver um romance de época, que explora a diversidade sexual, apresentando todo requinte e sofisticação que geralmente as produções reservam para as histórias de relacionamento heteronormativo. O que a obra nos revela como obstáculo para a felicidade do protagonista é a hipocrisia da sociedade inglesa, pois mesmo sendo governada por monarcas que praticaram a homossexualidade durante séculos este comportamento foi criminalizado no país até quase o final do século XX. Não é confortável ver que os homossexuais eram levados ao tratamento da sua condição sexual no início do século passado, mas é ainda mais desagradável saber que no século XXI existem pessoas que preservam a mesma mentalidade limitada que reproduziu os preconceitos sociais explorados no filme. Ainda hoje existem pessoas que defendem a "cura gay" sem saber que expressar esse tipo de pensamento só serve para revelar a mediocridade da própria pessoa que reproduz o preconceito. De qualquer modo, é um alívio encontrar mais uma obra onde o casal homoafetivo tem um final feliz para variar.
As pessoas sempre citam Midsommar, mas existe uma versão recente desse filme protagonizada por Nicolas Cage. E a versão dele é muito mais próxima do original do que Midsommar. Na verdade, acredito que, apesar das referências, eu não faria a ligação entre Midsommar e Homem de Palha de forma tão direta. Mas é claro que a versão do Cage, apesar de ser um dos melhores filmes dele, de longe é a pior de todas as três. De qualquer modo, a lição que podemos tirar desse roteiro é que, depois do sangrento processo de colonização que a Europa promoveu ao redor do mundo, o fanatismo religioso é a maior desgraça da história da humanidade. É claro que a humanidade ainda deve de ter uns cinquenta anos de sobrevida para superar o recorde de desgraças contra sua própria raça. Oremos!
Por que todo filme simplesmente não é assim?! Mas se todo filme fosse assim, então não saberíamos o quanto este filme é especial. O que é exibido na tela é belo e interessante, mas a mente que esteve na direção desta obra é formidável. Este filme ilustra bem a ideia de que a sétima arte é a melhor parte da alma humana convertida em som e imagem.
Ilustra bem como as pessoas ultraconservadoras são hipócritas, e como esse segmento social é desprezível em qualquer período da história humana. Mas é uma luz de esperança expressar que o amor vai vencer o ódio, a ignorância e a mediocridade ao longo do tempo. Um cenário político representado por pessoas extremistas é o verdadeiro filme de terror.
Sensacional! É incrível como uma franquia tão despretensiosa, popular e com um roteiro que poderia cair na apelação pura e simples, consegue consegue trabalhar temas tão complexos e profundos como preconceitos, racismo, xenofobia e conflitos de classe social. Este filme, especificamente, consegue trabalhar esses temas com mais eficiência do que muita obra pretenciosa superestimada que existem por aí. Entretenimento pode ter boas reflexões, e reflexões podem dar um bom entretenimento. Vida longa à franquia!
É frustrante que o lixo hollywoodiano enfeste os cinemas brasileiros, e que obras de arte do cinema latino americano, como esta, nem sempre tenham espaço em nosso país. As personagens femininas são brilhantes, e estão anos-luz do modelo estereotipado estadunidense da mulher latina!
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraEu não tenho certeza se entendi esse filme. Vou assistir novamente, para tirar dúvida, mas a primeira impressão é de que o roteiro foi extremamente preguiçoso. A personagem protagonista passa praticamente pelo mesmo processo do primeiro filme, tem as mesmas descobertas e mesma evolução. O filme tentou ampliar a franquia, contudo, só conseguiu passar a impressão de que queria ser maior diminuindo os filmes anteriores, e não sendo maior do que eles pelos próprios méritos. É claro que apenas o primeiro filme é genial, mas este quarto filme da franquia talvez esteja até abaixo do nível do segundo e do terceiro. Desnecessário, não agrega nada, e é praticamente uma paródia do universo Matrix. Se não tivesse recebido a herança a popularidade dos filmes anteriores talvez seria um verdadeiro fracasso em todos os aspectos. Não tem fôlego, criatividade e nem os efeitos especiais são interessantes e inovadores como no primeiro filme lá do final da década de 90. O único que salva no filme é o terapeuta, pois seu texto é até interessante e por isso as cenas que ele participa são mais palatáveis. O resto é uma grande bobagem. Pena!
O Último Duelo
3.9 326Um filme bom, comparado à maioria que o cinema entrega na atualidade, mas não está entre os 5 melhores deste diretor. Achei a montagem de repartir a história na visão das três personagens desnecessária, pois a perspectiva de cada um não acrescenta absolutamente nada à história. Não tem nuances nas cenas, e ficou apenas a sensação de déjà vu na repetição das cenas por três vezes. Parece mais a mesma cena apresentada por três ângulos de câmeras diferentes, e não três perspectivas de personagens completamente distintos, sobre um acontecimento em que estão envolvidos, com relatos capazes de dar ao espectador uma visão panorâmica da história que conhecendo apenas uma perspectiva não seria possível. Esse recurso serviu apenas para deixar o filme mais longo do que o necessário, pois as três partes são basicamente a expressão da visão do diretor. Não achei as personagens interessantes, inteligentes ou divertidas, mas o conjunto da obra é interessante. Contudo, no final das contas, é apenas mais um projeto cinematográfico para alimentar o fetiche da etnia branca em relação à suas fantasias sobre a elite do período medieval europeu. E também para fazer esse movimento esquizofrênico, sadomasoquista e hipócrita de produzir filmes criticando costumes que deram origem ao poder da elite dominante no passado e que patrocina até hoje os privilégios dessa casta conservada no topo da cadeia alimentar social. Principalmente em Hollywood, símbolo do machismo, racismo e pedofilia do império capitalista na estrutura das produções do cinema comercial. O intrigante é ver que na prática as cenas do julgamento do estupro ambientadas há quase 1000 anos atrás é reproduzido praticamente igual à humilhação das vítimas dessa violência no julgamento de estupro no século XXI. Mariana Ferrer que o diga.
Abismo do Medo 2
2.9 546 Assista AgoraQuem gosta da podreira trash dos anos oitenta vai adorar esse filme. Mas tem que partir do princípio que é um filme de comédia, e não de terror. KKKKKKKKKKKKKKKK
Atividade Paranormal: Ente Próximo
2.5 192 Assista AgoraAchei bem boa. As críticas sobre esta franquia provavelmente vem de pessoas que não gostam, ou não entendem, o gênero do terror. Esse filme dá um fôlego à franquia, e, assim como "Marcados Pelo Mal", sai um pouco do roteiro que explora a vida entediante dos burgueses que venderam a alma para o demônio em troca da independência financeira. Essas vilas isoladas e atrasadas no tempo são o ambiente perfeito para o terror. O defeito deste filme é o mesmo de todos os outros da franquia: roteiro tímido, mas este também é a principal qualidade de filme por serem despretensiosos.
Você é o Próximo
3.2 1,5K Assista AgoraIsso sim que é uma princesa de verdade, e não aquele ideal de subjetividade feminina frágil, assustada e passiva que a Disney vende para as meninas e acaba criando gerações inteiras de vítimas.
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
3.8 895 Assista AgoraNão entendi o porquê desse filme ter feito tanto sucesso. Talvez porque seja fraco, previsível e genérico suficiente para agradar a massa popular. O conflito familiar, e os hologramas de dragões, são absolutamente irrelevantes. A cena no "buzão" foi a mais empolgante do filme inteiro, e os dez anéis nem estavam em jogo. O intrigante é tentar entender por que o título do filme é "os dez anéis" se na verdade são dez pulseiras? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Energia Pura
3.7 211É um ótimo material didático para ilustrar a mediocridade dos preconceitos na sociedade. Definitivamente, a tecnologia superou nossa humanidade.
Cordeiro
3.3 555 Assista AgoraAcredito que o filme se trata de uma alegoria que explora a questão dos conflitos étnicos/raciais. Ada seria o ponto nevrálgico deste conflito, tendo que lidar com o amor pelos "pais" e com o horror que eles causavam em outros da sua espécie. O filme é cheio de simbolismo, e merece uma análise profunda antes de qualquer interpretação superficial. Acredito que algum dia ele ficará mais claro para todos.
Jackie Brown
3.8 739 Assista AgoraPor conhecer um dos meus diretores favoritos através de seus trabalhos mais recentes, eu não tive muita afinidade com esse filme da primeira vez. Mas hoje, entendendo a proposta do Tarantino a partir de uma visão panorâmica da sua carreira, entendo o valor agregado que esse filme possui. Acho que a experiência de um diretor branco, com tanta projeção, em colocar personagens negros para protagonizar seus filmes nunca foi tão bem executada como neste trabalho. Ele se saiu melhor, até, do que em Django Livre. A personagem não é estereotipada, hipersexualizada ou vitimizada. Uma mulher, negra, chegando a meia-idade, é construida a partir da inteligência, para conseguir driblar os bandidos e os mocinhos, e alcançar seus objetivos. O roteiro é perfeitamente executado pela direção genial do Tarantino, e sem os excessos que podem soar meio artificial por quem não conhece o trabalho dele. É um filme puro, com a essência concentrada do Tarantino em relação às narrativas policiais. E a Pam Grier é absolutamente fabulosa em todos os aspectos. Diferente do James Fox em Django, que foi eclipsado pelos outros personagens, como o do Leo DiCaprio e o próprio Samuel L Jackson, que deram uma show de interpretação, ela é a grande protagonista da primeira à última cena, e faz mais sentido seu nome ser o título do filme. Esse filme só não tem a intensidade dos filmes mais recentes do Tarantino, mas, como o tempo, isso não faz tanta falta. É o filme mais básico do diretor, e isso tem sua elegância. A sutileza pode ser colossal.
Polar
3.2 427 Assista AgoraO pai do John Wick detonando! Acho que esse roteiro é o novo queridinho dos homens de meia idade de Hollywood. Só não entendo porque nos outros filmes do gênero não têm essas cenas de sexo explícito muito loucas. KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Flor da Juventude
3.2 64Que bonitinho! Por que os estúdios não divulgam filmes como este e fazem tanta publicidade para as produções que pensam que o público jovem sofre de algum tipo de estupidez crônica aguda degenerativa? Adoro tudo que é despretensioso e ignora a própria beleza. P.S. Infelizmente, o ator que fez o gordinho no filme morreu. Lamentável! Mas espero que esse filme ainda seja muito visto por ai, e que algum dia seja um clássico adolescente como os bons e velhos da sessão da tarde. Ele está eternizado nessa obra.
Eu Vi o Diabo
4.1 1,1KSimplesmente sensacional, e absolutamente espetacular! A ascensão cultural da Coreia do Sul no mundo é um alívio contra a apatia e cafonice do padrão eurocêntrico que ainda domina a expressão artística no hemisfério ocidental.
Assassin's Creed
2.9 948 Assista AgoraÉ estranho para uma pessoa como eu sentir na pele como praticar preconceito é uma grande merd@! Meu único preconceito é contra filmes que eu acredito que serão vazios e superficiais antes mesmo de assisti-los. Assassins Creed foi um desses que eu demorei a assistir por achar que seria apenas mais uma história de vídeo games para adolescentes desmiolados. Mas me enganei. É um ótimo filme de ação, com roteiro, produção, elenco, direção e até com críticas sociais. Prometo que nunca mais vou deixar de assistir a um filme por pré-julgamento, e só vou formar uma opinião sobre ele depois de assisti-lo. KKKKKKKKKKKK
Alpha Dog
3.6 461 Assista AgoraComo esse filme passou de "mais um besteirol americano" para "os mais procurados da América"? Não acredito que esta história é baseada em fatos reais. Queria muito não ter assistido esse filme hoje. Que bad trip!
Verão de 84
3.4 411 Assista AgoraDespretensioso e sensacional! O mais difícil é fazer o básico bem feito, e esse filme consegue atingir esse propósito com eficiência. De qualquer modo, a pior coisa de ser ateu é saber que pessoas como o vilão desse filme não têm um lugar especial reservado no inferno, pois nem sempre elas pagam por seus crimes em vida. Uma dica é tomar muito cuidado com aqueles que parecem perfeitos, pois se se esforçam tanto para não expor seus defeitos, então é porque têm algo de muito grave para esconder.
CBGB - O Berço do Punk Rock
3.7 187É a primeira vez que eu vejo uma desconstrução feita para que o produto coubesse na mediocridade do mundo. Este filme é um desrespeito à cultura punk. Se não fosse a trilha sonora incrível, e a reputação das personagens fantástica, não valeria nem o tempo de escrever uma crítica contra ele em uma página da internet. Superficial, raso e ingênuo ao extremo. Não tem nada a ver com sexo, drogas e rock`n`roll. Mas não é um documentário, e sim um caça-níquel com o objetivo de explorar comercialmente a contracultura de outra geração. O capitalismo tem o incrível poder de usar o tempo para transformar tudo em mercadoria para ser embalada, estocada e vendida para quem pagar melhor. É tudo uma questão de esvaziar completamente a essência. Até mesmo de símbolos contra este sistema econômico, como Che Guevara e Punk Rock.
Os 7 de Chicago
4.0 581 Assista AgoraÉ intrigante assistir um filme sabendo que é baseado em fatos reais, mas mesmo assim não acreditar que as instituições do Estado podem atingir um nível tão alto de injustiça e corruptibilidade. Fico imaginando os filme baseados em fatos reais que serão produzidos no futuro narrando o cenário político brasileiro contemporâneo.
Viajantes: Instinto e Desejo
2.6 113 Assista AgoraUma versão contemporânea de Senhor das Moscas. O gênero das histórias muda, mas sempre refletem sobre a questão da mediocridade na natureza humana. Alimentada pela inspiração de agentes do caos, que utiliza medo e superstição para semear o lado selvagem da nossa raça, e contando com um ambiente com níveis de pressão e temperatura adequados para a eficiência da estratégia de alienação, eles manipulam as paixões das pessoas mais fracas da sociedade em função dos seus interesses egoístas. A obra é perfeita para assistirmos na véspera de 7 de set. de 2021, pois ilustra bem o cenário político brasileiro contemporâneo. Achei interessante o filme propor o equilíbrio entre os extremos de ordem e caos, e dar esperança de que o bem vai vencer no final. O fato é que o intelecto tem prazer em perceber a justiça acontecendo no seu entendimento das coisas, e o problema é que muitas pessoas têm um conceito equivocado de justiça. Justiça não é a "lei da selva", pois os valores morais não se aplicam ao movimento da natureza. Justiça implica a consciência de princípios éticos, e isso é uma exclusividade de seres dotados de razão. Ou seja, a justiça está nas ações humanas que superam as limitações morais da "lei da selva", pois quem tem uma boa formação ética não suspende o juízo para se orientar por instinto como os animas que não possuem razão. Ter consciência política aumenta a possibilidade do indivíduo não compor o exército de selvagens liderados pelos agentes do caos que estão condenados a nunca superar os limites básicos dos nossos ancestrais primitivos.
Maurice
4.0 190Formidável! É sempre bom ver um romance de época, que explora a diversidade sexual, apresentando todo requinte e sofisticação que geralmente as produções reservam para as histórias de relacionamento heteronormativo. O que a obra nos revela como obstáculo para a felicidade do protagonista é a hipocrisia da sociedade inglesa, pois mesmo sendo governada por monarcas que praticaram a homossexualidade durante séculos este comportamento foi criminalizado no país até quase o final do século XX. Não é confortável ver que os homossexuais eram levados ao tratamento da sua condição sexual no início do século passado, mas é ainda mais desagradável saber que no século XXI existem pessoas que preservam a mesma mentalidade limitada que reproduziu os preconceitos sociais explorados no filme. Ainda hoje existem pessoas que defendem a "cura gay" sem saber que expressar esse tipo de pensamento só serve para revelar a mediocridade da própria pessoa que reproduz o preconceito. De qualquer modo, é um alívio encontrar mais uma obra onde o casal homoafetivo tem um final feliz para variar.
O Homem de Palha
4.0 483 Assista AgoraAs pessoas sempre citam Midsommar, mas existe uma versão recente desse filme protagonizada por Nicolas Cage. E a versão dele é muito mais próxima do original do que Midsommar. Na verdade, acredito que, apesar das referências, eu não faria a ligação entre Midsommar e Homem de Palha de forma tão direta. Mas é claro que a versão do Cage, apesar de ser um dos melhores filmes dele, de longe é a pior de todas as três. De qualquer modo, a lição que podemos tirar desse roteiro é que, depois do sangrento processo de colonização que a Europa promoveu ao redor do mundo, o fanatismo religioso é a maior desgraça da história da humanidade. É claro que a humanidade ainda deve de ter uns cinquenta anos de sobrevida para superar o recorde de desgraças contra sua própria raça. Oremos!
Um Lugar Secreto
2.3 153 Assista AgoraPor que todo filme simplesmente não é assim?! Mas se todo filme fosse assim, então não saberíamos o quanto este filme é especial. O que é exibido na tela é belo e interessante, mas a mente que esteve na direção desta obra é formidável. Este filme ilustra bem a ideia de que a sétima arte é a melhor parte da alma humana convertida em som e imagem.
Rua do Medo: 1666 - Parte 3
3.5 513 Assista AgoraIlustra bem como as pessoas ultraconservadoras são hipócritas, e como esse segmento social é desprezível em qualquer período da história humana. Mas é uma luz de esperança expressar que o amor vai vencer o ódio, a ignorância e a mediocridade ao longo do tempo. Um cenário político representado por pessoas extremistas é o verdadeiro filme de terror.
Uma Noite de Crime: A Fronteira
3.0 254 Assista AgoraSensacional! É incrível como uma franquia tão despretensiosa, popular e com um roteiro que poderia cair na apelação pura e simples, consegue consegue trabalhar temas tão complexos e profundos como preconceitos, racismo, xenofobia e conflitos de classe social. Este filme, especificamente, consegue trabalhar esses temas com mais eficiência do que muita obra pretenciosa superestimada que existem por aí. Entretenimento pode ter boas reflexões, e reflexões podem dar um bom entretenimento. Vida longa à franquia!
Crimes de Família
3.6 106 Assista AgoraÉ frustrante que o lixo hollywoodiano enfeste os cinemas brasileiros, e que obras de arte do cinema latino americano, como esta, nem sempre tenham espaço em nosso país. As personagens femininas são brilhantes, e estão anos-luz do modelo estereotipado estadunidense da mulher latina!